30 de junho de 2013

A vida é feita de escolhas. E o amor é uma delas!



A vida é feita de escolhas. E o amor é uma delas!

:: Rosana Braga ::

Acredito piamente que a vida de cada um de nós é composta por uma sucessão ininterrupta de escolhas. Fazemos escolhas todo tempo, desde as mais simples e automáticas, até as mais complexas, elaboradas e planejadas. Quanto mais maduros e conscientes nos tornamos, melhores e mais acertadas são as nossas escolhas.

Assim também é com o amor. Nós podemos escolher entre amar e não amar. Afinal de contas, o amor é um risco, um grande e incontrolável risco. Incontrolável porque jamais poderemos obter garantias ou certezas referentes ao que sentimos e muito menos ao que sentem por nós. E grande porque o amor é um sentimento intenso, profundo e, portanto, como diz o ditado, quanto mais alto, maior pode ser o tombo!

Por isso mesmo, admiro e procuro aprender, a cada dia, com os corajosos, aqueles que se arriscam a amar e apostam o melhor de si num relacionamento, apesar das possíveis perdas. Descubro que o amor é um dom que deve vir acompanhado de coragem, determinação e ética.

Não basta desejarmos estar ao lado de alguém, precisamos merecer. Precisamos exercitar nossa honestidade e superar nossos instintos mais primitivos. É num relacionamento íntimo e baseado num sentimento tão complexo quanto o amor que temos a oportunidade de averiguar nossa maturidade.

Quanto conseguimos ser verdadeiros com o outro e com a gente mesmo sem desrespeitar a pessoa amada? Quanto conseguimos nos colocar no lugar dela e perceber a dimensão da sua dor? Quanto somos capazes de resistir aos nossos impulsos em nome de algo superior, mais importante e mais maduro?

Amar é, definitivamente, uma escolha que pede responsabilidade. É verdade que todos nós cometemos erros. Mas quando o amor é o elo que une duas pessoas, independentemente de sangue, família ou obrigações sociais, é preciso tomar muito cuidado, levar muito o outro em conta para evitar estragos permanentes, quebras dolorosas demais.

O fato é que todos nós nos questionamos, em muitos momentos, se realmente vale a pena correr tantos riscos. Sim, porque toda pessoa que ama corre o risco de perder a pessoa amada, de não ser correspondida, de ser traída, de ser enganada, enfim, de sofrer mais do que imagina que poderia suportar. Então, apenas os fortes escolhem amar!

Não são os medos que mudam, mas as atitudes que cada um toma perante os medos. Novamente voltamos ao ponto: a vida é feita de escolhas. Todos nós podemos mentir, trair, enganar e ferir o outro. Mas também todos nós podemos não mentir, não trair, não enganar e não ferir o outro.

Cada qual com o seu melhor, nas suas possibilidades e na sua maturidade, consciente ou não de seus objetivos, faz as suas próprias escolhas. E depois, arca com as inevitáveis conseqüências destas.

Sugiro que você se empenhe em ser forte a fim de poder usufruir os ganhos do amor e, sobretudo, evitar as dolorosas perdas. Mas se perceber que ainda não está pronto, seja honesto, seja humilde e ao invés de deixar cair ou de jogar no chão um coração que está em suas mãos, apenas deixe-o, apenas admita que não está conseguindo carregá-lo...

E então você, talvez, consiga compreender de fato a frase escrita por Antoine de Saint Exupéry, em seu best seller O Pequeno Príncipe:
Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa.

Porque muito mais difícil do que ficar ao lado de alguém para sempre é ficar por inteiro, é fazer com que seja absolutamente verdadeiro! E é exatamente isso que significa sermos responsáveis por aquilo que cativamos.



27 de junho de 2013

Não tem como voltar...


Tem coisa que não volta, por mais que a gente queira. 
Você pode até tentar voltar o disco, repetir a música, insistir na letra, 
cantar o mesmo refrão por mil e um minutos, fechar os olhos. 
Tem sentimento que não volta. 
Mesmo que você se esforce, recorde, tente voltar a página, refrescar o coração. 
Alguns sentimentos são bem pontuais: 
chegam, esperam pra ver se devem ficar e decidem partir ou continuar.




26 de junho de 2013

Um país sem corrupção depende da honestidade do seu povo




É hora de rever os conceitos.

Tem gente se perdendo, perdendo a razão e a noção! Nem tudo é justificável quando se quer atingir um objetivo. Nem sempre acerta-se apenas aqueles que se tem intenção. Na maioria dos casos, muita gente que não tem nada com isso é afetada, sofrendo com os estilhaços da culpa. Culpa que é compartilhada, que não é de ninguém! E é isso que temos vivido ultimamente. E nessa guerra declarada e armada, sobra pra todo mundo. Quem tem culpa e quem não tem. Quem apoia e quem não apoia também. Tiramos um por 1.000 e colocamos todos no mesmo patamar de igualdade. Não vou nesse post entrar no mérito de quem está certo e quem não está. Acho que quando se trata de violência sempre se está errado. Mas hoje em dia, a maioria acha que vale tudo quando se trata de defender a sua razão, sua lógica, seu ponto de vista. Por isso, não tomarei partido de nenhum lado, mesmo que eu ache, que de nada importa lados opostos, agora. Todos querem os mesmos resultados, no final.

E, com os ânimos exaltados, os pulmões inflados de hinos e o coração cheio de esperança e revolta, clamamos por um país melhor. Mas, nessa reivindicação, não podemos devanear demais e perder os pés no chão. E principalmente, não deixar de levar a mão na cosciência. Fato é que a causa é boa, mas os rumos que a coisa vem tomando, não dá. Existem grupos de baderneiros que se aproveitam do movimento para vandalizar e praticar delitos. Sim, isso já foi comprovado! E no geral ajudou a tumultar ainda mais o que por sí só já era um grande tumulto, deixando recair a culpa em cima de pessoas que não são completamente idôneas, mas que o propósito de estar ali era totalmente contrário de luta e briga. A única batalha que se quer é conseguir ser ouvido e ter suas reivindicações (que não são poucas) ouvidas. Tem muita gente que acha justificável depredar o patrimônio público, já que a devastação maior é o que os governantes vem fazendo conosco há anos, nos privando de serviços de qualidade e nos obrigando a conviver com o menos do que o suficiente. Mas, êpa... peraí! Se estamos reivindicando melhorias, vamos lá estragar tudo? Se queremos um basta na corrupção, na injustiça, na impunidade, o que estamos fazendo se compara ao que eles fazem. Pode parecer mínimo numa escala onde pessoas morrem sem médico, não tem o que comer, onde morar e não sabem escrever seu próprios nome, mas numa visão geral, não é não. Pequenos atos tornam-se gigantescos. Quando a gente não dá um basta na coisa, ela só cresce. Queremos culpar o governo e descontamos em seus patrimônios. Ok! Legal! Mas há pessoas em torno desses patrimônios públicos que não tem porque pagar pelo que não fizeram  que estão do nosso lado. Só pra constar: comerciantes, lojistas e donos de pequenos empreendimentos locais e funcionários prejudicados tiram de seus serviços o salário para o sustento de suas famílias. A população está sendo prejudicada com todos esses acontecimentos. Está com medo! A cidade está tendo prejuízos incalculáveis! Está ficando destruída! Essas ações de saqueamento, depredação e violência gratuita ao comércio e à cidade está passando dos limites. Vamos perder a causa, porque estamos perdendo a razão! 

