Apesar da dor de cabeça, do susto de ficar sem poder me mexer com as costas paralisadas, e com o mal estar derivado disto tudo, não pude deixar de admirar a bonita tarde de inverno que fez ontem. E de me dar conta que, há muito tempo eu não arrumava tempo, no meu tempo corrido, para contemplar por 5 minutos o céu. Era totalmente azul, rajado de um rosa chá, por toda sua extensão. Aquela sensação me fez bem. Parece que entrei em contato com sentimentos e momentos passados, esquecidos no fundo das minhas lembranças, pois tiveram sua vez tomada por outras situações. Reviver, nem que por 1 segundo apenas alguns sentimentos, me fez rejuvenescer a alma. Senti saudade da minha liberdade, sobretudo de escolha. E de quando a responsabilidade não falava mais alto do que o investimento nos sonhos. Senti falta de quando tudo que eu mais queria num fim de tarde era chegar em casa, ver TV e abraçar minha mãe que chega do trabalho. E hoje, penso apenas que o dia está acabando, entro numa neura de contagem regressiva para que o tempo não passe e não ouça a música de abertura de Caminho das Índias, anunciando que a hora de deitar se aproxima e amanhã tem mais. Mais desta loucura que chamamos cotidiano que nem sempre é como a gente deseja que seja, cada vez mais longe do que esperamos que aconteça, se tornando cada vez mais difícil a aproximação com nosso eu.
Na roda doida da vida, neste jogo, como diz Marcelo D2 “num dia a gente perde, no outro a gente ganha”, aprendi que este constante vai e vem de pessoas, lugares e momentos, fazem parte e eu, aceitei também me enquadrar neste círculo de etapas passageiras. Quando vivo uma experiência pela primeira vez, às vezes fico sem saber como agir, as coisas parecem não se encaixar e fazer sentido, me sinto perdida e então, recorro ao bom senso dentro da situação. Se a mesma se repetir, o contexto pode até se outro, mas não ficarei mais sem chão. E assim, vou me acostumando com as agruras da vida. Na primeira vez que decidi largar meu primeiro emprego coloquei na balança os prós e os contras. O fato de não haver crescimento profissional na carreira dentro da empresa, ascensão salarial, prosperidade de conhecimento me desanimou, acrescido do fato da carga horária excessiva, dos feriados não enforcados, dos finais de semanas perdidos e da cobrança demasiada de “produtividade”. Tudo isto não compensava meu desgaste físico e emocional que iam para as cucuias dia após dia com confrontos e picuinhas entre colaborador (eu) x gestor (chefe). No meio disto tudo, oscilava entre minha vontade e razão de ir em busca de algo melhor e tentar coisas novas e o medo de ficar fora do mercado, sem renda e ainda me afastar das pessoas que com muito custo tinha demorado a cativar e fazer parte de um grupo. Arrastei mais alguns meses que não valeram muito a pena e enfim, ganhei a tão sonhada “liberdade condicional” (risos).
No início, que maravilha! Acordava tarde, podia comparecer em todos os eventos, não me preocupava com horários e era tanto tempo livre que eu nem sabia o que fazer com ele direito. Trce muitos plno, poucos conclui. Com o passar do mesmo e a novidade cada vez se tornando mais sem graça, começava a me perguntar se realmente tinha tomado a decisão certa em um momento impulsivo. A dificuldade de arrumar emprego era grande, sentia falta da minha liberdade financeira e das pessoas rotineiras. Para minha sorte, a todo o momento tinha provas de que não poderia ter tomado decisão mais certa. Principalmente depois de receber meus benefícios (bem gordinho por sinal, rs). Mas comecei a comprovar que nem tudo devemos levar a ferro e fogo e que, para chegarmos a algum lugar, devemos relevar certas situações na vida. Não ser espezinhado, mas engolir alguns sapos... faz parte!
