Vagando pela net dia destes, me deparei com um texto que me chamou a atenção. Não só pela sua clareza de sentimento, mas porque, em uma fase de minha vida, encontrei-me exatamente assim. É como se hoje eu pudesse olhar através do espelho e ver a mim mesma naquela época. Como a regra da internet é "achado não é roubado" posto aqui abaixo, porém sem os créditos do autor(a), pois este ou é desconhecido ou realmente teve sua autoria perdida pelo Ctrl+C, Ctrl+V.
"Tem o peso das palavras não ditas e das gritadas. tem o peso da vida nos ombros. Das escolhas certas e mais ainda de todas as erradas. Pesa os amores bem vividos, os amores mal resolvidos e principalmente os amores inférteis. Me pesa tanto, que chegam a curvar os ombros, as obrigações mascaradas como favores, a falta de delicadeza e a estranheza nesse mundo. Aquela sensação de não fazer parte, mesmo forçada a estar no meio. A solidão que ninguém vê. As lágrimas de alegria, as poucas de dores físicas e as tantas de dores mal doloridas. Mas me pesa mais as lágrimas guardadas. a fome que não se mata com comida e o buraco que ninguém tampa. Os pontos finais, as vírgulas que trancam na garganta, as reticências de querer dizer algo mais. O peso da incompreensão das palavras, da necessidade de ter sempre que compreender além das palavras. O que quero dizer e não posso. O que não posso dizer e digo.A incerteza de se ter um porto, de se ter o lugar, de se ter... Algumas das certezas dessa vida, àquelas que fincam e que não se pode fugir. O que pesa a alma sempre nos é meio cinza, meio tempestuoso. As cores, as felicidades, as alegrias essas aliviam a alma do seu peso. O vazio, esse tem um peso absurdo, do tipo que só quem tem consegue medir, compreender, mas nem por isso suportar. A ausência dos seus, a saudade que não pode ser morta. Tem o peso daquelas lembranças que a gente vê em preto e branco, sonhando ser colorida, das esperanças que se esvaem. Hoje tem o peso de não se ver a luz no fim do tão falado túnel”.
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