31 de agosto de 2012

Noiva neurótica, eu????

Com a proximidade do casamento, a pergunta que eu mais tenho ouvido ultimamente é: "e ai, tá nervosa, ansiosa?"... Não! 



Quando digo isso, as pessoas me olham torto e duvidoso, como se quisessem me pegar numa mentira. Gente, de fato não estou... ainda, rs. Pode ser que no dia eu fique sim, como todas as noivas, quando começar a me arrumar, minutos antes de entrar. Pode ser que pinte aquela ansiedade, principalmente para que tudo saia certo, do jeitinho que foi planejado. Mas insegura se é a decisão certa, como será o amanhã, se é o amor da minha vida de fato, se vamos cair na rotina, como vamos lidar um com o outro e outras dúvidas e questionamentos até normais que passam pela cabeça de outras noivas, não!

Todo mundo sabe que eu e o Ju estamos apenas oficializando nossa união, que pelo tempo em que moramos debaixo do mesmo teto, já conta como "união estável", designação dada pela lei para companheiros que não são casados na igreja ou no civil mas que moram juntos há mais de 2 anos, no mínimo. Sempre foi da vontade dele casar na igreja, de papel passado e de minha mãe, casar sua única filha conforme manda o figurino, já que ela mesma não pode ter isso. Não, não estou fazendo nada obrigada, nem contra a vontade! Muito ao contrário disso. Quando se resolveu que ia ter casamento eu disse: "- Ok. Desde que seja do 'meu' jeito!". Tentei frisar ao máximo MEU jeito, para que não houvesse dúvidas primeiro, de quem iria casar e mandar nas decisões do casamento. E segundo, que embora algumas coisas não possam fugir às tradições, outras eu iria inovar. Nada da mesmice de quase todos os casamento. Nada contra quem gosta de tradição, não me entendam mal, por favor. Mas, não é disso que eu gosto. E como desde o início, eu e Ju estipulamos que o casamento (igreja, festa e tudo o mais) teria que agradar exclusiva e em primeiro lugar à nós mesmos. O resto foi 'quase' moleza, rs.

Começamos a planejar e ver tudo com bastante antecedência, acho que já citei isso aqui outras vezes. O que me deixa bem à vontade agora para curtir com exclusividade esse momento que é único. Não tenho que ficar estressada com prazos de entregas, com decisões, com contratempos, com pagamentos. Tudo isso eu tive bastante tempo para resolver. O último mês foi mais corrido que os demais, porque algumas decisões, principalmente no salão são tomadas quase de última hora, mas também não é nada demais. São escolhas de bolo, decoração, comida, bebida, cores da festa, distribuição de lembranças, organização de alguns itens no local. Nada demais, muito prazeroso até. Na igreja e cartório, pois a documentação dos proclames correm com o prazo bem pertinho do casamento e que também, não podiam ser antecipadas. Burocracia que não nos leva a nada e que em nada facilita a nossa vida, mas que é imutável quanto a nossa vontade! Provas do vestido de noiva, que é o mais fácil de tudo. O difícil é escolher o modelo, bater pernas de loja em loja, fazer orçamentos, ver disponibilidades, achar o seu vestido. Agora que ele já é seu, provar é o de menos. As lembranças foram escolhidas, pensadas, trocadas, escolhidas de novo meses antes do casamento. A maioria já veio embalada; agora mesmo é só fazer os últimos ajustes com cartões de agradecimento, de lembrança e etc... Meros detalhes que não matam ninguém. O buquet exigiu maior procura, mas também assim que eu achei, já garanti o meu e agora é só aguardar ele chegar no dia. As alianças foram um caso de amor à 1ª vista. Sempre soubemos que seriam aquelas e já garantimos assim que possível. As listas de casamento foram feitas com uma certa antecedência e disparadas no prazo exigido pelas lojas. Assim, evitamos ficar na correria e pudemos resolver todos os probleminhas técnicos que hoje em dia existem por conta de listas online. O que me deu um tico a mais de trabalho foi achar a bendita sandália vermelha dos meus sonhos, mas, não demorou tanto quanto eu pensei que fosse demorar. Também assim que bati o olho e gostei, já garanti logo ela e assunto encerrado. Fotógrafo e filmagem também foram escolhidos logo no início e geralmente uma das maiores preocupações dos noivos, até mesmo com o tipo de profissional contratado, principalmente sem referências, não tivemos. Chatinho mesmo foi sair para comprar algumas embalagens de lembranças, bem casados. Pois são muitas opções e eu ficava querendo sempre ver mais uma, rs. Enfim, achei exatamente as que eu queria e consegui comprar todas sem stress nenhum. Não posso negar que alguns itens e algumas escolhas me geraram uma certa indecisão. Não quanto ao que eu queria, mas sim com relação a variedade de modelos, cores, opções que hoje em dia a indústria do casamento possui.  Mas nada também que me tirasse noites de sono. Desde 1 ano e meio atrás até agora, tive tempo de querer e não querer mais, gostar e desgostar, mudar de ideia e mudar tudo já decidido. Agora o mais sacal mesmo é a lista de convidados que também me lembro de ter comentado minha irritação com isso. Isso sim me tirou do sério algumas vezes, e muito do sério! Mais por ter que constar algumas pessoas na lista por "questão de educação" do que pelas modificações 1000 pelas quais ela passou, até pouco tempo, 2 dias atrás, hahaha. Ahhhhh e pra não dizer que nada me irritou, a indecisão de algumas pessoas também me deixaram um pouco fula, indecisão, falta de interesse, de prestatividade, de consideração, de ajuda e tem horas que parece que só serve para atrapalhar. hahahaha... tô rindo pra não chorar porque é triste. Parece que te gente que nunca levou fé, nunca levou a sério desde o início quando começamos a falar no assunto e hoje cá estamos e essas pessoas, tentando recuperar o tempo perdido de negação, de indiferença de apatia.

Viram... nem tudo foi um mar de rosas. Mas nem tudo é motivo para fazer tempestade em copo d'água. Sim eu fiz, por essas questões familiares e de envolvimento algumas vezes, mas com a organização do casamento em si, não tive motivos, rs. Algumas vezes nem tudo sai como planejamos, como gostaríamos, como imaginamos, e isso nos chateia e não é pouco! Por isso temos que ter um plano B ou C ou D e por aí vai... rs.



