30 de junho de 2009

E tua alma? Tem peso de que?

Vagando pela net dia destes, me deparei com um texto que me chamou a atenção. Não só pela sua clareza de sentimento, mas porque, em uma fase de minha vida, encontrei-me exatamente assim. É como se hoje eu pudesse olhar através do espelho e ver a mim mesma naquela época. Como a regra da internet é "achado não é roubado" posto aqui abaixo, porém sem os créditos do autor(a), pois este ou é desconhecido ou realmente teve sua autoria perdida pelo Ctrl+C, Ctrl+V.

"Tem o peso das palavras não ditas e das gritadas. tem o peso da vida nos ombros. Das escolhas certas e mais ainda de todas as erradas. Pesa os amores bem vividos, os amores mal resolvidos e principalmente os amores inférteis. Me pesa tanto, que chegam a curvar os ombros, as obrigações mascaradas como favores, a falta de delicadeza e a estranheza nesse mundo. Aquela sensação de não fazer parte, mesmo forçada a estar no meio. A solidão que ninguém vê. As lágrimas de alegria, as poucas de dores físicas e as tantas de dores mal doloridas. Mas me pesa mais as lágrimas guardadas. a fome que não se mata com comida e o buraco que ninguém tampa. Os pontos finais, as vírgulas que trancam na garganta, as reticências de querer dizer algo mais. O peso da incompreensão das palavras, da necessidade de ter sempre que compreender além das palavras. O que quero dizer e não posso. O que não posso dizer e digo.A incerteza de se ter um porto, de se ter o lugar, de se ter... Algumas das certezas dessa vida, àquelas que fincam e que não se pode fugir. O que pesa a alma sempre nos é meio cinza, meio tempestuoso. As cores, as felicidades, as alegrias essas aliviam a alma do seu peso. O vazio, esse tem um peso absurdo, do tipo que só quem tem consegue medir, compreender, mas nem por isso suportar. A ausência dos seus, a saudade que não pode ser morta. Tem o peso daquelas lembranças que a gente vê em preto e branco, sonhando ser colorida, das esperanças que se esvaem. Hoje tem o peso de não se ver a luz no fim do tão falado túnel”.


Ps: pesa saber que este texto saiu mais sombrio do que talvez saisse normalmente. No fim, o que nos pesa a alma é o momento vivido.

Olhar o horizonte e seguir em frente!

Certa vez um amigo porra louca, me disse isto. E eu, tentei imaginar o significado da frase. Foi quando ele me solta a pérola: “Não tem! É subjetivo. Quando chegar o momento ela vai fazer sentido, simplesmente”! Bom, de cara não levei a sério e tratei o assunto como mais uma conversa sem pé nem cabeça que amigos têm no barzinho da esquina em algum período da faculdade.

Com o passar dos anos, a cada situação difícil que atravessava, a frase me vinha à mente e sem precisar de nenhuma explicação, o sentido se dava. Nem sempre era possível olhar o horizonte, muitas vezes estava focada olhando o chão se abrir diante de meus pés e eu, sem conseguir fazer nada. Mas, quando o desespero passava e eu voltava para meu objetivo principal, me sentia no rumo da frase de novo. É como se ela me impulsionasse.

De uns tempos pra cá, não sei avaliar se pelo avanço da idade ou pela percepção agora aguçada de que o tempo não pára e nenhum momento volta atrás, resolvi não me deixar esmaecer diante dos meus sonhos. Vou focar cada vez mais e, por mais que seja obrigada pelas circunstâncias da vida a procurar outra rota, não vou me desligar do meu caminho. Tenho um desejo incontrolável por viajar. Pena que o dinheiro me falte muitas vezes! Mas fico fascinada com revistas e documentários acerca de outros países, culturas e paisagens. Se dependesse de mim gostaria de conhecer um pedacinho de cada lugar e trazer todos dentro de mim.

Por conta das responsabilidades que nos embutimos, que terceiros nos cobram e pelas regras da vida, acabei por “desistir” de muitos dos meus objetivos. Pelo fator financeiro, pela incerteza de progresso e sucesso, pelos muitos obstáculos que se encontravam no meu caminho. Mas, depois de uma boa conversa com minha terapeuta (ô pessoa abençoada em minha vida, rs) resolvi pegar a frase, guardadinha lá no fundo do meu baú e colocar em cima da cama.

E é impressionante, quando determinamos algo, temos perseverança e coragem para correr atrás, ninguém nos detém. Somos tomados por uma força descomunal. E, por conta disto tudo, meu início de lugares viajados começará em breve: Um cruzeiro! A iniciativa de sacudir a poeira dos “contras” e das mil possibilidades de “não vai rolar” a viagem, resolvi me apegar ao “porque eu quero tanto, eu vou conseguir!”. E entendi que não posso ser obstinada apenas para um campo na minha vida. Olhei demais para tudo e todos e esqueci de mim, do que acho prioridade, das coisas importantes, o que faz diferença, o que me deixa feliz! Não sei se vou fazer valer como fórmula certa, mas com certeza neste instante é o combustível primordial para que eu sobreviva neste mundo tão sem tempo pra nós.

“Nunca desista dos seus sonhos”

Augusto Cury

29 de junho de 2009

O que realmente importa?



Há muito tempo não tinha um final de semana tão agradável como este último. Rodeada de amigos em suas comemorações de nivers. Não posso reclamar: tenho muitos amigos e posso dizer que saio bastante, para os mais variados programas. Hoje, por conta desta tal responsabilidade e consequências de me tornar adulta, não aproveito mais tanto quanto antes em termos de quantidade. Mas no quesito qualidade é na medida certa.

Em meio a uma destas comemorações me peguei pensando no real significado de nossas vidas. Hoje, vejo que perdi muito tempo pensando mais do que agindo. Na verdade, querendo ser mais do que fazendo de fato para que as coisas acontecessem. Sempre busquei uma justificativa, uma razão, uma resposta... E quando não há explicação lógica, deixar de me preocupar e aproveitar. De que adianta tanta consumação se o melhor da vida é saber que cada dia será diferente, que posso e sou capaz de realizar meus objetivos e sonhos, mudar as metas, inovar, reinventar, começar, de novo!

Ahhhh, não há nada que satisfaça mais do que olhar em volta e perceber o que tenho hoje. Não que nunca tivesse visto, nem que não desse valor. Mas a tal percepção que me torna felizarda por ter tanto, só veio com o passar dos anos, depois de muitas quedas, de bater cabeça comigo mesma. Família, amigos, trabalho, estudo, conhecimento cultural, condição financeira, saúde, perspectivas e vontades. Liberdade! Este é minha vida. Tudo que vivo tem que ser bem vindo. Todos os momentos têm que ser aproveitados. Todas as pessoas têm que ter o tratamento devido e sua real importância para nós reconhecida. A história é escrita independente de nós. De qualquer maneira ela vai existir, concordando ou não, sendo ativo ou não. Então, ou pegamos a caneta e começamos a escrever as linhas do livro, ou elas serão contadas por outras pessoas e nós, de papel principal passaremos a coadjuvantes.

Percebi que passei muito tempo pensando no real sentido da vida, qual a importância das coisas e pessoas para mim quando na verdade e resposta é simples e está bem na frente do meu nariz: VIVER!!!!!!!

Hoje me sinto feliz comigo mesma, com erros e acertos, qualidades e defeitos. Sou feliz com o que já consegui conquistar e realizar nestes 26 anos de vida que pra mim, ainda é pouco do ponto de vista dos almejos. Mas, analisando cronologicamente, já foram muitos feitos. Vendo o tempo passar, sentimos a obrigação de acontecer. Sentimos a cobrança das expectativas sobre nós. Nos desesperamos, achamos um monte de bobagens e o que devemos ver, passa despercebido!

No fim, fiquei pensando em três frases frases que ouvi. Duas foram em um comercial de televisão - se não me engano foi da Skol. A concepção do comercial foi o que me chamou a atenção. Tudo bem, é apelativo para forçar o aumento das vendas e cativar novos consumidores. Mas, independente da compra não deixa de ser uma baita verdade. A outra, refere-se ao clip em cima do poema "Filtro Solar" escrito e lido por Pedro Bial.


"Gostoso é rir da vida"
"O que você vai contar para os seus netos?"
"Se não puder fazer tudo, faça tudo que puder!"

E pra você, o que realmente importa?

Beijos e ótima semana.

28 de junho de 2009

"... e a luz se apagou!..."

