31 de março de 2015

Amanda, deixa eu te contar uma coisa - por Camila Paier


Achei um texto com o qual eu concorde início, meio e fim...




"Amanda, querida Amanda. Assisti por anos e anos o reality show em que você está confinada. Era legal analisar comportamentos e acompanhar a vida alheia em momentos de tédio, porém, estou sem televisão há alguns meses - e feliz, e em paz assim. Antes de dormir, criei o ritual de toda noite assistir a um filme diferente. Tem sido enriquecedor. O que tenho lido por aí Amanda, contudo, me fez perder um pouco a paciência com algumas pessoas; sobretudo, o que é mais entristecedor, mulheres.

Amanda, eu sou muito da opinião de cada um faz o que quer dessa vida. Sempre fui e ligo pouquíssimo pro que estão deixando de fazer os outros ou não. Que tenho eu a ver com isso? Acredito eu que nada, certo? Vimos daqui de fora você se apaixonar perdidamente em questão de dias, acompanhamos o cara cagar pra você e pegar outra na sua frente, votamos e escolhemos pela sua permanência para continuar concorrendo ao prêmio no lugar dela. Espectamos a sua reaproximação com o boy, pensamos que fosse amizade, nos envolvemos também na novela mexicana que se tornou a situação toda. Porém, Amanda, depois do primeiro beijo seu e do mozão algumas mulheres fizeram o que sempre acontece na sociedade em situações parecidas com a sua: livraram a culpa do rapaz pra colocar todinha sobre as suas costas. Uma injustiça, a meu ver.

Sabe, Amanda, elas dizem que mulher não pode se entusiasmar tão facilmente. Não assim, jogada aos pés do homem, exagerada talvez e cheia de atitude como você. O que gosto nos poucos vídeos que vejo e nas notícias que leio é justamente essa sua autenticidade. Você se mantém a fim e amorosa, às vezes insegura e instável, atrapalhada e sentimental, mas acima de qualquer crítica, humana. Quem nunca se apaixonou por um cara lixo que não valia metade do esforço? Quem sempre se ilude com o próximo bofe como se fosse último? Muitas de nós, dezenas de nós, algumas de nós. Várias e, ainda que segurando a barra que é gostar de cafajestes, a maioria. Mesmo assim, há mocinhas que possuem a pachorra de dizer que a "vagabunda" é você, que você instigou o rapaz, que ele está necessitado e apenas se aproveitando. Você não tem o direito de gostar de sexo, de estar jogando, de ser de carne e osso e exibir algumas imperfeições. É justamente nesse ponto que eu encontro a sua dádiva dentro da décima quinta edição:

Amanda, elas falam das suas olheiras e de você ter algumas celulites, elas criticam o seu apetite sexual como se fosse da conta delas, elas dão sermões puritanos baseados naquela tal cartilha da boa mocinha que não tem vontade própria (ou, se a tem, a prende, encarcera quase até findar) e dizem que mulher "de verdade" é mulher que se valoriza, que sua mãe deve morrer de vergonha em casa, que essa carência e pressa pra arranjar homem a fazem grudenta e cansativa. Como se fossem todas misses prontas para um desfile às 4 a.m. de qualquer dia, como se fossem todas ganhadoras na loteria dos amores que dão super certo, como se tivessem se tornado robôs sem coração que marcham a caminho de Oz. Só porque você não se maquia 24h por dia. Só porque você se apaixonou. Só porque você é pura e ainda acredito na sinceridade de paixões cruéis e desenfreadas, esses affairs que quase nunca duram uma vida mas fazem existir um verbo que valha a pena.

Eu fico puta, Amanda, eu saio de mim mesma porque por mais que tenha minhas ressalvas quanto a esse moço com quem você está in love, eu sei que se fosse o inverso todos achariam bonitinho e shippariam pra cacete. A torcida ia ser enorme pra que desse certo tanto dentro da casa quanto fora, afinal, homem querendo casar, morar junto e fazer viagem é fofo, já se for mulher chamando pra qualquer uma dessas coisas, é carente. Mexe com as minhas estruturas ver mulheres julgando tão pesado umas às outras como se nunca tivessem amado, se fodido, idealizado, sido felizes. Só você sabe da sensação esquizofrênica que é estar há meses longe de casa, da família, dos amigos, da sua vida de sempre. Quem assiste até pode dar o pitaco que bem entender mas, ao fim de tudo, é só você com seus somatórios e débitos mesmo - e, tenho certeza que será sabedoria sua fazer do limão uma bela limonada.