Aí, você que me lê deve pensar: Eu? Eu não! Não tô fazendo nada! Nem fui nessas passeatas, nem saí de casa. Como vou ser responsabilizado por coisas que não quebrei e gente que não machuquei. Eu te digo: nós sim, cara pálida! Desde o momento em que abrimos os braços para o movimento e concordamos que ele exista temos que estar sujeitos a qualquer tipo de coisa que dele possa surgir. E temos que arcar com essa responsabilidade! Simples assim. Eu também não! Não quebrei, nem feri, nem pichei, não incendiei, não provoquei e nem incitei nada. Mas não dá mais pra ficar de braços cruzados apontando o erro e o defeito do outro e se isentar da culpa de pelo menos não corrigir! Não adianta nos esquivarmos mais! Tudo bem, a gente não colocou a ideia na cabeça e nenhum objeto na mãos dessas pessoas e as obrigou a acabar com a cidade, não incentivamos e não concordamos. Mas o se calar, o se omitir quando necessário e o não fazer nada para corrigir é uma forma de apoio para que se continue. O governo pode cuidar da burocracia, leis, normas. Mas relativo a conduta da sociedade, somos nós que temos que fiscalizar e nos policiar. E cuidar para que não acabemos nos tornando o mesmo que aqueles que criticamos: oportunistas! Por diversas vezes falei de hipocrisia ao me referir aos vários atos inseridos no contexto que motivaram essas manifestações todas. Não pelo ato surgir em si, mas por nós apontarmos o dedo na cara de outros e esquecermos de olhar para nossos próprios umbigos. O fato é: vamos colocar a culpa em alguém. Desde que não seja na gente. Não vou entrar no mérito aqui do discurso da Dilma sobre o que é certo e errado. Todo mundo tem suas opiniões muito bem fundamentadas em ideologias mil. O debate rola solto nas mídias sociais, ninguém manipula ninguém, mais. Mas, contudo que vem acontecendo nos últimos tempos, fica só uma certeza pra mim, no governo e na sociedade: ninguém faz nada sozinho. Portanto, se existe culpa que não pague um culpado só! E isso serve para todos: políticos, mídia, sociedade. Perde-se tudo quando perde-se a razão! Que motivação é essa que nos faz aflorar nossa inconformidade para com o governo e não consertar o nosso jeito de ser.


Ou seja, queremos um mundo melhor, mas o que fazemos para tornar esse mundo pelo qual lutamos e pregamos que é horrível? Muito pouco, quase nada! Na verdade, somos o olho do furacão dos espertalhões. A maioria sempre quer se dar bem em cima da ingenuidade dos outros, às custas da boa vontade alheia. E se aproveitam na cara dua, sem a menor cerimônia. Tem gente que pode até não fazer nada, mas se também é beneficiado pelas ações ilegais, não adianta tentar se escusar. TODOS TÊM CULPA, DIRETA OU INDIRETAMENTE! E não é difícil pensar quais são essas "armações" quando olhamos para o nosso dia-a-dia. É tudo aquilo onde não somos honestos. Por menor que seja! É o suborno que propomos quando somos pegos por autoridades ou quando queremos conseguir algo, é quando furamos filas ou usamos as preferenciais sem ter direito, é quando fraudamos uma carteirinha de estudante para pagar meia-entrada, é quando recebemos o troco errado e ficamos calados, é quando jogamos lixo na rua, é quando não respeitamos as leis de trânsito e ajudamos a formar o caos das ruas, é quando a gente aplica o golpe famoso 171, é quando usamos as cadeiras especiais em transportes coletivos e fingimos dormir, é quando compramos no comércio ilegal produtos pirateados,  é quando queremos sempre que os nossos sejam privilegiados e estejam sempre em primeiro lugar, é quando achamos que nós temos mais direitos do que os outros ou quando nos apropriamos do que não temos direito, é quando compramos carteiras de motoristas, diplomas, vagas em cursos e faculdades, é quando temos conhecidos em vários lugares e eles "adiantam" o nosso lado, nos fazendo ter uma prioridade que não temos, é quando achamos uma carteira de dinheiro e devolvemos ao dono só com documentos, é quando criamos "gatos" e não tô falando dos bichanos e sim dos gatos Net, Luz, Telefone, Água às custas de outros e por aí vai uma lista sem fim. Você pode me dizer que não faz isso. Mas certamente conhece alguém que faz. Dos delitos mais graves aos mais leves. E o que você faz para tentar impedir isso: Nada? Então já é cúmplice. Desde o momento que nos omitimos e nos isentamos de fazer a coisa certa, já tornamos o problema nosso também porque deixamos de fazer a nossa parte. Nós podemos agir da melhor forma possível, de uma maneira inquestionável. Mas se somos coniventes com os que fazem, começamos a pecar e errar! Como podemos ousar cobrar um país justo, sem corrupção, sem roubos, sem impunidade se nós acabamos por nos tronar o reflexo dele?


Não é de hoje que o Brasil é tido como o país do jeitinho. Aqui arruma-se jeito pra tudo! Só que esse jeitinho é às margens da lei. Esse jeitinho não é correto. Esse jeitinho estimula desde cedo que as pessoas queiram se dar bem às custas de outras. E ser o espertinho é tornar-se tão pilantra quanto àqueles que nos lideram e que o povo grita nas ruas para que deixem as cadeiras do governo, pois não são dignos de ocupá-las se não são honestos. Mas como cobrar honestidade se nós mesmos não somos? Como cobrar que sejam confiáveis se nós não inspiramos confiança? Como cobrar valores se nós esquecemos dos nossos? Não temos moral para isso! Somos milhões/bilhões de brasileiros e seria muito injusto da minha parte classificar todos como corruptos ou corruptíveis, com certeza há aqueles que são acima de qualquer suspeita. Mas até que ponto, até quando não vão se deixar contaminar pelas laranjas podres. Até quando essas pessoas vão aceitar não viver às custas de um país irregular e não ser beneficiadas ou favorecidas pela desonestidade de terceiros? Não dá pra saber! A única coisa que eu sei é que se a gente não mudar nossa postura, de nada vai adiantar fazer a dança das cadeiras no Congresso Nacional! Vai trocar presidente, governador, prefeitos, senadores, deputados, vereadores, vai sair todo mundo e vir gente nova, que nós vamos eleger, acreditando que esses farão melhor por nós. Mas e nós? O que faremos melhor por nós mesmos? Que atitudes novas adotaremos para contribuir com essa nova cara do país que tanto queremos? 

É uma mudança radical essa que estou propondo! Assim como essa onde milhares de pessoas saem às ruas de várias capitais do país todos os dias durante quase 2 semanas. Afinal, desde o nascimento que é embutido na criança certas crenças e valores culturais, como esse nosso jeitinho brasileiro. a criança já cresce na manha, já sabe dos truques, já usa as artimanhas que aprendeu para levar a vida. Essa raiz do conceito de certo e errado está mais entranhado nas veias dos costumes e hábitos mais do que se possa imaginar. Essa conduta errônea levou anos até que se começasse a ser questionada. E não vai mudar da noite para o dia. Vai mudar aos pouquinhos, de acordo com que os novos conceitos forem sendo introduzidos na sociedade, no papel de cidadão, no compromisso com o país. Não vai ser nada fácil, mas se agente se propuser a tentar mudar, podemos fazer dar certo, como conseguimos o novo reajuste das passagens, como conseguimos que a PEC 37 seja anulada, e como vamos conseguir tantas outras coisas também. Uma nova reforma política e estrutural está sendo feita na sociedade, basta agora haver uma reforma interior. Mostrar ao mundo que se cobramos exemplos, é porque damos exemplos. É possível, basta querer!


Sejamos a mudança que queremos ver no mundo 

(Gandhi)






22 de junho de 2013

Relatos de uma protestante...






