No último fim de semana foi o nosso, meu e do Ju, Arraiá de Panela. Um chá de panela temático, já que nos encontrávamos no mês de julho - período que as festas julinas ainda bombam - e queríamos fazer algo mais a nossa cara, sem a caretice e a mesmice de todos os chás de panela. Para tal, fizemos alguns ajustes...
Primeiro, decidi optar pelo Chá de panela e não de Lingerie para que, dessa forma, alguns homens familiares e amigos do casal que quisesse participar. Acho que já foi o tempo que era apenas a reunião da mulherada. Tudo bem, concordo que fica mais à vontade. Mas, chega uma hora que muita mulher junta num ambiente só pode ser prejudicial à saúde, rsrsrs; além de agora quando se recebe um convite para um evento desses, automaticamente se a pessoa é comprometida ela irá levar seu par, pois não existe mais essa questão de ser um evento do mundo feminino.
Segundo, ultimamente as brincadeiras tradicionais nesse en]vento envolvem adivinhas os presentes dados pelos convidados. E, a cada tentativa errada, a noiva ou os noivos pagam um mico, uma prenda, seja lá o que for. Sinceramente, para quem estava organizando alguma brincadeira - as madrinhas - tratei de dizer que não queria. É muita cansativo, já perdeu a graça de tanto fazerem, além de eu achar desagradável abrir o presente de alguns e de outros não. Fora que se perde um tempão da festa nisso em vez de estar aproveitando, comendo, dançando, rindo, bebendo. É uma data única e que não volta. Não é como uma festa de aniversário. Tudo bem, nenhuma é igual a outra. Mas todos os anos se tem a possibilidade de comemorar. Já Chá de Panela é uma vez só e olhe lá, rs. A não ser que a pessoa tenha pretensões de outros casamentos futuros, o que não é o meu caso. E que tenha muito dinheiro porque tudo é gasto, o que não é o meu caso 2, rs.
Para tentar poupar o que desse de gastos, já que tudo gera gastos hoje em dia, por mais simples que seja, eu, minha mãe, minha madrinha e minha sobrinha resolvemos colocar a mão na massa e confeccionar nós mesmas as lembranças. Apesar de ter sido tudo simplinho, ficou meigo, um mimo! Todas as lembranças, claro, foram com motivos de festa julina, acompanhando a decoração da festa e pensando em ser útil para quem ganhasse. A coisa mais desagradável é quando você mentaliza uma coisa x para dar e no fim das consta, vira um enfeite no fundo da gaveta. Penso que presentear alguém tem que ser com algo útil, de decoração, de necessidade, de utilidade. A lembrança principal então foi uma colher de pau, já que se tratava de Chá de Panela, enfeitada com uma fita de cetim dentro de um saquinho. A lembrança dois, foi tirada de um trocadilho feito em casa numa brincadeira. Já que o negócio era Chá de Panela, resolvemos dar um saquinho de chá, rs. Assim, de certa forma, os homens presentes poderiam desfrutar dos brindes também. A lembrança três ser viu mais como um prêmio de participação, seria para quem participasse da quadrilha, e desse sugestões nas brincadeiras. Nada demais, apenas um BIS para adoçar a vida. E, para as crianças, fiz uns saquinhos de jujuba e salpiquei pelas mesas. Mas, acredito que tenha tido muito adulto aí se fazendo passar por criança ou roubando das pobrezinhas rs.
Para a decoração da festa, não podia faltar as tradicionais bandeirinhas e umas toalhas xadrez utilizadas demais em festa na roça e piquenique, coisas bem campestres. Para compor as mesinhas, no lugar do tradicional vaso de violetas e semelhantes, resolvi colocar pimentinhas. Tudo dentro do contesto, rs. A ideia original era conseguir tomatinhos ornamentais. Mas, já que esses estava difíceis de encontrar, pulei para o plano B. E , para as mesas dos comes e bebes, providenciei um tipo de margaridas, porque achei que casava melhor com a decoração.
Depois, foi pensar nas comidas, a maioria típica. Teve salsichão, cachorro-quente, sopa de ervilha, caldo verde e canjica. salgadinhos, bolo e bombucado de fubá, bolo de cenoura, empadão, pizza de sardinha e bolo de temperos. De guloseimas tradicionais, pé-de-moleque, cocada, doce-de-abóbora e doce de leite. Ainda tinham umas balinhas para compor a mesa e um lindo bolo com a Rosinha e o Chico Bento como topo, bem ao estilo da festa e da decoração. Do bolo restou foto, mas das comidas sumiram que nem vi rs.