Amanda, deixa eu te contar uma coisa, uma última coisinha: eu torço muito pra que você vença o programa, mesmo quase nunca tendo o assistido inteiro e pela televisão em 2015. Eu sempre vou pender pro lado dos transgressores e livres de doer, e acredito que o mundo se divide facilmente entre aqueles que esperam acontecer e os que buscam e vão atrás, sem paciência pra aquilo que a vida vai determinar. Faço parte do segundo grupo de pessoas e, pelo que já deu para perceber, a senhorita também. É algum orgulho ainda agir por si mesma enquanto todos dependem de um padrão. Tenho certeza que, aqui fora, a sua mãe é só alegria em ter você como filha - e eu seria muito sua amiga, muito mesmo. Siga forte e determinada, solta e sorridente, à sua maneira e nem aí pra opinião alheia. Nesse caminho vai ter sol e tempestade, vai ter nevasca e também deserto de vez em quando, mas por mais que fique difícil nunca será entediante; e no final das contas, pra quem vive com toda verdade e coração, é o que importa."

24 de março de 2015

A culpa é "sempre" das estrelas!




John Green só pode ser alguém de outro planeta para escrever uma história tão perfeita; é claro que já conhecia todo o enredo, mas vê-lo novamente, criando vida e ganhando rostos, cenários e cores foi espetacular. Creio que deva ter sido emocionante para todos os leitores – e para aqueles que não leram o livro também, pois a história foi muito bem explicada, não deixando espaços em branco. Desde que li o livro – e me enchi de lágrimas e sorrisos do início ao fim - eu soube que iria gostar do que veria no filme, que iria me apaixonar ainda mais pelos personagens e que sim, iria chorar com o final. Só que eu não imaginei que minha garganta se fecharia e meus olhos se encheriam de lágrimas desde as primeiras cenas. Confesso, li o livro e vi o filme depois de muita gente e já tinha ouvido falar sobre as impressões de várias pessoas sobre a história. Mesmo assim, fui tocada de tal forma quando de fato me abri para ela que eu pude me sentir no lugar dos protagonistas. Vivenciei cada emoção, chorei cada lágrima, ri cada sorriso e cada reflexão pesou na consciência.

Como seria a sua vida se você descobrisse um câncer? Em que você investiria o seu tempo se soubesse que não há mais possibilidades de cura, apenas de prolongar ao máximo os seus dias? Com que olhos você veria o que de fato é importante na sua vida? Acho que essa é a reflexão que John Green tenta colocar em “A Culpa É das Estrelas”.



Hazel Grace é uma adolescente de 16 anos que convive, desde os 13 anos, com um câncer de tireoide. Impulsionada pela mãe, Hazel frequenta um grupo de apoio a adolescentes com câncer, mas se mantém alheia as pessoas. Na sua concepção, tendo um “prazo de vida”, ela não vê motivos para fazer novas amizades, pois quer diminuir ao máximo o número de pessoas que possam sofrer quando ela partir. Apesar da doença, Hazel não se faz de vitima e tanta manter o bom humor, preferindo a companhia de livros, filmes e da família. A história muda quando ela conhece Augustus Waters, um jovem de 17 anos, ex-jogador de basquete que teve uma das pernas amputadas por causa do osteosarcoma. Augustus acredita acima de tudo na vida. Bem humorado, ele não deixa que ninguém o julgue ou sinta pena dele pelo que aconteceu, é o ponto de apoio dos amigos e está sempre disposto a melhorar o dia dos outros.Juntos eles encontram o equilíbrio um para o outro dentro de suas vidas destroçadas. Juntos, eles se apaixonam e tenta tirar o máximo de cada dia que passam juntos, afinal, eles podem ser escassos. Juntos eles vão se apaixonando e aproveitando o pequeno infinito que a vida lhes reserva. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas. 

É claro que tudo me tocou no filme, mas principalmente a maneira como se encara a vida diante das adversidades que não podemos mudar. Ela mais realista e de certo ponto, pessimista. Ele sonhador e de certo ponto otimista. Ela quer se manter o mais invisível e isenta de qualquer coisa no mundo. Ele quer ser lembrado e se comprometer a viver a vida. Destaco as brilhantes interpretações de Shailene Woodley (Hazel Grace) e Ansel Elgort (Augustus Waters) que deixam à flor da pele nossos sentimentos e sensações. Uma trilha sonora maravilhosa, mas a música tema do casal All Of The Stars de Ed Sheeran é qualquer coisa pra mexer com os sentimentos turbulentos dentro de nós.