Para alguns, um pedófilo. Para muitos outros, o rei do pop. Inegavelmente, vivemos dias de luto talvez não pela pessoa Michael Jackson, mas pelo cantor e dançarino que foi precursor de passos antes nunca vistos e um estilo próprio de cantar. Além de ter inovado no cenário musical com a mistura de ritmos. Esquisito? Não. Pessoas famosas não são esquisitas – esquisita sou eu com minhas manias. Ele era excêntrico! E dentro disso, polemizou: cirurgias plásticas, mudança de cor, alisamento do cabelo, atitudes contestáveis de caráter. Assim como exaltamos da noite para o dia um ser normal como ídolo e cultuamos a pessoa e suas atitudes, na maioria das vezes irreverentes, resolvemos destituir àqueles que por algum motivo invadem nosso mundo de valores e nos desagradam. Michael, por incrível que pareça, transitou de um estado a outro, mas não perdeu a majestade, já dizia o velho ditado. É basicamente isto. Mesmo tendo os holofotes voltados para ele apagados por alguns anos, sempre teve garantia no hall da fama.

No meio deste tumulto de especulações sobre sua morte e as histórias que veem agora à tona de sua vida, fico me perguntando. Até que ponto a fama, o poder e as “ilimitações” podem auxiliar na decadência de uma pessoa? Digo isto depois de fazer uma análise - breve - em nossa história para constatar que a maior parte de nossos artistas que fizeram sucesso crescente e descontrolado perderam o pulso de si mesmo. Viraram escravos de suas frustrações e traumas não curados e que vivem em quarentena até tornarem-se uma bomba relógio. Auxiliado pela síndrome do "eu posso tudo". Jackson foi mais um exemplo disto. Todas as transformações físicas e consequentemente a dependência medicamentosa era para tentar aliviar a dor da rejeição familiar e ganhar a aceitação dos fãs. Mal sabia ele que sua cor até podia ser trocada para rosa pink ou amarelo fluorescente. O que cativou seus milhares de fãs pelo mundo era ele, em sua essência, seu estilo único, sua presença no palco de um fenômeno raro, a simplicidade em forma de gente. E nesta busca pela perfeição, pela aceitação, por uma absolvição silenciosa própria, o astro do pop se foi. Acabou morrendo sozinho, endividado e não desfrutando daquilo que para qualquer pessoa deveria ser o valor do reconhecimento. Para nós aqui, fãs ou pessoas que apenas acompanhavam a trajetória e a carreira do astro, nos resta escutar o refrão de uma de suas interpretações mais famosas e assimilar que agora, ela será voltada para o próprio cantor: I’ll be there (eu sempre estarei lá!)

* * * * *

Em tempo: hoje faz 4 dias da morte do cantor e ainda não cessaram os bombardeios nas mídias sobre o caso. De quinta à sexta, todos os jornais e programas televisivos foram dedicados a sua morte, sua história e a biografia do cantor. No fim de semana restou aos mesmos, apenas suitar as matérias já apresentadas e enxertar novas informações sobre os acontecimentos. Mas, venhamos e convenhamos: acho que lá de cima, Michael já teve provas suficientes de amor incondicional dos fãs à sua pessoa. Não precisamos ter uma overdose midiática sobre ele: tv, rádio, jornal, revista, internet. Só dá ele! Os demais acontecimentos do mundo não podem ficar em segundo plano. Até quem é fã, não vai aguentar mais!

26 de junho de 2009

Quer um conselho?


Ouvir nossos próprios conselhos, eis o desafio. Em certos momentos tranquilos de nossa vida nos tornamos as pessoas mais compreensivas e flexíveis do mundo, ouvimos quem quer que seja e nossos conselhos são dignos de elogios quando na verdade só aconselhamos o óbvio - na maioria das vezes - “Se conselho fosse bom não dava, vendia”. Não adotei essa frase na minha vida.Tudo bem, confesso que adoro dizer o que penso e colocar o meu “certo” como ponto de partida pra qualquer superação até por que desejo que no fim de tudo todos se sintam satisfeitos com minhas sugestões e não cobro nada por isso (risos). O que não dá é pra ser considerado perfeito, certo? Certo, mas nem sempre isso acontece.Por um bom tempo andamos em linha reta em uma estrada florida com o vento à nosso favor e pássaros cantando por todos os lados e nesse momento é o exato pra você acordar alguém seja de alguma ilusão ou um consequente sofrimento, entretanto, não esqueça que outros momentos virão. A estrada que até pouco tempo era alinhada, agora estar torcida. Nesses dias torcemos juntos pra que nenhuma pergunta seja feita e que nenhuma história no mínimo triste alcance nossos ouvidos caso contrário aquilo tornará nossa estrada cada vez mais desalinhada. Às vezes achar nossa história triste igualzinha a do outro é muito fácil, se o fim dele foi trágico então, já me preparo pro pior.Mesmo com nossas ótimas sugestões e com nossos maravilhosos ouvidos atentos à qualquer pedido, não precisamos exigir de nós mesmos tamanha dedicação ainda mais se o tempo que nos resta é restrito. Eu acredito que cada um de nós possua uma experiência forte o suficiente para evitar que os mesmos problemas alcancem pessoas próximas. O que vale a pena NÃO esquecer é : opinião pra ser apresentada precisa antes ser solicitada (eu sei, sempre falo isso). Chega daquele vício chato da inconveniência. No mais, converse, escute e aconselhe.

*Recebido por email, autor desconhecido.

25 de junho de 2009

Só isso e nada mais!



Negar minha tristeza, minha dificuldade, meus maus pensamentos,minha angustia e algumas vontades. Preciso me desprender da preocupação antecipada, sair da sala de espera dos problemas, não adianta viver assim. Não posso adivinhar o que estar prestes à acontecer e preciso aceitar que esse poder não me foi dado.Quero voar mais alto do que já voei, estou pousando numa pista que não me pertence. Ansiedade, meu defeito adquirido durante todo esse pouco tempo que vivi e não vejo a hora de me desfazer dela. Unhas quebradas, lábios levemente mordidos, eis o resultado de tanta ansiedade sem motivos. Preciso de uma praia, de um vento mais puro, contemplar as estrelas, conversar sozinha comigo mesma. Quero gargalhadas seguidas de lágrimas, abraços e beijos. Preciso de tempo pra repor minhas energias, preciso de uma oração pra me restaurar e me tirar desse cansaço. Preciso improvisar uns dias melhores com mais tranquilidade, sem nenhuma pressa de viver. 

Só isso e mais nada.

24 de junho de 2009

"Desconhecido íntimo"

Bom, toda pessoa na vida acaba tendo um desconhecido íntimo. As vezes até mais de um. Para quem não está entendendo, explico. Intitulei “desconhecido íntimo” aquela pessoa que nunca vimos mais gorda (ou magra), mas que por fração de segundos devido às circunstâncias passa a fazer parte de um determinado momento nosso. Porém, minutos depois, vai embora e nunca mais sabemos se vamos cruzar com o(a) dito cujo(a) novamente.

Cena clássica, transporte coletivo: Ônibus, trem, metrô. Todos os dias, uma gama de gente desconhecida invade, nem que seja o tempo de uma estação ou ponto de ônibus a sua vida. De maneira passiva, ativa ou até mesmo física. Como o espaço é restrito e os usuários muitos, ficamos espremidinhos de uma tal maneira que posso jurar que se fosse possível pela ciência, trocaria de corpo com outra pessoa ou até mesmo seria feita uma espécie de mutação perante as posições que somos obrigados a ficar. Numa ideia menos apertada, não existe privacidade e, mesmo que uma conversa esteja sendo feita baixinha vai ter sempre ouvintes. Estes são os "desconhecidos passivos" em nossas vidas. Aqueles que soltam um risinho, olham algumas vezes, mas não se intrometem. Já os "desconhecidos ativos" são aqueles que pela proximidade puxam papo ou entram na convesa existente. Que pode ir por caminhos mil: saúde, trabalho, vida pessoal, religião. Concordam ou não, contam suas experiências e no tempo do sinal tocar vão embora seguindo seus caminhos. Quem sabe amanhã encontraremos? Quem sabe não!

