27 de setembro de 2014

Perdoa eu????



Perdoa os meus dramas,
as palavras que não disse,
os sentimentos que não demonstrei,
o meu humor variável
e os meus defeitos exagerados





Mais de um ano de saudade!


Hoje o dia nasceu lindo! Aquele sol alaranjado misturado com alguns raios rosados. Um dia perfeito para levantar com o pé direito, se encher de pensamentos bons e ir à luta. Um dia perfeito e inspirador para (re)começar. Mas eu só consigo enxergar tudo cinza. Sem graça, sem cor, sem vida. O coração está pesado. Tô com vontade de chorar. Porque hoje a saudade pesou! Pois hoje faz mais de um ano sem você. 

Tem exatamente um ano e pouco mais que você abruptamente saiu de nossas vidas deixando um vazio inexplicável! O tempo está passando tão velozmente, que eu nem me dei conta de que faz um ano que não nos ligamos. Faz mais de um ano que não vamos à praia ou paramos para tomar um sorvete ou comer um pizza e colocar as fofocas e dia. Faz mais de um ano que não conversamos sobre sonhos e sobre decepções e sobre como é difícil aceitar as intempéries da vida. Faz mais de um ano que não tomamos banho de chuva para lavar a alma. Faz mais de um ano que não rimos por nada, de nós, de nossas próprias desgraças, da vida. Faz mais de um ano que não nos falamos todos os dias e eu te pergunto se já tomou juízo. Faz mais de um ano que não choramos no ombro uma da outra por tristeza, decepção, mágoa, saudade, medo e um pouco de tudo e reclamamos sem fim. Faz mais de um ano que eu não passo mais os fins de semana na sua casa, conversando até tarde. Faz mais de um ano que não jogamos sinuca, não dançamos um forró, não bebemos uma geladinha, não fazemos compras, não experimentamos cortes de cabelo, não saímos repentinamente só por estarmos entendiadas, não conhecemos lugares novos, não desafiamos o nosso limite. Faz mais de um ano que eu também luto contra o tempo para não esquecer as mínimas coisas que vivemos e o seu jeito. 

O tempo pode ser generoso fazendo com que a dor diminua, dando mais lugar para uma gostosa saudade. O tempo ajuda a aceitar o que achamos que nunca vamos entender. O tempo traz respostas ou não! Ou nos obriga a seguimos sem uma explicação plausível para os acontecimentos. Então, nada mais nos restada do que nos conformamos e ponto! E seguir, mesmo sem querer. Pois a vida nos empurra pra frente independente de vontade. E uma sucessão do novas pessoas e histórias se desenrola e somos envolvidos por um turbilhão de acontecimentos, querendo ou não. E o tempo passa. E nasce dia e morre dia, e passam-se meses e passam-se anos. E a única coisa que não passa em mim além da saudade infinita é o medo. Medo de te esquecer! 

De esquecer o som da sua voz, de esquecer o som da sua risada, de esquecer seus traços, de esquecer seu olhar, de esquecer o modo como você virada a cabeça e piscava os olhos toda vez que duvidava de uma "grande e definitiva" decisão minha rs, de esquecer o modo como penteava o cabelo ou como se apoiava em mim procurando segurança nessas porcarias de lugares esburacados e escuros. Tenho medo de esquecer que você me chamava de florzinha e de Fezinha. Tenho medo de esquecer o olhar de raio-x que tinha e que era capaz de ver o que de verdade tinha no meu interior. Tenho medo de esquecer que você me conhecia como a palma da sua mão. Tenho medo de esquecer como eu não precisava ser nada além de mim mesma com você. E ahhhh, como isso era bom! Dentro de mim sei que nunca vou ser capaz de esquecer. Mas tenho medo dessas minimidades acabarem se perdendo. Porque o tempo também pode ser cruel para quem não tem a memória tão boa quanto eu.E por falar em tempo, ganho ou perdido, depois de muita coisa vivida, decidiu que não perderia mais um minuto dele. Decidiu depois de muitas frustrações que queria viver o máximo que pudesse a cada dia como se não houvesse amanhã. Decidiu que não daria mais tempo para perder tempo. Afinal, segundo a sua constatação você já tinha perdido tempo e gente demais. Já bastava viver com certas limitações e regras, não, você definitivamente não queria mais viver comedida dentro dos parâmetros certinhos. E você se jogou, e você riu e chorou, e você experimentou, e você simplesmente viveu. O que para uns parecia ser um exagero para você era necessidade, pois você sentia a vida gritar por você. E você a desafiou, você se desafiou a ser mais. Mais do que esperavam de você. E eu tenho muito orgulho disso porque, apesar de ser muitas vezes por caminhos tortuosos e de maneira não tão adequada, você foi ser feliz, você foi viver! 