Chega uma hora que nem se tem o que falar mais. Porque chega um momento que não se sabe e não se tem o certo e o errado. Ficam apenas várias opiniões, pontos de vistas e condutas a serem avaliadas. Durante todos esses dias de protestos me pronunciei em cima de fatos não vividos. Então daí você analisar de fora uma situação como um todo é bem mais fácil. Mas ontem, eu fazia parte daquele nº que eu nem sei de quanto, que foi às ruas mais uma vez protestar e pedir um país melhor. Mostrar que uma vez que o grito saiu da garganta, não mais será abafado. Um evento de fato lindo e como também já falei, as pessoas foram muito pacíficas, repudiando qualquer ato de violência e com um espírito grande de paz e justiça. Só quando cheguei em casa fui me inteirar da situação que estava acontecendo, pois foi muito distante de onde eu estava. Apesar de ver alguns resquícios de fumaça e escutarmos ao longe alguns barulhos, aonde eu estava a passeata continuava a seguir tranquila e as pessoas mobilizadas pelas causas políticas e sociais. Mas foi lamentável as cenas que vi e fiquei me perguntando se era no mesmo lugar que eu tinha acabado de estar, minutos antes. O cenário era de destruição, tudo devastado, incêndio, confrontos. Mais uma vez pessoas e patrimônios foram lesados. Mais uma vez, apesar do papel lindo que todos nós desempenhamos durante horas de passeata, o foco é a violência, confusão e vandalismo. Indiscutível a ação truculenta e muitas vezes covarde da polícia. Mas também não pode ser aceitável por exemplo que muitos comerciantes locais sejam atingidos pelas fagulhas das brigas e da violência sem controle. Que tenham seus bens avariados. Que tenham seus negócios destruídos. Que fique um rastro de destruição da cidade em patrimônios que são nossos, que nós utilizamos como o Sambódromo, o Terreirão. Como eu disse lá em cima, não tem, a essa altura, como dizer quem está certo e quem está errado. Quem começa e quem finaliza. Só dá pra dizer que assim não dá pra continuar. O intuito dessa mobilização toda é construir uma nova sociedade. Só que tem-se destruído mais que construído. É recriminável a ação despreparada da nossa polícia, mas também é recriminada essas ações (não em legítima defesa) que tem o intuito de apenas "revolucionar a todo custo". Tem três coisas que não se pode ser perdida na história: bom senso, respeito e responsabilidade. Não dá para chamar as pessoas pras ruas nessa praça de guerra. Não dá pra no dia seguinte ficar um rastro de devastação e prejuízo pra quem não tem nada com isso e que muitos estão do nosso lado. E quem sai perdendo nessa história toda somos nós, os protestantes sérios, porque as pessoas lesadas que até então estavam do nosso lado, vão começar a se voltar contra nós. Nem vão querer saber se apenas foi uma resposta a quem nos atacou. Eles simplesmente não vão apoiar mais. E a cada manifestação a cidade "perder" uma parte sua porque ficou destruída, a sociedade também vai acabar se voltando contra o ato que tem o intuito de melhorar as coisas. A gente quer ganhar aliados e não inimigos. E outra, não se pode, infelizmente, julgar todos por "uns". Estava na Central do Brasil quando começou a criar uma confusão (causada pelo que ainda não se sabe, especula-se que moradores de ruas estavam querendo roubar as pessoas), mas os policiais que estavam lá foram eficientes e sensatos. Fizeram uma rápida ação a fim de resguardar a população que estava lá naquele momento formando um cordão de isolamento, bloqueando a passagem do metrô onde ninguém entrava e saía. Mas nenhuma arma foi puxada, nenhuma violência foi feita, nenhum golpe deferido. Nada! Para esses policiais, homens e mulheres, aplausos. Eles souberem se colocar da melhor maneira possível na hora, acalmando a população. Mas tem aqueles que não sabem. Como em todo lugar: há os bons e ou maus. Há quem sabe fazer certo e quem sabe fazer errado. Não dá pra dizer que todos são iguais. Às vezes, alguns policiais que são hostilizados e atacados igualmente como atacam, estão ali pela primeira vez, não costumam agir assim, não são "laranjas podres". Assim como quem está nos protestos, tem sempre uma galera que age errado e uma galera que age certo. Tanto que os próprios manifestantes, os certos, tentam a todo momento coibir esses grupos errados e suas ações. E eu vi isso lá. Uma grupo grande da manifestação impedir que outro tentasse invadir a prefeitura. Porque, apesar de se ter razões para querer quebrar o mundo,dependendo da ação, perde-se a razão e é isso que a maioria não quer. Querem apoio! Porque já não interessa quem começou e sim como vai acabar e a maioria não quer mais quebra-quebra, feridos e violência. É isso... tem gente do bem e gente do maus nos dois lados. Atitudes que se aprovam e atitudes que se reprovam dos dois lados. Os dois lados tem e não tem razão! Os dois lados lutam por suas causas, certas ou erradas. Muito triste, pois iss, essas manifestações, essas passeatas, tudo isso foi um grande avanço para uma sociedade passiva por muito tempo que resolveu colocar sua indignação pra fora e ganhou visibilidade e apoio por isso. Independente de quem está certo ou não, não podemos é perder essa força e nos perdemos dos nossos propósitos iniciais!

Então é isso... rs. "Bora" pra próxima... a gente ainda tem muito chão pela frente!



21 de junho de 2013

A revolução dos 0,20 centavos!




EXCELENTE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Pra quem ainda não entendeu, os 0,20 centavos foi a gota d'água. Agora quem acha que a revolta do povo é falta do que fazer, como tenho visto e ouvido falar por aí, deveria assinar um documento reconhecido em cartório para quando e se conseguirmos algum benefício, melhoria e mudança nesse país, este(es) ser(es) que só criticou os atos de protestos e manifestações país a fora como "coisa de gente sem ter o que fazer' (não estou falando dos pequenos grupos organizados de vândalos que tentam boicotar a ação e que são coibidos pelos próprios manifestantes sérios) ser excluído desses mesmos benefícios conseguidos por esse bando de desocupados. Pode ser que tenha gente que não precisa de educação, saúde e transporte público, que tenha dinheiro de sobra para gastar com alimentação, vestuário, lazer e impostos mil. Mas a maioria não tem, ganha um salário de merda pra viver uma vida de merda! Nasce, vive e morre sem perspectiva. Aliás, morrer é o que mais acontece, e um dos fatores que mais mata é a violência descontrolada. É a segurança que falta, junto com uma sociedade que através de exemplo e atitudes possam oferecer valores ao povo além de bolsas mil que acabam por incentivar que a classe mais baixa continue na pobreza e sem discernimento para argumentar e protestar. Não estou nas ruas, não estou no meio das passeatas. Como a maioria das pessoas, trabalho sobre duras normas para sobreviver e por conta disso sou privada de estar de corpo presente nesse momento único e tão esperado da história brasileira. Mas não é por isso que não apoio o acontecimento. Sim, apoio e muito. Não apoio essas ações de baderneiros que se aproveitam de uma evento de grande porte com boas intenções nítidas para incitar a violência, o quebra-quebra, o caos. O povo já entendeu que não é batendo de frente e usando da violência, se igualando a nossa polícia despreparada técnica e emocionalmente que vamos ganhar essa luta. É com a força da nossa voz, que juntas formam uma só. Não são só os políticos de agora que são os errados. Mas vão pagar por todos. São anos de corrupção, roubo, desvios, mensalões, dinheiros na curca, no colchão, no bolso, em obras superfaturadas, em salários de políticos, em verbas para infraestrutura que nunca vimos. Anos ignorando e abandonando o povo uma hora dá nisso. O gigante acordou. E culminou de acordar justamente num grande evento que poderia dar uma grande visibilidade ao nosso país. Mudar a imagem que se tem lá fora de que aqui é o país do carnaval, do futebol, da bunda e de gente legal. Ok, podemos ser tudo isso. Mas somos mais que tudo isso. Não vivemos de festa o ano inteiro. Aprendemos a viver com alegria em cima da tristeza que é a nossa sociedade, sem amparo, nossa dura realidade. Ainda bem que Deus é brasileiro, senão a gente já estava muito, mas muito mais "fufu" do que já estamos! Como roda aí nas mídias online, não estamos contra a seleção e, muita gente nem está de fato contra o evento, se esse não tivesse sido realizado num país sem a mínima condição de subsidiá-lo e ainda gastando dinheiro que não dá em árvore em estádios caríssimo em vez de utilizar no que de fato precisa. Se a cidade estivesse tão maravilhosa como ela é chamada pelo mundo a fora, a gente estaria aqui comemorando de verde e amarelo como maior orgulho. Mas infelizmente não está. E estamos aqui cultuando um esporte (nada pessoal contra o futebol) onde os jogadores ganham exorbitâncias, enquanto as outras modalidades olímpicas que nos proporcionaram medalhas não tem locais de treino, atletas estão sem patrocínio, sem apoio e incentivo, sem salário. Não são reconhecidos, não tem valor. Depois, todos querem cobrar bons desempenhos e medalhas de ouro no pescoço! Nossos governantes que pra variar só visam o lucro acharam que ganhariam rios de dinheiro com o turismo nesses eventos. Mas é turista baleado, morto, assaltado, estuprado, enganado, lesado... taxas altíssimas de hospedagem, nenhuma boa comunicação e sinalização para eles se orientarem na cidade. O evento foi infeliz quando veio parar aqui. Tá certo, ele não caiu aqui de pára-quedas. "Nós", nos oferecemos de livre e espontânea vontade para isso. Mas, até certo ponto foi bom, ao menos o mundo vai olhar pra gente diferente do povo do oba oba, simpático que sabe sambar. Estamos chamando a atenção que sim, somos um país não evoluído como potência, mas não somos domesticados, estamos acordados para reivindicar, para cobrar.  E foi mal se pro governo não é uma boa hora, se a mídia vai fazer isso repercutir negativamente, mas pra gente já deu. Aliás, já até passou da hora! Deixamos por muito tempo fazerem o que quiserem com a gente e a gente naquele inconformismo passivo de reclamar e nada fazer. Agora a gente faz primeiro e depois reclama! Só que, não adianta cobrar dos outros e nós mesmo não fazermos o que temos que fazer. Não dá pra pregar x e fazer y. Hipocrisia não. Que aqui é o país do jeitinho, todo mundo sabe. Que aqui se rouba desde o tempo de Cabral todo mundo também sabe. Mas se a gente de fato quer mudanças, muitos de nós devemos parar de nos beneficiar e se aproveitar de certas artimanhas. O mundo não vai mudar se a gente não mudar as nossas ações também. Já começamos a mudar a história. O simples fato de sair do comodismo já mostra isso. Agora falta termos consciência de nossos atos. Aí sim, com mudança externa e interna seremos evoluídos e chegaremos há algum lugar. Se vamos competir em estar entre os cinco melhores do mundo, acho muito pouco provável. Mas se estivermos satisfeitos com os resultados que provém da nossa nação, nossa pátria amada Brasil, já conseguimos muito e já chegamos lá! 