O que me estressou mais foi a obra. Pelo caos, pela bagunça e pela sujeira, rs. E pela grande inteligência de acharmos que daria para fazer tudo junto ao mesmo tempo. Não é que não desse, na verdade deu. Mas por conta disso, passamos por alguns momentos de turbulência, que acho que passaríamos de qualquer forma nem que a obra fosse feita daqui há 10 anos. Tivemos impasses, embates, falta de grana, correria, mas isso apesar de pesar e contar muitas vezes não nos desestimulou. Ficamos cansados, ficamos estressados, ficamos de saco cheio, mas bola pra frente. A gente sabia que não seria fácil! Então, tivemos que bancar nossa decisão, nossos planos e seguir em frente.

Nem todos os problemas de execução da obra e de planejamento do casamento me fizeram ficar nervosa. Em determinados dias sim, tive um ataque de nervos digno de TPM ter inveja, rsrsrs, mas nervosa com o evento não. No dia pode ser que eu fique tensa pensando se as músicas da igreja vão ser colocadas certas, se o cabelo e a maquiagem vai ter o resultado que eu esperava junto com o vestido, se o bouquet vai chegar a tempo, se tudo vai correr bem no salão, se vão ficar satisfeitos com as lembranças e a recepção, se a festa vai sair como sonhamos, se os momentos ícones serão como planejados... esse tipo de dúvida poderá passar pela minha cabeça sim, não nego. Mas tenho certeza que no momento que eu pisar na igreja, olhando o homem da minha vida no altar me esperando, tudo isso ficará pequeno e sumirá. Batalhamos muito para isso acontecer e o que importa naquela hora será curtir e aproveitar o momento, porque ele não voltará. Não irei pensar se sairei linda, bela e maquiada em todas as fotos, se o vestido encantou a todos, se o bouquet murchou, se as músicas foram trocadas, se algo saiu errado, se na recepção acontece algo que não estava programado. O que deu certo deu, mas o que deu errado também já deu. Não adianta se consumir mais, o tempo não volta! E, por mais perfeito que seja, sempre terão aqueles que não se agradarão com algo e sairão reclamando, falando mal... Então, temos que nos agradar, nós, os noivos, essa noite será especial demais pra gente. A realização de um sonho, o firmamento de mais uma conquista, talvez uma das maiores. Na presença de familiares e amigos que creio, torceram muito por nós e pela nossa felicidade.

Hoje está faltando exatamente 9 dias para o casamento. Não tenho perdido sono, nem fome nem me consumido pensando demais nas coisas, rs. Com o maior prazer do mundo, olho a casa ficando pronta, as coisas do casamento feitas e prontas, sendo apenas finalizadas, a alegria e expectativa das pessoas a minha volta para que a noite seja mágica e empenhados para que tudo saia perfeito. A toda essa turma que desde o início esteve junto, muito obrigada!

E eu sigo calma, tranquila e feliz, até o 3° apito sonoro tocar avisando que o espetáculo vai começar, hahahaha...



30 de agosto de 2012

Nem sempre dará tempo!


Desperdicemos menos o tempo, 1 dia vivido, mais uma chance. Não sabemos até quando teremos o privilégio de recomeçar...


Nem "todo dia é dia", como o ditado popular costuma dizer! Nem sempre teremos mais tempo de tentar mudar de ideia e fazer diferente! Nem sempre teremos como nos arrepender e voltar atrás. A vida até pode ser generosa, mas o tempo é implacável quando se trata de escolhas. Umas podem durar anos, outras apenas meio segundo. Durável mesmo é a consequência da nossa inconsequência desmedida!


Sejamos hoje, apenas só por hoje o que queremos ser de fato!





29 de agosto de 2012

Curiosidade pode ter matado o gato, mas não a mim...

Sou uma pessoa curiosa por natureza. Semana passada, fui fazer a penúltima prova do meu vestido de noiva. Como o horário dava para ir direto do trabalho, peguei o metro e fui. No caminho, como não conhecia ninguém, fiquei a pensar... Quem são essas pessoas que se cruzam, que passam umas pelas outras, que convivem e trocam até confidências e experiências momentaneamente? Fiquei olhando para seus rosto e pensando o que fazem, como levam a vida, quais sãos seus gostos, seus problemas, qualidades e defeitos. Conhecer uma pessoa a ponto dela permitir que você entre em seu mundo, em seu universo particular e compartilhar com você coisas muitas vezes que apenas só ela sabe, é um privilégio!

Eu me apaixono muito fácil pelas pessoas. Mas, não no sentido amoroso. E sim no geral. Me encanto com as pessoas, com o que aos pouquinhos, vou descobrindo dela. Ou com o que vou imaginando dela, sem ser de fato ou de verdade!

Mas, voltando ao metrô, num lugar impessoal, várias pessoas compartilham de um gesto, de um olhar, de um livro que alguém está lendo, de uma ligação ou conversa, de uma música. Impossível, por mais que a gente tente, não prestar atenção e não dar aquela esticada de olhos e ouvidos. E, dependendo do que eu ouço ou vejo, começo a criar aquela pessoa na minha mente.

Mó loucura, total. Parece viagem de maconheiro, rs! Mas eu sou assim. Tenho uma vontade incontrolável de saber como vive uma pessoa quando ela passa por mim! Mas, tem coisas que nunca saberemos! Vai ficar apenas na minha curiosidade, rs... E fica por conta da minha imaginação



Interrompendo as Buscas


ASSISTINDO AO ÓTIMO "CLOSER - Perto demais", me veio à lembrança um poema chamado "Salvação", de Nei Duclós, que tem um verso bonito que diz: "Nenhuma pessoa é lugar de repouso". Volta e meia este verso me persegue, e ele caiu como uma luva para a história que eu acompanhava dentro do cinema, em que quatro pessoas relacionam-se entre si e nunca se dão por satisfeitas, seguindo sempre em busca de algo que não sabem exatamente o que é. Não há interação com outros personagens ou com as questões banais da vida. É uma egotrip que não permite avanço, que não encontra uma saída - o que é irônico, pois o maior medo dos quatro é justamente a paralisia, precisam estar sempre em movimento. Eles certamente assinariam embaixo: nenhuma pessoa é lugar de repouso. 