Acredito que em cada um, o filme vai mexer com diferentes sentimentos e despertar para diversas reflexões. As minhas foram:

1) Quanto tempo gastamos com coisas e pessoas que não valem à pena em vez de aproveitar os que valem?
2) Perdemos tempo tentando entender a razão e a lógica das coisas quando na verdade, independente de nossa vontade ou compreensão, as coisas nos acontecem, sem explicação.
3) Não importa o que nos acometa na vida, importa a postura com que encaramos esses acontecimentos.
4) Queremos sempre ser lembrados. Deixarmos uma marca no mundo. Queremos ser amados e sermos significativamente importantes para as pessoas. E às vezes gastamos tempo de mais tentando ser isso do que vivendo de fato apenas com o que temos, o pouco e o simples. 
5)  Passamos tempo demais nos lamentando pelo que não temos em vez de agradecermos o que temos.
6)  Não adianta carregar o passado e o futuro para o presente. Só podemos viver uma coisa de cada vez.
7)  Não importa o quão doidos possam ser nossos sonhos, vale a pena correr atrás deles
8)  Não sabemos quando será nosso último dia de vida, então, mais vale uma vida bem vivida do que uma vida planejada e não executada.
9)  Qualidade é melhor do que quantidade.
10) Que a culpa não é das estrelas, óbvio! Mas por que não fazermos um pouco de poesia com a vida?

No mais, deixo abaixo o trailer e o desejo para que todos assistam. Se desprendam de qualquer coisa. Se dispam de análises, críticas e afins. Apenas assistam. Mergulhem na história sensível e tocante. Sintam os sentimentos dos personagens. Chorem com eles. Vibrem com eles. Se apaixonem com eles. Vivam como se fosse o último dia de suas vidas, com eles. Deixe as músicas invadirem suas almas. Simples, apenas mergulhem na história. Não é uma história para ser perfeita apesar de ser. É uma história pra ser sentida. Mais que entendida. É uma história para ser tocante, mais do que explicante. É uma história de amor, como todas as outras, se não fosse pela condição do casal e por uma situação única na vida que para poucos acontecem: uma segunda chance de fazer diferente e aproveitar os dias que ainda restam, mesmo sem ter como saber quantos ainda faltam. Entenda, simplesmente, porque "alguns infinitos são maiores que outros", e como um simples "ok" pode dizer tanto. 


E agora a pergunta que não quer calar: Por que a culpa é das estrelas?

Bom, eu encontrei duas respostas.

Uma na verdade é a explicação do autor que diz que faz uma referência a Shakespeare em Julio Cesar onde se é discutido se a culpa pelo o que nos acontece está nas estrelas ou em nós mesmos, dizendo então que a culpa não está nas estrelas, mas de nós mesmos. E levanta esse questionamento de que as decisões e ações de uma pessoa são feitas por ela mesma e que a sorte e o destino não interferem nessas escolhas. Não existe acasos porque estava/está escrito nas estrelas, o destino ligando caminhos e pessoas. Porém, percebi que John Green não culpa sempre as pessoas, mas a sorte delas. John consegue provar no livro inteiro o quão errado é falar com toda a certeza do mundo que a sorte e o destino não afetam as decisões de uma pessoa em certas situações, quando eles podem afetar e afetar MUITO. No entanto, isso não quer dizer que John discorde completamente da frase de Shakespeare. O que ele quer dizer é que, às vezes, sem nenhum aviso prévio, certas coisas acontecem por motivos de força maior (como a sorte e o destino), independente dos atos de alguém. Às vezes somos responsáveis pelo o que nos acontece. Outras vezes não. John Green fala em uma entrevista que estudando sobre o título do livro, descobriu que é da natureza das estrelas se cruzarem e serem afetadas negativamente pelo ambiente externo. Ao meu ver, essa é mais uma forma de John explicar a origem do nome do livro, porque se essa é a natureza das estrelas, tudo o que acontece entre Hazel e Augustus é culpa das estrelas.Por isso o filme leva esse nome...
Já a segunda resposta lúdica que eu consegui refletir sobre é que algumas coisas são "escrito nas estrelas", nada é acaso. A vida, mesmo que leve 100 anos, é passageira e assim pessoas e situações passam em nossa vida marcando a nossa história. Perto ou longe, não importa. O filme tem uma frase linda "você me deu uma eternidade" nos meus dias numerados. Aquele tempo dedicado; que uma pessoa fez isso por nós, as palavras, o fato de se importar e sentir, muitas vezes, o mesmo que nós, a empatia, a conexão inexplicável, o amor. Aquilo que não sabemos descrever como e porque? Mas sentimos dentro da gente o pulsar. Diante das improbabilidades e no meio de um milhão de pessoas e lugares, duas pessoas se encontrarem e sentem uma ligação forte, que chega às vezes a doer. Uma força, o universo, Deus!  