19 de junho de 2013

Protestar certo, pelas coisas certas, do modo certo para conseguir o que é certo... é tão difícil assim?


Já começo avisando que é uma visão e opinião pessoal. Não estou atacando ninguém que pense o contrário! Acho que dentro do meu espaço, tenho o direito de colocar o que eu bem entender. Já que em redes sociais, mesmo na nossa página, na maioria das vezes somos censurados por milhões de pessoas que nos atropelam com seus comentários agressivos, como se fosse algum crime a gente falar o que pensa, independente se outros irão concordar ou não. Aliás, todas essas manifestações são por liberdade de que mesmo? Ah, de expressão! Havia me esquecido! Já que os mesmo que saem gritando, com cartazes nas mãos, caras pintadas e hinos de liberdade sobre justiça e igualdade (ou àqueles que apoiam o movimento) agem como ditadores muitas vezes, sem nem perceber. Dito isso, "bora" para o que de fato tenho a dizer:

Em primeiro lugar quero deixar bem claro: NÃO SOU CONTRA AS MANIFESTAÇÕES E PROTESTOS! Também acho que já estava mais do que na hora do povo se mobilizar e gritar em uma só voz reivindicações de seus direitos e reclamar do que acha injusto. Ficar sentado com a bunda no sofá de casa reclamando não vai mudar nada. Deixar que outros façam para você para ser beneficiado é ser tão "espertalhão" quanto àqueles que reclama que ocupam os cargos mais altos do país. O que eu não concordo é que essa insatisfação em forma de protestos e manifestações virem atos de vandalismo, de arruaça e de desordem pública. Depredação como autoafirmação de opinião é nota 0. Não é saindo por aí quebrando, sujando, estragando os patrimônios públicos "nossos" que vamos conseguir o que queremos: chamar a atenção e sermos ouvidos. Já temos muito pouco para acabar com esse pouco que nos resta. Estamos sendo, desse jeito, mais estúpidos do que àqueles que atacam para coibir e colocar a ordem. Não é utopia pensar que violência gera violência. É a verdade! E é isso que temos visto quando os noticiários bombam dizendo que a cidade virou uma "praça de guerra", que o caos tomou conta da situação. Os policiais não estão agindo certo em suas atitudes e ações para conter a massa. Mas será que os manifestantes também estão agindo da forma que deveria? É simples, não é parar o protesto, é mudar a maneira como a coisa tem sido feita. Até porque já viu que não se vai chegar a lugar nenhum assim! E o que vamos conseguir com isso? Pessoas feridas, lesadas permanentemente como a repórter que ficou cega exercendo o seu trabalho, pessoas presas e nada mais! Não adianta reclamar da violência da polícia brasileira, que aliás não é nenhuma novidade para nós que adoramos quando ela é assim quando o fato nos beneficia. os manifestantes também estão sendo violentos. E não é só em resposta as ações truculentas da polícia não. Em seus atos em si. E quero também que entendam: não é porque eu e muita gente não estamos lá dando a cara pra bater e enfrentando a situação que não apoiamos as causas. Apoiamos sim! Desde que sejam feitas de forma pacífica, organizada e inteligente. Senão, vamos apenas desperdiçar uma chance de fazer alguma coisa mudar, de ao menos tentar.

Ponto dois: depois de uns dois dias de protesto é que, ao menos eu, consegui saber que a causa primária não eram os 0,20 a mais do aumento da passagem dos ônibus, como acredito, achava a maioria das pessoas pelo que foi retratado. Porque, se fosse por isso, eu mesma achei um absurdo uma confusão desmedida por causa de um aumento mínimo de preço. Deve-se reivindicar sim, já que há aumento de passagem, esperamos que melhore a qualidade do serviço, aumento o n° de ônibus nas ruas, melhore a qualificação dos motoristas e cobradores e etc. Mesmo assim, não devemos ignorar que a passagem unificada beneficiou muita gente acabando com a diferença de tarifas entre ônibus com ar-condicionado e sem. Tudo bem, um benefício muito pequeno em vistas dos malefícios que temos, mas já é alguma coisa. Mas, como eu estava dizendo, depois é que as pessoas começaram a se informar que era uma manifestação contra mais um aumento em vista de nenhuma condição, qualidade e melhoria de vários serviços públicos. O estopim foi o aumento das passagem, mas a ferida é muito mais funda. Usou-se um motivo para argumentar por vários. Só que faltou, na comunicação da mídia e dos próprios manifestantes, esclarecer isso para a população. E mais um adendo: por que ninguém está indo perguntar às empresas de ônibus o que elas acham disso tudo? Até agora, no meio desse caos que se iniciou justamente com a insatisfação pelo aumento das passagens, ainda não vi a fuça de nenhum representante, dono de empresa, motorista, cobrador, já que esse aumento vai beneficiar a eles também (o aumento de 0,20 no nosso bolso vai ser o aumento do salário deles que trabalham mais de 12h por dia muitas vezes). Quando há greves de ônibus na cidade porque eles, os rodoviários reivindicam melhores condições de salário, de trabalho e segurança, ficamos praticamente "ilhados" sem ter como se locomover. Aí a gente só falta querer matar a classe. Devíamos ouvir o lado deles também. Não custaria nada! Porque, se tem alguém aí que vai sair perdendo com essa história toda, continuo achando que são eles, os servidores do transporte público.