Apesar dos diálogos divertidos, é um filme triste. Seco. Uma mirada microscópica sobre o que o terceiro milênio tem a nos oferecer: um amplo leque de opções sexuais e descompromisso total com a eternidade - nada foi feito pra durar. Quem não estiver feliz, é só fazer a mala e bater a porta. Relações mais honestas, mais práticas e mais excitantes. Deveria parecer o paraíso, mas o fato é que saímos do cinema com um gosto amargo na boca. 



Com o tempo, nos tornamos pessoas maduras, aprendemos a lidar com as nossas perdas e já não temos tantas ilusões. Sabemos que não iremos encontrar uma pessoa que, sozinha, conseguirá corresponder 100% a todas as nossas expectativas ¿ sexuais, afetivas e intelectuais. Os que não se conformam com isso adotam o rodízio e aproveitam a vida. Que bom, que maravilha, então deveriam sofrer menos, não? O problema é que ninguém é tão maduro a ponto de abrir mão do que lhe restou de inocência. Ainda dói trocar o romantismo pelo ceticismo, ainda guardamos resquícios dos contos de fada. Mesmo a vida lá fora flertando descaradamente conosco, nos seduzindo com propostas tipo "leve dois, pague um", também nos parece tentadora a idéia de contrariar o verso de Duclós e encontrar alguém que acalme nossa histeria e nos faça interromper as buscas. 



Não há nada de errado em curtir a mansidão de um relacionamento que já não é apaixonante, mas que oferece em troca a bênção da intimidade e do silêncio compartilhado, sem ninguém mais precisar se preocupar em mentir ou dizer a verdade. Quando se está há muitos anos com a mesma pessoa, há grande chance de ela conhecer bem você, já não é preciso ficar explicando a todo instante suas contradições, seus motivos, seus desejos. Economiza-se muito em palavras, os gestos falam por si. Quer coisa melhor do que poder ficar quieto ao lado de alguém, sem que nenhum dos dois se atrapalhe com isso? 



Longas relações conseguem atravessar a fronteira do estranhamento, um vira pátria do outro. Amizade com sexo também é um jeito legítimo de se relacionar, mesmo não sendo bem encarado pelos caçadores de emoções. Não é pela ansiedade que se mede a grandeza de um sentimento. Sentar, ambos, de frente pra lua, havendo lua, ou de frente pra chuva, havendo chuva, e juntos fazerem um brinde com as taças, contenham elas vinho ou café, a isso chama-se trégua. Uma relação calma entre duas pessoas que, sem se preocuparem em ser modernos ou eternos, fizeram um do outro seu lugar de repouso. Preguiça de voltar à ativa? Muitas vezes, é. Mas também, vá saber, pode ser amor.



Martha Medeiros

28 de agosto de 2012

Estranho...


Aí Tem


As coisas são como são. Se alguém diz que está calmo, é porque está calmo. Se alguém diz que te ama, é porque te ama. Se alguém diz que não vai poder sair à noite porque precisa estudar, está explicado. Mas a gente não escuta só as palavras: a gente ouve também os sinais.



Ele telefonou na hora que disse que ia ligar, mas estava frio como um iglu. Você falava, falava, e ele quieto, monossilábico. Até que você o coloca contra a parede: "O que é que está havendo?". "Nada, tô na minha, só isso." Só isso???? Aí tem.



Ele telefonou na hora que disse que ia ligar, mas estava exaltado demais. Não parava de tagarelar. Um entusiasmo fora do comum. Você pergunta à queima-roupa: "Que alegria é essa?" "Ué, tô feliz, só isso". Só isso????? Aí tem.



Os tais sinais. Ansiedade fora de hora, mudez estranha, olhar perdido, mudança no jeito de se vestir, olheiras e bocejos de quem dormiu pouco à noite: aí tem. Somos doutoras em traduzir gestos, silêncios e atitudes incomuns. Se ele está calado demais, é porque está pensando na melhor maneira de nos dar uma má notícia. Se está esfuziante demais, é porque andou rolando novidades que você não está sabendo. Se ele está carinhoso demais, é porque não quer que você perceba que está com a cabeça em outra. Se manda flores, é porque está querendo que a gente facilite alguma coisa pra ele. Se vai viajar com os amigos, é porque não nos ama mais. Se parou de fumar, é uma promessa que ele não contou pra você. Enfim, o cara não pode respirar diferente que aí tem.



Às vezes não tem. O cara pode estar calado porque leu um troço que mexeu com ele, ou está falando muito porque o time dele venceu. Pode estar mais carinhoso porque conversou sobre isso na terapia e pode estar mais produzido porque teve um aumento de salário. Por que tudo o que eles fazem tem que ser um recado pra gente?



É uma generalização, mas as mulheres costumam ser mais inseguras que os homens no quesito relacionamento. Qualquer mudança de rota nos deixa em estado de alerta, qualquer outra mulher que cruze o caminho dele pode ser uma concorrente, qualquer rispidez não justificada pode ser um cartão amarelo. O que ele diz importa menos do que sua conduta. Pobres homens. Se não estão babando por nós, se tiram o dia para meditar ou para assistir um jogo de vôlei na tevê sem avisar com duas semanas de antecedência, danou-se: aí tem.





Martha Medeiros

25 de agosto de 2012

Mudança de vida, de ares, de lares...



A vida urbana tem se tornado uma loucura completa. É tanta correria, tanta gente estressada, que tem horas que desanima. Tudo é motivo para brigas, discussão, impaciência e descontrole emocional. A vida que deveria ser vivida está vivendo a gente. Temos a obrigatoriedade de estarmos conectados 24h por dia, para consumir e gerar informação. Informação essa que muitas vezes, é dispensável e particular. Nos tornamos prisioneiros de um mundo onde não basta ser, tem que ter, tem que estar. O pertencimento e a aceitação se tornaram itens indispensáveis na mesa dos brasileiros tal como arroz e feijão. E nessa correria constante, deixamos de lado certos gestos que são indispensáveis para o bom convívio em sociedade: bom dia, tarde ou noite, com licença, muito obrigado, desculpe, por favor. Somos capazes de dialogar horas e horas com gente estranha e conhecida através de bate-papo, compartilhar de pensamentos mil de milhões de pessoas em redes sociais, muitas que nem se conhece, mas nos tornamos incapazes de olhar para o lado e perceber o outro. Criamos uma individualidade dentro de um mundo moderno e cibernético que nos basta. Não, não somos autossuficientes. É que tudo agora está ao alcance de nossas mãos com apenas um clique, um toque, um olhar que não precisamos fazer esforço. Com todo esse conhecimento tecnológico que adquirimos, com o avanço e a criação de novos aparelhos que deveriam servir para facilitar o nosso dia-a-dia, fomos controlados pela criação. Fomos tomados por uma necessidade consumista de ter absurda. Não basta ter, tem que ter o de "última geração". Mesmo que o seu seja bom, você se sente ultrapassado quando percebe que a maioria tem o novo e você está com o velho e que não é tão velho assim. O conceito de usabilidade x necessidade se modificou. Logo, temos que ter para ser! E isso gerou uma competição despercebida interior que incomoda e cria barreiras.