Não sei se faz muito sentido para vocês, por ser apenas uma suposição minha. 

Acho que é essa a grande mensagem... 

Então, sendo culpa das estrelas ou não, seja tocado de alguma forma por essa linda história!










  
 

 
 

23 de março de 2015

Fique com alguém que não tenha dúvidas


Há muito tempo eu não me emociono com um texto, e olha que nem na TPM estou rs. Acho que ando muito sensível e motiva, sobretudo por me dar conta exatamente disso que transcreve o texto. Não existem pessoas perfeitas.  Mas existe aquela pessoa perfeita pra nós!

Só quem já tentou fazer o primeiro parágrafo, sabe a importância e o significado dos demais parágrafos virem naturalmente quando se encontra aquele alguém. Fique com pessoas não que não tenham dúvidas, medos, defeitos, passado, problemas e todo a bagagem que vem junto com a pessoa. Mas com aquela pessoa que apesar de tudo isso, e acima de tudo isso, coloca o relacionamento de vocês, ela e você, e tudo que os abrange em primeiro plano. Fique com pessoas que façam valer a pena, dar certo, por ela e por você, não porque não tenha dúvidas, mas porque apesar delas, ela tem certeza de que é você, sempre foi você e continuará sendo você. E que depois de você, os outros são apenas os outros. Aliás, o que era antes de você mesmo?


Fique com alguém que não tenha dúvidas

Quando a gente quer muito uma pessoa, a gente se engana. A gente tenta encaixar aquele outro ser em posição que nunca foram dele. A gente clama ao universo para um sim em algo que já começou destinado ao não. A gente quer, e a gente bate o pé  faz pirraça feito criança pra conseguir. Mas um dia a gente percebe que amor tem que ser uma via de mão dupla. Amor tem que ser fácil, tem que ser bom, tem que ser complemento, tem que ser ajuda. Amor que é luta é ego. Amor que rebaixa é dor. E então a gente aprende que amor que não é amor, Não encaixa, não orna, não serve.

Fique com alguém que não tenha conversa mole. Que não te enrole. Que não tenha meias palavras. Que não dê desculpas. Que não bote barreiras no que deveria ser fácil e simples. Fique com alguém que saiba o que quer e que quer agora.

Fique com alguém que te assuma. Que ando com orgulho ao seu lado. Que te apresente aos pais, aos amigos, ao chefe, ao faxineiro da firma. Que segure a sua mão ao andar na rua. Que não tenha medo de te olhar apaixonadamente na frente dos outros. Fique com alguém que não se importe com os outros.

Fique com alguém que não deixe existir zonas nebulosas. Que te dê mais certezas do que perguntas. Que apresente soluções antes mesmo dos questionamentos. Fique com alguém que seja a solução dos seus problemas, não a causa.

Fique com alguém que não tenha traumas. Que não tenha assuntos mal resolvidos. Que saiba que para ser feliz, tem que deixar o passado passar. . Fique com alguém que só tenha interesse no futuro e que queira esse futuro com você.

Fique com alguém que te faça rir. Que te mostre que a vida pode ser leve em momentos duros. Que seja o seu refúgio em dias caóticos. Fique com alguém que quando te abraça, o resto do mundo não importa mais. 

Fique com alguém que te transborde. Que te faça sentir que você vai explodir de tanto amor. Que te faça sentir a pessoa mais especial do universo. Fique com alguém que dê sentido à todos os clichês apaixonados.

Fique com alguém que faça planos. Que veja um futuro ao seu lado. Que te carregue pra onde for.  que planeje com você um casamento  na praia, uma casa no campo e um labrador no quintal. Fique com alguém que apesar de saber que consegue viver sem você, escolhe viver com você.

