"E se eu te olhar cem vezes, acredite, em cada uma delas estarei me apaixonando um pouco mais. ''
Carioca adora puxar papo. Na orla da praia, dentro do ônibus, no bar com amigos, não importa. Assunto não falta e tem para todos os gostos. Fala com quem conhece e com quem nunca viu também. Aqui o que importa é falar! Falar bem, falar mal, do dia-a-dia, pessoal ou global. Com descontração vou passando por aqui, por ali, por mim, por você...
30 de outubro de 2011
28 de outubro de 2011
O mar é feminino!
"Alguém me responde: qual o maior mistério do mundo? O coração de uma mulher ou o mar?...
Vai e vem. Vem e vai. Correntes. Tempestades. Calmarias.
Vai e vem. Vem e vai. Correntes. Tempestades. Calmarias.
Chego a uma conclusão natural (quase infantil): o mar é feminino."
(Fernanda Mello)
27 de outubro de 2011
Look at Me!
Às vezes é preciso dar de cara com a PORTA várias vezes... para se dar conta de que não é a porta que está no lugar errado e sim, VOCÊ
26 de outubro de 2011
Passado, presente ou futuro?
Li uma frase numa página no Face q eu gosto muito, Sábias Palavras, e que me fez parar para refletir. É a seguinte:
"Quem vive no passado, acaba tropeçando no presente!"
Nada mais certo. No meu caso, não acho que eu viva de recordações. Nem que eu viva num saudosismo eterno querendo que o passado volte a ser o meu presente. Nem que seja para mudá-lo. Na verdade, em alguns casos, queria que o passado fosse enterrado para todo o sempre, longe da memória e de qualquer coisa que possa me fazer reavivar na lembrança. Mas, acredito que eu sofra da falta de percepção. O tempo passa, corre, voa e eu não vejo. Muitas vezes não me dou conta. E quando percebo, o presente já está me engolindo e eu ainda estou processando e absorvendo coisas que já são passado agora. Me preocupo mais com o futuro que ainda nem chegou do que com o presente, que na verdade, é o começo do futuro, rs. Coisa doida! Bom ou ruim? Não sei. Só sei que isso me tocou e é interessante parar para pensar. Minha reflexão do dia!
25 de outubro de 2011
Eiiiiiii, quer saber???
Se eu fiz, tive motivos. Se tive motivos, fiz com razão.
Então, não me venha com lições de moral, porque a vida é minha e eu vivo do meu jeito!
PS: para os sabichões de plantão que adoram criticar as atitudes alheias, mas, nem se dão ao trabalho de entender o porquê de algumas pessoas agir como agem, ser como são ou sentir como sentem. Então, antes de sair por aí falando besteira, ou vai se informar melhor ou fica quieto, que é melhor!
22 de outubro de 2011
Pense:
"Quando foi a última vez que você tomou banho de chuva sem se preocupar com o celular no bolso, os cartões do banco, a chapinha, o sapato que não pode molhar?"
21 de outubro de 2011
O sonho acabou???
Tem vezes em que acho que quando a vida anda perfeita demais, fatalmente acontecerá algo para acabar com essa felicidade. Não é mau agouro, nem negativismo: é fato! Acostumei a aceitar que nem tudo tem uma explicação racional na vida. E tem coisas, que nem explicação tem. Mas, nem por isso deixam de acontecer e nos abalar menos. E foi mais ou menos isso que aconteceu essa semana. Precisei respirar fundo e de tempo para absorver toda a informação. Ajeitar o sentimento dentro de mim e encontrar as palavras certas na hora de me expressar. Passado a tristeza e a incompreensão inicial, me resta apenas a conformidade. E uma previsão antecipada do futuro. Além, de olhar para trás e ver pelo caminho as migalhas do que um dia foi um plano de vida. Tenho a sensação de que a minha vida é tão perfeita que tenho que dar algo em troca para que seja assim. Claro, não é assim que acontece, mas por que temos sempre que perder ou abrir mão de algo em prol de outras coisas? Não sei! Tô me achando que nem aquele velho ditado: sorte no jogo, azar no amor e vice e versa.
Nunca foi minha pretensão essencial casar e ter filhos. Sempre encarei isso como consequência natural de relacionamentos e da vida. Confesso, depois de me encontrar num relacionamento bem sucedido, a idéia de filhos ainda não me apetecia. Me ver mãe e abdicando de mim por alguém, colocá-lo(a) em primeiro lugar, isso ainda não fazia parte de mim. Sentia que ainda havia muito por viver, muitas experiências, lugares, pessoas e momentos para curtir. Atingir algumas metas profissionais primeiro. E curtir bastante a vida à dois, porque depois que ela se transforma em três ou mais, nunca mais a privacidade e a liberdade do casal volta a ser a mesma. Enfim, na minha cabeça alguns argumentos prontos a serem disparados por quem insistia em perguntar incessantemente, quando viriam os filhos. “Não sei...” era a resposta. Hoje, a resposta é “nunca”! Muito cuidado com os pedidos que fazem pessoas. Eles podem ser atendidos prontamente. E vocês, diante do definitivo podem se arrepender amargamente.
