Não é um assunto muito agradável este que vou falar hoje. Tão pouco me sinto confortável pensando nele, mas por estes dias ele vem me rondando mais a mente do que o de costume e me senti na obrigação de refletir a respeito! Refletir porque a morte, coisa na qual me propus a pensar faz parte da vida de todos nós. E como costuma dizer minha querida vózinha Madá, ainda viva, graças a Deus, é a única certeza que nós temos nesta vida: que um dia, todos nós vamos morrer!
Não faço ideia de qual seja a sensação de perder um parente próximo, um ente querido. A dor da separação, a saudade, a certeza do nunca mais, a lembrança que é a única coisa que nos restará dali pra frente. Já estive em situações com amigos que perderam pais. Já perdi amigos, não tão próximos. Já perdi parentes, não tão chegados. Na hora do enterro, até chego a me emocionar, de fato! Pois o sentimento de tristeza e solidão que paira sobre o local toma conta de todos os presentes, até os corações mais enrijecidos, não tem jeito. Mas passar pela experiência do desapego, da perda propriamente, da dor dependendo do tipo de morte e aprender a lidar com o que fica... não, eu não passei.
Estes dias, conversando com uma amiga sobre isto, ouvindo-a falar sobre como vem lendo e se acostumando com a ideia da morte, cada vez mais próxima para um parente seu, me dei conta de que não faço a mínima ideia de como reagiria diante de uma situação destas. Nem mesmo sei se prefiro me preparar e me acostumar com o fato de que vou perder esta pessoa, ela vai me deixar ou se prefiro que seja de supetão, assim de uma hora para outra. Acredito que independente da morte, o sofrimento ligado à pessoa seja o mesmo. E custa a passar... acho que não passa nunca.
Tento pensar em várias justificativas para aliviar a tristeza, abrir o coração da dor e deixar o espírito livre para aceitar o que foi predestinado para nós. Como me identifico muito com a religião espírita, sei que nela prega-se o desprendimento da alma e do corpo. E a morte é vista como apenas uma longa jornada após a vida na terra. Não acabou, continua. Mas, não sei se isto me bastará. Tento pensar que, dependendo da pessoa e da idade que ela tenha, que já viveu muito, aproveitou o máximo da vida e que chegou a hora dela. Mas ao mesmo tempo em que tento ser otimista e pensar que temos que deixar a pessoa ir e seguir o caminho dela, começo a pensar no “e agora, como vai ser?” Na verdade, no meio do turbilhão de emoções, do impacto da notícia até cair a ficha de verdade de que “se foi”, a gente não deve conseguir assimilar nada. Tenho a impressão que vou perder o chão, sair fora da realidade e quando voltar vai ser pior ainda.
Fui embora pensando na conversa que tive de manhã porque este assunto nunca me saiu da cabeça. Vira e mexe, ele está lá. E eu me indagando como reagirei, como sentirei. Sentada na estação de trem, por incrível que pareça hoje, sozinha, saio da bolha habitual momentânea que me obriguei a andar para não ser atingida somente por notícias ruins o tempo todo e me dou conta que a morte, nos dias de hoje, está mais presente que a vida. Demora-se muito a nascer, 9 meses, mais ou menos. Mas para morrer, milésimos de segundos: uma bala, uma facada, um acidente, um infarto, um suspiro, um último olhar. Adeus!!! Muitas vezes nem chegamos a dar. E o que fazemos com todas as coisas que gostaríamos de ter dito e não dissemos. Com todos os momentos que gostaríamos de ter vivido e não vivemos? Com um abraço, com um beijo, com a certeza de que sempre estaria ali e hoje só resta a lembrança que cada vez fica mais clara, fraca, pequena. Mas a saudade, ah, esta não morre nunca! E nos segue dia após dia, em cada canto que a gente vá. Primeiro nas lágrimas, depois no silêncio, ai ficam as fotos, os presentes dados, os pertences guardados... A vida segue e a gente segue com ela, com pessoa amada no coração!
Agora, começo a rezar que se eu tiver que ser acometida por uma morte no seio de meu convívio familiar ou de amigos, que seja de causas naturais, não dolorosas para a pessoa. Não gosto de sofrimentos. Mas nada de crimes brutais, hediondos de 1°, 2° grau e daí por diante. Não é justo, com quem morre nem com quem fica. Se for natural a gente não se contenta com a perda, mas se é uma morte provocada a gente não se conforma por aquela pessoa ser arrancada de nós. Ontem mesmo, vi no noticiário que um menino de 12 anos foi enterrado como herói em sua cidade por ter salvado a vida de outro colega de 6 anos, em um incidente na rua onde brincavam. Morto e enterrado como herói? De que? De uma matança deliberada e sem propósito? O justo seria ninguém ter morrido! E uma criança, com uma vida inteira pela frente.
Morte: medo ou ódio? Entendimento ou revolta? Inconformismo ou aceitação? Perguntas estas que eu não tenho resposta, ainda. E espero não ter por um bom tempo. Mas percebi que ela está mais perto de mim do que pensava. E que não deixo de sentir mais ou menos se nem sequer conheço a pessoa que partiu desta para uma melhor, como dizem. Eu lamento do mesmo jeito que tenha que ter acabado...
