29 de fevereiro de 2016

Reflexão para a semana - Aprendendo a não julgar...


Você não tem ideia de como funciona o interior do seu semelhante
Não saber o que a pessoa ao seu lado já viveu
É o que basta para não julgar
Como viveu e seus aprendizados
As feridas nem sempre cicatrizadas
Alguns segredos em olhos cansados
Os sonhos, alegrias e conquistas
As desistências, lutas e tristezas
Temos mania de notar o que queremos
Tentados a enxergar o que convém
Deixamos passar um momento
Tal momento de dizer uma palavra amiga
Um abraço tão esperado
Um convite de quem tanto adora
Ser bem quisto, ser respeitado
Ficamos com o não julgar e respeitar
Não julgar as pessoas o torna único
Ser especial no meio da multidão
Da diversidade e de tanta vaidade
É o suficiente para fazer diferença
Se evoluir é nosso propósito
Comecemos pelo básico
Amar, respeitar e não julgar
Na continuação podemos tentar mais
Tratar do ego e da gratidão
Considerar melhor as diferenças
Notar que dando uma volta ao Mundo
Os seus atos que o encaminharão ao seu devido lugar

L.A do blog Hierophant

22 de fevereiro de 2016

SENTIMENTO DE VAZIO



Muitas pessoas relatam que sentem um vazio dentro de si mesmas. Como se algo as faltasse, como se não estivessem mais vivendo suas próprias vidas.

Existem diversas explicações para o surgimento desse sentimento de vazio que assola boa parte da humanidade. Mas de uma forma geral a explicação é a de que estamos vivendo nossa vida sem levar em conta aquilo que somos lá dentro de nós. Hoje vivemos na era da tecnologia, da informação e do consumo, onde quase não precisamos refletir sobre nós mesmos, onde milhares de soluções são vendidas como “produtos” de mercado, onde descontamos nossas carências na comida, em remédios de diversos tipos e em programas de TV, onde passamos mais tempo num aparelhinho de celular do que convivendo com nossos irmãos, onde também vivemos mais no barulho, no concreto, no cimento e na poluição do que na natureza, junto com a grama verde, o rio que corre, com a brisa matutina do campo ou com os animais que antes alegravam nossa vida. Tudo isso nos proporciona uma sensação de ausência de algo que é essencial, de vazio da alma, um estado de torpor onde apenas reagimos aos estímulos externos, falamos compulsivamente e buscamos o prazer a todo custo, sempre como forma de amenizar um pouco a falta profunda que existe dentro de nossa alma. Essas soluções fúteis podem ser comparadas a alguém que bebe agua do mar para aplacar a sua sede: quanto mais bebemos, mais sentimos sede e a consequência pode ser uma forte disenteria. O espírito da vida parece ter se retirado do mundo atual e dado espaço ao novo reality show ou ao estojo de maquiagem da moda.

E qual a melhor forma de preencher o vazio que fica desse mundo fútil e sem alma?

Em primeiro lugar, é preciso retomar o contato com a natureza. A seiva vital da mãe Terra nos acolheu há milênios e dela nascemos e nos alimentamos. Um dos motivos desse vazio é a dolorosa separação do filho perante sua mãe sagrada. Os filhos da Terra precisam regressar ao seu lar natural, e assim voltar a viver na simplicidade de um belo campo gramado esvoaçando com a brisa, de um canto de pássaro e de um mergulho num riacho de águas frescas e límpidas.

Em segundo lugar, precisamos deixar de ser o que o outro espera de nós. Hoje em dia vivemos sendo tão somente aquilo que as pessoas esperam de nós, apenas para agradar o outro. Sendo assim, deixamos de ser nós mesmos e passamos a ser apenas uma imagem projetada dos desejos do outro. 

As pessoas aceitam ser essa imagem ideal criada para que, com isso, possam se sentir amadas pelo outro, mas obviamente isso nunca dá certo. As pessoas nunca recebem o amor do outro apenas sendo uma cópia do que a mídia e a sociedade determinam. É fato que muitas pessoas comem muito, consomem muito e fazem muitas coisas a fim de preencher esse vazio, mas claro que isso nunca funciona. Parar de viver de acordo com as tendências da moda, com as exigências do mercado, imitando modelos de comportamento socialmente aceitáveis e permitindo que nosso interior expresse aquilo que somos é essencial para aqueles que aspiram a uma vida mais plena e feliz. Neste caso, a vaidade e o orgulho são os principais ingredientes do vazio que se forma dentro de cada um.