Aliás, você foi um exemplo vivo de que tamanho não era documento. Ah, não mesmo! Tudo em você era enorme, o coração, o bom senso, a inteligência, o conhecimento da vida, a compreensão, os conselhos, os abraços e a ternura com que era capaz de envolver nossa dor, nossa alma. Apesar da sua pouca altura, como você conseguia enxergar longe, pequena! Além do horizonte! E por falar em horizonte, lembro bem dos dias e noite que passávamos no chamado visual, ao lado de sua casa, olhando a paisagem e refletindo. Faz mais de um ano que não volto lá e nem vou na sua casa, no seu quarto. Também não tenho muito contato tanto quanto gostaria com os amigos e a família maravilhosa que através de você eu pude conhecer e que tão bem me acolheu. Aliás, eu não vou a lugares onde íamos há muito tempo. Não é por maldade, mas por falta de coragem. Eu não quero voltar nesses lugares e tantos outros pelos quais passamos ou conversar com as pessoas que tantas vezes estivemos juntas nos divertindo para falar e lembrar da sua ausência. Você não merece isso e eu não quero isso! Quero em morte ter o seu melhor que com certeza eu tive em vida. Então, quero sempre associar tudo que faz parte da nossa história com muita alegria, co muita festa, com tudo de bom que você merece! 

E hoje, eu faço uma grande colcha de retalhos de nossa história. Tantos momentos, tantos lugares, tantas pessoas... você me proporcionou momentos incríveis. Momentos até que as palavras faltam para descrever.Momentos simples como ver o pôr-do-sol na praia, olhas as estrelas à noite, compartilhar o silêncio dos pensamentos, sentir aquele bem estar e felicidade genuínos só por estarmos juntas, independente de qualquer outra coisa. Docinho, como você faz falta! E eu não acredito que tem mais de um ano que em muitos dias e momentos você habita meus pensamentos e meu coração e em minhas preces rezo para que não me deixe ficar triste e sim lembrar com saudade e alegria de nós. quem diria que amigas de trabalho e nem do mesmo setor éramos iríamos nos tornar amigas inseparáveis, irmãs. Porque é isso que eu sempre te considerarei, uma irmã, visto os inúmeros perrengues e momentos difíceis onde não é qualquer pessoa que permanece ao nosso lado. Mas nós estávamos lá, firmes como rocha, sem arredar o pé, dispostas a fazer qualquer coisa pela outra e mesmo que nada pudéssemos fazer, ao menos teríamos a cia uma da outra que acalmava e acalentava o coração. E nos doamos de verdade uma para a outra, sempre! Ainda é muito difícil pra mim falar de você sem doer, sem chorar, sem faltar as palavras certas porque eu acho que por mais que eu diga nenhuma delas é exatamente digna de você. Então eu vou resumir: você é única e especial, pronto! E para você, se eu bem te conhecia, era tudo que você gostaria de ouvir e bastaria! 

Sei que por diversos momentos está comigo. Sei que todos os dias olha e ora por mim. Sei que à sua maneira sempre me manda um sinal de que caminho seguir. Sei que algum dia, nos encontraremos ainda porque a vida não acaba com a morte. Inicia-se uma imensa jornada em buscar de nós mesmos para então, quando enfim estivermos prontos e conscientes de nosso papel no mundo, voltarmos a nos encontrar com os entes queridos. De repente, as suas perguntas já tiveram respostas. Mas como nunca é demais falar, saiba que aqui embaixo, sua jornada não foi em vão. Você não apenas passou pela vida, pelas pessoas, pelos lugares. Você deixou sua marca lá. Uma marca que para todos nós que a conhecemos é difícil de apagar e nem o implacável tempo poderá fazer: o seu amor. Então ficamos asim: você segue daí que eu sigo daqui, uma hora nossos caminhos se cruzam. Enquanto isso, minha vó cuida de você, menina travessa, que mesmo tendo hoje 30 anos, ainda sim seria uma eterna 'muleka'. Fique sempre com Deus - pois com ele você está muito bem - e em paz... 



Com amor eterno, sua Fezinha!

26 de setembro de 2014

Viver de verdade!






"Porque, pra viver de verdade, a gente tem que quebrar a cara. Tem que tentar e não conseguir. Achar que vai dar e ver que não deu. Querer muito e não alcançar. Ter e perder. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e dizer uma coisa terrível, mas que tem que ser dita. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e ouvir uma coisa terrível, que tem que ser ouvida. A vida é incontornável. A gente perde, leva porrada, é passado pra trás, cai. Dói, ai, dói demais. Mas passa.Está vendo essa dor que agora samba no seu peito de salto agulha? Você ainda vai olhá-la no fundo dos olhos e rir da cara dela. Juro que estou falando a verdade. Eu não minto. Vai passar".

24 de setembro de 2014

O que pode e o que não pode depois que "acabou" o amor...






Vivo lendo por aí o que uma mulher deve fazer depois do fim de um relacionamento. Bom, quanto ao relacionamento em si, nada mais. Tudo que podia ter sido feito, pode crer, foi feito! É que a gente não enxerga bem assim... Mas, e agora, como agir "alone" e ainda tendo que lidar com decepções, frustrações, dor e afins? Como se não bastasse ser difícil conviver com a situação, ainda temos que nos preocupar com o julgamento alheio sobre o nosso comportamento.