Meu marido vinha fazendo consultas e exames regulares com o urologista e endocrinologista para solucionar um problema aparentemente hormonal. Não se sabia ao certo quando tinha começado, mas agora começava a afetar não apenas o físico e o emocional dele, mas também a relação sexual nossa. Nada que eu julgasse muito preocupante. Mas, também nada que devesse ser ignorado. Dizem que quanto mais fuxica, mais coisa acha. É a mais pura verdade! Quanto mais à fundo íamos no problema, mais grave nos dávamos conta de que era. Mas, uma vez acordado o bichinho da curiosidade, impossível parar ou desistir no caminho. E, a novela de inúmeros médicos, exames, medicamentos ineficazes tinha que acabar. Queríamos por um fim nisso e a única maneira de acontecer era saber o que de fato acontecia. Otimistas, achamos que nada mais que um tratamento. Seria o necessário para que ele levasse uma vida normal, dali pra frente. Sim, o tratamento vai existir, mas não da maneira como imaginamos. Com relação ao físico e ao apetite sexual, sim há cura, mas, com relação a questão filhos: não. Silêncio na sala! Não houve uma pausa grande para que o médico continuasse: é melhor falar agora para vocês ficarem cientes das chances do que criar falsas expectativas e nutrir esperanças em vão. Um balde de água fria até em mim que não cogitava muito esse assunto nem tão cedo. Olho para o lado e vejo meu marido desmoronar em lágrimas. Eu, sempre tão argumentada, só me restou um afago na nuca e um beijinho na bochecha na tentativa de ser solidária e fazer aliviar uma dor que eu sabia, era imensa. O mundo caiu literalmente, na cabeça dele e eu, pela primeira vez na vida me senti totalmente impotente. Sabia que naquela hora, nada do que eu falasse ou fizesse bastaria. Não ajudaria e seria em vão. O médico, quase que um morto vivo de tão frio, continuou a tecer como seria o tratamento dali pra frente visto o diagnóstico já meio traçado, medicamentos, novos exames e quando achava que já tinha ouvido tudo, ainda vem mais uma novidade bomba. Resumidamente, foi isso q ele disse: em um novo exame, vamos torcer pelo diagnóstico dele para a ausência do hormônio masculino e a falta de esperma suficiente para gerar filhos seja porque ele (meu marido) tem um órgão falho, devido a uma má formação ou ser um problema genético. Isso vai ser a melhor notícia! – disse ele meio que animado. Nos meus pensamentos, eu perguntava onde estava a boa notícia disso tudo. Pois ele completou: “porque se não for esse o resultado, tudo indica que isso vai evoluir para um tumor futuramente, e será caso de operação”. Uma mutilação foi o subentendido na minha cabeça rapidamente. Já que ele falava em retirar uma parte do órgão. Rapidamente, inverti a situação e pensei em mulheres com câncer de mama e que têm que retirar parte ou o seio inteiro. Sim, era exatamente isso que ele estava falando. Só que dos órgãos genitais do meu marido. O que mais poderia dar errado dentro daquele consultório com relação à notícias? Fiquei até com medo de pensar... E de olhar para o lado, pois os olhos esverdeados do meu mozão estavam vermelhos e as lágrimas escorriam desesperadamente, sobre sua face. Eu queria o mais rápido possível, sair dali e dar um abraço apertado nele. Poder fazê-lo ter a sensação de que dentro do meu abraço ele estaria protegido e que o sofrimento ia amenizar, mesmo que fosse mentira...
Saímos ainda em silêncio do consultório, descemos as escadas sem trocar palavras e nem olhares. Na saída do hospital demos as mãos como de costume. Caminhamos pelo mesmo caminho feito na vinda com a chuva fina caindo sobre nós e só assim tivemos a certeza de que não era um sonho. Pouco molhados, muito desmotivados, demos mais alguns passos até parar debaixo de uma árvore. Somente ali, depois de repassar várias e várias vezes, as palavras do médico mentalmente, nos abraçamos instantaneamente. Ele chorou, eu chorei por ele! Eu chorei com ele e o senti desabar! Temi não consegui segurar seu corpo, segurar a onda, dar conta da situação. Ninguém precisava de mais fracassos naquele dia. Em casa, tentei conversar, tentar puxar dele o que de fato estava sentindo e o que ele pensava à respeito. Com uma tristeza imensa no olhar e na voz, ele conseguiu me dizer que os planos seriam mantidos. Teríamos filhos um dia, quando estivéssemos preparados, adotando ou usando um dos métodos tão utilizados hoje em dia como inseminação, fertilização. Fiquei olhando nos olhos dele e senti tamanha admiração por aquela pessoa e um orgulho tão grande porque numa hora tão difícil ele conseguiu ser sublime e generoso. Como pode? Devia estar com tanta raiva e incompreensão dentro dele. Mesmo assim, foi incapaz de ter uma atitude machista ou preconceituosa com essas novas possibilidades nunca pensadas antes. Eu o invejo! O mundo evoluiu e com ele a medicina que a cada ano descobre novos métodos, novas tecnologias surgem, muitos tratamentos são descobertos, mas por mais evoluídos que sejam os homens, inevitavelmente, quando sua virilidade é afetada, são pré-históricos. É como se fosse uma agressão à sua masculinidade. É uma perda, não só de um pedaço dele, mas parte de sua identidade. Pois, muito familiar e sentimental como ele é, tinha o sonho de ver seus traços e sua genética ser multiplicada e passada de geração para geração. Os filhos são o maior bem que os pais podem deixar no mundo, segundo ele. Seus valores, sua criação e sua crença, tudo foi voltado para isso. E ter que ver, da noite para o dia o sonho de ter uma criança com suas características, personalidade se perder no escuro é duro. E mais que isso, ainda nesse momento nebuloso, ele conseguia ter cabeça para se preocupar comigo. Como eu ficaria? Realmente eu manteria firma a idéia de não ter filhos ou escolher a segunda opção? Tinha medo de que em silêncio eu me ressentisse e me magoasse por essa falha dele. E ainda tinha as cobranças e a pressão que ele sabia não poder correr da família. Como contar? Como falar uma coisa dessas? Será que ele quer falar? Será que prefere o anonimato, a indiferença, o segredo? E como eu posso saber se, dentro dele não está se martirizando demais? Se não está se culpando, se maltratando sem motivos? Dúvida, oh, dúvida cruel! Respeitar até quando que esse é um momento só dele e não ser invasiva?
Tenho medo de que, contando apenas comigo, com meus conselhos, olhares e pensamentos femininos não seja o suficiente. Homem tem que partilhar da opinião de homem. Das palavras masculinas. Do famoso “tapinha nas costas”. Mas, e a vergonha? Homem não se expõe que nem nós? Não falam de suas fraquezas e fragilidades em rodinhas de amigos. Se mostram sempre fortes, sempre bem. Homem tem mais tabus do que a mulher. E tudo que mexa com a sua vida sexual é território proibido. Homens têm medos e fraquezas tanto quanto nós, mas receiam serem ridicularizados. Homens são umas crianças grandes, na verdade.