Em terceiro lugar, as pessoas precisam se dedicar mais à leituras, ao teatro, a filmes humanistas, à meditação, à contemplação e ficarem mais tempo sozinhas, consigo mesmas. Uma das características do mundo atual é que, de uma forma geral, o ser humano tem medo da solidão, e por isso evita a todo custo o ato de ficar consigo mesmo. Mas quando uma pessoa fica consigo mesma, e percebe o quanto isso é positivo, ela começa a se sentir melhor e passa a não mais temer a solidão. No momento em que ela não mais evitar a solidão, ela pode se libertar, ao menos em parte, dessa tentativa sistemática de ser amado pelos outros, e isso ajuda a extinguir comportamentos de desespero em que visamos ser amados e aceitos. Passamos a gostar mais de nós mesmos, não como mera personalidade, mas como uma essência ou uma luz espiritual que vive e se desenvolve no plano material.

Além dos três aspectos anteriores, é importante também deixamos de lado as futilidades, as superficialidades e passarmos a nos dedicar àquilo que realmente importa, como nossa família, nosso trabalho, nosso desenvolvimento interior, à leituras, à meditação e a reflexão sobre nossa vida. É difícil de acreditar que existem pessoas vivendo no mundo de hoje que jamais fizeram reflexões mais profundas sobre quem são e o que estão fazendo aqui nessa vida. Pare e reflita sobre essas questões fundamentais, e procure se ater a tudo o que é essencial, como valores universais, aquilo que não é tragado pelas correntezas do tempo, como o amor, a caridade, a compaixão, a paz, a tolerância, o respeito, a vida, etc. Faça mais períodos de reflexão e não se aquiete caso você não encontre respostas prontas. A força que empenhamos na busca pelo sentido da vida é muito mais importante do que o encontro com respostas prontas e acabadas. Respostas prontas são sempre dispensáveis, uma vez que podem dar origem ao fanatismo religioso, a intolerância em relação a crenças e comportamentos alheios, além de gerar estagnação e bloquear nosso caminho.

Outro fator importante é permitir que a vida flua com toda liberdade dentro de nós. Emoções presas geram tensão, irritação e depressão. E como fazer isso? Quando sentir vontade de chorar, chore; quando sentir desespero, se desespere; quando sentir raiva, bote para fora sem atingir outros; quando sentir tristeza, fique triste; quando sentir alegria, viva essa alegria; quando sentir uma emoção, permita sua livre expressão. Não fique prendendo seus sentimentos, não tenha vergonha de demonstrar o que sente e nem acredite que emoções que vêm à tona implicam em fraqueza. Pessoas que vivem se anulando, se reprimindo frequentemente têm problemas com suas emoções, e passam a viver como zumbis, autômatos, frios e sem alma. A partir disso cresce um vazio dentro delas. Não importa se hoje você está triste ou melancólico, amanhã você estará melhor. Ficar bloqueando a tristeza só fará com que você não olhe para ela, não a descarregue, não a libere, e assim ela ficará represada dentro de você e causará muito mais efeitos deletérios em seu psiquismo.

Reflita sobre esses pontos e procure praticá-los em sua vida. O vazio interior é ausência de uma existência plena onde vivemos pelo mundo ilusório e não pela essência que existe dentro de tudo e todos.

20 de fevereiro de 2016

Parem de ser mimados e lutem pelos seus relacionamentos


É muito fácil jogar a toalha.

Uma vez li em algum lugar que os relacionamentos são como as casas: quando uma lâmpada queima você não muda de casa, você troca a lâmpada. Nunca esqueci disso. Sobretudo porque às vezes acho que as pessoas não estão tendo saco para trocar lâmpadas, nem para cuidar de casa nenhuma.

Claro que não venho aqui com um discurso antiquado e equivocado, dizendo que as pessoas devem aceitar viver em relacionamentos infelizes. Isso nunca. A vida é muito curta. O que venho me perguntando é se as pessoas não estão jogando a toalha cedo demais.