Não pode postar foto na balada porque quer mostrar ao ex que está feliz, mas também não pode postar Tati Bernardi e Caio Fernando Abreu no facebook, porque todo mundo vai saber que você está arrastando corrente. Não pode namorar outro logo em seguida, porque ficar trocando de namorado como quem troca de calcinha (peguem na ambiguidade) não é coisa de moça decente. Mas ficar sozinha muito tempo também não, afinal mulher feliz é mulher AMADA (leia-se bem comida, segundo algumas moças sempre BEM resolvidas e sempre felizes que tem por aí...).

A verdade é que sofrimento não respeita regra e cada um reage de uma forma quando, no meio de um dia feliz, alguém resolve olhar na sua cara e dizer: acabou. Sem uma bebidinha pra amenizar, sem meias palavras, joga assim, na lata! Geralmente fim e mágoa andam juntos e algumas pessoas não se contentam em terminar, elas terminam traindo, difamando, mentindo, jogando no lixo tudo de bonito que foi vivido ao lado do outro. E aí, gata, não há regra de bom comportamento pós pé na bunda que te impeça de dar indireta no fulano, de detestar a atual dele, (que virou o amor da vida do moço em três tempos, ou será que já era? Ou será que...) ou de rogar um milhão de pragas para o mesmo. Aí a gente chora sim. A gente passa o dia reclamando com as amigas (50x a mesma coisa, no mínimo) e primeiro se culpa, depois culpa ele, depois culpa a ex dele, os amigos, o passado, o futuro, o trabalho, a faculdade, o inferno astral.

A verdade é que não era pra ser, mas só depois de muito lamentar, passar a noite dançando pra esquecer, beber umas a mais, ler 10 livros em uma semana, se desmanchar em lágrimas vendo pela milésima vez aquele filme água com açúcar, é que a gente percebe que ele não era "o nosso cara" e que a relação até que durou demais. Aí a você enxerga e entende que de repente projetou no outro uma visão que só você tinha dele. De repente, amou-se mais a expectativa que criou sobre ele e a relação e não ele em si. E mesmo sabendo disso tudo, dói! Mas enquanto dói a gente chora, e dane-se se o mundo perceber que estamos sofrendo. (Quem está sentindo a dor é você e é você que decide como expulsá-la aí de dentro e quando.) A gente quer é colocar pra fora toda essa angústia de ver uma história chegando ao fim enquanto temos que esconder o amor que ainda existe em algum lugar do peito (que anda apertado de tristeza, saudade, ressentimento, lembranças e muitas perguntas sem respostas, muitas razões procurando uma lógica.)

Então, na boa, chora mesmo! Desabafa mesmo! Se enche de chocolate, ouve música deprê, mas não esquece que passa. Pode demorar, mas passa! E é importante viver esse luto até o fim, para não ter recaída de uma paixão/sofrimento mal curado posteriormente. E quando passar você vai ser outra: mais forte, mais amada (por si mesma) e muito mais resistente a quedas. E se um dia cruzar na rua com o culpado por tanta coisa que ficou lá atrás, nem vai parecer que um dia você quis morrer e também nem vai se lembrar daqueles momentos que fazia você sonhar acordada. Você simplesmente vai passar e nada sentirá. Ele será uma página virada em sua vida e você estará pronta para escrever novos e emocionantes capítulos da sua história.

E quanto ao resto, ao achismo alheio, aquelas pessoas que acham que te conhecem, te julgam ou te condenam por uma atitude isolada, apenas das três uma: ou manda se fufu, ou dois, reza pela alma desta pessoa incompreensiva e impiedosa, não condescendente com o momento e fraqueza humana ou três aponta algo nela e fica de igual para igual. Mas independente de qual seja a sua escolha, lembre-se de ser sempre mais você!


Então, só pra reforçar: sofrer por amor, pode sim!








23 de setembro de 2014

Tudo a seu tempo!


''Sossega, tudo chega no tempo certo. Não te apressa, a vida se encarrega de trazer tudo que falta. Não desanima, os ventos fortes só surgem para mostrar como nossa base é forte. Não entristece, nem sempre o que você deseja é realmente o melhor para você neste exato momento. Não esquece de sorrir, um sorriso transforma muitas situações. E a vida vai tecendo laços quase impossíveis de romper: Tudo o que amamos são pedaços vivos do nosso próprio ser."



17 de setembro de 2014

O lado B da maternidade! Por que se fala tão pouco sobre ele?


Não sou mãe! Então vou deixar bem claro que esse texto que vou postar não é em defesa da causa própria. Mas tenho amigas que são, e vejo que é uma tarefa árdua! Apesar de todos os benefícios e da felicidade e amor incondicional em ser mãe e vivenciar todas as incríveis experiências, existe um outro lado que creio eu que muitas vivem, mas poucas falam! Assim como toda e qualquer coisa na vida, há o lado bom e o lado ruim.