Fique com alguém que não se esconda. Que não te esconda. Que cada palavra seja direta e clara. Que não dê brechas para o mal entendido. Que faça o que fala e fale o que faça. Fique com alguém cuja as palavras completam suas ações.

Fique com alguém que te admire. Que te impulsione pra frente. Que te apoie quando ninguém mais acreditar em você. Que te ajude a transformar sonhos em realidade. Fique com alguém que acredite que você é capaz de tudo aquilo que queira.

Fique com alguém de que você não precise convencer de que você vale apena todos os dias. Que não tenha dúvidas disso. Fique com alguém que te olhe da cabeça aos pés, sem hesitar, que é você, é só você.

Fique com alguém que te faça olhar pra trás e agradecer por não ter dado certo com ninguém antes. Fique com alguém que faça não existir mais ninguém depois.


Site O Segredo




"Que chova felicidade e que nos afoguemos nela..."

17 de março de 2015

O tal beijo gay!





Então, achei simplesmente perfeito para a tradução do que eu penso esse post de uma amiga. Salvo que temos religiões e pontos de vista diferentes, concordo com 99% do que ela disse sobre a polêmica do momento (e de sempre), o tal beijo gay: 

Gente, ver TV não desvirtua ninguém, nem forma caráter e não dá exemplos de como ser na vida. A própria vida e outras tantas coisas fazem isso. Veja um Balanço Geral da vida e depois me falem se algum dos casos relatados foi influenciado por TV. Cabe aos pais educar dentro de seus valores seus filhos, mas ensinando-os a respeitar as escolhas alheias. 

Relações homossexuais são contestadas à torto e à direito, mas e cenas de nudez, mortes, maus tratos e tantos outros tipos de violências e ações condenáveis que existem no mundo e também são retratadas na TV? Pra mim tb tem o mesmo peso para ser inapropriado e inaceitável. Beijo gay é abominável, mas a bunda da Paolla, o sexo entre os BBBs e todos os vilões das novelas e suas maldades mil são aplaudidos. Ai pode? 

E sim, muita gente hipócrita destila comentários mil e ainda assim assistem aos programas que falam mal e julgam. E o pior, na hora de expor suas opiniões, não pesam as palavras e o bom senso, sem se importar se vai atingir o outro que não compartilha com a tua opinião e não compactua com a sua visão. É simples, acha errado, pouca vergonha, imoral, não assista. Use o tempo livre pra fazer qualquer outra coisa. Ah, me poupe! Chega de tanto mimimi, que coisa chata! Cada um que fique com seu cada um! 

É a velha história: liberdade de expressão é uma bênção. Não somos censurados pelo que pensamos, sentimos e falamos. Mas também é uma maldição, pois ter direito de liberdade de expressão não dá o direito de ninguém ofender e desrespeitar as crenças, opções e escolhas dos outros. Assim como a religião, a cor, a opção sexual, a condição social do outro. Ninguém é obrigado a aceitar, entender nada, mas é obrigado a respeitar. E principalmente tem um filtro entre o cérebro e a boca. E as palavras ferem. Vamos usar o bom senso na hora das colocações de ideias. Não é o que se diz e sim como se diz. E sem falar dos julgamentos, coisa que só cabe a Deus fazer. Até porque todos temos atos condenáveis. E depois só a política causa desafetos! Errado, qualquer tipo de opinião divergente à outra culmina num embate sem fim e que no fim das contas não tem certo e nem errado. Apenas cada um pensa de um jeito em cima de fundamentos de seus valores, princípios e ideais. Simples assim. Assim como o homossexualismo não é de hoje e existe em todos lugar. 

Não tô defendendo a emissora até porque acho que sim, anda exagerando ao querer empurrar de qualquer jeito uma situação para ser aceita na sociedade e que ainda e sempre vai ser um tema tabu. Mas sinceramente, prefiro assistir um beijo gay que apenas mostra a relação amorosa entre duas pessoas e não mostra nada demais, não é sensacionalista e de mal gosto, vulgar ou expõe mais do que se precisa como vejo em contrapartida em muitas cenas de sexo explícito. 

