26 de junho de 2015

Possibilidades...


Eduardo Galeano, jornalista e escritor uruguaio que partiu esta semana, escreveu certa vez:   

"Cada mundo contém muitos outros mundos possíveis. Neste mundo, há outro mundo possível".


Gosto de pensar que somos possibilidades que se concretizaram. Reais, mas ainda assim, possibilidades. Dentro de cada mundo, muitos outros mundos possíveis.

Todos os dias, ao acordar, o local onde espreguiçamos diz muito sobre as escolhas que fizemos até o momento. Minha cama está embaixo de um teto que escolhi como abrigo, numa cidade que me acolheu para viver e trabalhar. Meu marido é alguém que cruzou o meu caminho e por uma série de razões escolhi para me acompanhar. Nosso vida é parte desta escolha, a melhor possibilidade que poderia ter me ocorrido.

Tudo o que nos cerca um dia foi uma possibilidade. Alguns eventos poderiam ter sido evitados, outros não. Sobre o que não dependeu de nossa escolha, surgem diversas outras possibilidades que também podem ser encaradas como respostas. Talvez seja essa a maior possibilidade que temos: aprender a responder aos eventos, escolhidos ou não, da melhor maneira possível. Aprender a fazer malabarismo com o mundo que se apresenta possível à nossa frente, tentando extrair dele o melhor desfecho que pudermos. A liberdade de responder aos eventos é a maior possibilidade que temos. É o que faz nosso mundo possível ser bom ou ruim, independente das possibilidades inseridas nele.

Amanheceu chovendo e não pode caminhar no parque? Torne possível o cochilo estendido e despretensioso. O calor está insuportável e não tem ar condicionado? Torne possível a limonada gelada. O grande amor se foi? Torne possível o amor próprio, redescubra as amizades, mude o corte de cabelo, vá correr na praça. Perdeu alguém? Torne possível o luto, mas depois permita ser possível o recomeço: escreva, pinte, cante ou cultive um jardim. O passado foi difícil? Torne possível a felicidade do presente: invente leveza, releve mágoas, perdoe traumas, acumule afetos, colecione alegrias. Está doendo? Torne possível a pausa, respeite os limites, tome um chá, dê asilo às emoções, acredite que vai passar.

Enxergar possibilidades naquilo que efetivamente existe não é simples. Simples é cair na armadilha do lamento e da vitimização. Sei disso porque de vez em quando acontece comigo também. Mas tenho consciência disso. E esse é o primeiro passo pra gente prosseguir modificado. Enquanto sinto que novas possibilidades se descortinam à minha frente, desejo que você possa enxergá-las também. Que a gente torne possível a alegria na imperfeição, o recomeço na desilusão, a esperança na contradição. Que possamos acreditar que dentro de nosso mundo, há outro mundo, também possível, e muitas vezes melhor. Depende de nós e de nossa capacidade de encontrar respostas. Pois conflitos e angústias vêm e vão; o que permanece é nosso universo de possibilidades...


 

24 de junho de 2015

7 coisas para se fazer em dias de chuva



Em dias de de chuva é muito comum aquela preguiça clássica das segundas-feiras tomar conta do nosso ser, o pior é se ainda precisa acordar cedo para trabalhar… Porém, existem várias maneiras criativas para se beneficiar nestes dias mais ociosos devido a chuva.

Abaixo listei 7 coisas prazerosas em se fazer em dias chuva. #Boraler?

1 – Organize seus pertences
Na correria do dia a dia sempre arrumamos mil e uma desculpas para não fazer uma faxina básica em nossas gavetas, armários, estantes e na agenda de contatos… Que tal arregaçar as mangas, dar o play em suas músicas preferidas e dar uma geral? Além de você separar coisas que já não lhe tem mais serventia e que criam apenas poeira e traça, também poderá reencontrar livros, fotos ou o número de telefone daquela/e homem ou mulher que não sabia onde havia anotado.

2 – Sessão de cinema em casa
Nada melhor que escolher pelo menos uns três bons filmes, que está na sua lista à meses ou filmes recomendados que tenha comprado pirata do carinha que passa na sua rua e você nunca ‘tem tempo’ para assistir. O esquema é enrolar-se ao cobertor, deitar-se no sofá e bora para a sessão de cinéfilos sozinho, para os chatos de plantão que não gostam de comentaristas ao lado [incluo-me ao clube] ou convide os amigos, e caso namore procure assistir juntos gêneros que agrade o seu amor.

3 – Que comecem os jogos!
Não tem preço reunir a família, amigos, amores e confinar todos num mesmo espaço em dias chuvosos para começar uma sessão de jogos. Seja para carteados como: truco, poker, tranca ou dominós, ação e imagem, banco imobiliário, entre outras, que farão o dia ser muito mais proveitoso e divertido!

