Bom, voltando ao assunto do peso ideal, depois de ter que deixar as sapatilhas de lado por um tempo, resolvi me dedicar a uma dieta que viso que traga a minha antiga forma. Ideal para mim, não quer dizer que seja ideal dentro dos padrões de beleza da magreza exagerada! Sim, fui uma menina e adolescente mais para magra, porém, depois dos 18 anos comecei a ganhar um pouco mais de formas. Nada demais. E nunca liguei para uma ligeira barriguinha saliente. Mas a tal ponto que eu não me sinta bem usando as roupas porque não cabem em mim sim, incomodam! Dizem que a gente tem que estar feliz com o corpo que tem. Temos que nos aceitar como somos, ou ficamos. Mas não conheço ninguém que fique realmente feliz quando se depara com uma série de manequins que não caem bem em você. E sem falar da aceitação diante do espelho. Da aceitação com sua nova condição e o pré-julgamento que acham que fazem de você. Parece paranoia, mas a sensação quando estamos incomodadas com uma roupa, o cabelo, o sapato, ou seja, lá o que for é que quando chegamos num determinado lugar, somos o centro das atenções. Todos reparam justamente naquilo que queremos esconder. E, pelo visto, não conseguimos passar despercebidas no meio da multidão, como gostaríamos.
Tá, tudo bem. Posso estar exagerando, estereotipando e generalizando. Nem com todas acontecem desta forma. Mas percebi que escondemos nosso potencial. Deixamos de acreditar nas nossas qualidades! No quesito relacionamento / sexo, começamos a nos achar insuficientes. Começam as ideias mirabolantes de que o parceiro vai desinteressar-se. Que ele vai fazer comparações com a morena linda ou loira gostosa da mesa ao lado. Que vai sair por aí à caça, já que não satisfazemos mais as expectativas de beleza dele ou dela. Enfim, a imaginação flui e por esta porta aberta, vem a deprê.
Depois das três fases do eu, você e eles (rs), vem a hora de sacudir a poeira e fazer alguma coisa. Sim, nem todos tem o biótipo mais para “fofo”, “grande”. Às vezes, dependendo da situação, a pessoa acabou por se tornar assim: seja por ansiedade, um distúrbio alimentar, um problema hormonal ou até mesmo distúrbio do sono. São “n” as causas que podem levar uma pessoa a ser ou se tornar “gordinha”. O importante é que se faça uma avaliação médica primeiramente, para diagnosticar a causa do excesso de peso. No meu caso, acreditem foi um anticoncepcional. Sim, optei por um tratamento para enxaqueca há pouco mais de um ano. E este tratamento consistia em não menstruar. Beleza, nos primeiros 6 meses. Nada de dor de cabeça. Nada de fluxo menstrual nas horas e dias indesejados. A principio foi MARA! Depois, vieram os contras: inchei, comecei a ter perda de apetite e sensação de estufamento no estômago. Diagnóstico: retenção de líquidos. Tratamento: dieta!
Parece fácil, mas não é não! Aliás, queremos tanto uma solução e quando ela vem parece um monstro assombrando a gente. Primeiro por ser radical. Todo que você gosta e está acostumado a comer vai cair por terra. Seu cardápio passará a ser o mais saudável possível e você vai se sentir aquele ser natureba que você esnobava enquanto colocava para dentro aquele “x-tudo ou x- vai o que tem em casa” com tudo e mais um pouco. É a pior parte, de início! Mas garanto, depois que passa a primeira semana de raiva, a semana do “não posso”, as coisas começam a melhorar um pouco mais. Opções a gente tem. Ninguém morre de fome com dieta. Apenas não estamos acostumados às opções que nos são dadas agora. Geralmente escolhemos o mais prático, o mais saboroso e o que mais mal vai causar a nossa saúde. Beleza! Cortei açúcar, consequentemente doces, massas, frituras e besteiras, rs. E achei que fosse só por aí. Que nada! Também retirou minha batata amada, sob qualquer forma que ela se apresente. Meu Nescau, mesmo light (terminou de enterrar a faca, rs). Refrigerante nem diet e nem zero. Apenas suco, da fruta, água de coco, mate e água (ARGH!!!!!). A PIOR PARTE É ESTA, BEBER MUITOS LÍQUIDOS, PRINCIPALMENTE ÁGUA. Não consigo! Mas ela, a nutricionista insistiu amavelmente: “-vai ter que conseguir!”. Legumes todos, frutas todas, arroz e feijão moderados. Torradas e bolachas meus aliados de manhã, de tarde e à noite para forrar o estômago. Depois da segunda/terceira semana a gente vai se acostumando a procurar as opções quando a gente sai e a nos adaptar ao que podemos. Não é nenhum bicho de 7 cabeças, mas primeiro, fazemos o estardalhaço, rs.
Mas o curioso é que acreditamos que estamos mais magras apenas ao começar a dieta bendita. Sim, é verdade! Se passaram apenas 3 semanas, e nisto admito que nem tudo eu respeitei. O autocontrole é muito difícil quando você tem a tentação do seu lado, a altura dos seus olhos. Mas mesmo assim, segundo a enfermeira semana passada eu havia perdido praticamente 1kg. Minha sensação era de desinchaço. Apesar de a maioria das roupas continuarem na mesma condição de antes: sem caber. Mas jurava que estava mais leve, rs. Pode ser também a quantidade de líquidos que eu coloco para fora, depois de colocar pra dentro o dia todo qualquer tipo de líquido, rs. Mas o benéfico mesmo é o ego do ser. Como fica? Lá em cima! Sente-se renovada. Com novas esperanças. Parece que um leque de oportunidades e inclusão bate à sua porta. Você passa a se aceitar de volta e se motiva a continuar seguindo em frente. A dieta, a meu ver é da alma, da autoestima, da felicidade. Ela mexe com o sentimento da pessoa e não só com o seu metabolismo. Sei que o que aconteceu comigo foi um distúrbio e que aos poucos voltarei a minha forma física. Mas não quero neuras futuras de achar que a qualquer momento vou engordar de novo. Sei que terei que me controlar se não quiser voltar à mesma condição “sem perceber”. E eu que vi matérias de dietas, conversa de dietas, amigas falando que estavam enormes de gordas e tal e eu me achando um E.T. porque era magra, comia de tudo e não achava defeitos onde não tinha. Hoje, paguei minha língua.
Em tempos de Copa, confesso ser um dificultador fazer dieta. São tantas as reuniões por conta dos jogos, tantas comidas brasileiras gostosas que resolvi adiar o regime só por alguns dias. Mas com cuidado para não relaxar demais. Mantenho o que posso e somente na hora do churras ou da feijoada da vovó ou do lanchinho que caio dentro, rs. Mas com suco! Rs.
Brincadeiras à parte, o mais difícil foi entrar na dieta e abrir mão da gula. A parte mais fácil é ver os benefícios que ela me traz e me motivar a continuar. Meu corpo agradece, mas meu ego agradece ainda mais...
Beijinhos 1000!
Um comentário:
Minha grande amiga,
adorei o texto. É interessante vermos como a gula abala o emocional de todos não pelo ato de comer, mas pelo amanhã, ou seja , os kilinhos a mais que visitam a indesejável e inoportuna balança...
Mas o importante é estar com saude, feliz com você e sim, se amando da forma que é. Dá pra reduzir, reduza. mas sem atrapalhar seu emocional, sem atrapalhar sua vida como um todo.
Estou cada dia que passa de bem coma balança, reduzindo aos pouquinhos, mas sempre mantendo o equilibrio...
saude e paz! e uma boa semana!
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