24 de setembro de 2014

O que pode e o que não pode depois que "acabou" o amor...






Vivo lendo por aí o que uma mulher deve fazer depois do fim de um relacionamento. Bom, quanto ao relacionamento em si, nada mais. Tudo que podia ter sido feito, pode crer, foi feito! É que a gente não enxerga bem assim... Mas, e agora, como agir "alone" e ainda tendo que lidar com decepções, frustrações, dor e afins? Como se não bastasse ser difícil conviver com a situação, ainda temos que nos preocupar com o julgamento alheio sobre o nosso comportamento.

Não pode postar foto na balada porque quer mostrar ao ex que está feliz, mas também não pode postar Tati Bernardi e Caio Fernando Abreu no facebook, porque todo mundo vai saber que você está arrastando corrente. Não pode namorar outro logo em seguida, porque ficar trocando de namorado como quem troca de calcinha (peguem na ambiguidade) não é coisa de moça decente. Mas ficar sozinha muito tempo também não, afinal mulher feliz é mulher AMADA (leia-se bem comida, segundo algumas moças sempre BEM resolvidas e sempre felizes que tem por aí...).

A verdade é que sofrimento não respeita regra e cada um reage de uma forma quando, no meio de um dia feliz, alguém resolve olhar na sua cara e dizer: acabou. Sem uma bebidinha pra amenizar, sem meias palavras, joga assim, na lata! Geralmente fim e mágoa andam juntos e algumas pessoas não se contentam em terminar, elas terminam traindo, difamando, mentindo, jogando no lixo tudo de bonito que foi vivido ao lado do outro. E aí, gata, não há regra de bom comportamento pós pé na bunda que te impeça de dar indireta no fulano, de detestar a atual dele, (que virou o amor da vida do moço em três tempos, ou será que já era? Ou será que...) ou de rogar um milhão de pragas para o mesmo. Aí a gente chora sim. A gente passa o dia reclamando com as amigas (50x a mesma coisa, no mínimo) e primeiro se culpa, depois culpa ele, depois culpa a ex dele, os amigos, o passado, o futuro, o trabalho, a faculdade, o inferno astral.

A verdade é que não era pra ser, mas só depois de muito lamentar, passar a noite dançando pra esquecer, beber umas a mais, ler 10 livros em uma semana, se desmanchar em lágrimas vendo pela milésima vez aquele filme água com açúcar, é que a gente percebe que ele não era "o nosso cara" e que a relação até que durou demais. Aí a você enxerga e entende que de repente projetou no outro uma visão que só você tinha dele. De repente, amou-se mais a expectativa que criou sobre ele e a relação e não ele em si. E mesmo sabendo disso tudo, dói! Mas enquanto dói a gente chora, e dane-se se o mundo perceber que estamos sofrendo. (Quem está sentindo a dor é você e é você que decide como expulsá-la aí de dentro e quando.) A gente quer é colocar pra fora toda essa angústia de ver uma história chegando ao fim enquanto temos que esconder o amor que ainda existe em algum lugar do peito (que anda apertado de tristeza, saudade, ressentimento, lembranças e muitas perguntas sem respostas, muitas razões procurando uma lógica.)

Então, na boa, chora mesmo! Desabafa mesmo! Se enche de chocolate, ouve música deprê, mas não esquece que passa. Pode demorar, mas passa! E é importante viver esse luto até o fim, para não ter recaída de uma paixão/sofrimento mal curado posteriormente. E quando passar você vai ser outra: mais forte, mais amada (por si mesma) e muito mais resistente a quedas. E se um dia cruzar na rua com o culpado por tanta coisa que ficou lá atrás, nem vai parecer que um dia você quis morrer e também nem vai se lembrar daqueles momentos que fazia você sonhar acordada. Você simplesmente vai passar e nada sentirá. Ele será uma página virada em sua vida e você estará pronta para escrever novos e emocionantes capítulos da sua história.

E quanto ao resto, ao achismo alheio, aquelas pessoas que acham que te conhecem, te julgam ou te condenam por uma atitude isolada, apenas das três uma: ou manda se fufu, ou dois, reza pela alma desta pessoa incompreensiva e impiedosa, não condescendente com o momento e fraqueza humana ou três aponta algo nela e fica de igual para igual. Mas independente de qual seja a sua escolha, lembre-se de ser sempre mais você!


Então, só pra reforçar: sofrer por amor, pode sim!








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