E as atrizes, para a informação geral, não são coitadinhas obrigadas a passar por isso depois de anos de carreira e papéis brilhantes como está dando a entender por aí. Elas não só aceitaram o papel como disseram que viram nele uma grande oportunidade de um trabalho diferente e bonito e que talvez sirva para desmistificar certos tabus na sociedade. Ainda lembro do primeiro casal gay em novela, e depois daí à miúdos, os casais foram aumentando à medida que a aceitação desta condição de relacionamento na sociedade foi sendo mais aceita. Até rolar o primeiro beijo de fato demorou muito. E as próprias novelas inserem nos núcleos personagens preconceituosos que fazem o papel da sociedade de criticar, julgar, condenar e etc. No fundo, sempre tem aquela lição "moral da história", mas a maioria se recusa a ver. Pra mim, mais vale uma relação verdadeira e com valores, embora diferentes para cada um, do que um tanto de outras coisas que existem por aí... 

Eu fico muito triste por ainda em 2015, nos dizermos tão evoluídos e no fundo sermos tão preconceituosos. Certas posturas do ser humano me magoam! Porque eu sempre acredito que sejamos capaz de sermos mais.

Então, no auge da minha chateação pois não aguento mais ouvir e ver neguinho condenar certa atitude, certa conduta, mas não olha pro seu rabo, resolvi encerrar de uma vez por todas as discussõezinhas que nascem na minha página no facebook e em posts que nem mencionam o assunto polêmico. Coloquei em letras garrafais que antes que venham chover comentários polêmicos com intuito de gerar discussões acaloradas à respeito, não é indireta para ninguém. Apenas estou me posicionando sobre algo que penso, sem intuito de ofender e atingir a ninguém, nem suas religiões, seus achismos e valores. Só acho muito desnecessário e desrespeitoso certas coisas que vejo serem ditas. Mas sim, cada um tem o direito de expor o que pensa, só que com bom senso! Mas também se o que penso, sinto e exponho não é do agrado, sinta-se à vontade para não receber mais minhas notificações. Porque no meu cantinho, me reservo o direito de postar o que eu quiser e curte e comenta quem quer. Respeito as várias opiniões contrárias às minhas dentre outras coisas mais, só peço que também respeitem as minhas!

Pô, tenho familiares gays, amigos, gays, conhecidos gay, os amo como são, respeito-os como pessoas, torço pela felicidade deles, o que eles fazem da vida deles não é da minha conta e não estão matando, roubando, enganando e coisa do tipo, portanto não estão fazendo nada de errado. Suas famílias têm orgulho deles, são pessoas do bem, com caráter, boa índole, trabalhadoras, honestas, divertidas, parceiras, e que se dão ao respeito. Mais do que muito casal hétero que fica se esfregando por aí. Apenas vivem de acordo com a concepção deles assim como todos, que vivemos de acordo com o que achamos que a certo para cada um.

Então, deixo abaixo o post que muito me agradou: 

"Então bom dia ..
Como na internet tudo gera polêmica vim da a MINHA opinião
Enfim todos estão comentando o beijo "lésbico" do primeiro capítulo da novela de ontem ..
Sabe porque a Rede Globo tem pico de audiência no horário nobre ??
- porque as pessoas que tanto criticam as novelas nn desligam suas TVs e nem mudam de canal .. Preferem a hipocrisia de julgar mais ainda assim assistir ..
Reclamaram do beijo da Fernanda Montenegro no primeiro capítulo , mas aplaudiram o beijo do Felix no último capítulo de Viver a vida
HIPÓCRITAS !
Eu nn quero que meu filho veja beijo gay realmente, mas também nn quero que assista uma mulher nua ou cenas pornográficas .. Pra mim tem o mesmo peso ..
Todo mundo sabe que Deus criou HOMEM pra ter relação sexual com MULHER mas criticam na TV e aceitam na vida real ..
Não estou aqui pra julgar ninguém ..
Mas já que optou por assistir a novela fica quietinho e para de postar gracinha no facebook pra ter curtida ..
E pra quem nn assiste parabéns , mas nn use esse momento livre pra julgar quem assiste .. Vai orar , ler a bíblia fazer alguma coisa construtiva!
Não sou defensora da Rede Globo nem de nenhuma emissora só acho que o ser humano tem a mania mt feia que querer colocar a culpa daquilo que faz em tudo menos neles mesmo ..
O ladrão pra ser ladrão nn precisa assistir televisão
Homossexualismo SEMPRE existiu , cabe a cada um saber que caminho seguir .. Independente do que vê ou ouve!"  

Joyce Cordeiro.