Beijosssssss
Não faço ideia de qual seja a sensação de perder um parente próximo, um ente querido. A dor da separação, a saudade, a certeza do nunca mais, a lembrança que é a única coisa que nos restará dali pra frente. Já estive em situações com amigos que perderam pais. Já perdi amigos, não tão próximos. Já perdi parentes, não tão chegados. Na hora do enterro, até chego a me emocionar, de fato! Pois o sentimento de tristeza e solidão que paira sobre o local toma conta de todos os presentes, até os corações mais enrijecidos, não tem jeito. Mas passar pela experiência do desapego, da perda propriamente, da dor dependendo do tipo de morte e aprender a lidar com o que fica... não, eu não passei.
Estes dias, conversando com uma amiga sobre isto, ouvindo-a falar sobre como vem lendo e se acostumando com a ideia da morte, cada vez mais próxima para um parente seu, me dei conta de que não faço a mínima ideia de como reagiria diante de uma situação destas. Nem mesmo sei se prefiro me preparar e me acostumar com o fato de que vou perder esta pessoa, ela vai me deixar ou se prefiro que seja de supetão, assim de uma hora para outra. Acredito que independente da morte, o sofrimento ligado à pessoa seja o mesmo. E custa a passar... acho que não passa nunca.
Tento pensar em várias justificativas para aliviar a tristeza, abrir o coração da dor e deixar o espírito livre para aceitar o que foi predestinado para nós. Como me identifico muito com a religião espírita, sei que nela prega-se o desprendimento da alma e do corpo. E a morte é vista como apenas uma longa jornada após a vida na terra. Não acabou, continua. Mas, não sei se isto me bastará. Tento pensar que, dependendo da pessoa e da idade que ela tenha, que já viveu muito, aproveitou o máximo da vida e que chegou a hora dela. Mas ao mesmo tempo em que tento ser otimista e pensar que temos que deixar a pessoa ir e seguir o caminho dela, começo a pensar no “e agora, como vai ser?” Na verdade, no meio do turbilhão de emoções, do impacto da notícia até cair a ficha de verdade de que “se foi”, a gente não deve conseguir assimilar nada. Tenho a impressão que vou perder o chão, sair fora da realidade e quando voltar vai ser pior ainda.
Fui embora pensando na conversa que tive de manhã porque este assunto nunca me saiu da cabeça. Vira e mexe, ele está lá. E eu me indagando como reagirei, como sentirei. Sentada na estação de trem, por incrível que pareça hoje, sozinha, saio da bolha habitual momentânea que me obriguei a andar para não ser atingida somente por notícias ruins o tempo todo e me dou conta que a morte, nos dias de hoje, está mais presente que a vida. Demora-se muito a nascer, 9 meses, mais ou menos. Mas para morrer, milésimos de segundos: uma bala, uma facada, um acidente, um infarto, um suspiro, um último olhar. Adeus!!! Muitas vezes nem chegamos a dar. E o que fazemos com todas as coisas que gostaríamos de ter dito e não dissemos. Com todos os momentos que gostaríamos de ter vivido e não vivemos? Com um abraço, com um beijo, com a certeza de que sempre estaria ali e hoje só resta a lembrança que cada vez fica mais clara, fraca, pequena. Mas a saudade, ah, esta não morre nunca! E nos segue dia após dia, em cada canto que a gente vá. Primeiro nas lágrimas, depois no silêncio, ai ficam as fotos, os presentes dados, os pertences guardados... A vida segue e a gente segue com ela, com pessoa amada no coração!
Agora, começo a rezar que se eu tiver que ser acometida por uma morte no seio de meu convívio familiar ou de amigos, que seja de causas naturais, não dolorosas para a pessoa. Não gosto de sofrimentos. Mas nada de crimes brutais, hediondos de 1°, 2° grau e daí por diante. Não é justo, com quem morre nem com quem fica. Se for natural a gente não se contenta com a perda, mas se é uma morte provocada a gente não se conforma por aquela pessoa ser arrancada de nós. Ontem mesmo, vi no noticiário que um menino de 12 anos foi enterrado como herói em sua cidade por ter salvado a vida de outro colega de 6 anos, em um incidente na rua onde brincavam. Morto e enterrado como herói? De que? De uma matança deliberada e sem propósito? O justo seria ninguém ter morrido! E uma criança, com uma vida inteira pela frente.
Morte: medo ou ódio? Entendimento ou revolta? Inconformismo ou aceitação? Perguntas estas que eu não tenho resposta, ainda. E espero não ter por um bom tempo. Mas percebi que ela está mais perto de mim do que pensava. E que não deixo de sentir mais ou menos se nem sequer conheço a pessoa que partiu desta para uma melhor, como dizem. Eu lamento do mesmo jeito que tenha que ter acabado...
Beijosssssss
Um comentário:
Eu sou espírita Kardecista, isso foi essencial pra eu lidar com a questão da morte! E ainda estou amadurecendo a idéia de fazer um post sobre isso, porque sei que meu jeito de ver a morte é beeeem polêmico... rs
O que mais me assusta na morte é realmente a perda de uma pessoa que gostamos muito!
Beijocas
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