A tarde logo virou noite, em meias palavras trocamos mais algumas ideias. Chorou, chorou e chorou. Enfim, parou e dormiu. Velei seu sono e orei à Deus. Que não apenas nos abençoe com dias melhores, mas que não maltrate mais uma pessoa tão boa e pura. Tem gente que merece sofrer, outras não. Não passa de pura maldade, sem explicação. Antes, poderia ser uma escolha: ficar comigo e sem filhos (caso eu não quisesse mesmo), ou com outra mulher e com filhos. Hoje, não existe essa opção. E é muito triste quando nos vemos sem escolhas, sem opções na vida, quando todas as alternativas já se esgotaram. Além de impotentes, nos sentimos destinados a uma coisa só. Muito ruim, pois estamos acostumados com o livre arbítrio, coisa essa que à ele foi negado.
Fui ler para distrair e nesse livro, deparei-me com dois textos que me fizeram refletir devida à situação. Um fala de que não podemos ter uma decisão como eterna em nossas vidas e sair por aí dizendo frases com palavras do tipo ‘nunca’, ‘jamais’, ‘nem morta’. A gente está suscetível a mudar de idéia. O ‘nunca mais’ é muito pesado para ser eterno. Deveríamos poder ter escolhas de gostar e não gostar mais, não querer e passar a querer, fazer o não virar sim quando desse na telha. Moral da história: sacramentar uma decisão era arrependimento na certa. Texto dois, esse é mais profundo, é quase uma reflexão: levanta a questão sobre quem somos no mundo perante a recordação das pessoas. Não necessariamente pessoas consanguíneas, mas ligas por algum tipo de afeto. Depois que morremos, as lembranças do nosso jeito, das nossas ideias, e até de nossos guardados são vão existir se alguém se lembrar disso. Do contrário, cairemos no esquecimento eterno! “Existimos enquanto alguém se lembra de nós”, foi a frase usada para arrematar a história. Dessa forma, poderemos viver anos e anos sem estar de corpo presente no mundo. E embora qualquer pessoa possa fazer isso muito bem, passar nossas heranças adiante, quem melhor do que parentes? Filhos, netos, para ser mais precisa. Onde a convivência é maior e sabe-se muito mais... Enfim, achei coincidência demais e fechei o livro. Liguei a televisão e fiquei remoendo esses assuntos na cabeça. Seriam mesmo coincidências ou prévias adiantadas por um anjo bom do que eu e meu marido deveríamos colocar na pauta de discussão nos próximos dias? Brevemente ele acordou e me olhou, tentando adivinhar pelo meu ar pensativo o que se passava. Respondi que nada, que era assunto pra depois. Só que o depois dele chega rápido e então, coloquei uma frase que nem sei de onde tirei para ele pensar, assim que a cabeça e o coração estivessem abertos e sem mágoas. Perguntei a ele, se ele queria ser pai ou se ele queria ser pai de um filho só dele. Ele já ia me responder e eu bem sabia qual seria a resposta quando eu o interrompi e disse: “calma, pense. É nessa resposta que você vai encontrar o sentido da sua vida que você pensou ter perdido hoje mais cedo”. Dei um beijo carinhoso e me virei para dormir. Ele me abraçou como sempre e me disse: “Te amo muito mais hoje, e para sempre”. Mesmo que ele não tenha me dito com clareza, eu já tinha a minha resposta!
20 de outubro de 2011
19 de outubro de 2011
Sentiu minha falta?
"Pior do que se afastar de alguém, é ver que a pessoa simplesmente não se importou de você ter se distanciado."
17 de outubro de 2011
Chuva Fina
“Chuva fina, silenciosa, que chega devagar sem ser percebida. Num dia, aparentemente normal, muitas coisas feitas, muitas coisas ainda por fazer. Muita correria, conversas, barulho, gente falando, falando... e cada vez mais, as vozes ao longe me distanciam do mundo real e me remetem para dentro de mim, dos meus pensamentos, a esta altura já cheios de você. Como o chão, aos poucos ficando molhado pelos pingos d’água sinto invadir-me de você. De súbito, como se nada quisesse em troca, aparentemente despreocupado, alheio aos acontecimentos passados, riso desproposital. Não dá pra ocultar! Algo preso quer sair do meu olhar, já marejados e saudosos. Dia após dia ganha espaço na minha vida, novamente. É vasta a sua presença nas noite que deveriam ser solitárias e de lembranças. Já tenho me recordado menos de você, certa de que um dia, acordaria e você não faria mais parte de mim. A mágoa deu lugar a saudade e a tristeza a certeza de que um dia, alguma coisa aconteceu. Por mais que o significado desta coisa me consumisse e me obrigasse a um martírio diário, hoje, ela já não fazia mais diferença, quando a sua indiferença mudou.
Esperei ansiosamente para a virada da vida e a volta de sua pessoa, mais tranquila, cabeça no lugar, realista e admitindo falhas. Ciente das palavras, tendo noção dos atos. Planejei tanto o que faria quando este dia chegasse. O dia chegou, sem avisar, como chuva de verão. Devastou minhas expectativas e lavou minha emoção. Ouvi o que queria de você, o efeito: um trovão! Olhei nos seus olhos, vazios e cheios, procurando por algo, encontrando a mim... mas não tem! Sinto suas mãos ansiosas percorrerem meu corpo, aperta mais um pouco, pesa e vai acariciando, já não tem porque ficar. Sua boca insistente em me beijar, querendo achar o lugar para pousar, lugar que um dia era só chegar.
Não consigo esconder, certo e errado, eu quero você. Não dá pra disfarçar. Eu tento aparentar frieza, mas não dá. Já não tem como fugir do que levamos por dentro!
Imaginei que você seria relevante, ou, tudo que viesse da sua pessoa agora. Pelo menos gostaria que assim fosse. Mas, me dei conta de que você não é apenas mais um no meio da multidão. Quem dera me enganar, mas não! E quando descobri isto, a verdade acabou comigo!
A fala era igual, mas ansiosa para as frases do acaso terminar e as verdadeiras surgirem. O carinho emanava no ar e deixava invejado quem próximo estivesse. Tudo era o mesmo, as risadas, as brincadeiras, as ideias, o bate-boca, a razão... menos nós mesmos. Estes sim, eram as únicas “coisas” diferentes no ambiente aparentemente, sempre igual! Não consegui organizar minhas ideias. Não deu pra me achar no meu próprio caminho. Eu pensei que eu fosse forte, mas não sou! E a certeza de que, por tantos mares, meu lugar é aqui! Certeza que eu já tinha desistido de ter, deixado pra lá. Não me encontrei nos lugares por onde eu ando, mas me achei, perfeitamente aqui! É difícil aceitar, mas só me encaixo nos seus braços, nos teus abraços. Só no seu peito consegui o lugar perfeito para o meu aconchego, para a minha paz. Ninguém me pega como você e, a certeza destes fatos me faz perceber o quanto de mim ainda está em você. Me pega no colo, me prende, não solta, faça-nos um do outro.