Adventos que foram criados para integrar separam o indivíduo. Em meu trabalho, poucas pessoas fazem parte da equipe de uma empresa. Somos ao todo 8 pessoas. Claro que existe o contato visual, o diálogo cara a cara, mas passamos a maior parte do tempo conversando online. chegamos ao cúmulo de conversar "on" com uma pessoa do lado. E na sala, reina um silêncio absoluto, cortado apenas pelo ruído das teclas sendo digitadas. Risos, choros, toda a emoção vai através de atalhos que se transformam em carinhas e desenhos.E isso se tornou normal, se tornou habitual, se tornou a nossa realidade. Isso cansa! Tem me incomodado muito, tenho que confessar. Às vezes, quero desconectar mas logo percebo que não existo. Não de fato, mas se você não está logado, logo as pessoas se esquecem de você e o substitui por alguém mais presente, mais "on". Tem dias que cago e ando mesmo e me dou ao luxo de passar um fds inteiro sem ser notada nas redes sociais, em bate papo, em emails. Só quem me vê, além de pessoas que moram comigo, é a minha cama, minha tv, meu livro, meu edredom. Sinto essa necessidade cada vez mais, de dedicar mais tempo a mim sem "ter que dar" satisfação a ninguém e ser esquecida ou ser banida do grupo por falta de interação. Tenho sentido falta do contato pessoal, cara a cara, olhos nos olhos com as pessoas. tenho sentido saudade de ouvir algumas vozes, antes que eu me esqueça como elas são! Ultimamente, o simples tem me agradado muito. O singelo tem se tornado muito mais interessante para mim. E isso amadurece cada vez mais em mim a ideia de em algum momento na vida, lógico que dentro das devidas possibilidades e oportunidades, tudo estudado e calculado meticulosamente, de mudar de ares. Ir para um lugar mais pacato, menos corrido, onde ainda exista vida fora do "face" e "MSN". Silêncio, tranquilidade e paz. É tudo que estou almejando nesse momento. Se me perguntassem se gostaria de ter isso ou 1.000.000,00 agora mesmo, juro de pés juntos que ficaria com a primeira opção, de tão pilhada que me sinto.

E justo eu, uma pessoa totalmente urbana, com vibe de festa e curtição, que gosta de gente e muito barulho, que detesta ficar sozinha e multifuncional que faz mil coisas ao mesmo tempo! Grita dentro de mim uma voz que clama por calma. Que anseia ver o dia nascer, o sol se pôr e a noite chegar. Que necessita ter tempo para almoçar sem ser em cima da mesa do trabalho e um fast food calórico. Que precisa voltar a era pré-histórica de bater papo olho no olho e não pela tela do pc com uma foto. De perceber as minuciosidades que estão a minha volta e que ficam abafadas pelo turbilhão de acontecimentos que nem tenho tempo de processar. Um teste prático: nunca tive boa memória. Mas ou ela está ficando pior com o passar dos anos ou estou um gravíssimo déficit de atenção. Não me recordo de coisas que falei, do que comi, de onde deixei as coisas, das conversas com as pessoas. Estou deixando de perceber cheiros, cores e som. Tudo tem se tornado superficial. Não sinto que me aprofundo mais em nada. E isso não é normal, definitivamente. Ou é uma total piração da minha cabeça que já começa a dar sinal de esclerose múltipla ou sinceramente, percebo claramente que essa vida acelerada, conectada e necessitada de acontecimentos está começando a me surtar! Sim, porque para eu querer me enfiar no meio do nada, com cheiro de mato, sem celular ou notebook e achar que mesmo assim serei feliz, não faz parte do meu ser. Bem até ontem não fazia. Até uns meses atrás.

Na falta de tempo e de grana para viajar e me refugiar em qualquer lugar que eu subentenda como lazer ou fora da realidade, tenho conseguido arrumar alguns subterfúgios. Hoje, conversando com meu futuro marido sobre essas sensações que tem se tornado cada vez mais presentes no meu dia-a-dia, fiquei sabendo que ele também acha a mesma coisa. E começamos a planejar um futuro, ainda bem longe, mas um futuro em que a gente se imagine fora daqui, com outra vida, outra casa, outros ares, outros gostos, outra gente. Pode ser que não faça tanta diferença assim e que a gente perceba lá na frente que essa epidemia que sofre a sociedade é mundial, globalizada. Mas, pode ser que a gente ache um cantinho onde tudo isso não fique tão evidente. Ou que as pessoas não deem tanta importância assim. Que não torne a futilidade da sua vida mais importante do que a necessidade de se viver a vida. Que a necessidade de estar sempre ligado ao mundo aos outros não seja maior do que estar ligado e atento a si mesmo!E que o mundo em si também seja mais importante e prazeroso de ser visto ao vivo, do que acompanhado na tela do pc como Big Brother.




Uma ideia, um desejo e quem sabe no futuro, uma realidade...

21 de agosto de 2012

Lição do dia...


Um lembrete para mim mesma!!!!





17 de agosto de 2012

Dilema!



Ela se encontrava entre um grande dilema: partir ou ficar. Se ficasse, teria que aceitar as coisas e as pessoas à sua volta como elas são, já que sabia de antemão como eram e não entrou em nenhuma situação desavisada. Se partisse, poderia ter a chance de correr daquilo que sempre desgostou e desaprovou e ir em rumo ao que realmente importava para ela, de acordo com seus valores, convicções, sentimentos. Já que as mudanças pretendidas e acreditadas por ela e prometida pelos outros, nunca vieram.

