Pequenas coisas que podem melhorar não só o nosso dia, mas como a nossa vida:
Os seus amigos são os amigos dele
e vice-versa? Mude isso pelo bem do relacionamento de vocês. É essa a
conclusão de um trabalho conjunto desenvolvido por um pesquisador da
Universidade Cornell e um engenheiro do Facebook. Depois de analisar 1,3
milhão de usuários da rede social e suas conexões, eles observaram que,
quanto menos amigos em comum, mais chances de a relação durar. Isso
porque, assim, cada um pode expandir o universo de relações do outro.
Meditação,
ioga, reiki e tai chi chuan vêm recebendo a chancela de cientistas como
ferramentas que ajudam a curar doenças e chegar ao bem-estar. "Se a
mente não está bem, ela prejudica o corpo com a liberação de hormônios
que afetam o sono
e o humor. Essas práticas ajudam a equilibrar e apaziguar a mente", diz
Andrea Murgel, mestre de reiki e sócia do Equilibrium SPA da Mente, no
Rio de Janeiro. Um estudo da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, com pacientes do New York Presbyterian Hospital, mostrou que o reiki pode diminuir a frequência cardíaca e a pressão arterial. "Se souber aplicar em si mesmo, você pode fazê-lo até preso num congestionamento, por exemplo", sugere Andrea
O organismo pode ser estimulado a produzir substâncias que trazem a
sensação de bem-estar. Uma delas é a endorfina, que também colabora com o
combate a dores crônicas e é fabricada quando nos exercitamos. "Trinta minutos, ao menos três vezes por semana, auxiliam até quem está em tratamento de depressão moderada", afirma o endocrinologista Roberto Luis Zagury, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.
A falta de uma boa noite de sono (de ao menos sete horas) está
relacionada ao aumento da produção de hormônios (como o cortisol) que,
em excesso, provocam stress,
obesidade e depressão. Tente dormir sempre no mesmo horário, desligue
aparelhos eletrônicos e apague as luzes. Alguns especialistas sugerem
fazer uma lista das tarefas do dia seguinte antes de deitar. Assim, não
se pensa nisso na cama.
Além de enfeitar sua casa, decore também sua mesa do escritório. Segundo uma pesquisa, ver flores pela manhã pode aumentar a sensação de alegria, dar mais energia, estimular a criatividade e diminuir a ansiedade.
Casais que compartilham tarefas domésticas e estabelecem as
responsabilidades de cada um são mais propensos a se sentir satisfeitos
no relacionamento. "Conversem sobre o que esperam e o que podem fazer.
Definam algumas regras e mudem-nas conforme o necessário", sugere a
psicoterapeuta humanista Renata Feldman, de Belo Horizonte.
A expectativa de tirar férias e o tempo gasto organizando uma viagem são
suficientes para deixar alguém alegre por oito semanas, mostrou um
estudo holandês. Uma outra pesquisa foi além e mediu o nível de
endorfina de um grupo que planejava assistir a um filme.
Só essa expectativa fez com que a quantidade de endorfina no sangue
subisse 27%. Então, se não vai sair de férias por enquanto, planeje
pequenas escapadas no fim de semana ou ao menos uma happy hour com as
amigas.
Brigas ou pedidos de desculpas devem ser sempre ao vivo. No máximo, por
telefone. Relações em que os casais usam mensagens de texto para tudo
foram consideradas pouco satisfatórias, segundo uma pesquisa da School
of Family Life da Brigham Young University, de Utah, nos Estados Unidos.
O estudo, feito com 276 pessoas (sendo 46% em um relacionamento sério e
16% casadas), deixou claro que, nas conversas virtuais, a reação é
menos espontânea, e fica mais difícil compreender a dimensão do que é
falado.
À medida que envelhecemos, nos tornamos mais felizes. "Em geral, o
bem-estar é uma conquista que envolve alguma sabedoria de vida. Com o
passar do tempo, a pessoa vai entendendo o que vale a pena", diz o
psicanalista Luiz Alberto Hanns, do Centro de Estudos Psicanalíticos de
São Paulo. Além disso, estudos mostram que pessoas maduras tendem a se
concentrar mais em fatos - passados ou presentes - positivos do que nos
negativos.
Mais do que matar a fome, comer dá prazer e contribui para o bom humor.
"Alguns alimentos são importante fonte de triptofano, aminoácido que
aumenta a produção de serotonina, neurotransmissor responsável pela
sensação de bem-estar", explica Cristhiane Messias, coordenadora do
curso de nutrição da Universidade de Pernambuco, em Petrolina. O
triptofano está presente em frutas como banana, melancia e abacate. Encontrado em peixes, aveia e castanhas, o selênio, como antioxidante,
combate os radicais livres, que causam stress e envelhecimento. Já o chocolate contém magnésio, que auxilia na produção de dopamina, neurotransmissor capaz de regular o humor.
Otimismo,
gratidão e altruísmo contribuem para o bem-estar. "Ao fazer algo pelo
outro, ativamos no cérebro o sistema de recompensa, o mesmo acionado
pelo prazer do sexo ou do consumo de chocolate", explica o neurologista
Ricardo Teixeira, diretor clínico do Instituto do Cérebro, em Brasília.