Mas enfim... Ano Novo, vida nova, emprego novo e... depois de alguns meses, a mesma coisa anterior: insatisfação! Começo a me preocupar achando que o problema é comigo, não conseguindo me adaptar aos emprego. Depois, me pergunto se o problema não é porque estou fora da minha área, fazendo algo que não gosto e ganhando mal, tentando aceitar que é melhor assim do que com nada. Tenho minhas compensações: aqui a empresa é festeira e meus amigos de trabalho parecem seres que não existem, pois não deixamos a competitividade, inveja ou o bichinho do querer aparecer dominar. Todos se dão bem e se ajudam. Mas isto não basta. Falta de reconhecimento profissional e de compreensão com os problemas pessoais dos funcionários parecem fazer parte do hall de todas as empresas. Tudo bem, aprendi na pele que independente do ramo, patrão é patrão sempre e eles fazem curso no mesmo lugar. Também sei que tenho tido frequentemente alguns problemas de saúde que acabam acarretando em algumas faltas, o que desagrada os chefes que não gostam de pagar para empregado ficar em casa. Mas, já que não tenho minha função valorizada, me matar aqui para que? Tenho que pensar e cuidar de mim. Mas a pergunta de antes curiosamente continua valendo para a questão de agora: até que ponto vale o sacrifício para não chegar aonde se deseja? Vale a pena se sujeitar a destratos, falta de educação, respeito, desmandos e concepção de que funcionário é capacho? Não, acho que não estou disposta!
Agora já não estou tão insegura quanto a incerteza do futuro, se vou me afastar ainda mais dos meus objetivos ou caminhar rumo a eles. Tenho mais convicção do que quero e preciso fazer. E de uma coisa pelo menos eu sei: por mais que ainda me sinta meio à deriva com relação ao o que fazer, de fato, tenho total convicção do que NÃO quero fazer!!! Hoje é mais claro para mim que todas as experiências vêm para somar de alguma forma e fazer repercutir isto em mim. Cada qual não passa de uma escadinha. Ainda permanece o receio de me afastar de quem me faz bem e que gosto de verdade. Mas me tranquiliza saber que o que é verdadeiro, mesmo à distância, dura! Fora o fantasma da crise assolando o desemprego. É difícil... porém necessário! Preciso caminhar, preciso crescer, preciso viver e acima de tudo, ser feliz sendo fiel à mim mesma. Ao que acredito, ao que valorizo. Medo? Claro que tenho. Quem me garante que não estarei dando um tiro no escuro? Porém, pior seria morrer sufocada com a respiração presa na garganta que não quer descer...
Mudanças: penso nelas positivamente, mas confesso que não sou muito fã. Tenho medo da não adaptação. Tenho medo de remover o que já estou acostumada a lidar. Tenho medo de trocar o certo pelo duvidoso, como dizem... enfim. Mudar faz parte! Nós, o tempo, a vida, tudo muda e ou acompanhamos ou ficamos para trás, de fora do espetáculo!
Coragem!!!!!!!
Na roda doida da vida, neste jogo, como diz Marcelo D2 “num dia a gente perde, no outro a gente ganha”, aprendi que este constante vai e vem de pessoas, lugares e momentos, fazem parte e eu, aceitei também me enquadrar neste círculo de etapas passageiras. Quando vivo uma experiência pela primeira vez, às vezes fico sem saber como agir, as coisas parecem não se encaixar e fazer sentido, me sinto perdida e então, recorro ao bom senso dentro da situação. Se a mesma se repetir, o contexto pode até se outro, mas não ficarei mais sem chão. E assim, vou me acostumando com as agruras da vida. Na primeira vez que decidi largar meu primeiro emprego coloquei na balança os prós e os contras. O fato de não haver crescimento profissional na carreira dentro da empresa, ascensão salarial, prosperidade de conhecimento me desanimou, acrescido do fato da carga horária excessiva, dos feriados não enforcados, dos finais de semanas perdidos e da cobrança demasiada de “produtividade”. Tudo isto não compensava meu desgaste físico e emocional que iam para as cucuias dia após dia com confrontos e picuinhas entre colaborador (eu) x gestor (chefe). No meio disto tudo, oscilava entre minha vontade e razão de ir em busca de algo melhor e tentar coisas novas e o medo de ficar fora do mercado, sem renda e ainda me afastar das pessoas que com muito custo tinha demorado a cativar e fazer parte de um grupo. Arrastei mais alguns meses que não valeram muito a pena e enfim, ganhei a tão sonhada “liberdade condicional” (risos).