Ponto três: me pergunto, assim como muita gente: por que só agora estourou essa revolta toda? Visto que as insatisfação socais são muitas e estão entaladas na garganta faz tempo. Houve muitos outros momentos na história da sociedade onde coube e seria relevante os protestos, mas o povo se calou! Acho que pra muita gente, ainda fica um ponto de interrogação. Será que outros temas não eram tão importantes assim que não conseguiram mobilizar a sociedade? Me pergunto porque não saíram às ruas na época do Mensalão? Por que não sair às ruas quando os estrondosos escândalos políticos de suborno, propina, extorsão, paraísos fiscais, desvio de dinheiro público, superfaturamento de orçamentos, impostos e juros altíssimos? Por que não se protesta pela lei da ficha limpa? E assim sucessivamente na luta contra violência à animais, idosos, mulheres, crianças e homofobia. A violência social que tem matado mais que em uma guerra declarada. Perde-se filhos, pais, familiares e amigos todos os dias! Essa guerra entre traficantes/polícia/milícia que nos assombra dia e noite, limita nosso direito de ir e vir, nos sujeita a ver impunes muitas vezes aqueles que dilaceram nossas vidas. Por que não sair às ruas para uma justiça mais eficiente e menos corrupta. Por que não revindicar novas e melhores leis? Por que não colocar a boca no trombone e gritar por programas sociais eficientes e não um sistema de assistencialismo de "bolsa tudo"que faz com as pessoas pensem em como se fazer do benefício e fiquem cada vez mais acomodas a viver às custas de nossos impostos? Por que não sair à ruas para reivindicar sobre a falta de médicos e profissionais nos hospitais e a precariedade dos mesmo, assim como a superlotação, falta de leitos? Ou talvez, por melhores condições de trabalho e de salário para esses profissionais que rebolam tendo que utilizar o pouco recurso que tem para salvar vidas, em excessivas horas de plantão, vários empregos. Se fossem bem subsidiados, quem sabe pudessem desprender uma maior e melhor atenção à nós! Assim como nossos professores públicos que todos os dias reinventam a arte de lecionar com recursos limitados e motivações 0 e mesmo assim, ainda estão ali. O ensino é ruim e deixa a desejar? Sim e muito! Mas imagine um motorista de político ganhar 10x mais o salário de um professor que tem a obrigação de formar uma sociedade? Cadê que vai-se às ruas para que haja uma valorização desses profissionais? A falta de vagas em creches que impossibilita muitas mães de trabalhar. A lei de cotas em universidades, que além de manipuladora é uma questão de preconceito também. Vamos gritar contra esse tipo de agressão! E a repressão que os moradores sofrem quando perdem suas casas, terrenos e bens para as obras das Trans da vida? Cadê a revolta contra isso? Saúde e educação são os ícones do carro-chefe da insatisfação, mas a infraestrutura da cidade não fica atrás. Queremos serviços públicos de qualidade, manutenção adequada para a cidade. Queremos ruas iluminadas, pavimentadas e limpas. Queremos boa sinalização. Queremos serviço de água decente. Queremos saneamento básico. Queremos menos poluição e lixo. Queremos moradias adequadas e de qualidade para todos. Por que não protestar pelas vítimas das chuvas na Serra que até agora estão à merce de promessas do Governo para novas casas, para retomar suas vidas, para ter uma nova perspectiva? Queremos também acessibilidade à cultura. Queremos as mesmas oportunidades e privilégios para as diferentes classes sociais. Queremos um tratamento de igual para igual. Queremos políticas públicas eficientes. Queremos serviços públicos de qualidade. Queremos um país com uma educação sustentável também! Por que não se vai às ruas para pedir a cada vez que um ato desse nos afronta e que ficamos indignados de tanta repulsa? Simples: porque o que desagrada a uns, agrada a alguns. Há uma cultura de dois pesos e duas medidas. E os benefícios de que se vale a população não são iguais. Por isso, enquanto uma parcela urra, grita e berra a outra se faz de morta, com olhos, boca e ouvidos serrados. Infelizmente, concluí que vivemos numa sociedade de interesses. Só que não são só os interesses políticos que regem o comando do país, é o interesse pessoal quando escolhe-se a causa pela qual vai lutar, se ela beneficia a si próprio ou não, se ela é de interesse pessoal ou não. Caso seja, outros que façam o estardalhaço. Os incomodados que se virem, pra lá. É bem assim mesmo que a coisa acontece. Por isso, não temos força, porque somos um país desunido em nossas batalhas, onde não ganhamos a guerra porque luta-se não por igualdade, mas por particularidades, por interesses não comuns e visões diferentes para cada um. Se a situação nos favorece, não somos contra. Só passamos a não concordar quando ela não nos serve mais.

Uma pausa para uma pequena reflexão onde vou colocar apenas um caso como exemplo, mas poderia ser qualquer outra situação: a policia agora é violenta, porque usa de armas não letais e truculência contra os manifestantes e à mídia. Mas a mesma polícia não é truculenta aos olhos de alguns ou muitos quando invade às comunidades, atirando a ermo, a fim de matar criminosos que vem aqui no asfalto atacar a nossa vida e nos fazer reféns de suas leis e ordens próprias. Quantas pessoas já não aplaudiram Tropa de Elite e saem por aí repetindo o bordão do Cap. Nascimento que bandido bom é bandido morto? Muitos, aposto! Eu sou uma! Mas, por que? Porque quando queremos que a justiça seja feita para nós, não importa as circunstâncias? Há pessoas de caráter e inocentes que vivem nas favelas também, assim como há pessoas de boa índole, de caráter e com boa intenção nas manifestações. A ação da polícia foi a mesma. O que mudou foi a nossa visão de quando ser certo e quando ser errado! Aí, os fins justificam os meios. E é daí que vou para o meu ponto quatro: hipocrisia!

Já que o protesto tá em alta, vou deixar aqui o meu: abaixo a hipocrisia! Que é o que o povo brasileiro tem de sobra. Tem-se o que merece! Se o povo quer mudanças, comece por mudar a si mesmo. Seja a mudança que você quer ver no mundo! Não adiantar ser o "faça o que eu digo mas não faça o que eu faço!". Há condutas e atitudes de sobra pra se corrigir em cada cidadão, mas é mais fácil apontar o dedo para o outro e acusar suas faltas e falhas e condenar seu comportamento do olhar para o próprio umbigo e se autocensurar. Uma grande mudança parte de uma pequena ação. E se você, eu, todos nós queremos mudar alguma coisa, comecemos por nós mesmos! E esse foi o ponto de partida para a minha indignação com os protestos que acontecem próximos aos estádios onde acontece os jogos da Copa das Confederações. Agora o cunho do protesto mudou. Não protesta-se mais por mais um aumento e sim porque o povo urra de necessidades e gasta-se milhões em obras esportivas quanto nos falta tanta coisa. É isso ou eu me equivoquei? Bom, pelo que entendi, acho que é isso! Momento desabafo: vão pro cacete! Não pelo protesto! Mas pela hipocrisia, mais uma vez! Isso é lá hora de protestar? Não! A hora já passou. Foi lá atrás, há 4 anos quando o país foi se candidatar para ser sede de eventos esportivo importantes e que implicava em grandes obras que afetariam a todos nós. Mas aí, cadê o povo indo às ruas para protestar contra? Para gritar que o Rio e o Brasil como um todo não tinha a menor condição de ter eventos desse cunho e desse porte! Eu sempre fui contra! Tem lugares que o dinheiro nunca chegou. Somos necessitados de saúde, educação, segurança, transporte público, saneamento básico. As vítimas da chuva na região serrana ainda estão sem casa para morar enquanto se preciso for, gasta-se de novo todo o valor para construir novos estádios e complexos esportivos. Quando chegou o resultado e o Brasil seria a capital da Copa e das Olimpíadas a galera do oba oba, da festa, da cerveja gelada, do samba e do futebol comemorou à rodo. Agora quer protestar? E outra, ficou mal pacas. Já somos tachados lá fora como um país de merda, com gente metida a esperta sem a menos índole, não somos evoluídos nem como potência e nem como seres humanos. Não precisamos de mais um rótulo de país sem patriotismo. Concordo que em nada temos de orgulho para levantar a bandeira verde e amarela. Mas a roupa suja se lava em casa. Teve tempo de sobra para esse tipo de reação e de protesto, mas não vejo pessoas na Explanada dos Ministérios há 4 anos fazendo isso! E outra, não estou eximindo a Dilma pela culpa por suas ações ou falta delas em sua gestão e no seu governo. Mas e corja que veio antes dela, do Sérgio Cabral, do Eduardo Paes e nada fizeram? Aliás, fizeram sim MERDA TAMBÉM! Mas só quem está na gestão atual que leva a culpa. E mais, se a pessoa discorda tanto das ações a ponto. Ê povo contraditório: não concorda mas está dentro de um evento que abomina???? Estranho!