Mas o que os torna íntimos não é propriamente o fato de compartilhar as conversas e dar pitacos (coisa que carioca adora fazer), mas em determinadas situações a maneira como entra nelas. Na verdade, como age nelas. O desconhecido íntimo tem a capacidade de interferir na nossa vida momentaneamente. Ele se expõe, participa, muda. E posso dizer que em algumas vezes dá certo! Um desconhecido íntimo começou a falar de si, da vida e acabou me dando uma nova visão dos meus problemas, me proporcionando novas perspectivas. Ou também fez aquela festa junto comigo por uma vitória ou conquista pessoal. É fascinante!

Possui um rosto, mas não sei nome, telefone ou profissão. Outras vezes até tenho estas informações, mas não impede que no ponto de partida dele(a) vá embora sem lenço e sem documento, sendo apenas mais um corpo caminhando de costas, sumindo na multidão. Mas as palavras, um olhar e até mesmo o silêncio condescendente permanecem. Pode parecer loucura o que tô aqui falando. Mas para e pensa: não já aconteceu com você? Citei transportes mas em mercados, elevadores, filas, lojas, na praia e em todos os lugares existe um desconhecido íntimo esperando a oportunidade de fazer parte um pouquinho... Nesta jornada louca de correria e pouco tempo, temos e somos todos grandes desconhecidos íntimos uns dos outros, reafirmando a ideia de que nunca se está completamente só. Somos todos parte de um todo.


À vocês, desconhecidos que passem por aqui... beijos

23 de junho de 2009

"Dicionário de carioquês"

Bom, complementando o assunto de ontem, achei em meu mail, um textinho que recebi há algum tempinho e que gostei muito. Mostra a linguagem Carioca e também o quanto Carioca é descolado. Nem tudo segu ao pé da letra. E nem todas serve para todo muno, mas acho, mesmo assim, muito legal! Aí vai:

SER CARIOCA!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Carioca não diz SIM, fala JAH EH;
Carioca não briga, cai na porrada;
Carioca não entende, se liga;
Carioca não entra, invade;
Carioca não pede, impõe;
Carioca não reclama, protesta;
Carioca não mente, manda um caô;
Carioca não fala OI, fala COEH;
Carioca não fala vai, fala mete o pé ou vaza.
Carioca não pede DESCULPAS, diz FOI MAL;
CARIOCA não ama, se apaixona;
Carioca não diz Obrigado, diz VALEU;
Carioca não passeia, dá rolé;
Carioca não fala "MEU", fala "MANÉ";
Carioca não fala "TÁ ME TIRANDO, MANO?", fala "TÁ DE SACANAGEM NÉ!"
Carioca jamais é "MANO", carioca é sempre "MERMÃO"!
Carioca não ouve música, escuta um batidão;
Carioca não atende o celular dizendo ALÔ, e sim dizendo FALA AÊ;
Carioca não dá idéia , manda uma real!
Carioca não fica chateado, carioca fica BOLADO!
Carioca não conversa, DESENROLA;
Carioca não sai escondido, carioca dá um perdido;
Carioca não paga R$200,00 pra ver U2, carioca vai a praia e vê Stones de graça!!
Carioca num pede por favor, fala NA MORAL...
Carioca não tem MANO, tem PARCEIRO,BROTHER,FIEL....
Carioca não aparece, ele bota a cara!
Carioca não é marrento, é CARIOCAAA!!
Carioca nao usa tênis, vai de havaianas mesmo!
Carioca não fala tá certo, fala TÁ TRANQUILO!!
Carioca não fala DEIXA COMIGO, fala É NÓIS, TAMO JUNTO, TUDO NOSSO!
Carioca quando chega em outro lugar, nego já sabe que é carioca só pelo jeito de andar!!!
Carioca não pensa , carioca faz e pronto, se der merda deu.
Carioca não diz: "O QUE ACONTECEU? diz: "QUAL FOI?"
Carioca não fala "OI TUDO BEM?", manda logo um COÉÉÉÉÉEÉ PARCERO,TRANQUILIDADE IRMÃO?";


CARIOCA NÃO É SÓ NASCER NO RIO.. É UM ESTILO DE VIDA!!!! (eu não disse?? rs)

22 de junho de 2009

Do alto do morro...

Ser carioca, constatei, é mais do que um jeito de ser, e sim um estilo de vida! Principalmente, dos que têm menos. Domingo fui na casa de uma amiga. Ela mora em uma das comunidades mais conhecidas do Rio: Rocinha. Apesar do frio cortante que estava lá em cima, a vista do famoso “visual” era de deixar não só turistas, mas qualquer nativo do Rio de boca aberta – tal qual eu fiquei. Até agora a imagem não me sai da cabeça, mas não encontro palavras para descrevê-la. Tinha uma luz vinda das fendas de sol entre as nuvens, uma calmaria no mar, o verde das matas, os barquinhos deslizando, parecia uma paisagem pintada. uma enorme sensação de paz me tomou. Muitos poderiam me dizer que não há razões para eu me sentir em paz no morro: há muita violência, tiroteio, invasão da polícia, gente do mal. Pelo contrário, mesmo com tudo isto e mais a miséria, falta de saneamento, pouco dinheiro no bolso e condições não favoráveis para moradia, é lá que encontro apesar das dificuldades o melhor do povo brasileiro; a essência carioca.

Nós “aqui do asfalto” ficamos sendo diplomáticos, dando uma de puritanos e pregando falso moralismo a torto e a direito. Lá em cima é papo reto: é ou não é, e ponto! Aqui em baixo gastamos o que temos para ter status e sermos reconhecidos pelo que temos, almejando sermos populares. Lá em cima faz-se festa mesmo sem poder, pois cada um contribui com o que não tem para dar graça à vida e ânimo a jornada dura que se inicia. E por falar em dureza, reclamamos à beça da vida difícil. Na verdade, o povo daqui debaixo, ainda conta com uma série de vantagens que os lá de cima não têm: ganhar renda mensal de mil e poucos por mês é ruim, mas ganhar um salário mínimo para sustentar uma família toda deve ser muito mais. Reclamamos da violência, dos serviços públicos não competentes, da decadência dos hospitais municipais e de mais um monte de coisas. Mas e eles “lá” que não tem saneamento básico, iluminação eficiente, realmente utilizam os hospitais precários e que muitas vezes chegam cansados do seu “trampo” e nem em casa podem entrar, porque o morro ta em guerra? Quem sofre mais?

Nem por isto deixam de festejar sem luxo, mas com calor. Que rima com amor e isto eles têm de sobra. Não que aqui embaixo sejamos insensíveis. Óbvio que não. Mas posso comprovar, que, quanto mais humildes forem as famílias, as casas e as vidas das pessoas, mais elas têm a oferecer e a doar. Impressionante! E não é só vontade de agradar, não! É questão de dar o melhor de si. O mundo não se resume só aos muros das residências e nem ao cotidiano que rodeia. Lá pra cima, é muito mais. Todo mundo conhece todo mundo e todos se ajudam mutuamente, independente do que for. Solidariedade bem que podia descer ladeira a baixo a cair no colo dos cidadãos do asfalto. Enfim... mesmo com todos os estigmas, muitos moradores de comunidades tentam se livrar do rótulo de favelados, e mostrar à cidade maravilhosa, que, na humilde vida deles são exemplo vivo de como ser carioca na dura realidade de todos os dias.

19 de junho de 2009

A casa caiu!


Hoje, pouco me pronunciarei com diplomacia. Primeiro, tô com raiva! Nem é bom falar muito nestas horas pra não sair besteira. Segundo, tem muita gente falando: certo, errado, qualquer coisa, o que dá na telha sem nem saber direito. Procuro respeitar as opiniões pela vida, ser imparcial (aprendi na faculdade de jornalismo), mas confesso que no momento, é pedir demais. Tô me sentindo injustiçada, assim como acredito estar boa parte da classe de jornalistas, formados academicamente. O STF ter votado contra necessidade de portar um diploma para atuar no mercado de trabalho como jornalista é assinar embaixo de que a educação no Brasil está cada vez mais desvalorizada, desnecessária e desacreditada. Dando ênfase à crença de que se aprende na marra, com a cara e a coragem.

Admito: não vou me fazer de rogada e vendar os olhos para uma prática que vem acontecendo desde sempre. Os grandes “monstros” do jornalismo, consagrados com prêmios e tudo, que começaram suas carreiras há muitos anos não portam diploma e nem por isto deixam de realizar um esplendoroso trabalho. Tivemos e temos ótimas reportagens respeitando as normas de cada veículo e do jornalismo. Eles, além de terem talento, realmente aprenderam como se faz, sem a “receita do bolo”. Tentaram, inventaram e deu certo. Hoje a referência são eles, ta aí! Assim como muitos escritores ou aspirantes à um, que estão por aí e escrevem bem pacas. Mas não têm a intenção de ocupar a cadeira do outro.

