19 de outubro de 2009

Ainda acredita-se no próximo...

Renovou minhas esperanças ao constatar que o ser humano não perdeu a crença nos valores do outro. Apesar das circunstâncias nos forçarem a desconfiar sempre, ainda existem pessoas que acreditam na boa índole do seu próximo.

Domingo estava passeando no shopping, fazendo minhas compras de presentes atrasados para amigos e familiares, rs, e, quando fui dar uma passadinha básica no banheiro, senti uma pessoa me chamando. Era um pai com sua filha, meio sem saber o que fazer me pedindo para levá-la ao banheiro. Tudo bem, não custava nada, óbvio! Mas me espantou a atitude deste pai, em meio a tanta desconfiança acerca da integridade dos filhos com desconhecidos, hoje em dia, diante de tanta maldade e perversão que se pode ser vista.

A menina, uma simpatia. Conversada, divertida e sorridente. Trabalho, praticamente não deu algum. Sabia se virar sozinha, exceto pela altura que faltava rs. Eu ajudei pouco, foi mais para dar um apoio. Ao final, levantei a pequena para ela lavar as mãos e secá-las. E então, fui entregá-la ao seu pai que aguardava na porta do banheiro. O pai me agradeceu e a menininha toda sorridente, se despediu de mim dando um tchau.

Nós criamos certos mitos, que não sei se servem para tapar o sol com a peneira e não nos deixar perturbados diante de tanta violência e facilidade para praticar atos inaceitáveis, ou se realmente acreditamos naquilo que criamos. Acham que mulher, jovem e com boa aparência não seria capaz de praticar nenhuma crueldade com uma criança dentro do banheiro de um shopping. Mas, são nas pequenas facilidades da vida que as pessoas acabam se revelando. Se eu fosse alguma ensandecida e me aproveitasse da ingenuidade da criança para fazer alguma maldade, molestá-la, sequestrar ou algo do gênero? Vai saber? A portas fechadas tudo é possível. E, nos dias de hoje que todos nós andamos meio neuróticos com a vida em si, os acontecimentos nela e com as atitudes das pessoas para com outros, realmente me espantou este pai, aparentemente meio enrolado ao se ver sozinho com a filha, bem desenvolta por sinal, acreditar na boa fé das pessoas.

Bom, que fique claro que as especulações do que poderia ser feito à menininha e sobre a conduta de minha pessoa não passam de hipóteses, rs. Vale a pena ressaltar bem isto! Mas, me deu um alívio que o ser humano não possua somente desconfiança dentro de si. E que apesar de tudo levar a crer que todos são iguais, que ainda se faça diferenciação entre as pessoas, mesmo sem conhecê-las. Já que, não podemos nos responsabilizar e nem responder por terceiros.

Beijos e tenham um excelente feriado!

Um comentário:

Cris Medeiros disse...

Nesse caso especificamente acho que o cara pesou sim as possibilidades... Creio que se fosse o tal homem, uma mulher pedindo a um homem que levasse seu filho ao banheiro, a coisa seria diferente, teria vários receios, porque pedofilia é algo muito mais ligado ao homem, é bastante incomum ver uma mulher pedófila...

O homem deve ter pensado que o banheiro só tem uma porta, portanto o que mais provável de uma mulher fazer, que é raptar uma criança, teria que sair por aquela porta que entrou... Quanto a ela ser uma louca assassina, tb a possibilidade deve ter sido pesada por ele, mas como tb é algo incomum entre mulheres, ele resolveu arriscar, devido às circunstâncias. Essa análise das possibilidades são tão automatizadas no mundo violento que vivemos que elas se fazem em questão de minutos... Então acho que o homem tinha sim pesado tudo que poderia ocorrer, e arriscou, porque julgou ser pequeno o risco...

Affe... escrevi um monte... ahahah

Beijocas