4 – Maratona de séries
Já fiz isso algumas vezes assistindo as temporadas de séries como Law and Order, House e Sexy In The City nos fins de semana. É semelhante a dica da sessão de cinema em casa, porém com dedicação total a embarcar em seus seriados favoritos… Recomendo!

5 – Games day!
Reúna os amigos e convide para jogar os seus games favoritos e de quebra rever e relembrar histórias dom pessoas que há tempos não encontram. Agora caso a preguiça seja mais forte o ideal mesmo é jogar online.

6 – Dormir … Zzzz
Confesso, que muitas vezes em dias de chuva quero apenas dormir até mais tarde, tirar um coxilo depois do almoço e quem sabe hibernar na cama até a chuva parar. É muito bom dormir ouvindo o som da chuva, não acham?

7 – Desligue a TV e leia um livro
Bem mais que um slogan da MTV de alguns verões passados, desligar a TV e mergulhar em romances, ficções e dramas por meio de livros, é uma excelente pedida para dias de chuva. Amo ler! Em dias chuvosos ficam melhores ainda para se concentrar na leitura.


E aí o que você pretende fazer em dias de chuva, hein?








22 de junho de 2015

16 de junho de 2015

O desejo de ter alguém...


É uma verdade, sabemos bem. E nada pequena! Mas não pude deixar de ser tocada pela força e emoção deste vídeo. Algo que toda criança deveria ter: amor, cuidados, um lar, uma família, mãe e pai, uma vida feliz.
 
Vídeo Adoção Brasil
 

15 de junho de 2015

Fatos da vida...


E às vezes, os menos desfavorecidos têm mais valores do que os estudados, financeira e socialmente aparados. Esse é o Bob, que sabe-se lá porque veio parar nos meus pés rs. Logo atrás veio seu dono, se mostrando preocupado com o sumiço do companheiro. Ficamos conversando um pouco e ele me contou sua história e de Bob. Disse que trabalhava como vendedor de bala na Pedra da Gávea, onde há mais ou menos um ano e meio atrás ganhou Bob, de um cara que ia deixar o Brasil e não tinha como levar o cão. Sempre andando por ali, Bob se dava bem com ele e seu ex-dono, vendo que ele saria bem tratado, resolveu doá-lo ao vendedor de balas. Ele que reside nas ruas e vendia suas balas em São Conrado, logo teve que arrumar um outro local, pois não poderia deixar Bob em qualquer lugar ou entrar com ele nas "caronas" dos ônibus. Então, resolveu habitar no Leme. Perto de um ponto final, onde era conhecido. Há tantos anos nos mesmos lugares vendendo suas balas, gente boa e do bem como é, ele fez alguns amigos que,assim que souberam da existência de Bob, se prontiveram a ajudar. Bob ganhou banhos em Pet Shop. Consultas regulares ao veterinário. Ganhou coleira, brinquedinhos e casinha dos que simpatizavam por Bob, moradores das redondezas e de como era bem cuidado por seu dono, morador de rua e vendedor de balas. Mas a ração, seu dono faz questão de comprar e ressalta: "é R$ 16 o kg da Golden! Mas ele merece o melhor! Mas confessa que ele gosta mesmo é de filar sua carne do almoço e janta da quentinha que compra. E quando vai pro Centro comprar ou vender suas mercadorias, deixa Bob, água e comida aos cuidados dos despachantes no ponto final do ônibus ou de moradores que habitam Bob em nos pátios nos prédios. Contou ainda que nas suas andanças com Bob, já recebeu uma proposta de 5.000 pelo cachorro e mesmo sabendo que Bob poderia ter uma vida melhor, disse que ama seu cachorro e melhor amigo e que infelizmente não poderia vendê-lo. Alguns risos e chamegos depois com Bob na areia, ele se despediu e disse que ia voltar à ativa. Enquanto arrumava seu carrinho de balas e suas coisas, Bob permaneceu ao meu lado, sempre de olho no dono. Mas ao menor sinal de "levantar acampamento", Bob levantou e prontamente se prostrou ao lado do dono para seguirem sua jornada. O nome do dono do Bob, eu não sei. Engajamos na conversa e ele foi embora sem me dizer. Mas me deixou uma grande lição de vida, obrigada! 

Ps: o dono do Bob ñ quis tirar foto porque disse que é muito feio kkk o Bob é mais bonito!



13 de junho de 2015

Espiritualize-se


Não sei se ando numa fase muito zen, desencanada, de calmaria e tranquilidade d'alma, mas de repente, tudo isso me veio assim como uma avalanche, me enchendo, me preenchendo, fazendo sentindo ou simplesmente não tendo nenhum. Mas a sensação de bem estar é indescritível!