Depois de comer, beber, tirar "n" fotos e conversar aqui e ali, chegou a hora mais aguardada: a zoação com os noivos. Mais uma novidade na indústria de casamentos atualmente. Não é apenas a noiva que participa. O noivo também tem que entrar na dança e com espírito de brincadeira. No nosso caso, a brincadeira consistiam em 1 perguntas para cada um de nós sobre o outro. E quem errasse era pintado, pagava um mico, coisas do gênero. Posso dizer que foi muito divertido, menos terminar toda pintada, rs... Mas, em dia de festa e de comemoração como hoje, vale deixar a vaidade de lado e se misturar na brincadeira. E, olha como acabamos:
A conclusão que eu cheguei, além de que todos se divertiram muito é que não importa o que você não tem como prioridades, o que não faz questão ou não entra na sua concepção de valores. Quando você vira noiva e começa a planejar, idealizar o casamento e todas as suas etapas você curte cada momento único com toda a alegria e satisfação. Não porque você sempre sonhou. Talvez casar nem estivesse nos seus planos, ou de repente não dessa forma. Mas, todo o processo que vem junto com ele faz parte e se não existir, fica a sensação que não foi completo. Repito: nunca fiz de fato questão de casar na igreja, de véu e grinalda, pompas e circunstâncias apesar de achar lindo para os outros. Nunca me imaginei sendo noiva e passando por todas essas etapas. Mas, aconteceu e pasmem, mas tô curtindo. resolver, escolher, participar de pertinho de todo o processo! É muito gostoso essa produção toda. Só não é mais porque tanto trabalho, dias planejando, meses executando para tudo acabar como num passe de mágica sem que a gente se dê conta de que o tempo passou. Outra coisa que aprendi durante toda a realização do processo, é que o casamento tem que ser bom e agradar principalmente aos noivos, independente de vontades, gostos ou conselhos dos demais. Se não te agrada, agradeça gentilmente e siga seu caminho. Ninguém deve escolher pra você o que é mais importante, opinar sobre seus gostos, seus desejos num dia que é só seu. Tudo bem, tem muita família que ajuda, tem muita gente que dá palpite bom, tem boas ideias. Essas sim, a gente ouve, avalia e se valer a pena coloca em prática. Mas os noivos são os principais a serem agradados e agraciados com as coisas saindo do jeitinho deles, como gostam, como esperam...
Essa história de casamento serviu também para que eu pudesse perceber certas mudanças de pensamentos e sentimentos em mim. de fato, certo quem disse um dia que a gente "nunca pode dizer nunca". Nada é eterno. Se o mundo está em constante transformação, imagine nós que temos todos os dias várias opções de escolhas de caminho a seguir? Eu nunca me imaginei noiva, casando na igreja, com festão e me preocupando com bouquet, decoração, vestido, cabelo e maquiagem, sapato, bem casados, lembranças, convites, lista de convidados. Mas, depois que está envolvida nisso tudo é muito gostoso. Claro que algumas esquentações de cabeça e stress são inevitáveis. casar gostos e pensamentos não é nada fácil, é que nem a arte de conviver. Uma árdua conquista para que alguém possa ceder. Mas, até que nem tem sido tanto! A não ser coma bendita lista de convidados.
Mas enfim, uma etapa do tradicional evento já passou e pelo que tenho ouvido e lido foi um sucesso. agora entro na contagem regressiva de rever tudo o que já foi esquematizado, apenas um 'confere' e de fato, partir para os últimos ajustes para o grande dia.
Simmmmmmmmmmmmmm... eu tô feliz!!!!!!!!!!!
E já que o casamento se aproxima, sei que vou sentir falta de ser noiva.
É uma paparicação, é um mimo como se você fosse uma pessoa mito especial e todos te agraciam por isso!
Obrigada a todos os amigos não só pelo sucesso da festa, mas por terem acompanhado a gente nessa jornada! Por acreditarem, por ajudarem, pelo simples fato de estarem felizes por nós!