A chuva aumenta, aumenta a sensação de “não dever”. A chuva não pára e nós também não paramos para pensar “se era bem assim”... A chuva é incessante, e não cessa o que vem de dentro, cala, fala, mostra, se mostra, vem pra ser! Deixa o tempo lhe mostrar, nossa história, mesmo assim... Será que é melhor pensar assim: guarde o melhor de mim, pois no meu peito eu vou te guardar, vai ser melhor assim, vai ser melhor pra mim... um dia a gente vai se perdoar!
Não!!!!!!!
Posso mentir pra você, mas não posso para mim.
Eu não quero mais correr, não quero mais evitar, não quero mais lutar sozinha, por mim ou comigo! Choro, pois a chuva de agora vai molhar a minha história e a cinza indiferença vai ter fim. Eu não quero te perder, eu não quero te prender, eu não quero te ter... eu só quero VOCÊ, de forma singular, simplicidade, exatidão, cumplicidade, lealdade, sinceridade, carinho, amizade, amor!
Me chama pela tarde, a vida é tão suave... eu vou! Não sei se vou! Vem você, anda, corre, se apressa. A vida chama, a gente chama, você me chama, quem será que ama? Será que ama? O que é o amor? O amor foi? O amor é? Ou nunca chegará a ser?!!!!”
Fernanda Miceli
14 de outubro de 2011
"... em busca do meu lugar"
Nesse feriado, resolvi dar uma arrumada nos meus guardados. Nossa, vi quanta coisa eu tenho. São pequenas mini lembranças, sem nenhum valor financeiro a não ser sentimental. São lembranças de momentos, de pessoas, até alguns presentes como cartas, cartões, fotos. Como num vendaval, muitas histórias e recordações invadiram minha mente, passando como num filme lento, me deixando emocionada e feliz. Em meio a tudo isso, achei guardados alguns textos meus. Não me lembro bem porque os guardei, mas o fato é que lá estavam eles. E, relendo, meu coração bateu mais forte por um que foi escrito no dia 06/11/2006. Ele não tem título, não consegui achar um que se adequasse ao texto. Lembro de tê-lo escrito de madrugada, acordei com ele na cabeça e nem quis saber da hora. pulei da cama com papel e caneta na mão e comecei a escrever. Só no dia seguinte fui ler e fiquei, eu mesma, impressionada com o conteúdo. Seria eu sensitiva? Teria eu tido alguma espécie de premonição? ou, tudo não passou da minha imaginação? Quem sabe, um sonho? Não sei... Só sei que até hoje me arrepio ao ler esse texto. Abaixo, disponho ele à vocês:
"Entro em meu quarto, apago a luz, deito na cama e ligo o rádio. Fecho meus olhos, respiro mais fundo, emito um suspiro, tento espairecer. Ouço uma música relaxante, sinto o cheiro de um perfume que quase me desconcentra. escuto que a chuva continua a cair, e de repente, percebo que não estou mais sozinha aqui. Porém, não sei quem se faz comigo presente. Aquela música começa a tocar, o perfume novamente me invade. Mas, nesse momento, eu preciso ficar sozinha comigo mesma. Com os meus olhos fechados, tento pensar: num lugar, em que nele eu me encontre. Num meu desejo, viajo para um lugar lindo. Que exala liberdade. Onde não parece haver limites, e que o infinito é contínuo. Estou numa praia, andando descalça. A areia está morna, gostosa de sentir. o mar está calmo, tranquilo, sem ondas, parece dormir.
A água está fria, mas eu nem me importo. Sento na areia molhada e olho para o horizonte. A linha dele é quase imperceptível. O céu parece encontrar a terra, e o sol quase beijar o mar. A espuma do mar vem me molhar. Ela está fria e me desperta. Do meu súbito voo me traz de volta. Para as minhas perguntas, continuo sem respostas e para não me afligir, começo a correr. Corro do meu passado, da minha história, de você. Mas, como posso me livrar de ti se estás dentro de mim? Paro, impulsionada or uma visão sua, mas olho melhor e vejo que estou sozinha, nesse lugar isolado. Estou perdida no meio de um deserto. Escrevo seu nome na areia, me arrependo e apago com os pés. Com raiva, grito por você, mas ninguém responde. o vento sopra mais forte agora. Começa a esfriar, mas não me impede de continuar andando. de persistir e em algum lugar me encontrar. Horas já devem ter passado. A chuva já deve ter cessado. Mas, no meu pensamento, eu continua a querer me achar dentro do meu sentimento. Já estou ficando desesperada, Ando, ando, ando e não encontro nada nem ninguém. A solidão já me assusta, e eu não quero mais te arrancar de mim. Porque, ao menos aqui, você é minha única companhia. Continuo a sentir que há alguém. No meu quarto, deitada na cama, ao meu lado, sei que há alguém. Se não me engano me observa, me acalma, tenta me chamar de volta para o meu mundo, para a minha vida, para você. E eu até quero voltar, porque agora nesse lugar que eu estou, sinto medo. É frio, vazio. O silêncio reina, a saudade aumenta. Não, não quero mais isso! Mesmo sofrendo, eu quero sentir o calor num momento de raiva. Sentir o gosto do sal numa lágrima que cai dos meus olhos, escorre lentamente pela face e na minha boca morre. Mesmo na tua ausência, quero me satisfazer com a tua presença dentro de mim. Acho que a música já acabou... Eu não a escuto mais. Agora ouço que a chuva voltou a cair e mais forte do que antes. A certeza de alguém ao meu lado aumenta. Sinto paz nesse momento. Já estou deitada num campo gramado. Há muitas flores, suas cores me trazem alegria. Eu contemplo as estrelas. No brilho delas eu vejo seu olhar. Para você eu canto, mas será que pode me escutar? Desse lugar, sentada numa pedra do alto de uma montanha, eu consigo ver a praia. Agora deserta. Linda, porém vazia! Olho para a lua mais uma vez e me pergunto: por que eu pouco a vejo? Será que eu é que não a vejo direito? E na tentativa de achar a solução para os meus problemas eu acabo vendo outra coisa. na praia, na montanha é tudo perfeito, do jeito que eu queria, mas não é o meu lugar. Precisou eu me ausentar do meu lugar de sempre, que me cansa, me sufoca, me consome para descobrir que é ele o meu lugar. E que por mais longe que eu fosse, você também não iria embora. Porque você está dentro de mim. E eu estou conseguindo viver em harmonia com você. Não adianta fugir de mim para tentar te esquecer. E, entendendo isso, me encontrando enfim em mim mesma, retorno ao meu quarto, onde suas lembranças estão por toda parte. choro aliviada agarrada ao travesseiro, com as lágrimas deixo ir embora todo o peso, por um monte de momentos. E no meu choro, vários sentimentos se misturam.