Por coincidência, estava lendo alguns sites que gosto e um deles é o Macetes de Mãe. Não, não estou lendo porque pretendo ser mãe - apesar de pretender - ou porque estou grávida ou porque estou querendo julgar ou criar parâmetros através de comportamentos relatados. Apenas porque gosto de ler, de tudo um pouco e me interesso por tudo que venha da essência humana. E, fui lendo, lendo, lendo e de repente, me identifiquei com certas palavras, com certas descobertas e com certas verdades escritas através de um relato de uma mãe, que não sei se é de primeira viagem ou se simplesmente resolver contestar o mundo perfeito da maternidade. E mais uma vez, por coincidência, ela disse coisas que mesmo sem vivenciar certas experiências como mãe, comentei certo dia com uma amiga próxima e que não gostou muito das minhas observações. Ela não disse, mas deve ter pensado: "com que embasamento, já que você não é mãe, tem a ousadia de vir me dizer essas coisas?". Afinal, para ela, depois da maternidade, tudo tomou outra forma e proporção e só quem é mãe que é capaz de uma compreensão total de certos momentos e conflitos. Bom, portanto, se eu não era mãe e não aspirante a ser, como poderia eu, logo eu que não passei por nada disso, estar me atrevendo a achismos? Simples, porque sou filha! Porque sou amiga de mães! Porque tenho sobrinhos e afilhados e participei bem de pertinho da criação deles! Porque o mundo ensina, independente de se estar na mesma situação que outros! E se tem uma coisa que eu aprendi com todos eles é que pai e mãe não são super heróis. Eles podem até ser os heróis dos filhos eternamente. Mas serão mais reconhecidos pelos seus gestos e dedicação, cuidados e carinho mesmo que intercalando entre erros e acertos do que pela perfeição de um ser supremo. Criar uma criança com a ilusão da perfeição é criá-la para um mundo de faz de contas que não existe e, consequentemente, para a frustração. Deve-se criar e educar os filhos principalmente para a vida, e não há melhor maneira de prepará-los para isso do que desde cedo introduzindo-os à realidade que nos cerca. E isso inclui as coisas ruins também. Até porque, se não aprenderem pelos ensinamentos dos pais, que tentam com carinho mostrar a dura realidade, vão acabar a prendendo na vida, caindo, se machucando. Porque afinal de contas, a gente sempre aprende, pelo amor ou pela dor! Do jeito mais fácil ou do mais difícil!

Cresci vendo e sabendo pelos meus pais que eles erram tentando acertar. Afinal, é difícil encontrar a dose certa mesmo. É difícil ter o peso da responsabilidade de criar, ensinar e encaminhar na vida um serzinho a partir do que nós achamos que é o certo, se muitas vezes, nem nós mesmos sabemos qual é o certo. E até uma certa idade são completamente dependentes dos pais para tudo, muito mais a mãe. É uma carga muito grande! E que pode ficar mais leve se compartilhada e admitirmos fraquezas e medos e erros e dúvidas! Somos seres humanos, oras! E se surtamos e enchemos o saco em outros campos da nossa vida, em dado momento, por que haveria de ser diferente com a maternidade, que tem que ser exercida em tempo integral e muito solicita da mãe? 

Só que eu acho que a maioria acredita que o que sentem é fraqueza e fraquejar é sinônimo de incapacidade e diminuição. Errar então, é sinônimo de incompetência. Associado a não ser boa mãe ou ser menos mães que outras mães. Outras podem estar no mesmo dilema, só não falam. E se não estão, se estão se dando bem e são super bem resolvidas com todas as questões, que bom pra elas! Mas ninguém precisa ser igual a ninguém. Eu cresci tendo uma mãe devota à mim, protetora e preocupada, carinhosa, zelosa, que também era profissional e mulher e filha, que cuidava da casa e mais uma série de questões pessoais. Cresci vendo que ela se esforçava e dava o seu melhor sempre para mim. Talvez ela tivesse conseguido administrar melhor porque os tempos eram outros e muita coisa era mais simples e mais fácil. Ou talvez apenas, porque ela não se cobrava demais. Sabia que estava fazendo o seu possível. E dentro deste possível, nunca deixou a desejar. Mas é claro que ela errou, é claro que teve dúvidas e medos, é claro que nem sempre a coisa toda saiu como o planejado. Mas aí ela aprendia e seguia em frente. Ela sempre me priorizou, mas nunca abdicou de si mesma! E eu cresci entendendo que sempre a podia solicitar para tudo e que eu era a pessoa mais importante da vida dela, mas que ela também tinha vida própria, um marido, um trabalho, amigos, família. E cresci sabendo entender que cada núcleo tinha uma importância na vida dela e que por isso, algumas vezes, ela poderia não dar conta. Só que deu! Do jeito dela, mas deu! E nunca me faltou nada! E eu nunca tive dúvidas do amor incondicional dela, apesar dela ter que dividir o tempo comigo e tudo o mais. Só que hoje vivemos o tempo da perfeição e da autossuficiência. O que acaba por atrapalhar mais do que ajudar! Uma palavra amiga, uma palavra de carinho e compreensão, uma palavra de incentivo, não necessariamente tem que vir de uma pessoa que está na mesma situação que você. Toda e qualquer pessoa e situação pode ser uma resposta, uma solução ou apenas uma oportunidade para refletir.