Mas o que tem sido feito ninguém vê. É pouco, é mínimo, mas é o que temos. Mas o povo só reclama.  Não entendam mal. Não estou do lado deles (políticos e governantes) e nem acho que eles fizeram tudo que deveriam e poderiam ser feito. Mas, mesmo com toda a minha indignação, com toda a minha revolta, com todos o meu inconformismo não posso deixar de ver o mínimo que foi feito à passos lentos de formiga. E esses passos têm defeitos. E nessa caminhada tem muitos buracos. E é nisso que temos que bater. Queria obras, melhorias, taí, a cidade cheia delas. Aí, reclama que é um caos e atrapalha a vida. Mas nada se transforma sozinho sem fazer um pouco de bagunça. E mais, as pessoas querem as coisas instantâneas, pra ontem. E a cidade ficou largada por muitos anos e de repente, bum, todos ascronstruções, obras, reparos e consertos foram feitos todos de uma só vez. Com todos os defeitos que possa ter, Paes foi um dos únicos que olhou pra Z. Norte e viu que ela faz parte do Rio, fora Z.Sul e Barra. Sei porque moro lá. Tivemos melhorias para lugares largados há anos. Estamos tendo acesso a mais cultura e lazer. É um sucesso? Não. Mas estão tentando! Já é um começo! Ele é perfeito? Não. Nenhum vai ser. Ele não vai ser falho? Não. Ele vai resolver todos os problemas da noite para o dia? Não. Mas ele ao menos fez alguma coisa. O povo não queria melhorias e reformas? Então, algumas vieram com obras. Daí, o prefeito é um filho da puta porque resolveu fazer obra na cidade, em dia de semana, para tumultuar o trânsito, para complicar a vida dos trabalhadores, esses mesmos que reclamavam que não existiam melhorias. Não podemos ser tão inflexíveis assim. O que tem sido feito não vai tapar o buraco do que não foi feito, até hoje. O mínimo que nos foi dado não vai ser a esmola dada aos pobres. Vamos e temos que cobrar mais. Ainda há muito a se fazer. Saúde e Educação foram tópicos largados por anos e anos e precisa de muito planejamento para fazer a coisa funcionar. As pessoas reclamam das UPAs, que é lento o atendimento, que faltam médicos, que isso e aquilo. OK! E antes de existirem as UPAs? Era alguma maravilha o atendimento público no país? NÃO! Com a chegada da UPA a coisa desafogou para os hospitais. Melhorou? Um pouco! Tá bom? Não... tá longe de ser. Mas os planos de saúde estão uma maravilha também, né? nem tem gente indo parar no Ministério Público para ter atendimento sob ordem judicial em planos de saúde. Tá tudo um caos. O público e o particular. E outra, existem mais gente quase que hospital no pais. Essas pessoas "dão cria" que nem coelho. Nunca vai ser o suficiente. Para melhorar a saúde, deveria existir, na minha opinião conscientização , programas de incentivo com relação ao controle de natalidade, mas essa palavra "consciência é coisa que muitos não tem. É mais fácil viver do nosso programa de assistencialismo de bolsas e depois cobrar e reclamar. Os corredores expressos estão aí, hoje muita gente adora a ideia e diz que realmente funciona, que diminuiu o tempo de trajeto, mas quando foram implantados foi um Deus nos acuda. Haja paciência para tanta reclamação. "Tá uma bagunça..." era só o que sabiam dizer nas ruas. Mas se parassem um pouco para se informar no lugar de reclamar teriam entendido todo o sistema de funcionamento, tinham cartazes, panfletos, jornais e toda a mídia informando. Mas ouvir funk e pagode alto no ônibus sabia fazer, mas prestar atenção na nova sinalização não. A mesma coisa é a Transcarioca, Transoeste, Trans sei lá o que. Gente, uma obra mega como essa ia ser feita sem nenhum perturbação? Imaginem quando foi feita a Ponte Rio-Niterói? Mas imaginem a vida hoje sem ela? Mesmo engarrafada, caótica e superlotada. É a mesma coisa. Sabe, tem coisas que as pessoas parecem vitrolas com disco arranhando, que saem repetindo as coisas, dizendo ser liberdade de expressão, retaliam a opinião contrária mas não pára para pensar em seus próprios questionamentos. E aí, quer ficar colocando defeito no mínimo que conseguiu se fazer diante do nada que tinham antes. Pra mim o que pesa mais não é que não tem ou não tá bom, o ponto é que não é suficiente. E nem sei quando vai ser. Somos carentes de muita coisa. E o mínimo que é feito nem sei se não é reconhecido por alguns, mas não dá vazão. E aí, não aparece. O que temos que cobrar são com relação os gastos, as prestações de contas, ao superfaturamento, as licitações forjadas, as verbas aumentadas, tudo isso! Mas não podemos dizer que NADA foi feito. As UPPs são perfeitas? Não! Mas hoje, há muito mais acesso nas comunidades para que se faça serviços sociais do que antes. Para alguns moradores em nada mudou. Mas para outros foi um grande passo rumo a uma grande melhoria. O problema é que tudo tem que ter um começo e as pessoas já querem o resultado final. Muita coisa é implantada experimentalmente, para ver se funciona, se rola, se tá ok. Daí, as mudanças e reformulações são feitas. Sérgio Cabral começou ao menos a se envolver num problema largado e enraizado há anos: as favelas do Rio. Não se faz um omelete sem quebrar alguns ovos e obviamente algumas questões e algumas coisas acabaram saindo perdendo, se deram mal. Mas é a tal questão de um mal menor para um bem maior. O problema mor: a polícia. Pra mim a PM corrupta, autoritária e vergonhosa tinha que acabar. Bato nessa tecla há anos. resolveria o problema? Não. Mas seria um grande passo, visto que a maioria dos problemas provém dela. Não é a única política corrupta e que quer se beneficiar, não é a única célula ruim. Há policiais ruins em vários departamentos, assim como há profissionais ruins em qualquer cunho. Mas isso não pode dominar o sistema. Em vez de exterminar o problema da violência e tentar erradicar ao máximo os crimes, a PM ajuda a aumentar esse índice. E ainda, grande parte da polícia corrupta ainda forma uma facção criminosa para concorrer com os bandidos. Aí já é demais! Até pra o mais crente dos crentes. Quando você vê um policial você não sabe se pede ajuda, se corre, não sabe se confia, se desconfia, não sabe se vai ser extorquido, se vão pedir suborno, se vai ser coagido. Literalmente, estamos nas mãos deles. E cadê o povo para protestar contra essa autoridade, esse sistema arbitrário que está tomando conta da sociedade através do medo e não do respeito. Vamos lutar contra isso! Vamos tentar chamar mais a atenção para esse problema que acho que é mais grave do que algumas coisas que estão sendo super elevadas ou sendo reivindicadas tardiamente. P

Mas, voltando a me ater ao assunto original, além de contraditório o povo enfurecido agora ficou descontrolado junto com a polícia violenta e sem preparo e paciência para cenas de enfrentamento: famílias inteiras, crianças, idosos estavam indo assistir ao jogo de inauguração do Maracanã quando deram por sí estavam no meio do confronto com bombas de gás de pimenta, bombas de efeito moral, balas de borracha. Imagine o nervosismo? Desnecessário! tem gente que não está no meio da manifestação mas não está contra e acabou enredada no meio da violência. Não se esqueçam que apesar da indignação pelo dinheiro público mal gasto ou pelo superfaturamento ou por gastos indevidos ou pelo que seja, o evento ainda é algo que reúne famílias e estas mesmas não devem ser colocadas em risco. Estavam ali para se divertir e não para participar de confronto nenhum. Protestem e manifestem à vontade, mas não envolvam quem não tem nada a ver com isso. Isso já está fora de controle e tomou uma proporção impossível de reverter.