Há ainda a outra vertente e isto é discussão pra burro! Apresentadores. Com talento? Alguns, sim! Mas que abriu a porta para incentivar uma gama de pessoas que aprendem (porque nem sempre é natural) a se portar diante da câmera e interagir com o público a ocupar o lugar de um jornalista. Seus programas tem quadros, matérias, pesquisas e tudo o mais que poderia ser coordenado por uma equipe jornalística mas acaba virando apenas entretenimento com informação. Diga-se de passagem, nunca em tempo algum como hoje, o QI e o oportunismo desenfreado foram tão grandes a ponto de engajar sem ao menos comprovar competência. Nem entro mais no mérito da experiência. Vamos ser francos: se antes bastava ser amigo do filho do dono ou ser bonita para ter passe certo, imagina agora, então? Continuo a afirmar que em qualquer profissão, a teoria não existe sem a prática e vice e versa. Mais ou menos como corpo e alma. Não dá pra ter mais uma e menos a outra.

Mas, por conta de atitudes, endossada ontem, pela Justiça qualquer especialista em determinado assunto ou quem tenha boa ortografia, anos de prática em determinado ramo, pode ser jornalista. E as faculdades agora, como ficarão? É muito trabalhado nas faculdades de comunicação social, pois não é fácil ser formador de opinião, construir textos informativos mudando a linguagem de acordo com o veículo e se fazer de ética da profissão. Fora as edições, as externas, diagramações e tudo o mais. Alguns (possivelmente os não-portadores de diploma) podem argumentar que tudo isto se aprende no dia-a-dia. Mas o que é mais necessário: ter um profissional consciente do seu papel e preparado para aquilo que vai vivenciar ou ter uma pessoa competente que vai alinhavando pelo caminho as experiências?

No meu inconformismo por ver meu esforço ser rebaixado a “qualquer um pode fazer” e a não valorização da vocação e talento, resta esperar que as grandes corporações e empresas sérias continuem se fazendo do conhecimento adquirido nas salas de aula. Que se faça necessário comprovar que é um profissional completo. Afinal, eu não posso entrar em uma sala de aula e discorrer sobre determinado tema somente porque eu entendo, ou acredito que entendo. Me seria cobrado uma licenciatura. Da mesma forma não posso somente entender de leis tributarias, penais e civis e entrar em um tribunal e advogar. Ou fazer um cursinho de medicina e praticar consultas e operações. Se cada carreira possui suas especificidades e regras para ser exercida, porque o Jornalismo tem que ser bagunçado? Já não basta na hora do orçamento apertado o departamento de comunicação ser o primeiro a ter cortes simplesmente porque acham que qualquer pessoas sabe desempenhar bem o papel de um comunicador? Se fosse tão simples a comunicação empresarial não teria se estendido tanto com novas ramificações para que comunicólogos auxiliem na linguagem utilizada, na circulação da informação, na compreensão dos funcionários, na gestão da empresa.

Tô revoltada porque passei quatro anos na faculdade, cara, estudando textos de teorias para entender o porque o jornalismo é feito assim, a importância e dimensão da informação para vir outro alguém e resolver fazer do jeito que acha certo. Tô revoltada porque verei o que aprendi com tanto empenho, o que é lead, sub-lead, pirâmide invertida, sonora, técnicas de redação e entrevista irem ralo a baixo por quem apenas vai escrever um texto coeso e limpo. Tô revoltada porque ainda enquanto estudante, ralei para conseguir estágio disputando vaga pra hoje, qualquer pessoa que se julgue capaz ir lá e entrar. O deadline do jornalista com diploma se aproxima.

Mesmo entristecida com a notícia que me deixou mais desanimada com o mercado de trabalho, fico feliz por ter certeza de que fiz a faculdade que eu queria, na profissão que eu gosto de exercer e satisfeita por ter passado pelo processo de aprendizagem e conseguido me formar com êxito.

Jornalistas graduados, não desanimem, ainda há espaço para nós! Futuros jornalistas acreditem na formação acadêmica. Ela faz a diferença. Se não para todos, ao menos para você, fará.

17 de junho de 2009

Quero é colocar meu cavalinho na chuva

De uns dias pra cá, tenho tido vontade de mudar de vida. Não, calma! Não é bem uma síndrome de Raul Cadore da novela das oito e jogar tudo para o alto, assumir uma nova identidade e descartar o antigo como se nada fosse. Apenas vontade de ter ao menos por um tempinho, uma rotina diferente, experimentar algo novo. Sempre me considerei uma pessoa muito urbana: gostando de tumulto, barulho, acontecimentos a toda hora em todo lugar... Agilidade que tenho habitualmente e que nem me dou conta. Sem falar que, nunca parei para cogitar a vida sem os avanços tecnológicos e domésticos que nos auxiliam tão bem. Com tudo isto, fiquei aprisionada em um pensamento de "gente da cidade grande" de que a vida assim é maravilhosa, nosso mundo é perfeito e melhor. Prova do nosso equívoco são nossos males: depressão, stress, ansiedade e as síndromes da vida (a mais conhecida e temida é a do pânico). Vê se as pessoas das cidades pequenas sabem lá o que são tantos problemas de saúde? E caso saibam é um ou outro, não tudo junto, como já vi muita gente ter! Ando querendo desligar o celular, serenar em um cantinho, sem correria e tendo mais a natureza ao meu redor. Nada de carros frenéticos, gente gritando, horário para tudo, assaltos, tumulto, medo e uma constante pressão de metas e produtividade. Com o passar do tempo e tornando-se habitual, nem percebo todo essa confusão que me cerca. Tô cansada, quero relaxar, e me vêm a mente aquela frase: "...eu quero uma casa no campo...". Pois bem, é mais ou menos por aí! Tudo bem que eu sou mais chegada a praia, mas agora, meu desejo é campo! Gostaria de ir para alguma cidadezinha do interior, estado do Rio mesmo e desfrutar da calmaria, do bom entrosamento com os moradores locais, que em muitos casos são poucos e quase todos se conhecem. Usufruir do ar fresco, de comidinhas caseiras, violão, fogueira e... acreditem: andar à cavalo. Admito que esta última ideia me empolga mas não me encoraja muito. Acho cavalos, depois dos cachorros que eu amo, o segundo animal de estimação mais leal ao dono que existe. E quando penso neles, imagino que em cima de suas celas exista uma sensação de liberdade e desprendimento que não se pode encontrar em outro lugar. Pelo menos ali, se não temos certeza, fica a sensação de que obtemos o controle. Obviamente, com as rédeas na mão (do cavalo) podemos administrar para onde ir. Mas o sentimento é de posse de nossas próprias vidas. Porém, o medo de ter caído de dois cavalos na infância ainda me deixa receosa. Tudo bem, o 1° tombo nem foi tão feio assim, feio é a reputação que foi de um poney, nem cavalo era. O segundo foi pior, não tão mais perigoso porque fui caindo em efeito slow, rs... Desde que vi o filme "Encantador de Cavalos" o desejo me consumiu mais. Falta Coragem! Enfim, voltando ao assunto principal, gostaria de passar uma temporada assim, renovando forças na "vida inventada" pra quando cair de volta na "minha vida real". Não é que a vida das pessoas de cidade pequena seja mais fácil, menos preocupante ou cheia de regalias naturais, o que basta para ser feliz. Não! Mas existe uma "coisica de nada" neles, que faz toda a diferença aqui, para nós: simplicidade! São felizes na simplicidade que tem. E, ouso até a dizer que, sem terapeutas, analistas e psicanalistas para canalizar os problemas acham soluções imediatas (nem sempre práticas) e amadurecem com mais sabedoria. Aprofundando um pouco mais, em teoria própria tirada sabe-se lá de onde, acredito que "falem" mais com Deus. Contudo, ando cansada da minha vida com muita gente, atividades, hora pra tudo, obrigatoriedade de estar sempre em eventos, festas, nights; quando na verdade, só quero um tempo para mim, comigo mesma. Não é reclusão, nem vontade de ficar isolada e sim desacelerar. Aproveitar as minuciosas sensações e momentos únicos que a vida pode me proporcionar. Que no vai e vem das horas, no tumulto diário, não percebo nada e nem ninguém.


Me despeço do post mas a imagem que ainda fica é a minha em paz em cima de uma cavalinho bem calmo em um pasto verde sem fim.

