1 de junho de 2009

Programação de um domingo

Ao assistir o Fantástico ontem, me revoltei com uma matéria. Mães vendiam as próprias filhas adolescentes, em pleno à luz do dia, em troca de dinheiro. R$500 reais. Acho que a matéria gerou uma indignação comum às famílias onde mães consideram seus filhos e a integridade deles seu bem maior. Fico me perguntando agora: como foi que isto mudou? A violência já é insuportável nas ruas, nas cidades, no mundo. Mas, depois desta reportagem e de tantas outras que mostram a degradação do ser humano com seus atos inaceitáveis, convenço-me, cada vez mais, de que o perigo maior encontra-se dentro de quatro paredes, no silêncio, onde a vista da multidão não pode alcançar. Somos deflorados por aqueles que deveriam ter a obrigação de nos proteger. E como disse uma das meninas na reportagem que sofreu esta violência durante anos, “só resta agora termos nossa própria absolvição para continuar a viver”. Isto não está certo! O mundo lá fora já está um caos. Aqui dentro, em nossas famílias, se não tivermos o controle nas virtudes, nas bases, nos valores estará tudo perdido de vez. Fui dormir com uma sensação de impunidade maior do que quando fui assaltada e não pude reagir. Pelo menos, no assalto, conforta o fato de estarmos lidando com estranhos e que são capazes de tudo. Neste caso específico, as filhas conhecem bem quem são as assaltantes que levaram sua inocência, sua liberdade. Espero que a reportagem sirva não só para alertar as autoridades como para cobrar que alguma ação seja feita. E que não caia, como tantas outras apenas no hall das injustiças que acabamos por banalizar com o costume de ouvir.

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Mas, não só de notícias ruins foi feito o domingo. Meu amado Flamengo ganhou, em casa! Tudo bem, 1 x 0 apenas. Mas serviu para mostrar que Adriano, veio com disposição de sobra do exterior e quer fazer jus a fama de Imperador. Depois de quatro meses sem tocar na bola, nosso mais novo jogador está em dia com o futebol e com a moral em alta com a torcida Rubro-Negra.

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Percebo que o tempo está passando quando me deparo, em um domingo à noite, em casa sem nada em especial a fazer e não ligar muito para isto. Quer dizer, nada a fazer na rua pois em casa eu bem que dei duro o dia todo. Na verdade, até gostei porque puder descansar o corpo para aguentar a semana corrida e cheia de atribulações. Como de praxe, neste dia na TV aberta não há muitas opções de programas, seja lá de que classificação for. E para melhorar minha situação, minha TV a Cabo está dando uns probleminhas técnicos e segundo a operadora, sem um prazo definido para conserto. Não me restou alternativa senão ver a homenagem que a Hebe Camargo fez ao Roberto Carlos, convidando algumas cantoras famosas para interpretar os sucessos do rei. Como cresci ouvindo RC pois minha mãe é fã incondicional dele, não foi sacrifício ver o programa, até porque sou fã de alguns nomes na lista das mulheres que iriam homenageá-lo. Porém, fica a pergunta que não quer calar: sabemos que o cantor(a), músico ou artista de um modo geral é um ícone eu seu meio quando está sendo homenageado? Parece que virou moda um grupo de artistas se reunir e fazer um show cantando os sucessos da carreira de tal pessoa. Não muito tempo, o sortudo foi Djavan. E que no caso teve dois grupos distintos (homens e mulheres) cantando suas músicas. Não tenho nada contra, muito pelo contrário, já fui a shows e tenho kit fã em casa (Cd e DVD rs). Mas, como decidir que fulano merece ter todos estes brios e sicrano não? Popularidade? Anos de carreira? N° de músicas tocadas nas rádios ou como temas de novelas? Enfim... O show foi muito bom, cantei algumas músicas e gostei de ver a performance de algumas cantoras em especial Ivete, Claudia Leite e Ana Carolina. No contexto, todas estavam lindas e afiadas no repertório!
Boa semana e até mais!

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