Espiritualize-se




Não precisamos ser médiuns, budistas ou frequentadores assíduos de igrejas para sermos espiritualizados. Também não necessitamos ser religiosos vorazes, nem mestres zen ou pregadores de seja lá o que for. A espiritualidade está presente em cada um de nós, naturalmente. Em alguns de forma mais latente, em outros, menos, mas sempre passível de expansão.

O ser humano certamente não é um amontoado de músculos, ossos e órgãos vitais que existe para ver os dias passarem, um após o outro, até o fim da sua vida, simplesmente. Muito mais do que isso, é uma alma resistente ao tempo e às atrocidades mundanas e a soma de energias que o fazem se mover, viver e tentar ser feliz, mas com um propósito maior. Por essa razão, por mais que muitos não acreditem em espiritualidade – e não estou falando propriamente em espíritos, reencarnação e carmas, mas simplesmente em ligação com um algo grandioso -, todos temos um lindo potencial a desenvolver nesse sentido. Para que o nosso corpo funcione perfeitamente, para que a nossa mente permaneça saudável e a nossa vida flua em harmonia, é essencial que trabalhemos nossa espiritualidade.

A chave do equilíbrio da nossa existência e o segredo para o bem viver é um tanto simples: saber que não estamos nesse mundo em vão, mas para evoluir, e qualquer evolução passa, necessariamente, por abrirmos nossas cabeças e nossos corações para algo maior. Seja orando com as nossas palavras, sozinhos em nossas casas, para o Deus do nosso coração; seja nos conectando e nos harmonizando com “o universo”, “a divindade” ou qualquer outro nome que se escolha dar a esta energia superior que a tudo envolve; seja ajudando o próximo, despretensiosamente, das mais diversas formas; seja praticando ioga ou meditando; seja desenvolvendo ações sociais que promovam a paz: o importante é dedicar-se a “coisas da alma”. A saúde, a serenidade, a vontade de viver, a autoestima e tudo o que promove o bem-estar de uma pessoa não têm como vir de outro lugar que não do interior dela mesma e unicamente pela sua iniciativa. Aceitar e vivenciar essa verdade é imperioso.

Precisamos tomar consciência que não há dinheiro, status, relacionamento ou qualquer coisa externa que nos garanta plenitude e satisfação se não formos seres conscientes da nossa transitoriedade, do nosso comprometimento com a humanidade e da necessidade de evoluirmos, pelos mais diversos meios. Paz interior: essa é a nossa missão última. Precisamos manter-nos harmoniosos e irradiar luz ao nosso redor, independentemente dos fatos da vida terrena. Sim, porque não há sucesso que não diminua, não há riqueza que seja intermitente, não há prazeres físicos que não acabem rapidamente, nem a garantia de que determinadas pessoas estarão sempre ao nosso lado. E, se nada existir dentro de nós depois dessas situações, nos perderemos na vida, não veremos sentido, nos sentiremos fracassados.

Precisamos ser conscientes e confiantes o suficiente para manter intacto um “núcleo essencial inatingível” que nos mantenha íntegros aconteça o que acontecer, ainda que certos fatos da vida nos passem rasteiras, que pessoas questionem nossos posicionamentos ou que zombem dos nossos sonhos. Em última análise, então, espiritualidade é isso, sem amarras nem grandes divagações: conteúdo no ser humano, algo a sustentar seu corpo em movimento, a lhe mover para frente, a lhe conectar com os semelhantes e com o sagrado, e que nada de externo pode afetar, basta assim se determinar.

Tomar consciência dessa realidade e desenvolver nossa espiritualidade é, com certeza, um caminho sem volta para a felicidade.


12 de junho de 2015

Feliz dia dos namorados!




 
Que a gente consiga preservar a leveza e a simplicidade, a alegria de estarmos juntos, por todos os nossos dias. Amo você meu pra sempre namorido. Que a nossa vida à dois seja um eterno romance...
Feliz dia dos namorados!
Feliz todos os dias ao seu lado!
Há seis anos encontrei um namorados e que depois virou noivo, marido, mas sempre meu melhor amigo, companheiro, cúmplice, parceiro na vida, leal à nós, meu amor. Te amo!


 
"Você me deu uma eternidade dentro dos nossos dias numerados..."


Abaixo o vídeo que eu fiz no site Nossa Paixão



11 de junho de 2015

Quando eu olho para essa sua carinha...