Só que a decisão que aparentemente era fácil, começava a se tornar difícil. Recomeçar se tornou mais difícil do que começar. Era quase como ter que continuar a escrever num caderno de outra pessoa; era mais fácil ter o seu próprio caderno e fazer do seu jeito. Mas a vida não era simples assim. Não se pode deletar tudo e voltar ao começo, a uma nova página em branco e reescrever sua história. É preciso se reinventar, sempre.

Num momento de falta de lucidez, ensandecida, como num impulso que era mais forte do que ela, impossível de controlar, começou a arrumar suas malas rumo ao desconhecido. Se atirar na vida era tudo que ela almejava, viver aventuras, se arriscar, sem saber o que será do amanhã, criar expectativas em vez de saber nas frustrações que elas iriam dar. Já era noitinha quando ela decidiu conferir através da janela do seu quarto se ainda chovia. Chovia, ventava, fazia frio. Isso a fez recuar um pouco da janela úmida e da sua decisão destemida de ir em frente.  Dia chuvoso para ela era para ser curtido debaixo de edredom, vendo tv ou lendo um bom livro, quem sabe até tirando um cochilo. Mas nada de sair e se molhar. Porém, em dia importante para ela sempre chovia. Sempre foi assim: dia de uma prova, de uma entrevista, da formatura, de encontrar um namorado, uma consulta médica. Os mais variados assuntos eram alagados por essa chuva que insistia em se fazer presente em dias de grande e importante decisão. e voltou para seu quarto quentinho, dando as costas para a janela e se entretendo com as letras do CD do Coldplay já ouvido 1.000 vezes

Enquanto arrumava as malas, olhava seu quarto, cheio de histórias, impregnado de lembranças, coisas essas que no momento ela queria esquecer, pois em nada acrescentariam em sua decisão, muito menos mudariam o presente. Por fora, era pura determinação, por dentro, ainda receava se fazia a escolha certa. temia também estar fazendo uma tempestade em copo d'água. Nada nessa vida é para sempre e imutável, a não ser a morte, sendo a crença dela. E, segundo também sua teoria de vida, era menos ruim de arrepender do que fez, do que se arrepender do que não fez. Já que se arrepender para ela, era ruim de qualquer jeito. Mas, depois de muitos embates na vida, alguns ganhos, outros perdidos, aprendeu a não se lamentar, aprendeu a ser rígida com ela mesma, rígida até demais. Aprendeu a ser a dona de sua razão, só esqueceu que a sua razão não era uma verdade absoluto, embora fizesse sempre, muito sentido. Enchia as malas de roupas e o coração de coragem. Descia as escadas sem olhar para trás. Colocou na cabeça que tinha que ser assim e repetia isso em voz baixa, quase como uma reza ou um mantra, na tentativa de se convencer de sua própria decisão. deu uma última olhada naquilo que lhe era familiar, seu porto seguro, aquilo que foi construído por ela ano após ano, aquilo que ela conhecia como a palma da sua mão. Respirou fundo, bateu a porta e disse para si mesma: "finished"!

Entrou no táxi, olhou pela janela e os pingos de chuva que escorriam pelo vidro se confundiam com suas lágrimas. Ela não era tão dura assim quanto imaginava que fosse. À caminho da estação, pediu ao taxista para fazer uma rota diferente. Diferente para ele, muito conhecida para ela. Parou em frente a uma casa, numa rua semi-deserta, já no anoitecer de inverno com apenas uma luz na sala acesa. Na luminosidade dava para ver um corpo estendido no sofá, em frente a tv, provavelmente comendo pipoca e pouco se importando com a vida lá fora. Ficou um tempo fitando a cena. Cena familiar, cena que a fez decidir partir, e a mesma cena agora a faz duvidar de sua decisão. Lembrou de seu último pensamento: "de quê adianta ter toda a certeza do mundo de que eu sou a mulher da sua vida se eu não faço parte da sua vida?!". E, esquecendo-se no motorista, disparou em tom de raiva misturado com conformismo, com a ironia de quem quer atingir uma flecha no coração de alguém: "Agora eu tô te amando quietinha, sem mandar cartas, sem discar o seu número, sem passar em frente a sua casa. Afinal do que adianta gritar pra meio mundo ouvir o quanto nós temos que ficar juntos se você não é capaz de mover um dedo pra que isso seja possível? (...)". Mandou o motorista seguir em frente e resolveu seguir seu rumo sem mazelas.

Naquele ir e vir da plataforma, entre encontros e despedidas, se sentiu meio acolhida, meio perdida. Conferia o destino e o horário no bilhete em suas mãos, trêmulas, frias, com medo. Insegura, era a palavra para ela naquele momento. Já não mais tão certa de sua decisão, temia o que poderia encontrar pela frente e se questionava se o que já tinha achado em sua vida não estaria satisfatório, mesmo com todos os erros e defeitos. Ficou um segundo olhando para as televisões espalhadas no espaço, na esperança de achar uma resposta divina. A única coisa que ouviu foi a moça do alto falante dizer que as pessoas com destino "x", pro favor se dirigir a plataforma "y". Então.... já que estava aqui, diante desse grande impasse, sem saber se vai ou se fica, se aceita ou se desfaz, se muda ou se permanece, se grita ou se cala, respirou fundo e foi. Aquela ida com gostinho de volta, mas foi. No fundo, mesmo querendo ficar e querendo que nada mudasse tanto assim, sabia que precisava ir para ter as respostas que tanto pedia e nunca tinha. Às vezes longe, ela conseguia ter algumas certezas que de perto, o dia-a-dia cega e não conseguia ver. Ou então, perceberia que o que tinha era melhor do que o que tinha ido em busca. Ou quem sabe ainda, perceberia o que tanta gente acaba percebendo quando o assunto é amor, relacionamento, relação: "... pode não ser perfeito, mas ruim com, pior sem."