Tá tudo errado. Tem muita coisa funcionando mal ou não funcionando. Tem pingos nos "is" aos montes para serem colocados. Mas tudo à seu tempo. Não vai se consertar o mundo em uma semana que tem séculos de podridão. Passeatas, protestos e manifestações vão nos levar a algum lugar sim. Mas a forma mais certa de mudança ainda é o voto. Esse mesmo, que muitos brasileiros fazem chacota dele, desperdiçando-o muitas vezes. É lá na urna, que todas as reivindicações, que todos os problemas devem ser pesados, que todas as indignações devem ser reavaliadas. Até mesmo aqueles que votam em branco porque dizem que não há candidato que preste ou que valha o seu voto. Votando em branco da-se voto para a maioria e quando a maioria colocar alguém sentado nos mais altos cargos do país, não me venha você, que votou em branco reclamar. O voto é um dos nossos poucos exercícios de cidadão que podemos exercer livremente. É mais que um ato de cidadania. É a nossa vez. Lutamos tanto para conquistar esse direito. Vamos fazer valer! E gente, atentem para uma coisa: independente de quem esteja no poder, mudar uma cidade caótica como a nossa nem em 10 anos de mandato daria para fazer todas as melhorias e acertos necessários para uma boa infraestrutura e qualidade de vida melhor para todos. Anos e anos se passaram e pouco se fez pela cidade. Então, porque quem está no cargo atualmente tem que pagar por uma má gestão anterior. Se tem que enumerar culpados, então que se comece lá de mil novecentos e bolinha. O país ideal, a cidade ideal, onde se possa viver com dignidade, com oportunidade para todos, tendo a igualdade como jargão ainda está sendo construído. Mas se você apenas quer fazer barulho e nada vai fazer para participar de alguma tentativa de mudança então você, tem todo o meu desprezo e descrédito! É preciso mais do que ações para mudar uma sociedade. Para ela ser melhor, é preciso mudar a mentalidade dela. E nisso, a nossa é neandertal, caminhando a passos lentos e pequenos, tateando no escuro. Como vamos dar credibilidade para alguém que pega o seu maior poder como cidadão e joga no lixo? Tá igual aos candidatos que pregam que vão fazer e acontecer pela cidade e a sujam e poluem de todas as formas mais que qualquer cidadão. Um sujeito desse merece votos? Que venham mais quatro anos, independente com quem for e quem estiver lá em cima, faça o que de melhor possa fazer, o que é possível fazer. E nós, cada vez mais ativos, conscientes e com voz forte possamos fazer a nossa parte que é cobrar o que nos foi prometido e tentar consertar o que achar que é errado. Não temos que nos acomodar, temos que aprender e saber como ganhar asas. E não ficar na aba do voto dos outros e ainda criticando o voto alheio como adoramos fazer hoje! E comecemos por dar exemplos de cidadania para cobrar uma cidade melhor. A pessoa pra cobrar, primeiro tem que saber fazer.

Levemos a mão na consciência um pouco para que as palavras proferidas daqui por diante sejam palavras com força de sabedoria. temos um poder muito maior do que julgamos, basta saber usá-lo! 





PS: esse texto foi escrito antes da manifestação organizada de segunda-feira, onde ainda tinha-se informações truncadas e dissonantes. Na verdade, alguns trechos foram inseridos em cima da ótica atual dos acontecimentos. Outros continuaram verdadeiramente quando foram escritos, há um bom tempo, quando se começou a falar, pensar e agir mais, politicamente. Confesso que, depois de conseguir me inteirar melhor porque os meios de comunicação  até mesmos os próprios manifestantes demoraram a se fazer entender em suas intenções, mudei um pouco a minha visão sobre a real proposta apresentada. E se eu tinha alguma resistência à determinadas ações e visões, com o decorrer dos acontecimentos ou elas mudaram ou elas sumiram. Sim, algumas permanecem, certas convicções não consigo mudar. Mesmo assim, não deixo de reconhecer a grandiosidade e importância do evento e continua a dar o meu apoio, desde que esse seja feito de forma pacífica, inteligente e sábia. Que não se comprometa pessoas e lugares se o propósito não é esse, se o feeling da coisa é pedir que se tenha respeito pela nação brasileira e que se construa um país melhor para se viver. No próximo post, vocês poderão ver algumas novas visões adquiridas depois de um melhor conhecimento da causa.

Obrigada,

Fernanda!

17 de junho de 2013

Silêncio d'alma!


"O único silêncio que perturba, 

é aquele que fala. 

E fala alto. 

É quando ninguém bate à nossa porta, 

não há emails na caixa de entrada, 

não há recados na secretária eletrônica e, 

mesmo assim, você entende a mensagem." 


Martha Medeiros



14 de junho de 2013

“Vergonha de ser brasileiro”


Culpar os outros pelas nossas próprias atitudes não vai resolver o problema. Jogar a culpa de todos em apenas alguns é o primeiro passo não só da falta de consciência como de respeito, ignorância e mau caratismo. Somos tão errados quanto aqueles que fazem o errado. A diferença é que tem gente que faz às caras limpas e outros que erram sob desculpas.

Fazer a sua parte é obrigação de todos. Primeiro isso, depois pensemos em "direitos". Porque cobrar é fácil, fazer é que é difícil!

#ficaadica!


“Vergonha de ser brasileiro”