É, realmente a música já acabou. O perfume não exala mais. Levanto em silêncio e vou até a janela. No escuro, no silêncio, cada vez mais eu me acho, e me perco novamente. Mas, isso nem me importa mais! Vale a pena arriscar a se conhecer ou se desconhecer um pouco. Continua a chover. A chuva não para! Por que será? reconheço tudo à minha volta. O alguém ainda continua aqui, mas já está indo embora. Sei que voltará quando eu precisar, toda vez que eu chamar, mesmo que em pensamento. Reflito por um minuto e percebo que a viagem foi ótima. Mas, o que eu aprendi lá se os lugares eram vazios, não só de você mas de mim? principalmente, de mim! Obrigada. A quem quer que tenha sido que me apoiou nessa jornada. Já são altas horas da madrugada. Nos meus olhos parece ter areia. A brisa parece me acariciar. E a música, aquela minha canção de ninar, toca na minha mente. Me deito para dormir e agora é de vez. Fecho os olhos. Sinto um calor me envolvendo. Sinto o meu leito aconchegante. Sobre as minhas costas sinto um peso suave. Abro os olhos, procuro na escuridão, acho-o em mim. 'ah, é você!' penso. E volto a dormir. 'obrigada, mais uma vez!' eu sussurro. 'boa noite!' ele me responde. 'durma bem e sonhe...'. 'Até amanhã', novamente ele fala. Logo em seguida, adormeço!
É, realmente a música já acabou. O perfume não exala mais. Levanto em silêncio e vou até a janela. No escuro, no silêncio, cada vez mais eu me acho, e me perco novamente. Mas, isso nem me importa mais! Vale a pena arriscar a se conhecer ou se desconhecer um pouco. Continua a chover. A chuva não para! Por que será? reconheço tudo à minha volta. O alguém ainda continua aqui, mas já está indo embora. Sei que voltará quando eu precisar, toda vez que eu chamar, mesmo que em pensamento. Reflito por um minuto e percebo que a viagem foi ótima. Mas, o que eu aprendi lá se os lugares eram vazios, não só de você mas de mim? principalmente, de mim! Obrigada. A quem quer que tenha sido que me apoiou nessa jornada. Já são altas horas da madrugada. Nos meus olhos parece ter areia. A brisa parece me acariciar. E a música, aquela minha canção de ninar, toca na minha mente. Me deito para dormir e agora é de vez. Fecho os olhos. Sinto um calor me envolvendo. Sinto o meu leito aconchegante. Sobre as minhas costas sinto um peso suave. Abro os olhos, procuro na escuridão, acho-o em mim. 'ah, é você!' penso. E volto a dormir. 'obrigada, mais uma vez!' eu sussurro. 'boa noite!' ele me responde. 'durma bem e sonhe...'. 'Até amanhã', novamente ele fala. Logo em seguida, adormeço!
11 de outubro de 2011
Estando longe...
Sei o quanto posso estar longe de você,
Sei até que não vivo por estar assim!
Sei que me resta agora, olhar para o céu e ver: de dia o sol e de noite a lua que aplaude meu vazio.
O que pode mais afetar meu eu?
Enfim, posso ler entre as estrelas e escutar qualquer canção angelical.
Sei que amargo minha ida e sonho com o longe,
Sei que amo estar perto e brinco com desejos.
O que pode ser demais e contraditório,
Pode ser uma boa explicação!
Eu sei que posso estar sim, sem você,
Mas o tempo nunca irá mentir e me deixar palpitar minhas lágrimas que escorrem em decorrer dos dias...
Me assombra ver as feridas que eu mesma fiz,
E me apavora que minha cura esteja com você, junto aos nossos segredos.
Eu sei que disse que era forte e outras besteiras
Que agora me recordo e me arrependo.
Eu sei também que meus erros não passaram de erros,
Mas, agora surtem efeito de aprendizado.
E a dor?
Bem, a dor é constante e aceitável!
o que mais sei agora é que estou falando com paredes e comigo mesma,
Pois, o mundo deu um tempo de mim
E minhas pegadas já não podem pisar em qualquer lugar.
Sei que você é meu guia e meus passos, mesmo que eu não concordasse,
Eram dados para um só lugar e direção: VOCÊ!
Agora vivo de segunda à sexta,
Ou de sexta à segunda, não importa muito.
Só dá pra frisar que quando paro para pensar em semanas,
Que eram semanas e faziam alguma diferença
Me deparo de imediato nessas agora em que vivo,
E que me aprisionam em pensamentos e comparações simbólicas.
Sei que estou enlouquecendo gradativamente
E meu espírito quer se mudar de mim.
Sei que pareço estranha, sem brilho e até sem contraste.
Sei que estou perdida num mundo no qual eu criei
No qual escrevo em todos os cantos: QUE FALTA VOCÊ FAZ!
Sei também que não sei de mim como antes,
E o anormal passou a ser normal e fatídico ao ponto de gritar e não ser ouvido.
Mas, sobre você
Sei que é saudade muito sentida
Dor e consolo de uma ferida.
Sei que é pássaro em gaiola,
Que canta ao amanhecer por não ter outra saída.
Sei que o saber não é mais o mesmo
E o medo sabe que sei dele como ninguém.
Sei que o céu não me visita mais
E o mais perto que chego dele é cuidando de estrelas caídas.
