Ontem, como estava em casa por causa do feriado que cobre a minha empresa, proveniente do setor elétrico, fiquei em casa. Como meu môzão está trabalhando em um evento na parte da noite, aproveitamos o dia sem trabalho(meu) e a hora livre dele, para nos encontramos em algum lugar da cidade, dar uma volta e matar as saudades.
Resolvemos nos encontrar no Centro do Rio, por ele já estar lá. Fomos dar um passeio na Marina, sentar um pouco à beira mar, conversar em um lugar tranquilo e fresco e ficarmos à vontade para namorar um pouquinho. Mas, vejam só, chegando lá, tivemos que andar um bom tempo até achar um lugar “seguro” que não incluísse moradores de rua dormindo. Tarefa difícil esta, hein? Mas, por fim, nos sentamos no muro de frente para o mar.
Ele, que não mora no Rio e não está acostumado aos lugares daqui, se espantou, por achar que em monumentos e locais de visitação, e ainda mais com a polícia vigiando, como no Monumento dos Praçinhas, não haveria este tipo de coisa. E eu, solto a pérola: aqui no Rio é assim. Pobreza e riqueza se misturam na mesma cena e ninguém mais se abala com isto. Todos convivem bem dentro dos seus limites.
Triste realidade brasileira! Depois que falei é que fui parar e analisar a frase, com cara de aristocrata, que eu disse. E me espantei com a naturalidade que eu mesma a pronunciei. Esta diferença cortante está tão embutida no nosso cotidiano, que não reparamos mais e tratamos como comum.
Quando a tarde começou a cair e não mais moradores de rua habitavam o local, mas sim algumas pessoas de aparência estranha e procedência duvidosa resolvemos nos levantar e ir embora. Fui andando olhando para trás e me dando conta do que anda tomando conta não só do cenário carioca, mas de nossas vidas. A indiferença! Ligamos, até certo ponto que aquilo nos incomoda ou mexe com algo que consideramos importante para nós. Fora isto, não ligamos mais. O poder público não se manifesta, as autoridades tratam com descaso, nós por nossa vez, não fazemos nada porque achamos que a obrigação deveria ser deles e não nossa, que já sofremos com as ações violentas destas pessoas, intituladas “moradores de rua”, “menores abandonados”, mas que na verdade são os filhos da rua e de uma cidade que vira as costas para “o problema” e só tem olhos para o que pode render lucros e satisfação.
Apesar de adotar certos truques para caminhar em determinados lugares da cidade e não me deixar mais abater por algumas cenas vistas, sinto uma enorme tristeza por presenciar sorrisos e diversão exacerbada de um lado e lágrimas e tristeza do outro, pela vida infeliz, há alguns passos de mim.
Resolvemos nos encontrar no Centro do Rio, por ele já estar lá. Fomos dar um passeio na Marina, sentar um pouco à beira mar, conversar em um lugar tranquilo e fresco e ficarmos à vontade para namorar um pouquinho. Mas, vejam só, chegando lá, tivemos que andar um bom tempo até achar um lugar “seguro” que não incluísse moradores de rua dormindo. Tarefa difícil esta, hein? Mas, por fim, nos sentamos no muro de frente para o mar.
Ele, que não mora no Rio e não está acostumado aos lugares daqui, se espantou, por achar que em monumentos e locais de visitação, e ainda mais com a polícia vigiando, como no Monumento dos Praçinhas, não haveria este tipo de coisa. E eu, solto a pérola: aqui no Rio é assim. Pobreza e riqueza se misturam na mesma cena e ninguém mais se abala com isto. Todos convivem bem dentro dos seus limites.
Triste realidade brasileira! Depois que falei é que fui parar e analisar a frase, com cara de aristocrata, que eu disse. E me espantei com a naturalidade que eu mesma a pronunciei. Esta diferença cortante está tão embutida no nosso cotidiano, que não reparamos mais e tratamos como comum.
Quando a tarde começou a cair e não mais moradores de rua habitavam o local, mas sim algumas pessoas de aparência estranha e procedência duvidosa resolvemos nos levantar e ir embora. Fui andando olhando para trás e me dando conta do que anda tomando conta não só do cenário carioca, mas de nossas vidas. A indiferença! Ligamos, até certo ponto que aquilo nos incomoda ou mexe com algo que consideramos importante para nós. Fora isto, não ligamos mais. O poder público não se manifesta, as autoridades tratam com descaso, nós por nossa vez, não fazemos nada porque achamos que a obrigação deveria ser deles e não nossa, que já sofremos com as ações violentas destas pessoas, intituladas “moradores de rua”, “menores abandonados”, mas que na verdade são os filhos da rua e de uma cidade que vira as costas para “o problema” e só tem olhos para o que pode render lucros e satisfação.
Apesar de adotar certos truques para caminhar em determinados lugares da cidade e não me deixar mais abater por algumas cenas vistas, sinto uma enorme tristeza por presenciar sorrisos e diversão exacerbada de um lado e lágrimas e tristeza do outro, pela vida infeliz, há alguns passos de mim.
Beijos mil!!!
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