No início, que maravilha! Acordava tarde, podia comparecer em todos os eventos, não me preocupava com horários e era tanto tempo livre que eu nem sabia o que fazer com ele direito. Trce muitos plno, poucos conclui. Com o passar do mesmo e a novidade cada vez se tornando mais sem graça, começava a me perguntar se realmente tinha tomado a decisão certa em um momento impulsivo. A dificuldade de arrumar emprego era grande, sentia falta da minha liberdade financeira e das pessoas rotineiras. Para minha sorte, a todo o momento tinha provas de que não poderia ter tomado decisão mais certa. Principalmente depois de receber meus benefícios (bem gordinho por sinal, rs). Mas comecei a comprovar que nem tudo devemos levar a ferro e fogo e que, para chegarmos a algum lugar, devemos relevar certas situações na vida. Não ser espezinhado, mas engolir alguns sapos... faz parte!
Mas enfim... Ano Novo, vida nova, emprego novo e... depois de alguns meses, a mesma coisa anterior: insatisfação! Começo a me preocupar achando que o problema é comigo, não conseguindo me adaptar aos emprego. Depois, me pergunto se o problema não é porque estou fora da minha área, fazendo algo que não gosto e ganhando mal, tentando aceitar que é melhor assim do que com nada. Tenho minhas compensações: aqui a empresa é festeira e meus amigos de trabalho parecem seres que não existem, pois não deixamos a competitividade, inveja ou o bichinho do querer aparecer dominar. Todos se dão bem e se ajudam. Mas isto não basta. Falta de reconhecimento profissional e de compreensão com os problemas pessoais dos funcionários parecem fazer parte do hall de todas as empresas. Tudo bem, aprendi na pele que independente do ramo, patrão é patrão sempre e eles fazem curso no mesmo lugar. Também sei que tenho tido frequentemente alguns problemas de saúde que acabam acarretando em algumas faltas, o que desagrada os chefes que não gostam de pagar para empregado ficar em casa. Mas, já que não tenho minha função valorizada, me matar aqui para que? Tenho que pensar e cuidar de mim. Mas a pergunta de antes curiosamente continua valendo para a questão de agora: até que ponto vale o sacrifício para não chegar aonde se deseja? Vale a pena se sujeitar a destratos, falta de educação, respeito, desmandos e concepção de que funcionário é capacho? Não, acho que não estou disposta!
Agora já não estou tão insegura quanto a incerteza do futuro, se vou me afastar ainda mais dos meus objetivos ou caminhar rumo a eles. Tenho mais convicção do que quero e preciso fazer. E de uma coisa pelo menos eu sei: por mais que ainda me sinta meio à deriva com relação ao o que fazer, de fato, tenho total convicção do que NÃO quero fazer!!! Hoje é mais claro para mim que todas as experiências vêm para somar de alguma forma e fazer repercutir isto em mim. Cada qual não passa de uma escadinha. Ainda permanece o receio de me afastar de quem me faz bem e que gosto de verdade. Mas me tranquiliza saber que o que é verdadeiro, mesmo à distância, dura! Fora o fantasma da crise assolando o desemprego. É difícil... porém necessário! Preciso caminhar, preciso crescer, preciso viver e acima de tudo, ser feliz sendo fiel à mim mesma. Ao que acredito, ao que valorizo. Medo? Claro que tenho. Quem me garante que não estarei dando um tiro no escuro? Porém, pior seria morrer sufocada com a respiração presa na garganta que não quer descer...
Mudanças: penso nelas positivamente, mas confesso que não sou muito fã. Tenho medo da não adaptação. Tenho medo de remover o que já estou acostumada a lidar. Tenho medo de trocar o certo pelo duvidoso, como dizem... enfim. Mudar faz parte! Nós, o tempo, a vida, tudo muda e ou acompanhamos ou ficamos para trás, de fora do espetáculo!
Coragem!!!!!!!
2 comentários:
amiga, e assim mesmo! mudanças fazem parte da vida e do crescimento. te desejo mta sorte com a tua decisão. vc esta seguindo o coração e isso e o mais importante. te amo sempre e te apoio. bjos
Mieu maior incentivo é saber que posso me apoiar na certeza da sua amizade, sempre...
te amo, te amo, te amo...
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