Me pergunto se as pessoas não estão confundindo os relacionamentos da vida real com os dos finais de filmes. Até porque os filmes não se preocupam em nos mostrar que o “felizes para sempre” é uma construção permeada por alguns dias infelizes e não um conto de fadas hipócrita.

Fico pensando: se as pessoas investissem muito dinheiro num negócio, uma pequena empresa, como projeto de vida, quanto elas lutariam por ela. Quantas noites mal dormidas elas aceitariam em nome de um projeto no qual elas apostaram tantas fichas. Quantas chatices: conversas com o contador, prestação de contas, cobranças de clientes. Eu tenho certeza de que quase todos os que conheço aguentariam firme, com coragem, compromisso e foco para concretizar essa meta.

E questiono se essas pessoas investiriam esse mesmo tempo, essa mesma energia, se teriam tanta paciência e compreensão com os momentos difíceis dos relacionamentos que elas decidiram viver. Se elas também pensariam “isso é um projeto de vida, é algo que estou construindo e que nem sempre vai ser fácil ou divertido”. Será que as pessoas cuidariam dos seus amores de forma tão decidida quanto cuidariam do seu patrimônio?

Eu fico assustada. E acima de tudo, fico triste. Não acho a menor graça em ver meus amigos saindo de casa. Nunca vou olhar com naturalidade para o rompimento, para o velório dos sonhos a dois, para o enterro de tantos planos, de viagens não feitas, de histórias não vividas.

Sim, os problemas aparecerão. As pessoas interessantes aparecerão. A tampa da privada estará levantada. Os sapatos estarão no meio do caminho. A moça do trabalho estará mais arrumada do que a sua mulher na hora que acordou. Mas você não viu a moça do trabalho acordando. E o cara do trabalho não estará de moletom cinza e meia velha no sofá. Porque ele não faz isso no trabalho, só na casa dele. Sabe? É muito fácil- e muito juvenil- cair nessas ciladas.

Uma coisa é constatar, depois de muitas tentativas, depois de diálogo e de uma busca, sedenta e sofrida, por soluções, que o casal não quer mais seguir o mesmo rumo. Que os planos já não harmonizam. Que a música que está tocando já não é a mesma para os dois. É triste, mas pode acontecer e temos a sorte do século XXI nos dar todo aparato para não sermos escravos de relacionamentos mortos.

Mas acho mesmo que tem muito relacionamento indo para a forca quando poderia ter passado pela enfermaria, pelo pronto socorro, pela internação, pela UTI. Acho mesmo que tem muita gente que acorda esquisito um belo dia e resolve jogar tudo pro alto- seus sonhos e os sonhos do outro.

Acho mesmo que tem muita gente sendo egoísta, se comportando como crianças mimadas que se cansaram de um brinquedo mais antigo porque ele já tem alguma sujeirinha, perdeu alguma peça e porque tem um novinho lá na loja do shopping. Ou porque o brinquedo já precisa trocar a pilha, mas sabe como é, sair, comprar a pilha, abrir o pacote, substituir uma por uma… Dá trabalho demais. Esse brinquedo pode ficar no passado. O consumismo não ficou só nas prateleiras das lojas.

Não é por moralismo. Não é por respeito às instituições. É por respeito ao amor. É por respeito a quem dorme na nossa cama. É porque eu estou achando, cada vez mais, que somos uma porra de uma geração mimada, que aceita os desafios da carreira, dos estudos e do dinheiro, mas que não tem saco nem para o primeiro desafio da convivência e que não tem tempo nenhum para “perder” na construção diária do amor.

Ruth Manus

 

19 de fevereiro de 2016

Para um mundo melhor, pessoas melhores...





Porque eu desejo para os demais o mesmo que eu desejo para mim. Eu ajo com os outros da mesma forma como gostaria que agissem comigo.
Há muito mais pessoas para atirar pedras do que estender a mão. Criticar em vez de apoiar. Acusar em vez de tentar entender.
Se nós todos nos puséssemos no lugar de nossos "irmãos", poderíamos ser pessoas melhores, com atitudes melhores porque teríamos mais consciência e bom senso para lidar com os demais.
Cada um tem sua batalha diária que não sabemos qual ou quais são. Não precisamos compactuar com tudo, mas devemos respeitar e sermos condescendentes e sensíveis com a alma do outro.
Para um tal de mundo melhor que queremos, temos que nos tornar pessoas melhores, por nossa vez. E por quê esperar que o outro dê o primeiro passo e não você. Reclamemos menos e façamos mais. Senão por outros, pelo mundo, pela vida, por nós.

