4 de março de 2013

Para Sempre




Domingo em casa é sinal de assistir filmes. Sou amante inveterada da 7ª arte. Gosto de vários gêneros, mas principalmente, de filmes que nos acrescentem, que nos mostre uma moral da história, que nos ponha a refletir. Não, não sou intelectual e não curto a penas filmes "cult". Vez ou outra adoro um besteirol, rir por rir, sabe? Mas no geral, gosto de assistir a filmes que no final você saia com aquela sensação de identificação.

Vou fazer um breve resumo da história:

Após um acidente de carro, Leo ( Channing Tatum) se vê com um grande problema. Sua mulher Page (Raquel McAdams), a pessoa que ele ama e pela qual é loucamente apaixonado perde parcialmente a memória após um traumatismo craniano. A parte que ele não se lembra é exatamente desde quando se conheceram até o dia do acidente. Desesperado por Page não fazer a mínima ideia de quem ele seja senão um completo estranho, Leo começa uma corrida contra o tempo na tentativa de fazê-la relembrar da história deles e de sua vida. Mas, não vai ser apenas contra o "esquecimento" que ele terá que lutar, mas contra a família, amigos e o ex-noivo que fizeram parte do passado dela e que vêem nessa amnésia a chance de fazê-la reescrever a história mudando todas as decisões tomadas até então. E para isso, Leo, pacientemente tenta recriar todos os momentos desde que se conheceram a fim de tentar que ela se lembre de algo. E nessa tentativa de fazê-la se lembrar, Leo faz com que Page acabe se apaixonando por ele uma segunda vez. De maneira diferente, é bem verdade, mas a pessoa que ele é consegue encantar a nova pessoa que ela é, que aos poucos, vai se redescobrindo como profissional, como pessoa. 

Isso, depois de me render algumas lágrimas me pôs a pensar. Quando tem que ser, definitivamente é! O lugar era outro, a situação era outra, as pessoas eram outras e ela própria era outra, mas o sentimento, por mais que não fosse mais o mesmo, estava lá. E bastou algumas saídas espontâneas e de forma leve para que despertasse o interesse novamente. Ou seja, quando é verdadeiro, quando se gosta, não morre, não se perde. Uma hora vem à tona. Igualmente com a vocação, que cada um tem a sua. No filme Page desistiu da faculdade de direito para seguir artes plásticas, sua real vocação. Na tentativa de reconstruir sua vida, tendo como última lembrança a faculdade de direito, ela investe novamente nisso, até seu amor pela arte berrar mais forte e ela, novamente, desistir da faculdade e trocá-la pela de artes. Então, mais uma vez: o que está escrito, está. O que é reservado para nós acaba acontecendo. Creio que somos predestinados a viver e a passar por determinadas coisas e que independente do caminho que se trilhe, nunca conseguiremos evitar que aconteça. Assim como Page, existem 1.000 maneiras da pessoa se descobrir ou se redescobrir. Mas a verdade, a essência sempre estará lá escondida em algum cantinho do coração e da memória esperando uma porta ser aberta. Não adianta nos empurrar ou tentar nos convencer a sermos quem não somos. Isso pode colar por um tempo, mas não funcionará para a vida toda.




E, voltando ao campo do relacionamento, em seu casamento "forjado" mas com um fundo de verdade, os dois fazem os votos matrimoniais mais lindos da história do cinema. Poucos me emocionaram e me carregaram de verdade que nem esse. Vou reproduzir aqui pra vocês:


"Eu me comprometo a ajudá-lo a amar a vida, a sempre abraçá-lo com ternura, e ter a paciência que o amor exige. Para falar quando palavras forem necessárias, e compartilhar o silêncio quando não forem. E viver no calor do seu coração, e sempre chamar de lar."

"Eu me comprometo a amá-la seriamente, em todas suas formas. Agora e para sempre. Prometo que nunca vou esquecer que esse é um amor para toda a vida. E sempre sabendo na parte mais profunda da minha alma, que não importa que desafios venham a nos separar, sempre encontraremos um caminho de volta para o outro".


Galera do lencinho, fiquem à vontade!

Também, foi dita uma outra frase que ficou na minha cabeça. E é verdade! Às vezes abrimos mão, desistirmos, julgamos, brigamos por um erro, um equívoco, um deslize. E esquecemos que apesar dele, por mais grave que seja, até imperdoável e inexplicável, a pessoa também fez algumas coisas certas. Do contrário, não estaríamos ao lado dele. Nem tudo é justificável e nem tudo é perdoável. Mas, não seria o caso de antes de apontarmos como desvio de conduta, falta de caráter e de valores, apesar de feridos e magoados, tentar ver o contexto todo? Muitas vezes já me vi a um passo de jogar a toalha por diversas vezes, com diversas pessoas. E, passado a raiva, o momento de confusão, vi tudo que aquela pessoa, por mais que tenha errado, fez de certo. E o apesar de, algumas vezes prevaleceu, tenho que confessar. Quando coloquei tudo na balança, pesou mais o lado bom que o lado ruim, mais as coisas certas que as erradas, mas as boas tentativas do que as tentativas frustradas. Nem sempre dá pra agir assim, Tem gente que temos que chutar mesmo porque não vale a pena. Mas temos que fazer uma avaliação para saber quem ou o que vale a pena dar uma segunda chance. Na verdade, acho que todos nós sabemos lá no fundo a resposta... e deixo aqui mais uma brilhante frase do filme: "escolhi ficar por todas as coisas certas que ele fez e não deixá-lo pela única coisa errada".

Esse filme foi baseado em fatos reais. E me deixou completamente sensibilizada e emocionada. E eu, que sou super fã do ator e dos filmes que ele faz, com certeza acrescentarei esse à listinha dos preferidos! Super recomendo... pra quem gosta do gênero, boa sessão!


"O fato é... Cada um de nós é a soma dos momentos que já tivemos.
 E de todas as pessoas que já conhecemos. E são esses momentos que se tornam nossa história."


Para Sempre







Um comentário:

Cris Medeiros disse...

Não li o post porque vc pode estar contando o filme e eu quero ver... rsrs. Ele tá aqui já na agulha... rs
Beijocas