Tenho certa que quando a hora da maternidade chegar pra mim terei meus próprios conflitos e questionamentos. Talvez alguns que nem estejam listados neste texto abaixo. Também tenho certeza de que terei momentos em que ei de surtar, coisa que encaro como normal. Também poderei ter momentos de desesperos, de não saber o que fazer, até porque não sei tudo, nem todas as respostas, tenho muito a aprender e talvez alguns aprendizados venham com meus erros. Mas uma coisa eu tenho certeza, criarei meu filho ou filha para entender que os pais fazem o melhor que podem, mas não são perfeitos. E dentro de nossa imperfeição faremos o melhor sempre em cuidados, assistência, estando presentes, podendo ensinar o máximo que soubermos, mas que também, quando a coisa não sair como planejado e o lado B da vida vier, estaremos lá para amparar, apoiar, dar a mão pra levantar, ajudar a consertar e encontrar o caminho. Pois foi assim que cresci e é assim que eu quero que meu filho ou filha cresça, sabendo viver e que viver implica em não saber, e que pode ter coisa boa e ruim, mas que tudo na vida passa e o que não nos mata, nos fortalece!

Bom, na teoria, é mais ou menos isso. Quando eu estiver praticando de fato, eu volto aqui e conto pra vocês se foi mais fácil do que eu imaginava em certos momentos ou mais difícil do que eu imaginava em outros. Por hora, deixo abaixo o texto que achei além de muito bem escrito, uma excelente visão de como funciona toda a coisa. Ah, e de agora em diante eu guardo meus achismos e visões para mim! Porque muitas mães, até como defesa e autoafirmação de capacidade e competência já tem a resposta pronta na ponta da língua de que "todo mundo acha que sabe criar seu filho melhor do que você!". E não se trata disso, do modo de criar, mas da maneira de agir com relação à criação de forma simples, natural e verdadeira, levando em consideração que é para a vida que os filhos são criados, para o mundo e seria melhor, desde cedo, ele aprender como funciona e quais são as regras do mundo, esse mundo tão louco em que vivemos, onde é quase uma sobrevivência do que uma vivência!


"O LADO B DA MATERNIDADE: PORQUE SE FALA TÃO POUCO SOBRE ELE?

Logo que eu me tornei mãe e que vivi alguns momentos difíceis da maternidade me perguntei por que ninguém nunca havia me alertado que esse lado B também existe. Toda vez que eu conversava com uma mãe, ela se derretia em elogios ao filho, dizia como sua vida tinha mudado para melhor, como pela primeira vez na vida estava vivendo um amor incondicional e como era maravilhoso, soberbo, estupendo, incrível, inexplicável ser mãe.
Sim, tudo isso é verdade, por outro lado, nunca nenhuma delas me chamou num canto e disse: “olha só amiga, quero te contar uma coisa, ser mãe é tudo de bom, mas também tem uma parte bem difícil e chata, e você vai ver as duas coisas. Com certeza!”.
O máximo da parte difícil que eu havia ouvido era: você vai sentir sono, muito sono, vai morrer de sono e nunca mais vai dormir direito na sua vida. Ou, então, o famoso: no início dói para amamentar.
Ponto final! Foi só isso que me disseram. Foi só sobre isso que fui alertada. Sobre tantas coisas que depois eu iria viver, e que com certeza muitas de vocês também viveram ou viverão, ninguém nunca me falou nada.
Nunca ninguém abriu a boca para me dizer que amamentar era muito, muito, muito difícil. Que não era só o bebê nascer, abocanhar o peito, sugar e se alimentar. Que podia ter N fatores que iriam prejudicar a amamentação e que talvez eu não fosse conseguir amamentar como gostaria. Também nunca me alertaram que no início as coisas são muito, mas muito difíceis. Que não é só o não dormir direito, mas é o não dormir, não comer, não tomar banho, não escovar os dentes, não fazer xixi.
E mais do que isso, tem ainda outra coisa muito importante. Também nunca haviam me dito que tem horas que a gente simplesmente enche o saco. Que tem momentos que a gente secretamente se pergunta: Por que tudo tem que ser tão difícil? Por que tenho que estar passando por isso? Por que resolvi ser mãe?
Ah sim, porque tem horas, que mesmo a mãe mais babona, apaixonada, dedicada e mimimi do mundo vai se fazer essa pergunta. Isso porque, sempre haverá um momento em que ela irá chegar no seu limite do cansaço e da paciência.
Agora, volto lá na minha dúvida do início: porque ninguém fala isso? Porque ninguém comenta essas coisas com a gente? Porque todo mundo sempre quer dourar a pílula?
De duas uma: ou querem proteger a futura mamãe do choque que está por vir ou veem essa confissão como algo que as faz menos mãe.
Eu, ando mais inclinada a acreditar que a segunda alternativa é a verdadeira. Que a maioria das mães não mostra o lado difícil das coisas e não confessa que muitas vezes chega no seu limite da sanidade porque acha que fazendo isso irá descer no ranking que elege as melhores mães do mundo. E se tem uma coisa que toda mãe quer ser é a melhor.
Gente, está aí uma coisa ultrapassada, que podia funcionar no tempo das nossas mães e avós, mas hoje em dia não cabe mais.
Estamos no tempo da sinceridade, do ser verdadeiro, do assumir suas falhas e fraquezas sem que isso nos faça menos importantes. Além do mais, hoje, muitas de nós não assumem só o papel de mães, mas também o de profissionais, de voluntárias, de pessoas engajadas na sociedade e por aí afora. Ou seja, quem disse que temos que ser perfeitas como mãe? Quem disse que não podemos confessar que uma hora cansa, que uma hora enche o saco, que uma hora temos vontade de fugir de casa para voltar uns três dias depois? Afinal, é difícil dar conta de tudo, é difícil assumir e conciliar todos os papeis que nos cabem nessa sociedade moderna.
Se alguém tivesse me dito isso antes do Léo nascer, eu teria me culpado menos quando tive esses sentimentos. Só fui descobrir que outras mães também passam por esse momento “saco cheio da maternidade” quando conversei com algumas amigas íntimas e confessei que era isso que eu senti algumas vezes. Aí sim, algumas também confessaram: Ah! é assim mesmo!
Mas então, por que cargas d`’agua nunca me falaram isso antes? Catso!
Gente, então vou dizer, vou deixar bem claro aqui: ser mãe é tudo de bom. Ser mãe é lindo. Ser mãe muda a gente, mudo o mundo, muda tudo para melhor. Mas ser mãe também tem o seu lado B, como tudo na vida.
E ter esses momentos de “putz, tô de saco cheio” não torna ninguém menos mãe. Só a torna humana. Porque vamos ser sinceras, alguém que vê na maternidade uma experiência maravilhosa, edificante, encantadora 100% do tempo, ou está mentindo, ou é de outro mundo. Só acredita que isso é possível quem nunca viveu a experiência de ser mãe.
Talvez irá aparecer mamães por aí para dizer que tudo isso que estou escrevendo é uma bobagem, que não é assim não, que a maternidade é linda, cor de rosa e perfeita. Mas tenho certeza de que em meia hora de conversa vou conseguir arrancar delas pelo menos um exemplo de uma situação em que elas tiveram vontade de arrancar os cabelos e fugir para uma ilha deserta, sem filhos.
A questão é que desses momentos a gente esquece. Na maior parte das vezes. Só os lembra quem ainda os está vivendo. E aí, se culpa, se martiriza, se pune!
Gente, na boa, ninguém é menos mãe porque tem seus momentos saco cheio. E se mais pessoas confessarem isso, em claro e bom som, tenho certeza que a culpa de muitas mães será amenizada.
Bom, estou fazendo a minha parte! Minha confissão está aqui, para quem quiser ver e se conformar! Mas também garanto: apesar dos perregues, dos momentos “putz”, eu faria tudo de novo (e garanto que ainda vou fazer). E não há como negar que o lado B, na grande maioria das vezes, desaparece da nossa memória quando o lado A abre aquele sorrisão".

Por Shirley Hilgert, autora do blog Macetes de Mãe

www.macetesdemae.com



10 de setembro de 2014

Meu Santo é forte!





E no que depender de mim, as coisas vão dar certo. Tem que dar. De um jeito ou de outro. Vou cair, vou levantar e vou seguir até cair de novo, e levantar, e cair, até não cair mais, e cair outra vez. Vai ter dor, vai ter decepção, vai ter sorriso e vai ter suor. Pessoas vão chegar e vão partir. Algumas deixarão saudade, outras nunca mais se vão, seja fisicamente, ou só no coração. Para as cargas mais pesadas terei os ombros mais fortes e nas grandes provações tirarei as melhores lições. Vou lembrar de você com carinho, mas eu preciso seguir em frente. Me permito errar e ser triste, mas que dure apenas o intervalo de dois sorrisos. O coração calejado suporta mais. Hoje foi melhor que ontem, mas ainda não é nem sombra do amanhã. Vou dar o melhor de mim. Sempre. E quando não for suficiente terei uma carta na manga, ou duas. Eu tenho um plano. Na minha vida não existem objetivos não alcançados, apenas momentaneamente incompletos. Um sorriso no rosto, e uma saudade no peito. Sem medo de errar. Só pode dar certo. Vai dar. A felicidade se acha nos momentos de descuido.