15 de junho de 2009

Cabeça cheia é = coração vazio?

Nestes dias que fui obrigada a fazer repouso por causa das crises de enxaqueca, quando a cabeça não doía demais, eu conseguia me ater a outros pensamentos. Até mesmo para me distrair da bodega da dor. Privada de uma interação maior com o mundo lá fora, me restou bater um papo mental com o meu mundo interno. Comecei a pensar no quanto hoje em dias as relações, os comportamentos, as intenções tudo virou muito superficial. Não é só a informação que tem a obrigação de ser rápida, dar conta de todos os assuntos e estar em todos os lugares. Os relacionamentos também passaram a adotar esta prática. Será que a ideia de lidar com um público heterogêneo, cada vez mais exigente e que preze a quantidade mais do que a qualidade é o futuro? Vejo hoje, uma grande quantidade de pessoas interessadas em arrumar um companheiro(a) sério, mas por outro lado, há uma gama de atrativos que fazem com que as pessoas queiram parceiros momentâneos e de conveniência. Talvez por não saber ficar sozinho(a), pode ser por querer mostrar que está sempre "podendo" também. Ou, por constatar que estamos ficando vazios. Nos enchemos de um monte de ideias, mas poucas trabalhamos arduamente em cima e colocamos em prática. Conhecemos muita gente, mas privilegiados são aqueles que realmente nos conhecem e que podemos chamar de amigo. Conversamos com o mundo de maneiras mil, mas será que absorvemos de fato tudo que nos foi dito? Começo a crer que olhamos e não vemos; ouvimos mas não escutamos; falamos mas não proseamos. Tá tudo muito corrido e concorrido, sortudo é aquele que chega na frente! Porém, começo a perceber que sortudo é aquele que consegue passar pelo caminho sem perder sua essência para o mundo que suga ao máximo de um ser e ao mesmo tempo tolir suas atitudes, poda seus sentimentos e coordena os pensamentos, conclusão: cria-se um modelo, ditado às regras do imediatismo e objetividade, consequências do mundo moderno. Cadê aquela pessoa que começa o dia cumprimentando os outros a sua volta, interage com tantas outras no trabalho, trocam experiências e são despretensiosas de julgamentos e percebem o tempo, os cheiros, as lembranças, as personalidades, as histórias, as palavras, um olhar, uma risada, um abraço e aproveitam para explorar ao máximo tudo isto, fonte de imensa riqueza de conhecimento e vivência para ela? Acabou com a demanda maior que a oferta? Acabou por que são "lentos" demais e a vida é "mais, sempre mais" rápida, veloz e superficial? Não sei se foi delírio total da minha mente que já me saturou com as pontadas de minuto em minuto. Ou talvez reflexões de alguém persistente, mas sob algum aspecto, desiludida. Não com a vida, não com as pessoas, não com os romances e amizades, mas quem sabe comigo mesma. Por me deixar fazer parte deste círculo vicioso que chamam de era digital, século XXI, globalização ou sei lá mais o que... Minha cabeça dói mais, não sei se porque pensei ou porque pensei e não cheguei a conclusão real alguma. Uma coisa posso garantir: se minha cabeça anda vazia embora demasiadamente ocupada e plugada o tempo todo com decisões mil, meu coração está cheio de inúmeros sentimentos bons a dar.


Conselho do dia: sejam cabeças-vazias! Hoje, não vejo mais como uma ofensa. Quanto mais relaxada e calma está minha mente, mais tenho tempo para ser, fazer e sentir!



Beijos e boa noite!

14 de junho de 2009

No dia dos namorados... namoro a mim!

Este fim de semana foi em casa, dormindo mais do que outra coisa. Juro que não tem nada haver com depressão pelo dia dos namorados. Inevitalvel não sentir uma certa tristeza por passar esta data desacompanhada. Ainda mais quando os anos vão avançando e vê-se a "não tão vantagem da solteirice na flor da idade". Até porque esta flor já teve algumas pétalas caídas pelos caminhos da vida. Mas, contabilizando meus 26 anos, e levando em consideração de que comecei a namorar aos 14, até que passei bo parte desta data acompanhada. Digamos que nem sempre com o suposto acompanhante determinado como "namorado", mas no quesito relacionamento, ocupava o lugar, rs. Mas enfim. Se eu estivesse em condições, teria aproveitando este dia para me juntar com os outros tantos mil solteiros em barzinhos e boates e, na contramão da melação dos casaizinhos com beijos apaixonados (não que não rolaria nenhum nestes lugares) tentar demonstrar as vantagem da solteirice carioca. Este ano estava bem, em dia com meu estado civil! Os anúncios, as lojas, as músicas e tudo o mais voltado para "o amor está no ar" não estava me irritando! Mas, o que tirou meu sono, paciência e vontade de fazer qualquer coisa foi a bendita dor de cabeça constante, denominada enxaqueca. Pois é, descobri que a tenho deve ter uns dois anos, e desde lá, mudou completamente minha vida. quando ela me "ataca", fico sem chão. É como se me tornasse impotente diante da dimensão dela. Os males que ela trás consigo me destruísse. Fico sem perspectivas e para baixo nestes momentos. Este final de semana, em vez de dedicar à saídas e diversão, tive que me contentar com remédios, cama e escuridão (pois luz e barulho incomodam). Nestas condições não é difícil deduzir que o final de semana foi fraquinho, mas em tempo muito bom para estar com a família e receber daqueles que incondicionalmente estão ao meu lado, carinhos e cuidados. De qualquer forma, me restando tempo de sobra (quando a cabeça permitia) para pensar em outros assuntos, conversa para outro dia.

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Domingo seguiu da mesma forma, apenas acentuado pela revolta do meu time ter perdido de 5x0. Quer dizer, goleada né? Inexplicável para qualquer torcedor. Não importa o quanto o técnico e os jogadores se justifiquem. O que importa é o placar. E o que fazer com o grito de MENGOOOOOOO entalado na garganta? Só resta guardar para soltar não sei quando.

Beijos e até amanhã, quem sabe...

8 de junho de 2009

E o respeito? Foi pra casa da mãe Joana!

Segunda-feira, com sol e nem sinal de frio por enquanto! Situação suficiente para irritar os cariocas que foram forçados a ficar em casa neste domingo por causa de uma mudança brusca de temperatura. Quer dizer, brusca, não! Às portas do inverno, nada mais natural. Mas para nós que não estamos acostumados a este clima, pois aqui nesta época do ano dá altas praias, fico desanimada quando vem uma "frente fria". Meu domingo foi vendo TV, comendo pipoca enrolada no edredon. Programão... para não dizer o contrário! Mas não posso reclamar de todo. Sábado, resolvi colocar a diposição para fora do armário, tênis no pé, munida de casaco (hoje não acho mais que aguento frio pra cassete, rs) e alguns copinhos de Red Bull, voltei às origens e fui com um grupo de amigos para o Nana Fest (conhecida como micareta) no Riocentro. Se eu bem me lembro (pois estou chegando a conclusão de que minha memória vai de mal a pior a cada dia) há alguns anos, certas atitudes ou realmente não me incomodavam ou passavam despercebidas pois eu estava eufórica querendo curtir cada segundo do evento. De acordo com minha mãe, primeiro sintoma de que a idade se avança: intolerância com aquilo que achávamos o máximo! Hoje eu foco para curtir o show e a cia. dos meu amigos. Esta alegria desenfreada misturada a falta de educação de quem acha que pode tudo, turbinada com álcool seja lá de que espécie for, já me deixa desanimada. Mas, ingresso comprado e tudo acertado, não tinha como fugir. Depois de tantas mil ligações para o povo atrasildo, lá fomos nós, com 1h de atraso curtir o show. Nem pensávamos que a aventura apenas começava. Lá pelo meio do caminho ainda, estava ficando irritada com um certo grupo de pessoas que foi conosco na van e que, em sua alegria contagiante não parava de gritar e falar palavras um tanto desagradáveis mas que hoje usa-se em qualquer contexto: triste, alegre, para xingamentos ou comemorações. Enfim... cada um com seu cada um, mas eu não estava com vontade de aturar aquilo. Adotei a tática de entrar na bolha e não no clima. Chegamos, amém! Cada grupo para seu lado, ainda ficamos fazendo o tradicional "esquenta" do lado de fora e entrar só no auge do evento. Alguns empecilhos retardaram nossa entrada, mas depois de algum tempo e a situação contornada, enfim, rumo ao nosso objetivo! O show até que transcorreu perfeitamente bem. Sem maiores problemas. E eu que já havia feito uma preparação extra, nem tive a oportunidade de usar (frustrante!). Tudo ia muito bem até a hora da ir embora. O encontro que já estava acertado foi um desencontro total. Cada um chegou em um horário (menos a galera que estava junto comigo) e ainda tinha gente perdida. Como se não bastasse, havia um brigão entre nós. Sim, um estereótipo de Zeca da novela das oito que resolve tudo na porrada. Como duvido que um tipo destes veja novela, acredito que seja reflexo de sua educação. Ou melhor dizendo, falta dela! Chegou alterado, falando grosseiramente, desrespeitando todos ali presentes e ainda querendo brigar. Depois do tumulto formado e aparentemente resolvido, outro caos dentro da van. Agora agressão (porque a outra parte não revidou). O motivo: ele (acusador) disse que o cara faltou com respeito à namorada. O "cara" (acusado) dizia que não, quando conseguia dizer. Impondo sua vontade, fez o que deu na telha, sem se importar com as outra pessoas presentes no local. Depois de toda a viagem tensa e mais 2 horas rodando por bairros sem dizer palavras, cheguei em casa, sã e salva. Mas cheia de raiva! O dito cujo marrento e machista acusava alguém de falta de respeito. Mas o próprio era uma junção de falta de tudo: respeito, educação, civilidade, noção e bom senso! Foi um fato isolado na noite, mas não incomum na cidade. Nossa sociedade perdeu o respeito. Ao próximo, aos locais, a vida e até a si próprio. Tudo é reduzido a "eu faço o que acho certo". Algumas vezes até têm-se razão mas pela maneira como se procede acaba perdendo qualquer coisa. Estamos na era da geração da intolerância, violência e prepotência. Como jornalista que sou, vou defender meus veículos comunicacionais. Nas revistas especializadas em entretenimento, chovem cartas criticando a autora Glória Peres, de Caminho das Índias pelo excesso de atitudes violentas e de descaso do personagem Zeca. Dizem que vai influenciar os jovens a agirem de maneira inconsequente. Que a vida imita a arte. Será? Não será no caso das novelas e seriados de TV uma pausa para repensar até quando é ficção e até quando o mundo vira um workshop pros atores? Mesmo que o Zeca, filho protegido de um endinheirado advogado sumisse das telas, ou outros Zecas anônimos, não menos importantes em suas ações, deixariam de existir? No final de novela, até para fazer valer a lição, com certeza o ator Duda Nagle será punido. Mas os Zecas da realidade, muitos continuarão impunes.
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Sai dia, entra dia e a arrogância de pessoas que acham que tem o direito sobre tudo continua. Em menos de 24 horas do ocorrido anterior, presenciei perto de minha casa um grupo de adolescentes que nem tirou suas fraldas ainda, atentando contra um filhotinho de cachorro abandonado. Quem me conhece sabe: sou apaixonada por animais e não tolero crimes de crueldade contra eles. Já não basta algumas pessoas não terem consciência de que se trata de um ser vivo, de 4 patas mas é vivo, e terem para si que são como brinquedos descartáveis. Este gupo, de classe média, aparentemente entediado por não sair de casa, estava atraindo o animalzinho para dentro do prédio para dar vassouradas nele! Vê se pode. O pobrezinho, faminto, com frio e sem saber de muita coisa, já ia! Ainda bem que existem pessoas que independente do objeto da crueldade não fazem descaso para a barbárie. O porteiro intervir e ameaçou chamar os pais destes meninos. Eu, já traumatizada com a ineficiências de alguns pais que deveriam educar mas no lugar passam a mão na cabeça ou nem querem saber das ações dos filhos, bem menos educada ameacei pegar a mesma vassoura e sentar na cabeça deles diversas vezes, pra saber se eles iriam gostar. Espantados olharam para mim sem nem saber de onde eu tinha saído. Algumas pessoas ao meu redor incentivaram. O pobre cachorrinho foi embora e parou metros à distância do prédio. Eu, temerosa em ainda acontecer alguma coisa fui embora para casa. Reafirmando minha conclusão do dia anterior: Respeito minha gente, não é uma coisa que simplesmente se adquire ou aprende a ter. Nascemos com ele embutido e somos incentivados a exercer constantemente, seja com pessoas, com animais, com plantas e até com nós mesmos!
Hoje foi um pouquinho extenso, mas o assunto, nos dois dias, me deixou muito possessa!
Beijos e tenham uma excelente noite...

5 de junho de 2009

Corrida à favor da água.

Rio de Janeiro, 5 de junho de 2009: Dia Nacional do Meio Ambiente!


Hoje, mais do que nunca é um dia para parar e colocar a mão na consciência. Não só pelo mal uso dos recursos naturais como para o alerta de que, se não soubermos administrar bem o uso da água, ela vai ser escassa. Ou seja, a água pode acabar! Diariamente temos inúmeros desperdícios de água e já há programas implantados pelo governo (escolas e comunidades carentes) que auxilie a população a diminuir o desperdício e saber utilizar este bem comum de maneira responsável! Esta nova política de uso não só vai fazer um agrado ao bolso mas como ao planeta também. Não nos damos conta da importância da água em nossas vidas e para nossa sobrevivência porque ela está sempre ali. Mas será que não conseguimos refletir um instante como seria a vida sem ela? Além da falta de água acarretar problemas de saúde, desigualdades e pobreza, ainda pode contribuir para acelerar ainda mais o processo do Aquecimento Global. A Unesco divulgou recentemente um relatório onde afirma que até 2030, milhões de pessoas podem sofrer com a falta d'água no planeta. Já que com o crescimento desordenado da população e sem um plano de controle a demanda de água pode exceder mais do que as reservas e estoques global. Segundo a Unesco, em entrevista ao site do Globo, hoje em dia, os dados já são alarmantes: "Na África, meio bilhão de pessoas já padecem com o problema. Cerca de 80% das doenças nos países em desenvolvimento estão ligadas à água, causando três milhões de mortes precoces a cada ano. Cinco mil crianças morrem de diarreia por dia no planeta, sendo que 10% dos casos poderiam ser evitados com medidas básicas de higiene e saneamento. Claro que se fomos pensar no Meio Ambiente, há tantos outros tópicos para se preocupar: o desmatamento das florestas, o crescimento demasiado da população para área de preservação, animais em extinção, poluição do ar, queimadas, o lixo nas cidades e oceanos... uma lista que não acaba mais. Porém diante deste alerta, acho que a prioridade seria repensar o valor e os meios de utilização de água potável no planeta. Segundo Comitê Brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, o Brasil mostra avanços significativos na área de preservação do meio ambiente, em relação aos 20 anos anteriores, mas ainda tem um amplo dever de casa a cumprir. De gestos pequens, chegaremos a um grande resultado, pois brasileiro tem mania de comparação: "- se fulano não faz, porque é que eu vou fazer?". Porque que pensa em economizar, quem pensa no próximo e em si mesmo, quem faz a sua parte sem esperar que façam também são as pessoas que têm grande chance de sobreviverem em um mundo que se formará diante de nossos olhos, há um futuro não tão distante. Foi-se o tempo em que se via filmes de ficção na TV e pensava que nunca iria acontecer conosco. A cidade sob rigidas leis, destruída ecologicamente, população sem direitos, só deveres! Se não acordarmos hoje para contribuir com as mudanças que salvem nosso planeta e ainda podem garantir nossa sustentação, amanhã poderemos acordar e um destes filmes, só que permanentemente.


Vamos repensar o valor não só dá água mas dos recursos naturais em nossas vidas. E acima de tudo, respeitar!!!!


Beijos e bom final de semana.

4 de junho de 2009

E a vida não imita a arte...