Embarque com direito a trilha sonora e tudo, uma música conhecida, uma música que era trilha sonora do casal, uma música que dizia muito para ela e nada para ele, mesmo assim, toar naquela hora era crucial para sua decisão. "Just the way you are". Era exatamente o grande dilema dela. Não era nem se iria ou se ficaria, era se aceitava ou não. Se aceitava sua relação como ela era ou não. Se aceitava seu grande amor como ele é ou não. Se importava mais a opinião das pessoas ou o sentimento dos dois. Se importava mais alguns momentos felizes do que mil momentos de brigas. Se importava mais conquistar o sonho almejado ou viver o sonho que a vida tinha colocado em seu caminho. O que significava de fato aceitar a pessoa como ela é? É aceitar alguém acomodado, que não se importa ou não quer mudanças? Ou seria aceitar uma pessoa convicta de si e de suas ações, mesmo que essas sejam totalmente contrárias às suas? Ohhhhhh dúvida cruel! Começou a se questionar o que era mais importante, se a perfeição que ela construiu na sua cabeça, com todas as suas convenções, ou a perfeição desprovida de tudo que ela jamais imaginou. Não era perfeito, era perfeito para ela! Essa era o dilema. Mas não era perfeito dentro dos padrões que ela insistia em fazê-lo entrar. Era perfeito por amá-la incondicionalmente, mas do jeito dele, não do jeito que tem que ser. E acabou percebendo que não era o lugar ou as pessoas que a faziam ficar nesse dilema, era ela mesma e isso, aonde quer que ela fosse a seguiria. 

Entrou sem pestanejar no vagão como quem tentava fugir da própria sombra, sentou na poltrona e logo em seguida, um dos funcionários veio em sua direção com um papel na mão. Meio amassado, meio molhado, com cara de desespero, com cara de tristeza. "- senhorita, por gentileza, aquele cavalheiro mandou lhe entregar isso." E sem reação, ela olhava para o papel, olhava sem acreditar para a figura que o moço apontava pelo vidro com cara de desconsolo. O que ela menos julgava improvável de acontecer, aconteceu. ele veio! E isso quer dizer que ele se importava, ele não era tão indiferente como demonstrava ser. Nos olhos dela, felicidade. Nos olhos dele, ansiedade e expectativa de que ela olhasse pela 1ª vez para ela, como ele era de verdade e confirmasse e reafirmasse o amor dos dois. Com as mãos trêmulas ela abriu o bilhete e nele, as curtas e poucas palavras diziam o seguinte:

"Se você for, pensarei o seguinte: Se é amor de verdade, a distância é só um teste. Não te procuro, mas sinto a sua falta... Parecia verdadeiro, firme, doce, intenso, imenso, sincero, fiel, constante. É, só parecia. E sempre fica alguma coisa, um lenço guardado, um papel riscado, um retrato, um relato. A gente finge que não, mas fica. Nem que seja um pedacinho de nós. Hoje faz um mês desde a ultima ligação, onde você me dizia tudo aquilo que fez meu mundo desabar. Foi a noite mais longa que já tive, pela manhã mau tive forças pra abrir a janela e ver quanto o dia estava lindo. E tem sido assim desde então; nada de conversas, mensagens ou ligação... O silêncio e o vazio foi o que restou! Não guarde mágoas, nem telefones. Delete tudo se achar que isso é a solução.

Se resolver ficar, lembre-se: EU TE AMO. DO MEU JEITO, MAS TE AMO!"

Foi o tempo da lágrima rolar dos olhos dela, dele passar a mão nos cabelos ansioso, do último apito soar, da porta fechar e do trem partir. Ela foi querendo ficar. Ele ficou querendo partir. E o dilema de como conduzir a relação ainda ficou no ar, só uma dúvida não permaneceu: eles se amavam!




16 de agosto de 2012

Topo de Bolo

Não que eu ache fundamental ou que faça parte do casamento, sendo totalmente indispensável! O Topo do Bolo dá um toque especial a mais apenas ao bolo, ao casamento. Quem não gosta, coloca flores, outros adornos de decoração para compor a mesa. 

Hoje em dia têm se utilizado muito a caricatura dos noivos como forma de personalizar o casamento. Caricaturas em convites, nas lembranças, no topo dos noivinhos, em quase tudo. Algumas eu acho bonitas, outras não. Na minha opinião, no final das contas fica caricatura demais e acaba-se perdendo a criatividade ou a originalidade. Mas enfim, gosto é gosto e não se discute. No meu caso, quis noivinhos sem caricatura, mas que tivesse menos a nossa cara e mais de nós, dos nossos gostos, de nosso dia-a-dia. Então, nada melhor do que juntar o que nós dois mais gostamos de fazer: eu, dançar e ele, jogar vídeo game. Em nosso cotidiano, geralmente tenho que arrastá-lo para fora da TV em alguns momentos, rs. E, somos rodeados sempre por nossas cachorrinhas muito amorosas e brincalhonas Jullie e Jacqueline, duas cocker!

Resolvemos usar nossa criatividade e pedir que essa cena fosse reproduzida. E o resultado final foi esse:







A autora, ou melhor, a escultora é Millet Artesanato. Conheci o trabalho dela através da internet, quando encomendei um tiluquinho, imã de geladeira de cachorrinho fantasiado. Daí, perguntei se ela fazia topo de bolo, pois notei a sensibilidade nos traços dos bonecos, nos acabamentos, uma capricho só. Ela topou fazer pela minha preferência apesar de não estar mais nesse ramo. Valeu pela espera. Saiu exatamente como gostaria. E obrigada por fazer de boa vontade!

Claro que outras informações fizeram parte do processo de composição dos noivinhos: vestido, cabelo e buquet da noiva. Terno do noivo, cor dos cabelos, olhos. Mas o trabalho contou muito mais com o talento com a visão dela do que com a fidelidade a fotos mandadas.

Espero que faça sucesso com os convidados tanto quanto fez comigo, rs.

Para quem se interessar, o endereço dela no elo7 é: http://www.elo7.com.br/userProfile.do?command=showUserProfile&webCode=24BAC



Exatamente!





As exatas palavras 

que eu procurava para alguns significados!





14 de agosto de 2012

Nós escolhemos o caminho...



‎"Cada dia que amanhece assemelha-se a uma página em branco, na qual gravamos os nossos pensamentos, ações e atitudes. Na essência, cada dia é a preparação do nosso próprio amanhã.

Mestre "Chico Xavier"





A caminhada está apenas começando; pode até ser longa, mas que seja prazerosa também!

11 de agosto de 2012

As daminhas

E como não poderia ser diferente, para uma eterna e apaixonada bailarina, nada como as daminhas estarem com trajes de ballet! Não é nada muito over. Apenas um tcutchu romântico e harmonioso para não pesar nas crianças e que carregam as cores da festa. No caso serão brancos e um com uma faixa roxa e outra lilás. No cabelo, coque como manda o figurino com arranjos de flores para a daminha mais velha Eduarda! A mais nova Luiza, que é praticamente um bebê ainda, não tem cabelo suficiente para isso, ahhhhhhh mas ela está liberada, rs. Como a mãe é também uma bailarina de longa data, saberá fazer algo que combine e caia bem.

Como meu casamento será o primeiro, não poderei jogar pétalas de flores pela igreja, como foi pensado, mas um bouquet rolará. Para a mais velha, novamente, rs. Será de rosas lilás. A mais nova moda do momento Graças a Deus, rs. Assim não dará muito trabalho para fazer. Já foi mostrado aqui anteriormente. E para dar um ar gracioso e diferente um cone feito de tecido e de renda para colocar o bouquet dentro e ser segurando com mais firmeza.

A daminha mais nova, obviamente, não conseguirá segurar essa cone + bouquet. E como será ela que levará as alianças, adotamos a ideia de um bichinho de pelúcia com a caixinha das alianças presa. Assim, ela não se recusará a segurar o objeto e depois, poderá ficar brincando com ele se risco de abrir o berreiro, rs!

Ainda não vi a junção completa! Mas acredito que fique um arraso!
Ideias, mais uma vez cedidas carinhosamente pela minha amiga e madrinha Talita Barroco.

Ainda vai haver uma outra surpresinha, mas essa eu não conto, porque é surpresa mesmo, para todos. Só posso adiantar que será a minha afilhada mais velha Fernanda que entrará ao estilo americano como dama de honra, kkkkkkkkkkkkkkkkk. Não sei nem ao certo se o nome é esse, mas o que importa é que a participação dela é bem diferente do papel das daminhas e vai fazer toda a diferença também.

Doida para ver o conjunto da obra pronto e a entrada delas no dia. Tenho certeza de que será um sucesso1







10 de agosto de 2012

Chorei



Muito tocante!
Impossível não se sensibilizar e deixar a lágrima escorrer!
Uma amor desses que eu sempre quis pra mim e agora eu sinto, que finalmente, encontrei!
Ao meu grande amor, e depois de tudo posso dizer isso com toda a certeza do mundo, TE VIVO!
Os outros foram amores sim, passageiros, enganados, disfarçados, de verão.
O amor sincero, verdadeiro, de doação, de entrega, de cuidado, de carinho, de amizade, de preocupação, de zelo, de risos, de saudades, de abraços, de brigas e de fazer as pazes, de beijos, de brincadeiras, de apoio, de amor incondicional, de estar junto estando longe, de sentir a tristeza do outro, de sorrir a felicidade do outro, de dar as mãos quando tem medo, de encostar no ombro para descansar, de olhar nos olhos procurando as respostas... esse amor, é somente com vc!

9 de agosto de 2012

Nossa inspiração!



"O bailarino tem que sair do estúdio e ir ver como as pessoas estão dançando na rua."


 Ivaldo Bertazzo




8 de agosto de 2012

O céu não é o limite...


Alguém me disse um dia: olhe para o céu e faça pedido as estrelas, mas não espera que eles caiam na sua vida como estrelas cadentes. Corra atrás, faça por onde, arregasse as mangas. Querer somente não é suficiente. Fazer acontecer, isso sim, é! Mesmo que não aconteça!



7 de agosto de 2012

Se a vida permitisse...


"Queria ter mais tempo para não pensar no tempo e ir errando sem pressa de acertar". 

Michelle Trevisan




3 de agosto de 2012

DESENCONTRO




“E no meio de tanta gente chata, eu encontrei você... o mais complicado e o mais simples pra mim”. Que às vezes mesmo querendo estar comigo, não fala; mesmo querendo meu beijo, rejeita; mesmo querendo ser meu, ignora. É um vai e vem de pessoas, de rostos diferentes. E pensar que poderia ser qualquer uma delas, mas foi exatamente você. Vai entender! Melhor nem tentar entender!

A rotina é sempre a mesma: a espera, a música, o café no jardim do trabalho, o bom dia, a neblina, a saudade, a saudade, a saudade... A espera passa, a música acaba, o café esfria – na verdade ele é só uma desculpa pra lembrar de você no jardim, a neblina se desfaz, o bom dia já é boa tarde, a saudade... Ah, saudade! Por que você não acabou, esfriou, se desfez ou foi embora?

Ficar sem saber de você é ruim... mas saber é pior. A sua ausência também já estava na rotina, na correria do dia. Já estava quase passando. Algumas pessoas chatas, já estavam até ficando interessantes. Eu já conseguia ficar “...quase um segundo” sem pensar em você.

Mas a vida segue seu rumo “... e tudo vai indo bem. Venço o cansaço e o medo do futuro. No teu abraço que eu encontro a cura do mal. Hoje eu acordei e te quis por perto”. Bem mais perto do que eu te vejo quando fecho os meus olhos. “... lembrar você parece um dom”.

Por que você?
De todos que me beijaram,
de todos que me abraçaram, 
já não me lembro o nome, nem sei.
São tantos os que me amaram, 
são tantos os que eu amei.
Mas você, que rude contraste,
você, que tão pouco me beijou,
você, que tão pouco abracei,
só você, aqui dentro ficou... DE TODOS OS QUE EU AMEI.

Por que???


Jacline Ribeiro


Essa moça talentosa aí de cima é estreante de textos aqui no meu blog. Diz ela que não leva jeito, que os textos são ruins.  Não acho nem um pouco! Muito pelo contrário, eles são carregados de verdades e sentimentos, de propriedades que só pode dizer com convicção quem já passou por isso! Sou mega suspeita pra falar, pois além de gostar muito eu acho que Deus escolhe certas pessoas e dá o talento, o dom de fazer certas coisas na vida. Ela dança como ninguém, emociona com seus passos leves, olhar apertado, coração pulsante. Mas, é nas suas paavras onde ela realmente se despe e se mostra, de guarda abaixada o que espera da vida, além do que ela pode oferer à vida!