Alguns dos casais homossexuais mais conhecidos na telinha, não lembro de todos. E que não pare por aí, pois se o povo quer novela cada vez mais real como a vida ao vivo, então que se tenha tudo que a vida real tem.













16 de março de 2015

Onde estás tu, felicidade?




Tema do Globo Repórter de sexta foi bem interessante: menos dinheiro e mais felicidade, é possível? 

Muitos de nós repetimos ao longo da vida que dinheiro não traz felicidade, mas que nos proporciona alguma coisa que é associada a felicidade: casa, carro, viagens, festas e infinitas coisas adquiridas. Portanto, para ser feliz temos sempre que ter alguma coisa "a mais". E com isso, nos tornamos cada vez mais consumistas em busca de algo que talvez nunca iremos encontrar para nos tornarmos totalmente saciados. Parece que sempre fica faltando algo.

Acredito que todos nascemos com tudo que necessitamos pra ser feliz. Ao ao menos, a grande maioria de nós. E mesmo os menos favorecidos de alguma forma, ainda sim conseguem ter uma alegria de viver e um sorriso na alma que muitos não entendem porque ou quais os motivos pra isso, já que não se tem quase. 

Mas aí, de repente é isso. A felicidade está nas coisas simples, nas menos improváveis, ou apenas na aceitação de que a felicidade está dentro de cada um, independente das adversidades, do mundo.

Então taí a explicação para muito afortunados não serem felizes. Ou muitos realizados em algum campo da vida também não serem felizes. Sempre fica a sensação de incompletude. Justamente porque não importa quantas posses se adquira ou o quanto se faça a vida inteira se o que está dentro da gente não floresce, não vive. 

E passa-se às vezes uma vida inteira atrás não só dá felicidade como uma maneira de defini-la. Mil pessoas a definirá de formas diferentes, pois para cada um de nós, felicidade representa uma coisa diferente. Felicidade é subjetiva. Só que essencial! Uns vem com ela no peito desde o berço, outros a adquirem ao longo da vida através de experiências e autoconhecimento. A maioria passa a vida a buscá-la e mesmo assim não a encontra. E talvez, essa incompreensão de que os que tudo tem podem não ser felizes e os que nada tem ainda sim são felizes. Podemos ser felizes por um momento, por uma vida inteira. Mas não podemos é não sermos felizes.

E a única certeza que eu tenho hoje, depois de muita coisa vivida no auge dos meus 32 anos rs, é que a felicidade pode ser de qualquer forma, mas só nós podemos escolher ser feliz e correr atrás dela. 

Vi o programa todo e realmente para cada tipo de pessoa a felicidade se materializa de forma diferente, mas a sensação de realização, plenitude, satisfação, paz é a mesma. 

Portanto, mais do que praticar o desapego, é ir pra ontem atrás do que nos faz feliz, porque é isso que nos move, dá sentido a vida, faz tudo valer a pena.

 #‎momentoreflexãonavida‬

A revolta de 2015: E o gigante voltou com tudo!





E do caos, depredação e violência nas ruas em 2013, apesar do real motivo ter ficado enfraquecido e em segundo plano que era de justiça para tantas coisas erradas que existe no país, hoje em 2015, uma nação orquestrada, educada, focada e determinada tomava conta das ruas em diversas capitais do país. Até mesmo os brasileiros residentes no exterior aderiram a manifestação para por fim a tanta corrupção e sujeirada, tantos anos de um país largado, destroçado e desrespeitado. Indignados, cansamos de sermos ofendidos, feitos de palhaços e de violentarem os nossos direitos e saírem impunes.

Hoje, cantando o hino do Brasil o mais alto que se pode apesar da vergonha em que se encontra o país e da descrença alheia, ainda sim somos "brasileiros, com muito orgulho e muito amor". Só quem é brasileiro que sabe o que essas frases cantadas numa só voz, numa só fé, por camisas verde e amarelo apenas, não por cores, religiões, sexo, partido político, mas por cidadãos brasileiros unidos por um Brasil melhor, repercute no nosso coração. Que não seja para eles, que seja para os que perpetuarão suas famílias.