"Quando eu olho para essa sua carinha eu esqueço.
Esqueço que tem um mundão lá fora cheio de enrosco.
Que amanhã eu acordo cedo. Que hoje eu chego tarde.
E que vai ter um monte de gente no meu dia,
que eu nem sequer convidei pra minha vida.
Quando eu olho para essa sua carinha
eu não vejo quantos anos você tem,
nem quantos títulos, nem que cargo você ocupa.
Não vejo suas responsabilidades,
nem erros, nem medos, nem lembro da pressa
que nos ronda sempre e tanto.
Quando eu olho para essa sua carinha
não vejo um rosto como os outros.
Na verdade não vejo um rosto.
Nem uma face, nem tez, nem cútis.
Vejo a sua carinha, que nem é tão pequena
mas que é sua, e que basta tão bem pra mim.
Por alguns instantes pareço me desligar de tudo.
Das contas a pagar, das incertezas do tempo,
de tanta coisa errada e pendente.
Das nossas incompatibilidades persistentes,
de dúvidas, de nuvens, de prazos,
Quando olho para essa sua carinha
não vejo o tamanho do seu nariz
nem a sobrancelha bagunçada
nem pintas, nem manchas, nem falhas
não vejo ruguinhas no canto do olho
nem outras marcas do tempo.
Quando eu olho para sua carinha
eu percebo que o amor está sempre aqui,
sem que a gente precise chamá-lo.
Sem nem mesmo lembrarmos dele.
Ele simplesmente está.
E quando olho para essa sua carinha percebo
Que essa história de amar alguém
faz um bem danado pra vista.
E pra vida."

Pra você o meu eterno sim!



Uma das poucas certezas que eu tenho na vida...
Pra você o meu eterno sim!


"você me deu uma infinidade dentro dos nossos dias numerados"


"porque alguns infinitos são maiores que outros"


"é você, tem sido você e vai ser sempre você: 
minha escolha, minha certeza, meu amor"

1 de junho de 2015

O prazer da pura e simples contestação!


Gilberto Braga deu uma entrevista falando sobre a baixa audiência de Babilônia, que tem sido muito criticada pela construção de seus padrões morais, éticos perante a sociedade. Fechando a entrevista, ele solta a frase "o Brasil encaretou". 

Fiquei um tempo refletindo sobre o real significado da palavra e seu efeito num contexto maior. O Brasil não encaretou! Quem é careta, é careta sempre. Ontem, hoje e amanhã. Religioso também. E moralista idem. Portanto, as pessoas que tem algum motivo para discordarem da "modernidade" dos mundo atual, dos seus valores deturpados, invertidos, inconcebíveis ão de fazer em qualquer tempo ou circunstância. Estamos mais críticos? Também não. Estamos mais contestadores!

Quando percebeu-se que passamos de espectadores passivos para ativos, com força de voz em nossas opiniões, capaz de mudar tudo, começamos a usar esse privilégio ao nosso favor esse privilégio mais do que o necessário. Hoje em dia contesta-se tudo. E através das redes sociais, em sua grande maioria, as opiniões públicas ganham força e voz. Mas não que elas não tenham existido antes. Sempre existiram. Mas agora estão mais endurecidas. E inflexíveis!

Criou-se uma necessidade de explicar-se tudo! Criou-se uma necessidade de ter em tudo algo de real! Pelo amor... é cansativo demais, tudo isso! E todas as opiniões sobre algo são a verdade absoluta. E com que finalidade além de querer provar que está certo a torto e à direito? Muitas vezes, nenhum! Por puro prazer, só.

Quantas vezes antes víamos um filme e simplesmente curtíamos o filme? Muitas! Mas hoje, há uma necessidade de criticar tudo que é visto num filme que já, de antemão, mostra que é de ficção. Assim como nas telenovelas, que é dramaturgia e obra de ficção, é entretenimento, não é jornalismo para estar casado com a veracidade de fatos 25h por dia. Hoje em dia a gente lê um livro, ouve uma música, vê um filme, assiste uma peça já com o intuito de ao término delas (quando terminam), vá lá nas redes socais destilar as inúmeras críticas. Mas, e a viagem proporcionada por tudo isso que antes existia? Morreu?

Antigamente a gente falava mais que algo era legal quando realmente era e a gente gostava do que hoje que necessita-se de um bilhão de explicações de porque gosta e porque não gosta, algo que, muitas vezes nem tem explicação. A gente gosta porque tem alguma interação, ligação, reconhecimento de igualdade, nos toca, nos reconhecemos naquilo, nos desperta uma sensação boa e mais "n" coisas ou simplesmente, gostamos. E da mesma forma não gostamos. 

Legal que a gente passe a ser mais crítico. Legal que a gente saiba que tem cabeça, que conseguimos articular e colocar opiniões. Mas precisa mesmo ser sobre tudo e à ferro e fogo?

Às vezes eu acho que perdemos algo em essência ao tentarmos ser doutores em sabedoria da vida ou apenas espírito de porco. Perdemos a viagem. Esquecemos de nos divertir. Esquecemos de reconhecer o que realmente importa. Se é ganhar seguidores e likes pelo que a gente pensa ou deixa de pensar ou ir viver. É quase isso!

Vamos nos permitir!!!!!