18 de fevereiro de 2016

Sendo mais quem eu almejo ser...


Eu quero, eu posso, eu consigo! Determinação + força de vontade + atitudes = sucesso! 
Primeira etapa da mudança já foi, o cabelo. Agora "simbora" com o resto...

16 de fevereiro de 2016

Está insuportável viver nesse mundo de super autossuficientes!


Oi pessoinhas... Sei que fiquei um pouco afastada daqui do blog, mas tive uns contratempos pessoais e profissionais e que me impossibilitaram de estar mais presente. Vou tentar ao máximo ser mais assídua em minhas postagens reflexivas sobre os acontecimentos atuais.

A intolerância, seja ela de que cunho for é algo que vem me assustando e incomodando cada vez mais. Há muito mais pessoas para atirar pedras do que estender a mão. Criticar em vez de apoiar. Acusar em vez de tentar entender. Sei que isso acontece desde que o mundo é mundo e seres humanos foram inseridos nele e construíram um sistema de sociedade. Porém, está aumentando o nº de casos onde existem juízes que se auto capacitam a julgar certo e errado, custe o que custar.

Nessas últimas 24h, mais um post viralizou na internet. Em meio a mais uma campanha destas criadas no Facebook chamado "Desafio da Maternidade" onde mães colocam fotos para mostrar o quão são felizes e abençoadas em serem mães. O quanto a maternidade é maravilhosa e as realizou. Na verdade mesmo, fundamento não tem nenhum. Pois nenhuma foto, pois mais que mostre além das palavras, é capaz de explicitar o real sentimento de ser mãe ou pai. E mensurar a amplitude disso. Mas é uma daquelas modinhas que todo mundo faz e quando você olha na sua timeline, 90% é apenas isso. Até eu que não sou mãe fui desafiada hahaha, então realiza... Eis que uma jovem resolve postar, imagino eu, os contrapontos desta realização total chamada maternidade. Eu ainda grifei o 'imagino eu' porque não posso afirmar com absoluta certeza a real intenção dela ao fazer isso. Posso supor através do relato dela. Só que assim como eu, muitas outras pessoas, na maioria mães, também suporam muitas coisas. 

Primeiro, acho incrível a capacidade do ser humano hoje em dia de debater um assunto e divergir da opinião de outrem com agressões, ofensas e xingamentos. Cadê a discussão saudável? Ou ao menos o respeito às diferentes opiniões. Segundo, a falta de sensibilidade de tentar se colocar no lugar do outro e não fazer com eles o que não gostaria que fizessem consigo. Terceiro, de agir com bom senso de não julgar se não se tem os dois lados da história. Embora essa menina tenha exposto sua versão do que acha e tem sido a maternidade para ela, não podemos afirmar que seja só isso ou se tem mais por detrás da história. Esse mas que muitos se negam a querer ver. Ficam só com o que é contado ou o que querem ver.

Muitas amigas minhas compartilharam esse post e eu, por curiosidade, me dei o trabalho de lê-lo até o fim. Realmente, a menina não foi nada cautelosa em usar algumas palavras pesadas e que causaram a ira de muitas pessoas como não gostar de ser mãe e não demonstrar carinho para com o filho. Já caíram de pau nela né? E os comentários eram variados: ou ela estava com depressão pós-parto ou qualquer outro problema emocional do tipo ou era uma louca, obviamente uma péssima mãe para falar uma blasfêmia dessas. Bom, eu não tenho a capacidade e entendimento para dizer que ela esteja sofrendo algum problema de saúde emocional como muitas disseram. Ela até pode estar, mas em nenhum momento não vi onde isso ficou claramente evidente como muitas disseram. E estando na sua mais perfeita saúde física e mental ela tem o direito de dizer o que quiser. E cabe os demais, por mais que se indignem e não concordem, que respeitem. De resto, tudo o que ela expôs ali, de maneira não tão bem colocada eu concordo, não deixa de ser verdade. Muitas mulheres passam por isso, mas ou escondem por medo e vergonha de não serem mães suficientes ao sentir e pensar tudo isso ou se obrigam a se virar com a situação. Eu já disse muitas outras vezes: maternidade não é pra qualquer um, tem filho hoje em dia quem quer. Mas ops, aconteceu, não tem como voltar atrás e bum, a criança nasceu! Há aquelas que aos trancos e barrancos se viram e aprendem a ser mãe. Há aquelas que não. É um fato! Não vou discorrer aqui se a pessoa tinha que pensar antes de fazer o filho e se responsabilizar pelas consequências. Fato é que algumas consegue levar a maternidade e outras não, simples assim.

E mesmo quem acha que nasceu com toda a vocação do mundo para ser mãe, que é o grande sonho realizado, quem nunca se sentiu perdida, com medo, numa situação nova e estranha, muitas vezes à beira de um ataque de nervos querendo chutar o pau da barraca? Pois é. Tem momentos de puro desespero. Muitos momentos. Às vezes se tem com quem contar, outras vezes não. Às vezes é uma bênção ter pessoas aptas e prontas a ajudar. Outras é um inferno ter um monte de gente palpitando sobre o que você deve ou não fazer e como fazer e como fazer bem feito. E quem foi que disse mesmo que mãe sabe de tudo? Ok, sabem! Com o tempo. Não mãe de primeira viagem no primeiro dia de nascido do filho com ele nos braços, saindo do hospital. Como distinguir que tipo de choro quer dizer o que, a temperatura da água certa pro banho, as máximas da amamentação e tirar de letra tantos outros cuidados que está tendo contato pela primeira vez. Na teoria tudo é lindo, mas na prática... E tem que assimilar tudo pra ontem. Tem que se tornar altamente capaz. E quem é que entende que apesar de amar seu filho(a), ainda sim você queria novamente um tempinho só pra você, tomar um banho demorado, não comer comida fria, dormir sem interrupções, relaxar vendo tv, fazer algo que goste só pra você sem ser taxada de egoísta pelos outros e fora a culpa natural que as mães se impõe ao pensarem em não priorizarem em tempo integral suas crias?

Ser mãe é árduo. E é árduo todo dia pra vida inteira. Pois cada fase tem as suas complexidades. Aquele problema X vai passar e vai vir o Y. Quando bebês são determinados embates, crianças são outros, adolescentes são outros, adultos são outros. Porque não se é mãe até a maior idade dos filhos, é em tempo integral. Sim, estou aqui me atrevendo a palpitar sobre um assunto que não tenho conhecimento de causa. Não sou mãe. Mas tenho jovens e maduras mamães na família além de amigas e que posso ver que todo dia é diferente do outro. Tem um aprendizado diferente. É um eterno recomeço. Obvio que a grande maioria vai dizer que um sorriso, um eu te amo, um abraço ou qualquer outra mínima coisinha manifestada pelos filhos apaga qualquer dificuldade até então. Tudo é compensado. Mas há quem não pense assim e, eu tô aqui na verdade não para dizer que essa menina está certa em dizer o que disse, porque não sou mãe, porque não a conheço e nem a vida dela e não sei as razões e os motivos que a levaram a fazer isso. Só tô tentando dizer que mesmo de maneira errônea, ela tem o direito de dizer e ninguém tem o direito de julgar , criticar ou coisa pior. Tudo bem que ao expor uma opinião num espaço público, a pessoa tem que estar ciente de que pode ser contestada. Mas não pode ser ofendida pelo o que pensa e sente. Caluniada, injuriada e difamada. Ser criada uma verdade paralela. Não vi o filho ser mau tratado, então não posso dizer que não é boa mãe ou que ao menos faça o que pode da melhor maneira que pode. Ela disse que não gosta de ser mãe. Não disse que não gosta do filho. Embora, posteriormente, essas palavras lidas pelo filho poderão ser muito mal interpretadas, ainda sim ela disse o que disse e não o que colocaram como palavras dela. 

Acredito que ela tenha tido a intenção de desabafar e dizer que a maternidade não é essa maravilha toda. Tem o lado B como tudo na vida. A maneira como ela colocou isso é que não foi a melhor escolha e ela, infelizmente, está pagando o pato por ser verdadeira, mas de uma maneira insensível ao olhos dos doutores da moral. Agora se não é bem assim, eu já não sei, pois não vou ler nas entrelinhas o que eu acho que está escrito lá. Isso vem acontecendo demais hoje. Você escreve uma coisa e interpretam de mil maneiras e repassam suas palavras com intenções que se quer você teve. E tiram conclusões e cria-se toda uma atmosfera em torno de algo que se quer foi dito, ou se foi, de repente não daquela maneira pintada. 

Tá cansado demais ter muitos juízes atrás de teclados ditando o certo e o errado. Vivemos num mundo de super tudo onde todos são altamente capacitados para a vida. Tudo deles é perfeito. Sabem de tudo. Tanta perfeição poderia ser muito útil para ajudar os 'imperfeitos', 'se assim desejarem'. Para os que não desejarem, respeite-os como são, imperfeitos e de bem com isso. Sem neuras. Sem cobranças exacerbadas. Aceitando suas limitações e erros, dando de ombros para os achismos mil.

Bom, já estou aberta às divergências de opinião. Só peço que com educação, por favor. Sem ofensas e agressões. Você que lê tem o direito a ter sua opinião e a expor, assim como eu também tenho. E no mais, ninguém é obrigado a ficar aturando desaforo. Pois esse é o intuito deste post, mostrar como algo que poderia ser benéfico como a troca de experiências e ideias, pode acabar sendo prejudicial se for desmedido e sem limites com as verdades nuas e cruas ditas custe o que custar. Dizer tudo o que pensa sem se preocupar se vai magoar as outras pessoas, principalmente quando não se sabe de tudo e se pressupõe muita coisa não é sinceridade. É maldade aliada a falta de educação quando há necessidade de ofender e denegrir a pessoa, se sobrepor sobre ela. Ser sincero é dizer o que pensa e sente sem deixar de lado o respeito pelos sentimentos alheios. Não é o que se diz e sim como se diz que importa. 

Fica aí mais uma caso de intolerância e pressupostos, mais um caso para mostrar o quanto doentes estamos, o quanto desumanos nos tornamos, o quanto temos a necessidade de sermos donos da verdade e da razão e destilarmos nossos achismos a torto e à direito. Deixo abaixo o link da postagem na íntegra para os interessados que queiram ler, tirar conclusões sem serem precipitadas, formarem suas opiniões com o devido respeito e cuidado e, de repente, tentarem ver com outros olhos além da ira esse desabafo que é mais comum do que se pode imaginar.


https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=1030225017048706&id=100001836539100

Ps: onde me informei de que o perfil da menina havia sido bloqueado, portanto não conseguiram mais acesso a ele. Infelizmente, as ações desmedidas das pessoas levam outras a sofrerem por algo que sequer fizeram...





"Existem dois dias nos quais não posso fazer nada: o ontem e o amanhã"



Intenção, disciplina comedida e tempo. Segundo os grandes mestres indianos, essa é a receita infalível para alcançarmos nossos objetivos. Sem esses três componentes, os desejos se diluem e perdem a força de sua realização espontânea. Mas, antes de mirar nos alvos futuros, é preciso fazer as pazes com o instante presente, aceitar que cada momento é como deve ser e que atrás de uma adversidade existem infinitas possibilidades de aprendizado e crescimento. Busque-as.

Procure viver no aqui e no agora, como se nada mais existisse. Como bem disse o Dalai-Lama, há dois dias nos quais não posso fazer nada: o ontem e o amanhã. Entenda o presente como um presente mesmo, embrulhado com um belo laço de fita dado pelo Universo! O agora é a única coisa palpável que temos. O passado é como um cheque sem fundos; o futuro, uma nota promissória que não sabemos se vamos receber; e o presente, dinheiro vivo, cash.

Para entender de um jeito fácil: quando estiver lavando louça, simplesmente lave louça. Quando estiver escovando os dentes, escove os dentes, e assim por diante. Tudo na vida é uma questão de treino. Do mesmo modo que praticamos para dominar um esporte, praticamos para viver o agora. 
Você pode utilizar a respiração como ferramenta para o sucesso: observar o ar entrando e saindo de suas narinas em um fluxo natural e espontâneo a conectará imediatamente ao instante. E esse é um hábito para o resto da vida. Que bom, né? Viver perderia um pouco da graça se não pudéssemos estar sempre evoluindo!

Agora, em harmonia com o presente, é hora de conectar-se com seus objetivos. Aí vem o ritual em que você acende a sua intenção. Aromatize um lugar tranquilo e confortável em sua casa com óleo essencial de lavanda e coloque uma música suave que toque sua alma. De olhos fechados, aquiete-se e foque na chama que brilha dentro do seu coração. Nutrida por essa energia de amor, pense em algum desejo, algo que você queira muito. Visualize esse querer já realizado, com riqueza de detalhes. Grave em sua memória celular essa imagem e essas sensações. Em seguida, coloque em prática a disciplina (comedida, sem exageros, que fique claro). A perseverança ajuda a conseguir o que quer. Então, sempre que puder, traga à memória essa imagem viva, quantas vezes quiser. Mas tudo sem esforço excessivo. Lembre-se de que, quando a ação é correta, as coisas fluem naturalmente, sem stress, sem forçar as situações. Novamente, trazemos à tona a definição de que a vida é “leela” – brincadeira cósmica e divina. Ela segue o fluxo natural e espontâneo do Universo. E por fim vem o tempo. Repita muitas vezes ao longo do ano esse desejo, obedecendo às regras. É preciso segurar a ansiedade e esperar a hora certa pacientemente. E aí você verá o milagre acontecer por meio do seu poder interior!

Você pode usar essa fórmula para tudo o que quiser, desencadeando a realização de todos os seus desejos. Mas, como não poderia deixar de ser, neste momento conturbado do nosso planeta, coloque atenção não só no seu instante presente ou em sua intenção. O exercício também vai ajudá-la a conspirar por um mundo repleto de paz, no qual todos os seres humanos tenham direito à felicidade e à abundância.

15 de fevereiro de 2016

O amor mora nos detalhes


Não sei quanto a outros sentimentos, mas, falando de amor, não penso duas vezes antes de afirmar que, sim, ele se encontra nos detalhes. O amor está na tranquilidade que, muitas vezes, o outro nos traz apenas de fazer-se ali, presente, mesmo que em um cômodo distinto da casa. Nem sempre é questão de cheiro e toque; ele está também no impalpável, na cumplicidade invisível de um sentimento que não demanda excesso de palavras. Amar é também encontrar serenidade nos espaços e silêncios, é não precisar de provas diárias para lembrar-se de que se é totalmente idolatrado e aceito; mas carregar a paz e a certeza de uma entrega mútua que não permite dúvidas, pois é sentida em todos os lugares.
O amor está na telepatia, no conhecer o outro tão bem a ponto de antecipar suas palavras e pensamentos e, mesmo assim, sempre surpreender-se com a magia que é conectar-se tão profundamente com alguém a ponto de pronunciar frases sincronizadas, de ouvir o outro falar alguma coisa e pensar "nossa, eu ia falar exatamente a mesma coisa".
O amor está na falta, na saudade absurda que sentimos do sorriso torto, da textura de sua camiseta favorita, do cheiro do pescoço e do cabelo bagunçado do outro. É esquecer-se propositalmente de todas essas coisas só para se apaixonar novamente por elas no reencontro. O amor é reencontro. É uma constante mistura dolorida e gostosa de uma saudade daquilo que, muitas vezes, ainda nem aconteceu.
O amor está, também, não necessariamente no concordar, afinal, e, felizmente, sempre haverá discordâncias e opiniões divergentes. Um será mais "relax", tomará decisões precipitadas e impensadas e sempre irá adiar mais um pouquinho as consequentes preocupações, enquanto o outro será mais atento, meticuloso, sofrerá mais por antecedência do que por reais consequências. Mas, muito antes de compreensão, o amor está no respeito, na sensibilidade de saber ouvir mesmo que ainda assim não decida concordar, na não necessidade de mudar para agradar ou adequar-se ao outro; mas na liberdade de reinventar-se naturalmente, na tranquilidade de ser exatamente aquilo que se é.
O amor está em todos risos, ora tímidos, ora escandalosos; nos silêncios e também nos barulhos; nas pernas bambas e na força da união de dois corpos; no respirar tranquilo e também no não conseguir respirar; na coragem de incluir alguém nos seus planos, mesmo sabendo que amanhã já não seremos mais os mesmos; mas está, acima de tudo, exatamente no turbilhão de detalhes não denotáveis que surgem em nossas mentes quando alguém nos faz aquela difícil pergunta: "o que é o amor?"
Patrícia Pinheiro