Sei que leio histórias já antes lidas,
Sim, leio as melhores, relidas...
Sei que passos são erros
Em subidas e descidas
Em desculpas mal ditas...
Eu sei que você está em algum lugar lá fora,
Longe de mim e perto do infinito.
Imagino-o de volta.
Pois assim o quero para tudo isso ficar de lado
E a história voltar a ser construída.
10 de outubro de 2011
O paraíso é aqui!
No dia de hoje, com esse calor escaldante, uma secura, sem vento, só um bafo enorme me rodeando, só tenho uma coisa a dizer: Visão do Paraíso!!!
Feliz daquele que tem a honra de ficar um dia, por alguns minutos assim...
Que invejaaaaaa!!!! rs
Aproveita enquanto pode, sem estudos, trabalhos ou qq outra coisa que te obrigue a ficar na rua, morrendo de calor, junto à massa de milhões de pessoas, suando, pingando, morrendo.
Eita vidão!!!!
8 de outubro de 2011
Sai da frente que hoje eu tô raivosa!
Ultimamente, tem sido foda! Parece que ando com uma mega nuvem igual a essa aí da foto 24h por dia pairando sobre a minha cabeça. Meu humor anda mais negro que céu à noite. Ando à flor da pele, irritando-me com o mínimo ao meu redor. Todos dizem que é uma fase. E se é de fato, ô infelicidade a minha. A bendita não me larga nem a caralho! Xôooooooo, Sai fora... Larga do meu pé, chulé!
E o pior é que não é só os dias que andam ruins, meu humor também anda péssimo. Oscila que é uma beleza. Ao acordar até a hora de deitar, tudo quanto é expressão idiomática para exemplificar esse sentimento eu tenho vontade de fazer: chutar cachorro, arrancar os cabelos, gritar insanamente, xingar Deus e o mundo, tô mordendo até vento e o que minha mãe mais me diz é: pelo tamanho da tromba já imagino a força da patada!
Tô insatisfeita comigo mesma. Na verdade, tô de saco cheio de fracassar! E não aguento mais as mesmas frases clichês que todos dizem tentando amenizar o problema e que na verdade, só piora: "Calma, tudo vai se ajeitar, vc vai ver!"; "Pensa positivo!"; "Tenha fé!", "Seja persistente!"; "Não desiste, a vida tá difícil pra todo mundo!". Desculpa decepcionar a todos, mas fiz um coquetel com todos esses pensamentos e conselhos e não têm adiantado muita coisa. Nada muda, nada acontece, a não ser eu tentar exercitar a minha paciência. Que, comprovadamente, diminui a cada ano, consideravelmente!
Não vou ser radical e menosprezar as boas intenções de familiares e amigos para me animar. Mas, o fato é que tenho constatado que ações levam um ser a algum lugar, pensamento positivo, no máximo eleva sua alta estima e ajuda a cultivar a esperança. Sim, muitos dizem, pensar positivo já é um começo! Só que tudo que começa nunca termina, nem sequer chega no meio.
Fico agustiada, chateada, magoada e cansada de mim mesma. Tô exausta de nadar, nadar, nadar e sempre morrer na praia. Versos poéticos são lindos quando dizem que o que importa na vida não são os resultados e sim a caminhada. Pode até ser, em alguns casos. Mas, tentar ver as coisas pelo lado bom não paga as contas. Achar que fiz a minha parte não me ajuda profissionalmente e nem sacia minhas necessidades. Sim, eu fiz a minha parte, mas e daí? Quem liga? De que serve? Ninguém se arvora a me dar uma única chance de demonstrar meus conhecimentos. E sinceramente, cada vez mais desestimulada, me pergunto de que me adiantou tanto estudo, aprimoramento, capacitação, curso disso e daquilo e o escambau a quatro se continuo à deriva, sem perspectivas profissionais, sem promessas de portas se abrirem, sem continuar não realizando meus objetivos?
Não, nô tem nem um pouco a fim de ficar repetindo isso no espelho, tentando me convencer de que tudo valeu a pena e um dia o reconhecimento e as tão almejadas oportunidades virão. Tô a fim de mandar todo mundo é tomar naquele lugar. Sei que em nada vai melhorar minha situação, mas de repente eu despejar cobras e lagartos boca à fora ajuda a diminuir a tensão. Me enchi de tentar rumar junto com as novas tendências do mercado, nessa baboseira de capacitação, procurar novas oportunidades blá blá blá blá.... Perdi tempo e dinheiro investindo em estudo e aprimoramento pra dar com os burros n'água como dizia minha avó. Principalmente o fator tempo, é o que mais me incomoda! Pô, pera lá! 28 anos na cara. Três profissões nas costas, nenhum emprego no momento e planos que nunca se concretizam, nunca acontecem. O tempo tá correndo e eu quero arrumar minha vida. Quero ser independente financeiramente, através do meu emprego. Me sentir útil, reconhecida, valorizada. Aí, tento não esmorecer diante das dificuldades, sacudir a poeira, bola pra cima e ir em rumo de outra coisa. E, tempos à frente, a mesma sequência decepcionante e frustrante se repete. Sou professora, jornalista e técnica de segurança do trabalho. E as únicas coisas que tenho em comum dentre essas três profissões são: a tentativa de rumar para outro campo por falta de trabalho, estudar coisas que eu gosto e que queria, e continuar com o status "desempregada" após cursos, faculdades, diplomas, certificados, experiência de estágios, de empregos e mais algumas coisinhas que só me serviram até agora para incrementar meu currículo. O que o raio do mercado de trabalho quer afinal? Estudo? Eu tenho! Capacitação? Eu tenho! Experiência? Eu tenho! Um pouco em cada área. O que mais ele quer de mim, agora?
P..., C..., M..., PQP 30 vezes! Tô Fú e mal paga!