7 de setembro de 2014

Eu já me perdoei...



Chega um dia em que você se perdoa. Pelos erros cometidos, pelas chances desperdiçadas e pelas escolhas mal feitas. E isso não por acomodação ou fraqueza, mas porque a maturidade te ajuda a reconhecer e respeitar suas razões e seus limites. Então você para de se cobrar por aquele sonho incompleto ou por aquele relacionamento que chegou ao fim. Entende que cada um só pode dar aquilo que tem e que nem sempre o seu melhor é suficiente. Aceita também que a vida é um ir e vir infinito e que certas coisas e pessoas realmente chegam com o propósito de partir, de deixar saudade ou de deixar um aprendizado. Compreende que em muitas situações passadas você foi obrigado a tomar decisões as quais ainda não estava preparado, e aí cria forças para reescrever o que foi mal escrito. Aceita que as pessoas que você ama também tem o direito de errar, que a distância não destrói amizades verdadeiras, que as opiniões adversas são as que mais te fazem crescer, que o medo é um combustível poderoso, que a saudade é uma cicatriz que vale a pena carregar e que a culpa é uma cela onde o carcereiro e o prisioneiro são a mesma pessoa. E então depois que percebe tudo isso você faz as pazes consigo mesmo e encara a vida com mais serenidade. Porque você entende afinal que precisa ser sempre o primeiro a se perdoar, já que é o único que conhece verdadeiramente seus motivos. 

5 de setembro de 2014

Vida de Solteiro!


Li esse texto numa página que gosto de acompanhar. Sou fã dos assuntos que ele aborda e em especial, esse texto me tocou! Sim, tive uma identificação com ele. Pois quem nunca já foi fuzilado com perguntas do tipo "e o(a) namorado(a), quando vai casar, e quando vem os filhos?".  Tudo vai acontecer na hora que tiver que acontecer! Quando a pessoa certa aparecer. Quando você perceber que o momento de mudar de direção. Mas quando te enquadram no parâmetro à margem da sociedade, porque coitadinha(o) não tem namorado, marido, filhos, não tem a sutileza e a capacidade de perceber que muitas vezes, ou 90% dos casos, pode estar solteiro por opção! E aproveitando a vida, muito bem, obrigada! Sendo feliz, fazendo amigos, viajando, passeando, curtindo a si mesmo e desbravando a cada novo dia as grandes oportunidades dadas. Sim, já fiquei chateada e mal por estar sozinha, quem nunca? Sim, já fiquei mal e triste por ter achado que tinha encontrado a pessoa quando na verdade foi o oposto. Mas eu queria estar com alguém, viver momentos a dois independente de cobranças da sociedade. Algumas pessoas apareceram, alguns foram legais, outros não. Alguns valeram a pena, outros não. E depois que a minha fase de querer encontrar alguém passou ou eu desencanei, sei lá, comecei a levar a vida e não ao contrário. E foi muito bom! Bom demais pra dizer a verdade! Rendeu boas histórias e momentos que me tocam até hoje quando lembro. Coisas únicas que talvez, não tivesse visto, vivido se não tivesse me permitido e continuasse a vagar por aí à procura de alguém, qualquer alguém simplesmente para ocupar um lugar. E, quando eu menos esperava, aconteceu. E quando eu não mais procurava, apareceu. E foi assim, que ele se juntou a mim e eu a ele para vivermos uma vida onde os dois queriam ser atores principais e não coadjuvantes. Concordo 100% com ele que tem e eu conheço muitos casai felizes de fato, pra caralho! Mas também conheço outros tantos e não são poucos acomodados, insatisfeitos, na mesmice, medrosos de seguirem o coração, se obrigando a conviver por convenções, desperdiçando a vida e oportunidades por um status social ou insegurança de bancarem a resposta "estou solteira(o) porque quero! A solidão tem lados ruins, solteirice não! E solidão pode abater alguém mesmo esta pessoa estando casada, acompanhada, com filhos e o que mais manda o figurino. Solidão é quando nada no exterior consegue aquecer o nosso interior, e mesmo cercada de tudo e todos, ainda prevalece um grande vazio que dói. Então, chega de blá blá blá né? Vida só temos uma! Tá certo, acredito em reencarnação! Mas não vou esperar séculos para viver uma nova vida, com novas escolhas, do jeito que eu quero! E se há insatisfação, em qualquer campo da nossa vida, temos que mudar! Só que mudar é incerteza, pode dar certo ou não. E aí, muitos se acovardam e aceitam que é mais fácil viver uma vida "aguentada" que uma vida "escolhida". A vida que imporam pra você do que a vida que de repente você pudesse ter decidido viver.Eu sou feliz e realizada e isso não quer dizer ter um relacionamento de contos de fada ou de comercial de margarina. Mas foi a que eu escolhi e estou satisfeita com a minha escolha. E certa de que faria novamente esta escolha se fosse preciso. Assim como sou certa de que vivi a minha vida da melhor maneira possível, inclusive com todos os meus erros, eles me ajudaram a crescer e me tornar quem eu sou, sobretudo certa das minhas decisões! Mas só sabe disso quem vive, quem se arrisca, até mesmo quem quebra a cara e sofre e se machuca. Mas quem nunca esfolou os joelhos e mesmo assim não parou de tentar correr mesmo sabendo que iria cair? Então, é a mesma coisa! Vamos ter coragem e iniciativa. Porque o primeiro passo para sair de onde está e chegar aonde se quer estar e sair do lugar, não somos uma árvore!