Esta semana iniciei uma nova leitura! Adoro ler, qualquer tipo de gênero. Além de trazer conhecimento sobre os assuntos e ampliar o vocabulário, a leitura propicia uma viagem para o imaginário e reflexão sobre os mais variados tópicos. Desta vez, o livro escolhido foi um que havia dado de presente para a minha mãe em alguma data comemorativa. Lembro-me dela ter dito que havia gostado e se surpreendido pelo talento da escritora, já que como atriz, não deixava dúvidas quanto a sua competência. Porém, acho que nossa escritora não só se achou com as palavras como desvendou um mundo que, para a maioria de nós "não famosos" acha que não existe. A responsável por esta informação ter sido "revelada" é a atriz Maitê Proença. Atriz com prêmio na TV, no cinema e no teatro, que em 2003 iniciou a publicação de suas crônicas na revista Época e em 2005, publicou este livro "Entre Ossos e a escrita" . Em 2006, estreou o programa Saia Justa, no GNT no qual faz parte até hoje. Acredito que não seja uma exceção no dia-a-dia dos artistas altos e baixos, mas sim para o conhecimento de nós telespectadores. Pude observar o por trás das câmeras, o making off da vida da celebridade. Nas páginas do livro da vida, descobri com a Maitê que os artistas também vivem as mais variadas circunstâncias igualmente a nós: choram, comentem gafes, tem problemas, frustrações, decepções, crises de relacionamento e familiar, têm saudades, medo do abandono, sofrem de amor e suas vidas não são perfeitas como muitos fazem questão que a gente acredite que seja. E mais, descobri que apesar das mulheres ocuparem cada vez mais espaço no mercado de trabalho e competirem de igual com os homens não só em salários mais em cargos não desfez a sensibilidade e as mazelas do mundo feminino. Nem a obrigatoriedade de estar sempre em forma com o corpo ditado pelos padrões da moda, nem a tal independência feminista com relação aos relacionamentos amorosos com os homens. Resumindo o coração das mulheres não enrijeceu! E nem as expectativas mudaram ou deixaram de existir. O que pude concluir é que a pesar da carreira bem sucedida e de ser bem resolvida com ela mesma quantos as questões do corpo, sexual, familiar existe uma Maitê que sente falta de um homem que cuide dela, de alguém que dite as regras. Assim como nós, não consegue superar o fim de um relacionamento e este, por consistir em amar "seu homem" (como ela mesma diz) tanto, não consegue se desvencilhar: e vai e volta e volta e vai. E nesta roda doida da vida, ela surta, tem dias de raiva, de saudade, de amor, de recuperação, de entrega, de vazio. Maitê abriu a porta para uma questão em debate hà milênios: mulheres bem resolvidas com a vida e com elas mesmas não sentem solidão? Realmente são autossuficientes? Ou tudo é só aparência? Assim como ela, eu começo a achar que tudo não passa de uma regra imposta para o comportamento das mulheres modernas. E nele, as feministas gostariam de acabar com todos os resquícios de fragilidade, dependência e necessidade que exista tanto de um amor, como da aprovação comportamental ou fisicamente. Mas e aquelas que não querem abolir isto de suas vidas? E aquelas que apesar de toda a realização profissional e pessoal mesmo assim ainda quer alguém para cuidar delas, dizer que gosta, escolher o jantar, dar palpite na roupa. Toda mulher por mais independente que seja gosta de saber que existe alguém que se importa, que sente ciúmes, que briga, pode até ter um certo comportamento machista, mesmo assim há quem goste. Depois deste livro, me senti mais à vontade com as minhas não aceitações e questões pessoais. Se nem os artistas vivem a vida de conto de fadas que interpretam, nós os espectadores temos o direito de errar, fazer besteira, voltar atrás, se descabelar e rir. Afinal, o que é a vida sem estes momentos de loucura e insanidade? E a vida, é comum a todos nós!

Como diz nosso sábio Chico Buarque numa estrofe de uma de suas famosas canções: "será que é uma estrela? Será que é mentira? Será que é comédia? Será que é divina a vida de atriz?". Será????
Até...

3 de junho de 2009

Outono, estação das sensações


Outono, a gente pisca e ele chega! Nesta época do ano sempre fico um pouquinho mais introspectiva. Não sei ao certo porque. Acho que o frio vai calando as palavras, deixando-as somente no pensamento, para este vagar por aí. Olho ao meu redor e vejo a cidade se encolher. As ruas ficam mais vazias, as pessoas tentam se proteger do frio da noite. Não existe mais aquela alegria contagiante nas calçadas, e na volta para o trabalho me parece que as pessoas são acometidas por uma pressa mais do que o habitual. Hoje está uma típica tarde de outono: após o sol se esconder por detrás de prédios até se perder no horizonte começa a soprar um ventinho frio anunciando a proximidade da noite onde a tendência é fazer mais frio ainda. Bom, para os amantes deste tempo frio, o clima está uma beleza! Confesso que, eu que já sou friorenta por natureza, não me agrada nada dias assim! Prefiro verão, praia, calor, pouca roupa e diversão adoidada nas noites estreladas e quentes, de preferência ao ar livre. Saem as saladas, o chopp e os pratos light e entram caldos, queijos e vinhos, fondue. Não posso negar que no tempo frio, a culinária seja mais caprichada e melhor apreciada.. E por falar nestas duas palavras, elas de adaptam às roupas e acessórios usados na estação. As pessoas se vestem melhor e tem mais prazer em se arrumar (sem falar para se proteger do frio) e nesta época maquiagens, casacos e botas tiram de cena as roupas de praia, shorts e regatas e sandálias rasteiras. Ah... saudades! Taí, outra coisa que o outono me traz: lembranças! Talvez lembranças saudosas do verão, que para mim passou muito rápido; talvez por ser uma estação calma e a gente não tenha tido tempo de ser mais do que fazer. Enfim, não desgosto da estação. Embora para mim anoiteça muito rápido (risos). Mas há uma cor diferente no entardecer e uma sensação gostosa também. No verão, aplaude-se o pôr-do-sol, no outono a gente contempla, é um sentimento de autoreflexão de que vem da alma! Dias bons para colocar a leitura em dia. Para ver bons filminhos (pede-se um cia. a tira colo, mas caso não role, só também é legal de curtir), ouvir boas músicas e aproveitar o tempo consigo. Pra mim, acima de tudo o outono representa isto: uma estação para se dar mais atenção a nós mesmo. Por que? Nem eu sei!

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E foi numa destas noites de outono que nasceu Lucas, já apelidado carinhosamente por mim de Luquinha. Apesar de ter sido uma noite fria, não faltou calor no coração daqueles que tanto o aguardavam, loucos para vê-lo, saber com quem parece, de que cor são os olhos, cabelo, como é a mãozinha... tudo! Abraçar, beijar pegar no colo. Em uma noite silenciosa e calma, com seu choro de chegada ao mundo, Luquinha já começou a bagunçar a vida da família e trouxe consigo muita alegria! Só me resta desejar não só a ele mas a minha amiga Flavinha que tenham muitas felicidades juntos.

Por hoje é só... amanhã tem mais!

beijos

2 de junho de 2009

A gente se acostuma a tudo na vida...


Já disse João Ubaldo Ribeiro, em seu livro de coletânea de crônicas e contos de mesmo nome que o título. Será mesmo verdade? Algumas vezes me disseram esta célebre frase. Na maioria delas, concordei prontamente! Na verdade, acho que a maior parte da minha vida passei acreditando cegamente nisto. Que nem tudo é como a gente quer. No entanto, isso não quer dizer que não é tudo do que precisamos. Muitas vezes, as coisas que a vida nos coloca pelo caminho são bem melhores do que as que gente esperava. Sim, de fato! É mais ou menos como traçar um caminho, mas exatamente no meio da viagem acontece um imprevisto e temos que mudar a rota. Então pegamos um caminho que pode até ser maior e não tão prático ou satisfatório de início mas que nos mostra uma série de oportunidades que se estivéssemos no caminho predestinado, talvez não tivéssemos a chance de ver. Bom, quando as coisas são vista desta forma, sim, vale a pena não só acreditar como fazer valer a pena este olhar inovador e aproveitar o prazer do inesperado. Mas e quando as adaptações são forçadas, não nos satisfazem nem um pouco e não nos conformamos por esta ou aquela situação? Claro, todo lado ruim, tem sempre seu lado bom e temos não só que enxergar como saber aproveitar. Mas por estes dias, comecei a me dar conta de que talvez nem tudo na vida seja para a gente aceitar como se não tivéssemos escolha, como se fôssemos obrigados a conviver desta ou daquela forma, simplesmente por achar que assim deve ser, que não tem jeito mesmo. Se nos sentimos incomodados, de alguma maneira acabei por perceber que este incômodo é proposital. É um aviso de: acorda! levanta! se mexe! Você não pode por que mesmo? Quem te disse isto? Já tentu tudo que podia, mesmo? E voltar para seus objetivos iniciais, reavaliar os planos para alcançá-los e tentar novamente. O "x" da questão é saber quando teremos que nos adaptar a determinadas situações na vida e conviver com isto e quando não temos que aceitar como perdida a chance de tentar novamente. Não existe uma cartilha que diga: "olha nesta situação, se acostume com isto; naquela outra situação, não se acomode!" Temos que estar com o bom senso em dia e constantemente nos submetendo a uma avaliação para achar os pontos que ainda nos incomodam e perceber aonde conseguimos nos virar bem do jeito "imposto". Em minhas divagações na volta do trabalho para casa, comecei a notar que em certos momentos o se acostumar tem mais a ver com sentimentos e o não se adaptar puxa mais para o lado das atitudes. Não é uma regra, e nem para todo mundo vai seguir esta mesma ordem, mas no campo sentimental é mais fácil você conseguir incorporar o "a gente se acostuma a tudo" pela perda de sentimentos, com relação a outras pessoas e até a nós mesmos do que se acostumar com atitudes, ações que não concordamos mas que nos foram impostas. É mais difícil de digerir. Bom, o caso é que a gente até pode se acostumar não só com o inevitável, mas com tantas outras coisas que parecem para nós não ter jeito o que não dá para aceitar passivamente é sentir que isto não nos agrada mas levar do mesmo jeito. Todos os dias temos uma infinita cota de possibilidades para tentar, inventar, errar e começar novamente. O desânimo, a descrença, os desafios, o medo de errar, a mesmice podem nos encorajar a permanecer tudo do jeitinho que está. Mas lá no interior sabemos nossas capacidades e habilidades para modificar a situação. Agora, eu vou sacudir a poeira do meu velho tapete, tirar aquela mesinha que sempre esteve no caminho que eu acabei deixando lá mas nunca me acostumei com ela, rearrumar os móveis da minha casa e deixá-la do jeitinho que eu sempre quis.