Bom, de acordo com tudo relatado acima, estou num ciclo vicioso de raiva com um acréscimo de desânimo. Exclusivamente hoje, ontem, anteontem e o resto da semana RAIVA! Não se preocupem leitores, sou vacinada. Que tem início, meio e ainda não achei o fim. O problema é comigo? Não sei, mas tô começando a achar que sim. Muita coisa dando errada para uma só pessoa. Ou não sou competente e sim um fracasso ambulante ou, vendo pelo lado positivo, como as pessoas tentam me convencer, sou muito azarada. O que diante de tudo, já acho até que é o de menos e tô no lucro. Um banho de ervas e sal grosso resolveria, se fosse só isso mesmo. Nem reza nem vela, nem promessas pra Santos ou consultas com Orixás para abrir caminhos. De acordo com meu signo, não está descrito nenhum período de inferno astral. Meu mês de nascimento não é de mau agouro. Então, alguém me explica o que está havendo? Eu não sei mais o que pensar. Só consigo sentir. raiva de mim, da situação, da estagnação que me encontro, e da minha vida que parece uma areia movediça, quanto mais eu ando, mais me afundo. Tô até com medo que isso seja contagioso! Nem tô querendo sair de casa com risco de passar isso aos demais e aí, mais uma culpa na minha conta já atolada e sem previsão de pagamento para saudar a dívida. Aiiiiiiiiiii dia, termina logo! Não, termina o mês. Não, o ano logo de uma vez! Ah, sei lá... tanto faz! Já nem sei! Que algo aconteça, pelo menos para eu saber que existe alguém em algum lugar, nem que seja lá de cima lembrando que eu existo. Poxa, ao menos uma chancezinha eu gostaria de ter, pois só derrota ninguém merece! O engraçado da história é que nos demais campos: família, amor, amizades, saúde, não tenho do que reclamar. Estranho isso não? Parece que só uma parte de mim está empacada. Ou não soube fazer bem as minhas escolhas, ou sou um desastre ambulante de incompetência. Acho que nem de faxineira eu arrumo serviço. Garota de programa não mais, porque meu corpo também resolveu não contribuir. E ainda assim, a vaga deles deve pedir no mínimo 3 anos de carteira comprovadas na função...
Desisto então... FODA-SE O MUNDO!!!
7 de outubro de 2011
Uma necessidade: dançar!
"Vou dançar até os sapatos pedirem para parar.
Daí eu paro, tiros os sapatos, e danço até a vida acabar!"
(Autor desconhecido)
"... de tudo, ficaram 3 coisas: a certeza de que ela estava sempre começando; a certeza de que era preciso continuar; e a certeza de que seria interrompida antes de terminar" - Fernando Sabino
Não seria tão perfeito se tivesse sido escrito para mim! Essa é a minha relação com a dança. Uma necessidade de exteriorizar meus sentimentos e não uma vontade de brilhar nos palcos. Minha luz vem da satisfação de nos pés calçar uma sapatilha velha e um tap arranhado. Minha alma saciada emana felicidade! Há muito tempo, descobri que na minha paixão com a dança não cabe mais ninguém. Danço por mim, danço pra mim, danço para ser feliz. Em interrupções 1000, entre frustrações e decepções da não continuidade, de recomeçar, percebi o real sentido da dança em minha vida: completude! Tal qual duas metades quando se encontram e que dispensam explicações. Tudo que me falta, nela eu posso encontrar. Com ela eu posso ser quem eu quiser ser, sem a necessidade de, de fato ser! Posso ser risonha, triste ou sonhadora. Girar, Saltar e Alongar. Nesse vai e vem constante, entre ritmos e passos que ganham vida, consegui traduzir a minha vida entre pliés, chassés, tandieus e jetés. Entre barras, diagonais, centro e improvisos esquecia de tudo e todos que se encontravam fora da sala de dança. Agora era meu momento, meu mundo, minha necessidade! E nada, nem ninguém vai me interromper. Depois, sempre tudo fica para depois. As horas voam. Poderia dançar a manhã toda, a noite toda, o dia inteiro e ainda assim, seria pouco. Quero mais, muito mais, sempre mais... Só que assim como a vida, a dança sempre no ato seguinte continua. Sigo esperando ansiosa a hora das cortinas se abrirem e a música tocar de novo!
E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos
por aqueles que não podiam escutar a música.
6 de outubro de 2011
Um xodó: cachorros
"Não é toda pessoa que sabe amar um animal, mas é todo animal que sabe amar uma pessoa.
Só quem tem um coração puro, sabe amar..."
(Giseli Silva)
Quantas vezes chegamos em casa aborrecidos por mais um dia cansativo de trabalho ou da escola... Não queremos conversar prefirimos ficar sozinhos. Culpando e amaldiçoando a vida... Por tudo que nós acontece e achando que ninguém, gosta de nós. Então, vem correndo e saltitando de alegria o seu cãozinho. Aquele que muitos não dão o seu devido valor, aquele animalzinho que te defende de um ataque de outros animais ou do próprio ser humano. Com a linguinha para fora esperando, esperando, esperando até que vc abaixe os seus olhos e estenda a suas mãos para ele... que só quer de vc um pouco de atenção e de carinho para ser feliz.
"E quando acaricio a cabeça do meu cão, sei que ele não exige que eu faça sentido ou me explique".
(Clarice Lispector)
"Cães têm uma forma de encontrar as pessoas que deles necessitam,
preenchendo um vazio que nem sequer elas sabem que tem."
Por isso, pense duas vezes antes de ter um animal em casa. Se não for capaz de cuidar dele e acima de tudo, amá-lo é melhor que não o faça, deixe que outros façam isso por você.
Podem me chamar de desalmada ou de qualquer coisa,
Mas, sempre tive mais pena de cachorros sem casa e sem comida, do que de gente.
Porque pessoas podem mudar sua vida, os cachorros não tem escolha.
Porque algumas pessoas, dias, meses ou anos depois, por motivos bobos ou por alguma cisma, acham que ter um animal em casa é um grande erro. E como todo problema, tem que ter uma solução. A mais rápida é abandonar nas ruas um animal acostumado a ter água, comida, um lugar quente pra dormir e protegido dos perigos. Não sei como seres que agem assim conseguem ter a consciência tranquila e deitar a cabeça à noite no travesseiro e dormir. É crueldade. É desumano! E eles ficam vagando, a espreita de um afago, de um alimento, de um olhar de carinho para seguir, pois ficaram sem rumo, perdidos sem saber o que fazer. Muitos acabam morrendo. Poucos têm sorte de serem adotados por pessoas com bom coração. São sortudos, ganharam uma segunda chance na vida. Infelizmente, o fim da maioria não é feliz e nem bonito. Por isso, deixo aqui um sábio texto, que não sei quem o escreveu. É comovente, triste, porém verdadeiro. Toda vez que o leio choro, abraço meus cachorros e agradeço a Deus por ter eles comigo, sempre! E peço também que Deus dê mais nobreza de espírito, sensibilidade e amor no coração das pessoas. Para que elas entendam que animal pode não ser gente, mas tem sentimento e merece respeito. Respeitar a vida, é fundamental!