Bom, então aí, segue o texto:

“E a namorada?” Alguém vai me perguntar. Aí vou sorrir e responder: “Estou solteiro!”. E logo depois vem aquela cara de: “nossa, coitadinho”, quando ao meu ver era a hora certa da pessoa me abraçar e pularmos gritando: “Parabéns Campeão!” Sabe, realmente não entendo essas pessoas que colocam o fato de encontrar uma pessoa como sendo um dos objetivos primordiais da vida. Como se a ordem natural fosse: nascer, crescer, conhecer alguém e morrer. A meu ver, não é assim. As pessoas se dizem solteiras como quem diz que está com uma doença grave, alguém que precise de ajuda. Não é nada disso. Existe sim vida na “solteridão”! E das boas. E isso não quer dizer farra, putaria, poligamia ou promiscuidade. Aliás, quer dizer sim, mas só quando você tiver afim. No mais quer dizer liberdade, paz de espírito, intensidade. E olha que escrevo isso com algum conhecimento de causa, já que tenho vários anos de namoro no currículo. De verdade, do fundo do coração, eu estou muito bem solteiro. Acho até que melhor que antes. Gosto de acordar pela manhã sem saber como vai terminar meu dia. Gosto da sensação do inesperado, da falta de rotina e de não ter que dar satisfação. Gosto de poder dizer sim quando meu amigo me liga na quinta-feira perguntando se quero viajar com ele na manhã seguinte. De chegar em casa com o Sol nascendo. De não chegar em casa as vezes. De conhecer gente nova todos os dias. De não ter que fazer nada por obrigação. De viver sem angústia, sem ciúme, sem desconfiança. De viver.  Acredito que todo mundo precisa passar por essa fase na vida. Intensamente inclusive. Sabe, entendo que talvez essa não seja sua praia. Ou talvez você nunca vá saber se é. Eu mesmo não sabia que era a minha, e veja só você, hoje sou surfista profissional. O que percebo são pessoas abraçando seus relacionamentos como quem segura uma bóia em um naufrágio. Como se aquela fosse sua última chance de sobrevivência. Eu não quero uma vida assim. Nessa hora talvez você queira me perguntar: “Mas e aí? Vai ficar solteirão para sempre? Vai ser assim até quando?” E eu vou te responder com a maior naturalidade do mundo: “Vai ser assim até quando eu quiser”. Quando encontrar alguém que seja maior que tudo isso, ou talvez alguém que consiga me acompanhar. E não venha me dizer que aquele relacionamento meia boca seu é algo assim. O que eu espero é bem diferente. Quando se gosta da vida que leva, você não muda por qualquer coisa. Então para mim só faz sentido estar com alguém que me faça ainda mais feliz do que já sou, e como sei que isso é bem difícil, tenho certeza que o que chegar será bem especial. E se não vier também está tudo bem sabe? Eu realmente não acho que isso seja um objetivo de vida. Não farei como muitos que se deixam levar pela pressão dessa sociedade. Tanta gente namorando pra dizer que namora, casando pra não se sentir encalhado, abdicando da felicidade por um status social. Aí depois vem a traição, vem o divórcio, a frustração e todo o resto tão comum por aí. Não, não. Me deixa quietinho aqui com minha vida espetacular. Pra ser totalmente sincero com você, a real é que não é sua situação conjugal que te faz feliz ou triste. Conheço casais extremamente felizes e outros que estão há anos fingindo que dão certo. Conheço gente solteira que tem a vida que pedi para Deus e outros desesperados baixando aplicativos de paquera e acreditando que a(o) ex era o grande amor e que perdeu sua grande chance. Quanta bobagem. A verdade é que só você mesmo pode preencher o seu vazio, e colocar essa missão nas mãos de outra pessoa e pedir pra ser infeliz. Conheço sim vários casais incríveis, assim como tantos outros que não enxergam que estão se matando pouco a pouco. Só peço que não deixem que o medo da solidão faça com que a tristeza pareça algo suportável. Viver sozinho no início pode parecer desesperador, mas de tanto nadar contra a maré, um dia você aprende a surfar. E te digo que quando esse dia chegar, você nunca mais vai se contentar em ficar na areia. Desse dia em diante só vai servir ter alguém ao seu lado se este estiver disposto a entrar na água com você."

Rafael Magalhães do Precisava Escrever.