Ajude desconhecidos (por exemplo, um deficiente visual a atravessar a
rua) e interaja com quem não faz parte do seu círculo (que tal levar um
pedaço de bolo para o novo vizinho?).
Nem pense em trocar quem você ama por horas extras no trabalho, de olho
naquela promoção. Esse é um dos conselhos do especialista em felicidade
Daniel Gilbert, professor de psicologia de Harvard. "O tempo que
passamos com a família e os amigos conta bem mais para a felicidade que
dinheiro e até saúde. O interessante é que as pessoas sacrificam suas
relações sociais para alcançar outras coisas que não as deixarão tão
felizes."
O dia está especialmente difícil? Sorria! Com a boca, os olhos e todo o
rosto. Isso pode diminuir seus batimentos cardíacos mesmo em uma
situação de tensão, mostraram pesquisadores da Universidade do Kansas,
nos Estados Unidos. O estudo incluiu 169 estudantes treinados a segurar
hashis (o palitinho japonês) com a boca enquanto praticavam movimentos
faciais neutros, semelhantes a um sorriso amarelo ou um sorrisão. Os do
último grupo, mesmo fazendo atividades chatas (desenhar com a mão não
dominante, por exemplo), ficaram mais tranquilos.
"As pessoas se preocupam mais em postar fotos de onde estão e contar o
que estão fazendo do que em aproveitar o momento. Há uma enorme
necessidade de mostrar para o outro como a vida é perfeita. Só que nem
sempre isso reflete a realidade", diz Renata Feldman, psicoterapeuta
humanista de Belo Horizonte. E, aí, você se compara a um ideal impossível e se frustra. Nem precisa se desconectar totalmente; defina um tempo máximo por dia para ficar online.
O stress tem seu lado positivo, acredite. Quando você passa por
situações difíceis, seu cérebro se vê obrigado a fazer mais conexões
entre os neurônios, o que aumenta sua capacidade cognitiva. Na
Universidade do Novo México, nos Estados Unidos, pesquisadores
perceberam também que picos de cortisol gerados durante um stress de
curto prazo podem trazer benefícios para a memória.
Muito se fala do benefício do sol para a síntese de vitamina D,
essencial aos ossos. Mas ele também estimula a produção de endorfina e
regula a melatonina. O excesso desta última causa sonolência e
indisposição e deixa o raciocínio lento.
Sem ficar no vermelho,
presentear alguém ou você mesma pode trazer muitas alegrias.
Especialmente se o mimo for uma experiência compartilhável - como uma
viagem ou um jantar.
A psicóloga americana Sonja Lyubomirsky, autora do livro A Ciência da Felicidade
(Elsevier), propõe um treino: tire 20 minutos semanais, quando estiver
de bom humor, e escreva sobre como se vê em cinco ou dez anos. Pense
nesse futuro da melhor forma possível. Além de deixar a mente mais positiva, escrever pode levá-la a identificar metas e atingi-las. Enquanto escreve, pensamentos ruins podem surgir. Sonja aconselha:
"Deposite uma moeda de 1 centavo em um cofrinho sempre que tiver um
ataque de pessimismo. Depois, tente substituir aquela ideia ruim por uma
mais generosa e favorável a você".
A americana Gretchen Rubin decidiu testar várias dicas para ser feliz em seu livro Projeto Felicidade (Best Seller). "Percebi logo que, em vez de insistir em longas meditações diárias ou buscar respostas profundas de autoconhecimento, eu deveria priorizar o básico, como dormir em um horário decente e não ficar muito tempo sem comer."
Desvendar os próprios temores e aprender a lidar
com eles é essencial para ser feliz, acredita o psicólogo americano Tom
Stevens: "Enquanto eles permanecem escondidos e sem solução, é como se
enviassem lembretes diários, assombrando sua felicidade".
Uma professora de economia da Sorbonne, em Paris, dividiu dois grupos
para resolver um quebra-cabeça. Ao grupo A foi dito que o B levara 25
minutos para terminar; ao B, que o A levara 5. Os dois acabaram no tempo
certo, mas o sentimento em relação ao experimento foi ruim. A dica: não
se compare. A não ser para tirar algum ensinamento em vez de apenas
sentir-se melhor ou pior que o outro.
Uma pesquisa da universidade inglesa The Open com 5 mil pessoas mostrou que as mães são mais felizes
com a vida de modo geral que os homens e mesmo que as mulheres sem
filhos, contrariando várias pesquisas que diziam que crianças não trazem
felicidade.
Já reparou como é cansativo ficar perto de quem se queixa o tempo todo? É contagioso
- como a felicidade. Foi o que mostrou um estudo feito em parceria
pelas universidades da Califórnia e Harvard: "Um amigo feliz que vive a
até 1,6 quilômetro de distância aumenta a chance de fazer alguém feliz
em até 25%. O mesmo ocorre com casais (8%,) irmãos (14%) e vizinhos
(34%)".
Viver no azul não faz bem só para suas finanças. Um artigo publicado na
revista americana Clinical Psychology Review apontou que o risco de ter
problemas de saúde mental, como depressão, é três vezes maior entre
pessoas que têm dívidas.
Fonte: M de Mulher: http://mdemulher.abril.com.br/
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