Das milhares de reportagens que vi, nenhuma fagulha de violência, apenas de esperança de dias, povo e país melhor! Revoltados por um partido que destruiu o país ao longo de seus mandatos, mas revoltados no fim das contas com todos os demais partidos e políticos que por nós nada fizeram em muitos anos. Dar um jeitinho aqui e ali não é fazer de fato. É mascarar a realidade. E achar que nos satisfaz com isso! E foi isso que o Brasil sofreu por anos! Enfim, os brasileiros resolveram apenas parar de reclamar de inconformismos mil e ir às ruas, à luta. Entendeu que briga por diferenças enfraquece um todo. Então, vamos deixar as divergências de lado e unir forçar para o que interessa. O brasileiro (uma boa parcela) entendeu também que não basta apenas exigirmos que os políticos nos respeitem, se nós não nos respeitamos, tendo postura e conduta questionável, não cumprindo com a nossa parte e o nosso dever enquanto cidadãos.

O gigante acordou? Sinceramente, ainda não sei! Mas conseguimos desta vez, olhares positivos mundial e de repente até um certo apoio, que antes só tínhamos conseguido chamar a atenção negativamente, embora a intenção era positiva. Desta vez eu não fui pra rua. Não pintei meu rosto e não entoei "vem pra rua, vem!". Mas com certeza diante deste espetáculo de civilidade, cidadania e patriotismo, eu estava lá em pensamento, com o coração cheio de esperanças.

O maior protesto da história do país, com mais ou menos 2,2 milhões de pessoas nas ruas contra o governo atual, todos os anteriores e os que pensarem em vir depois com a mesma metodologia. Vamos deixar bem claro que só vão fazer com a gente o que a gente permitir e que não vai ser mais a moda caralho! Queremos trabalho que pague o justo para que possamos viver dignamente, ter acesso à educação, saúde, segurança, saneamento básico e moradias decentes e de qualidade como merecemos. Menos impostos e uma economia crescente revertida para o própria país. Não queremos ser conhecidos apenas por corpos sarados e bronzeados, belas paisagens naturais e um povo que samba, bebe e come pizza enquanto o mundo ao seu redor desaba. Porque até o nosso elogiado futebol também se fudeu! Somos muito e temos muito a oferecer, a mostrar, principalmente a garra. Porque somos brasileiros e não desistimos nunca!


#‎PorUmBrasilMelhor‬  #‎VemPraRua  ‬ #‎MudaBrasil‬


De todos, dois depoimentos de cidadãos me chamou a atenção:


"Não é o caso de intervenção militar, não é o caso de Impeachment. É o caso de criar vergonha na cara e de termos um país decente, de gente honesta, trabalhadora e por um fim a toda essa corrupção que toma conta do país de uma maneira deslavada e vergonhosa".


"Todos brasileiro, independente de partido, que trabalha e paga impostos e quer um pouco de justiça social verdadeira, sabe o que é o significado de um ato em massa como este".

15 de março de 2015

Aprendendo a aceitar Deus em sua essência e desmandos!


Refletindo sobre o que uma amiga colocou ontem: "E se Deus disser não? Você está pronto pra dizer amém?". 

Pois sempre dizemos que confiamos a Ele para que seja feita a sua vontade e que ele sabe o que é melhor pra nós. Mas lá no fundo, a gente cruza os dedos e todos os dias logo cedo dá uma olhada pro céu e pede pra Deus que nossas vontades coincidam com as dele. Mas caso não, que a sua prevaleça e que seja feito sempre o melhor! Mas e se for da vontade dele nos vetar algumas coisas? Nos fazer passar por vales de sombras? Mesmo assim vamos continuar a acreditar que está sendo feito o melhor pra nós e que Deus sempre sabe o que faz? ‪#‎momentoreflexão‬ ‪#‎aprenderaaceitaravontadedeDeus‬ ‪#‎crescimentoespiritual‬

Tô aprendendo a duras penas a elevar minha fé, minha espiritualidade, independente de religião. Passo por alguns momentos na vida que duvido, não só que Deus exista, mas que ele de fato saiba o que está fazendo comigo e que está fazendo o melhor pra mim, independente da minha aceitação ou compreensão. Tô aprendendo que o tempo de Deus é diferente do nosso. E quanto mais ele demora para agir, melhor vai ser o feito, e que a caminhada para o fim importa mais que a chegada de fato. É nela que aprendemos e crescemos de fato. Sei que para alguém ansioso por resultados logo é difícil esperar. E não bastasse esperar, ainda confiar em algo que não se sabe. Mas a vida ensina.

Ainda tenho dias e momentos nebulosos que fico com raiva do tanto de pessoas que me dizem "tenha fé" diante de uma situação que tá na cara de que somente fé não vai mudar drasticamente as coisas. