1 de março de 2011

Inconveniência é f...!

Não era bem essa a palavra que eu queria usar, mas depois do ocorrido fiquei o tempo todo pensando nela e no texto que automaticamente, brotava em minha mente. Só que ao longo do dia, depois de fazer um milhão de coisas a memória foi ficando fraca e a palavra bendita me fugiu. Não o texto, pq esse eu não esqueceria jamais.

Tudo começou quando de manhã, logo pela manhã que eu não estou nem um pouquinho a fim de conversar, um ex conhecido de faculdade porque amigo nunca foi, falava vez ou outra, entrou no ônibus e resolveu sentar no lugar vago ao meu lado. Desde então, ele não parou de falar. Falava dele, do trabalho dele, da vida dele e eu respondendo meramente um "ahãn", "sei", "pô, legal". Que chatice! A situação piorou quando ele resolveu ser impertinente e a começar a fazer perguntas sobre a minha vida. Não quis dar um corte abrupto logo, embora esta tenha sido a minha vontade, porque não quis ser taxada de grossa posteriormente. Mas estava a ponto de dar um resposta bem típica da intolerante Fernanda. Com frases curtas, respondia entre os dentes achando que ele iria se mancar e seguir a viagem dele, na dele, me deixando em paz. Mas, uma das piores coisas do mundo é uma pessoa sem noção. Ela não se manca e cada vez fica mais entrona. Não, eu não estava sendo simpática e nem receptiva com ele e sim educada. Mas esse tipo de gente não percebe essa sutileza.

Na hora, me veio a mente flashs de pessoas "intrometidas" (não seria essa palavra, mas foi a que restou) que têm de sobra na nossa vida. Gente metendo o bedelho aonde ñ foi chamado, querendo se intrometer na vida alheia, que se convida a participar de coisas que não foi convidado, que fala com alguém ou sobre alguém que mal conhece como se tivesse a maior intimidade do mundo, sempre escolhe a hora errada, gente entrona, sabe? Espaçosa, inconveniente. É isso, eureca! Lembrei. A palavra para descrever o tal sujeito era inconveniente. Mas acho que os demais adjetivos que eu citei acima também se adequaram ao perfil do fulano.

Enfim... quem não conhece alguém assim??? Eu conheço várias! E todas elas me tiram do sério. Antigamente, eu tinha mais paciência com essas coisas e tentava entender que cada um possi um jeito e que temos que respeitá-lo. Mas, conforme os anos passam, minha paciência diminui e cada vez mais eu tento me convencer que tenho que aceitar as pessoas como elas são. Por que? Se nem todos me aceitam como eu sou? Enfim, de acordo com o ditado popular: os incomodados que se mudem. No meu caso era fácil! Mas, eu não tinha outro assento para me mudar, infelizmente.

Quando achei que ele já tinha pescado a ideia do "não tô a fim de conversa, você não me agrada", eis que ele me vem com uma história do nada porque viu a foto de um ex-professor dele de natação num poste na rua. Cruzes!!! Fui obrigada a saber que o fulano chamou a atenção dele porque ele estava fazendo aula de natação de cueca  não de sunga. E, como se não bastasse, ele fala muito baixinho, eu e o ônibus inteiro compartilhamos dessa aberração de história. Alguns riam, eu estava pasma! E a metralhadora em forma de gente continuava falando. Resolveu me perguntar se eu casei e disse que sim. Se era boa a vida de casada e eu disse que sim. Ele me perguntou se eu gostava de voltar pra casa e ter alguém me esperando, disse que sim. E aí, ele começou com o "eu tb". Porque esta palavra para ele era vírgula e não ponto final.

Credo! Nunca rezei tanto para chegar logo o curso pra eu me livrar dessa pessoa mala. Quando estava levantando para descer, ele ainda segura meu braço e diz que ia abrir uma exceção para mim. Com cara de interrogação fiquei olhando para ele. A criatura me abre a mochila e um saquinho plástico e me tira lá de dentro uma poesia. Li e de fato gostei. Normalmente, uma mulher ficaria feliz e lisonjeada por receber uma poesia logo pela manhã. Mas eu não estava e nem via motivos para ficar feliz. Foi então que mais uma vez, vendo que eu estava prestes a descer ainda ficou falando dos saraus dele e que a TV Universitária tinha feito a cobertura de uma leitura dele. E eu pensando: "se eu perder o ponto para descer, vc me paga!". Mas, em vez disso, desejei boa sorte nos projetos e finalmente desci...

Parecia uma viagem de 2 dias ao lado de uma pessoa insuportável, chata, taxativa e sem semancol. E fiquei pensando que ele não é o único. Cruel! E que tantas outras pessoas devem passar o mesmo que eu. E o que será que elas fazem? Não, não o atirei pela janela como tinha vontade, mas bem que pensei nisso, rsrsrs!

Beijossssssssssss


PS: com essa doidera toda até me esqueci de parabenizar o Rio, pelo seu aniversário hj! Apesar dos males que ainda o afeta, já está em fase de grande transformação e aí sim, vai ter tudo para ser a Cidade Maravilhosa de verdade e su posto ninguém vai tirar!

2 comentários:

Talita Barroco disse...

Amiga, alguém da facul? Quem é? rsrs

Bjs

Cris Medeiros disse...

Que cara insuportável. Só de ler a história já me arrepiou. Mas sinceramente acho que ele tava a fim de você... ehehe

Olha não tenho a menor paciência com gente que não tenho intimidade. Nenhuma mesmo, passo por antipática e grossa sem ligar a mínima pra isso.

Esse cara eu teria virado a cara pro outro lado até ele perguntar o que estava acontecendo, ou parasse de falar. E ele se perguntasse o que estava acontecendo, diria que estava sem vontada de bater papo. E eu digo com a cara mais tranquila... rs

Beijocas