Jack amo muitão ♥

Volte sempre...

1 de agosto de 2012

A noiva do sapato vermelho!





Ou melhor, da sandália vermelha, rs. E olha que eu nem gosto de vermelho, hein? Mas, de vez enquanto a gente cisma com umas coisas e nem sabe ao certo porque. Desde que comecei a parar para pensar com mais certeza da realização do casamento, eu já sabia de antemão que não gostaria de usar alguns itens tradicionalmente "como manda o figurino". Não, não é pelo simples fato de transgressão, mas por achar que alguns itens não combinam muito comigo. Sou tradicional sim, em determinados aspectos, mas em se tratando de acessórios, cores e estilos acho que faço o estilo mais moderninha apesar de ser um tiquinho romântica, rs. Não acho que romantismo tem a ver com caretice, muito menos com mesmice, mas enfim...

Comecei a dar uma fuçada pela net a procura de ideias e para me inteirar do mundo do matrimônio, quais eram as tendências, as cores das estações, o que estava em alta, quais as últimas novidades a fim de buscar inspiração e atrelar ao meu gosto. Uma das primeiras coisas que vi era que as noivas estavam usando sapatos coloridos, para dar um toque especial ao look que normalmente é branco. O contraste com a cor do sapato, mas o bouquet colorido que algumas noivas escolhem ajudam a compor melhor o visual.

Comecei uma vasta pesquisa por modelos, cores e formas e achei os mais variados possíveis. Cogitei, na hora de usar um azul, já que se trata de minha cor preferida. Depois, comecei a cair para o roxo ou lilás, na intenção de manter no tom do casamento, além de eu gostar muitíssimo dessa cor também. Eis que de repente, num desses acessos a blogs de noivas e casamentos, me deparo com uma matéria de uma fotógrafa que descrevia em seu blog, sob seu olhar o casamento dos noivos, através das lentes de sua câmera ou da sua visão particular mesmo! E na hora me encantei com a foto, com o sapato, com o título da matéria que era exatamente "A noiva do sapato vermelho!". Pela descrição, o casamento em si foi um sucesso, acrescido ainda mais pelo sapato vermelho e vestido curto que a noiva jovem - não que eu não seja ou não me considere - usou. Ficou um look lindo, jovial, descontraído e chique ao mesmo tempo. me chamou muito a atenção como a cor que eu abominava porque achava que chamava muita atenção e não combina muito com meu tom de pele, deu outra vida a composição. Ela não usou bouquet, nem esmalte, nem joias, nem mais nada em vermelho, coisa que muita gente cairia no pecado de cometer "para combinar". Não, não era minha ideia ser uma hemorragia ambulante na igreja, mas comecei a me ver no lugar dela e fazer algo inovador, diferente, embora não tão diferente assim para as noivas antenadas de agora.

Sai a procura então do "meu" sapato vermelho. Poderia ser sandália também, sem problema algum. A minha única exigência era que fosse de cetim. Amo esse tecido e acho que faz toda a diferença num calçado, conforme a luz bate, dá um certo brilho ser ser um escândalo. Além de ser um tecido confortável para os pés que passarão a noite dançando e perambulando para lá e para cá. Fiz quase que uma campanha: mandei mensagens, emails, torpedos à minhas amigas para que se solidarizassem na busca da sandália ou sapato vermelho ideal. Pedi, encarecidamente, que se passassem por alguma vitrine que tivesse calçado vermelho - claro que apropriado para a ocasião - que me mandasse uma foto, o nome da loja, pedisse pra reservar que eu iria lá ver. E a comoção foi quase que total. rsrsrsrs. Aliás, obrigada a todas que se cotizaram para que eu tivesse sucesso na minha procura, em especial a amiga Talita. Amigas mandava diariamente sites, fotos, emails de propagandas, nomes de lojas e afins que tivesse a possibilidade de ter um bendito sapato vermelho.

Olha, não sei quanto a vocês, mas comigo é muito comum ver chover algo que eu não quero nas lojas, mas basta querer pro troço sumir, evaporar! Nunca, em tempo algum, foi tão difícil achar um sapato/sandália vermelha. Mesmo que eu não gostasse, mesmo que não fosse a minha cara, mas elas se escafederam! E não tinha uma saída minha na rua que eu não perambulasse pelas vitrines à caça do raio do sapato que eu encasquetei. Alguns me perguntaram: não pode ser outra cor? Pode! Mas eu queria vermelha, respondia, rs. E como desejo de noiva é quase como desejo de grávida, não sosseguei até encontrar a tal da sandália.

Incrível também como nessas horas, o lugar menos improvável para achar o que se quer é o que mais pode te surpreender, como um bazar, ou uma lojinha de bairro que pode ter confecções incríveis. Cheguei a ir nos shoppings da Barra e Zona Sul e foi na Penha, subúrbio do Rio, Zona Norte, numa lojinha de um shopping de bairro que ela estava lá. Reluzente, charmosa e esboçando um sorriso pra mim. Não pensei duas vezes, entrei na loja e fui quase que obrigando a vendedora a pegar o calçado da vitrine desesperadamente. Meu coração bateu mais forte quando ela me disse que era o único par, que tinha acabo de chegar e que havia pouco mais de 30 min que tinha sido exposto na vitrine. Frio na barriga! Será que é meu n°? Será que vai dar? Estava bom demais para ser verdade, pensei logo... Mas, para a minha surpresa, o sapato serviu perfeito que nem na história da Cinderela. Estava ali, me esperando.

Voltei pra casa que nem criança quando ganha presente fora de datas, sorridente e satisfeita com a caixa da "minha sandália vermelha" debaixo do braço. Depois de conseguir o meu objeto de consumo mais cobiçado no último ano, nem me meti a besta de olhar mais vitrine ou site algum, rs. Agradeci a ajuda de todas, guardei a caixa na parte de cima do meu armário e confesso que olho de vez enquanto para ela, quando estou sozinha pensando em como será de fato o grande dia e se ela fará sucesso, o que seria muito justo depois dessa trajetória toda. Hoje dei mais uma olhadinha e pensei: "outras coisas até podem dar errado ou não sair ao certo como planejei, mas ao menos, se me serve de consolo, tenho a minha sandália vermelha!".