E você, já reorganizou sua casa?

Beijos e até mais

1 de junho de 2009

Programação de um domingo

Ao assistir o Fantástico ontem, me revoltei com uma matéria. Mães vendiam as próprias filhas adolescentes, em pleno à luz do dia, em troca de dinheiro. R$500 reais. Acho que a matéria gerou uma indignação comum às famílias onde mães consideram seus filhos e a integridade deles seu bem maior. Fico me perguntando agora: como foi que isto mudou? A violência já é insuportável nas ruas, nas cidades, no mundo. Mas, depois desta reportagem e de tantas outras que mostram a degradação do ser humano com seus atos inaceitáveis, convenço-me, cada vez mais, de que o perigo maior encontra-se dentro de quatro paredes, no silêncio, onde a vista da multidão não pode alcançar. Somos deflorados por aqueles que deveriam ter a obrigação de nos proteger. E como disse uma das meninas na reportagem que sofreu esta violência durante anos, “só resta agora termos nossa própria absolvição para continuar a viver”. Isto não está certo! O mundo lá fora já está um caos. Aqui dentro, em nossas famílias, se não tivermos o controle nas virtudes, nas bases, nos valores estará tudo perdido de vez. Fui dormir com uma sensação de impunidade maior do que quando fui assaltada e não pude reagir. Pelo menos, no assalto, conforta o fato de estarmos lidando com estranhos e que são capazes de tudo. Neste caso específico, as filhas conhecem bem quem são as assaltantes que levaram sua inocência, sua liberdade. Espero que a reportagem sirva não só para alertar as autoridades como para cobrar que alguma ação seja feita. E que não caia, como tantas outras apenas no hall das injustiças que acabamos por banalizar com o costume de ouvir.

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Mas, não só de notícias ruins foi feito o domingo. Meu amado Flamengo ganhou, em casa! Tudo bem, 1 x 0 apenas. Mas serviu para mostrar que Adriano, veio com disposição de sobra do exterior e quer fazer jus a fama de Imperador. Depois de quatro meses sem tocar na bola, nosso mais novo jogador está em dia com o futebol e com a moral em alta com a torcida Rubro-Negra.

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Percebo que o tempo está passando quando me deparo, em um domingo à noite, em casa sem nada em especial a fazer e não ligar muito para isto. Quer dizer, nada a fazer na rua pois em casa eu bem que dei duro o dia todo. Na verdade, até gostei porque puder descansar o corpo para aguentar a semana corrida e cheia de atribulações. Como de praxe, neste dia na TV aberta não há muitas opções de programas, seja lá de que classificação for. E para melhorar minha situação, minha TV a Cabo está dando uns probleminhas técnicos e segundo a operadora, sem um prazo definido para conserto. Não me restou alternativa senão ver a homenagem que a Hebe Camargo fez ao Roberto Carlos, convidando algumas cantoras famosas para interpretar os sucessos do rei. Como cresci ouvindo RC pois minha mãe é fã incondicional dele, não foi sacrifício ver o programa, até porque sou fã de alguns nomes na lista das mulheres que iriam homenageá-lo. Porém, fica a pergunta que não quer calar: sabemos que o cantor(a), músico ou artista de um modo geral é um ícone eu seu meio quando está sendo homenageado? Parece que virou moda um grupo de artistas se reunir e fazer um show cantando os sucessos da carreira de tal pessoa. Não muito tempo, o sortudo foi Djavan. E que no caso teve dois grupos distintos (homens e mulheres) cantando suas músicas. Não tenho nada contra, muito pelo contrário, já fui a shows e tenho kit fã em casa (Cd e DVD rs). Mas, como decidir que fulano merece ter todos estes brios e sicrano não? Popularidade? Anos de carreira? N° de músicas tocadas nas rádios ou como temas de novelas? Enfim... O show foi muito bom, cantei algumas músicas e gostei de ver a performance de algumas cantoras em especial Ivete, Claudia Leite e Ana Carolina. No contexto, todas estavam lindas e afiadas no repertório!
Boa semana e até mais!

Desejo que desejes

Bom dia pessoas,








Hoje pela manhã, li uma crônica da Marta Medeiros - escritora e colunista que gosto muito - e ela tinha publicado este texto que havia escrito há alguns anos. Logo, não só me identifiquei com este texto, que virou parte de uns dos livros com a coletânia de textos dela, o Montanha Russa, como acho que ele está na linha de pensamento singular e coletivo deste blog e de suas escritoras. É uma delícia de ler, além de nos proporcionar algumas reflexões sobre a vida e, principalmente, nós mesmos. Portanto, deliciem-se e espero que gostem...


"DESEJO QUE DESEJES"
Eu desejo que desejes ser feliz de um modo possível e rápido, desejo que desejes uma via expressa rumo a realizações não utópicas, mas viáveis, que desejes coisas simples como um suco gelado depois de correr ou um abraço ao chegar em casa, desejo que desejes com discernimento e com alvos bem mirados. Mas desejo também que desejes com audácia, que desejes uns sonhos descabidos e que ao sabê-los impossíveis não os leve em grande consideração, mas os mantenha acesos, livres de frustração, desejes com fantasia e atrevimento, estando alerta para as casualidades e os milagres, para o imponderável da vida, onde os desejos secretos são atendidos.Desejo que desejes trabalhar melhor, que desejes amar com menos amarras, que desejes parar de fumar, que desejes viajar para bem longe e desejes voltar para teu canto, desejo que desejes crescer e que desejes o choro e o silêncio, através deles somos puxados pra dentro, eu desejo que desejes ter a coragem de se enxergar mais nitidamente.Mas desejo também que desejes uma alegria incontida, que desejes mais amigos, e nem precisam ser melhores amigos, basta que sejam bons parceiros de esporte e de mesas de bar, que desejes o bar tanto quanto a igreja, mas que o desejo pelo encontro seja sincero, que desejes escutar as histórias dos outros, que desejes acreditar nelas e desacreditar também, faz parte este ir-e-vir de certezas e incertezas, que desejes não ter tantos desejos concretos, que o desejo maior seja a convivência pacífica com outros que desejam outras coisas.Desejo que desejes alguma mudança, uma mudança que seja necessária e que ela não te pese na alma, mudanças são temidas, mas não há outro combustível pra essa travessia. Desejo que desejes um ano inteiro de muitos meses bem fechados, que nada fique por fazer, e desejo, principalmente, que desejes desejar, que te permitas desejar, pois o desejo é vigoroso e gratuito, o desejo é inocente, não reprima teus pedidos ocultos, desejo que desejes vitórias, romances, diagnósticos favoráveis, aplausos, mais dinheiro e sentimentos vários, mas desejo antes de tudo que desejes, simplesmente."

Marta Medeiros!


Beijos a todos,
Fê Miceli