"Sabe Senhor. Ainda não entendi, viemos à praça, pensei ser um passeio, estranhei, ele não tinha esse hábito, mas vim, feliz. Aqui chegando, deu as costas, entrou no carro, e nem disse adeus.
Olhei para os lados, nem sabia o que fazer ainda tentei segui-lo e quase fui atropelado. O que eu teria feito de tão mau?
À noite, quando ele chegava, eu abanava o rabo, feliz, mesmo que ele nunca viesse me ver no quintal. Às vezes eu latia, mas havia estranhos no portão, e não poderia deixá-los entrar sem avisar meu dono.
Quem sabe foi a mando de minha dona, por eu estar lhe dando trabalho. Não foram as crianças: elas me adoravam, e creio que nem sabem o que aconteceu, devem ter-lhes dito que eu fugi.
Como sinto saudades! Puxavam-me a cauda, às vezes eu ficava uma fera, mas logo éramos amigos novamente.
Estou faminto, só bebo água suja, meus pelos caíram quase todos. Nossa, como estou magro!
Sabe, Pai, aqui neste canto que arrumei para passar a noite, faz muito frio, o chão está molhado. Creio que hoje vou me encontrar aí contigo, no céu. Meu sofrimento vai terminar, e mesmo em espírito, vou ter permissão para ver as crianças.
Peço-vos, então, não mais por mim, mas pelos meus irmãozinhos. Mande-lhes pessoas que deles tenham compaixão. Como eu, sozinhos não viverão mas que alguns meses na terra do homem.
Amenize-lhes o frio, igual ao que agora eu sinto, com o calor de atos de pessoas abençoadas. Diminua-lhes a fome, tal qual a que sinto, com o alimento do amor que me foi negado.
Mate-lhes a sede com a água pura de seus ensinamentos, transmitidos ao homem, elimine a dor das doenças, extirpando a ignorância da terra.
Tire o sofrimento dos que estão sendo sacrificados em rituais, em laboratórios e tudo mais, tirando dos humanos o gosto pelo sangue.
Ampare as cachorrinhas prenhas que verão suas crias morrerem de fome, frio e pestes, sem nada poderem fazer.
Abrande a tristeza dos que, como eu, abandonados - Entre todos os males, o que mais doeu foi esse.
Receba, Pai, nesta noite gélida a minha alma, pois não será mais meu sofrimento, mas dos que ficarem, e por eles vos peço.
Amém..."
5 de outubro de 2011
Um sonho antigo: Paris!
Não sei porquê, tenho essa fixação desde adolescente.
Me embriagar na cidade do amor:
C'est l' amour!!!
Apreciar a beleza das cores pintadas por Monet
Em seus Parques e Jardins.
Andar de bicicleta
Deitar na grama
Sentir o doce aroma da paixão.
Compras, é claro, fazem parte do pacote,
Assim como um suave e delicioso vinho.
Sua cozinha requintada somada a uma excelente cia.
E, na cidade onde tudo acontece,
Debaixo das estrelas brilhantes ou da chuva límpida e estimulante
Trocas beijos e juras de amor.
Viver uma história arrebatadora
Mesmo que não dure mais que 5 dias de viagem.
Ruas pitorescas,
Histórias convidativas,
"Que seja eterno enquanto dure.." dizem os poetas.
E na bagagem de volta, livros, fotos e cds
A sensação de liberdade e felicidade,
"Ah, Paris... pra sempre Paris!"
4 de outubro de 2011
Um desejo: Compras!
E não só meras compras!
Um cartão de crédito com limite inesgotável,
Um shopping aberto 72h só pra mim,
Ter as melhores amigas como cia,
E meu marido pra carregar as sacolas sem reclamar.
É muito??? rs
Fazer o quê!
PS: e vc, qual é seu maior desejo?
3 de outubro de 2011
As coisas simples da vida...
Ouvindo uma amiga falar de sua mini viagem de lua de mel, me deu saudade das coisas simples da vida. Essas coisas que não necessitam de mais do que disposição para realizá-las. Não custam nada e fazem bem para a saúde. Rejuvenescem a alma e preenchem o coração! Mas, que com as atribulações do dia-a-dia acabam ficando esquecidas ou são empurradas junto com uma séria de coisas na lista do "depois". Só que o depois de ontem é hoje e depois de hoje é amanhã, e como um macaco que pula de galho em galho, vamos empurrando para o fim da lista de prioridades nosso bem estar.
Ver um pôr-do-sol, andar descansa na areia, dar um mergulho no mar num fim de tarde, passear de mãos dadas com o vento batendo no rosto, beber água de côco, deitar de barriga pra cima e ver a noite chegar, sonhar acordada olhando as estrelas, meditar olhando para o mar, escutar o som das ondas quebrando na praia, ficar feliz com o silêncio, encher a alma de esperança para começar um novo dia, uma nova vida... um novo amor.
Pensamos tanto em como ter um fim de semana, férias ou um dia perfeito. Pensamos em coisas caras e não práticas. E diante de nossos olhos, ao alcance de nossas mãos estão várias oportunidades que deixamos escapar. Vários "mini-momentos" para ser feliz. Mudar a rota do trabalho para a casa e dar uma caminhada na orla. Empurrar fazer a janta e arrumar a casa para mais tarde e sentar por meia hora numa praça ou parque. Colocar fones nos ouvidos e se deixar perder a hora olhando as vitrines das lojas. Brincar com seu animal de estimação, ler um livro, beber um suco, uma cerveja ou um bom vinho. Conversar com amigos, dançar com sua música preferida, gastar mais tempos com nós mesmos. É essencial! Aproveitar a vida que foi feita para nós! Isso sim, literalmente, é ver a vida passar e não aproveitar.
Ah, como me deu saudade, especialmente nesse dia chuvoso, frio e cinzento de um pôr-do-sol brilhante, quente e acolhedor... Qtas saudades!!!
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