Eu ouço todo dia, leio o dia todo, não concordo com uma virgula.
O Brasil isso, o Brasil aquilo. “Nossos políticos isso”, “nossos políticos aquilo”. “Vergonha disso”, “vergonha daquilo”.
O Engenhão? Absurdo! Os estádios caros pra Copa? Uma vergonha!
Vou torcer contra.
Porque? Porque sou especial. Não sou movido a pão e circo. Sou inteligente, diferenciado, não engulo qualquer coisa.
Vou ao facebook, faço hastag, grito no twitter, me faço de vítima de um sistema. Mas não sou homem de assumir que sustento essa merda o tempo todo.
Vem cá, me conta uma coisa. Quantos amigos você tem que usam carteirinha de estudante sem estudar? Quantas vezes você denunciou um deles?  Sabia que o seu ingresso custa mais caro porque hoje em dia enorme parte da bilheteria é de estudantes? Tão roubando você. São seus amigos, e você não diz nada.
Porque você realmente acha que os caras que lá no governo que te representam vão denunciar os colegas deles roubando, mesmo se ele for honesto?
Porque você se revolta tanto com um estádio de futebol usando seu dinheiro se a sua tv a cabo custa mais cara porque seus amigos fazem gato da net e você também não fala nada?
O ponto não é ser “certo ou errado”, menos ainda repetir discurso feito de gente que se coloca acima da sociedade que faz parte. Eu sou um brasileiro de merda, como você.  E se eu for a uma passeata serei apenas um merda barulhento, nada além disso.
Nós aceitamos tudo que aceitamos porque é apenas reflexo do que nós somos. Nenhum líder eleito é diferente demais do seus eleitores. Somos iguais a todos eles. Corruptos, hipocritas, individualistas e tentando se dar bem a todo custo.
Você conhece um cara no hospital. Se tiver gripado, você não passa na frente porque tem piores na fila? Passa. Você sabe que passa.
Passa no transito, na fila, no esquema do amigo do amigo pra renovar a carteira. Mas passa.
Se puder tirar vantagem, você tira. Eu tiro. Somos brasileiros, culturalmente educados para sermos malandros. Porque diabos esperamos que os nossos representantes não sejam?
Você realmente acha que é inteligente descontar no Neymar um problema que quem gerou e sustenta todo santo dia é você?
Tá com ódio do Eduardo Paes? Acha mesmo que ele é um problema pra você? Odeia o Lula? Acha que ele foi covarde ao não caguetar os amigos esse tempo todo?
E você? Caguetou alguém?
Conferiu tudo que pagou? Tem mesmo certeza que no seu dia-a-dia não lesa ninguém por beneficio próprio, seja por parte de um “sistema” ou mera falta de caráter?
Aquela balinha que você rouba nas lojas Americanas e acha graça. Ou o troco da padaria que tu não diz que a moça errou e devolveu a mais.
Não suporto mais abrir meu facebook. Todo santo dia tem um, ou melhor, 200, falando que o governo isso, que somos vítimas, que é um absurdo, que o Brasil é um país de merda, que vergonha…
Vergonha de que, irmão? Você não tem vergonha de ser o brasileiro que você é. Nunca se disse parte de nada disso, apenas aponta o dedo e mira pro alvo mais fácil.
Serão 30 dias de porrada no Neymar porque não temos critério algum com nosso dinheiro, nossos valores, principios e coletividade.
A Copa que teremos não demonstra NADA além da nossa falta de educação, falta de  vergonha na cara e conformismo.  A Copa é um espelho duro de aceitar.
Ela tem nos dado argumentos vazios para nos fazermos de vítima de nós mesmos.
E então, culpamos o novo Maracanã.
É fácil. Mais fácil do que se olhar no espelho e entender, de uma vez por todas, que você não é feito de otário.
Você é um otário. Como eu, como todos nós.
Não peça políticos melhores. Seja um cidadão melhor.
Se enxerga. Recolhe o dedo, para de apontar e olha no espelho.
Nós somos exatamente iguais os nossos políticos. Não queiram nada além do que merecemos.
E o que merecemos é exatamente o que temos.
Viva a Copa! Ela não tem culpa.
A culpa de tudo isso é nossa. E qualquer ataque de “não aguento mais” é mera covardia e repasse de responsabilidades.
Ou no seu facebook tem alguém falando em “Vergonha de mim mesmo por querer levar vantagem em tudo”?
Somos colônia. Um país novo, em formação, sem sequer metade do tempo que outros tiveram pra evoluir.
Vamos encontrar um caminho. Não tenho dúvida disso porque por mais covardes e irresponsáveis que sejamos, somos ainda um povo muito bom.
Somos diferentes. Alegres. Quase bobos.
Mas somos pouco patriotas. E não me refiro a Copa do mundo. Mas talvez ela seja um mero reflexo de um país que tem tudo, menos auto estima.
Aceite. A culpa é nossa.  Não “do povo brasileiro”, aquele que você cita em tom superior de quem não faz parte.
Mas “nossa”.  De todos nós. Do que faz, do que não faz e deixa que façam. Do que vê e não fala, do que fala e não muda.
Minha. Tanto quanto sua. Só que eu tenho educação, internet em casa, tv a cabo e posso mudar porque sei o que é certo e errado.  O cara lá do cu do Acre talvez não tenha. E muitas vezes é nele que você mete a “culpa” por uma eleição que você discorde.
Quem tem a responsabilidade de mudar primeiro? Você ou ele?
Bora pra mais um dia. Comprar um dvd pirata, ajudar o bandido, reclamar da polícia e cobrar dos políticos.
abs,
RicaPerrone


13 de junho de 2013

Ter a mim mesma e mais ninguém!






"Eu estou consciente e tenho o poder de pensar como eu quero. Tenho o direito de pensar no que eu quero para o meu próprio bem. Eu tenho e posso impor ao meu mundo interior tudo aquilo que eu quiser. E quero me sintonizar com o melhor. Esqueço, a partir de agora, a pessoa que eu fui, sobretudo meus vícios de pensamentos. Penso apenas na paz. Penso nela, permitindo que seu perfume toque minha aura e atinja todas as áreas da minha vida, todos os cantos do meu corpo. Penso na paz com uma mensagem de ordem e equilíbrio perfeito. 
Deixo fluir na minha cabeça a consciência do 'eu posso'. Eu posso estar na paz. Impor essa paz é praticar o meu poder pessoal com responsabilidade divina, obtida por herança natural. O melhor para mim é um grande sorriso no peito. É a felicidade barata e fácil a que tenho direito. É tão simples pensar que o melhor está em mim! A beleza está em mim. A suavidade está em mim. A ternura, o calor, a lucidez e o esplendor das mais belas formas do universo estão em mim. Aí eu me abro inteira, viro do avesso e sinto que não há fronteiras nem barreiras para mim. Sinto que o limite é apenas uma impressão. Sinto que cada condição foi apenas a insistência de uma posição. Sinto que sou livre para deixar trocar qualquer posição por outra melhor. Sou livre para descartar qualquer pensamento ruim, qualquer sentimento ou hábito negativo, qualquer paixão dolorosa. Porque eu sou espírito. Sou luz da vida em forma de pessoa. 

Ah, universo, eu estou aberta para o melhor para mim. Eu sei que muitas vezes sou levada por uma série de pensamentos ruins. Mas é porque eu não conhecia a força da perfeição. Eu não conhecia a lei do melhor. Agora eu me entrego, me comprometo comigo, com o universo e contigo. Vou manter a minha mente aberta. Esse momento me desperta, me traz a inspiração ao longo do dia onde se efetiva a luz que irradia para quem insiste no próprio aperfeiçoamento. 

Não quero pensar nas minhas fraquezas. Quero olhar bem fundo nos meus olhos e ver como eu sou bonita, como fiz e faço coisas maravilhosas e como o meu peito está cheio de vontade. Eu assumo a responsabilidade sobre essas vontades e me projeto com força nessa identidade de saber que eu posso, sim, fazer o melhor. Despertar o meu espírito é viver nele. É ter a satisfação de ser eu mesma. É poder ser original, única, pequena e grande ao mesmo tempo. Sei agora que o melhor está a meu favor. Meu sucesso, aliás, é o sucesso de Deus que se manifesta em mim como pessoa em transformação. Eu sinto como se tivesse sentado nessa cadeira da solidez universal porque eu estou no meu melhor. Porque sou o sucesso da eternidade, porque estou há milhares de anos seguindo e não fui destruída. Porque o universo garante. Grito dentro de mim mesma: de todas as coisas da vida, o melhor ainda sou eu. O melhor sou eu!"


Luiz Gasparetto

12 de junho de 2013

Thank U for it





Não acredito que alguém consiga ser plenamente feliz sozinho. A gente se distrai muito até encontrar o amor de verdade. Desculpe, mas sou piegas assim: acredito em amor de verdade. Você pode encontrar muita gente pelo caminho. Muitas enganações, muitas promessas, muitos beijos, muitos corpos e corações. Mas a gente sente quando ele, o amor, chega pra ficar.


Você sente pela sensação de conforto que ele oferece. Pela calma. Pela paz. Por ajeitar tudo lá dentro do peito. É que as paixões nos bagunçam. Nos desarrumam. O amor arruma tudo. O amor faz uma faxina emocional. O amor deixa tudo limpo, novo, claro. A paixão dá uma sensação de poder, faz o chão sacudir, seu corpo balançar. O amor traz segurança, tranquilidade. O amor é sereno.


Durante muito tempo eu quis sentir aqueles efeitos e reflexos de paixões. Elas arrebentam, arrebatam, atormentam. O amor, não. O amor tem o mesmo efeito de um abraço bem longo e apertado. Ele te deixa com a cabeça nas nuvens e os pés no chão. É que amar é ter os pés no chão. Olhar para a frente junto com o outro.


Amor é realidade, dia a dia, dificuldade. Amar é vencer uma batalha todo santo dia. Porque não é fácil conviver com alguém. Não é fácil dizer olha, te entrego meu coração, meu sentimento, minha emoção. Olha, cuida bem de mim. Cuida do que eu sinto. A gente tem que baixar a guarda, engolir o orgulho, se deixar levar. Se perder para se encontrar. O amor é um encontro. De você com você mesmo. Amar é se ver nos olhos do outro. Mesmo que ele esteja com os olhos fechados.

Acredito que existem amores saudáveis e amores prejudiciais. Amor saudável é aquele que une, junta, agrega. Amor prejudicial é aquele maluco, possessivo, que separa, que isola. É muito ruim quando seus amigos ou família não gostam da pessoa que você escolheu para viver junto. Amar é querer reunir todo mundo que mora no seu coração. Ainda bem que eu consegui. E consigo todo dia.




Clarissa Corrêa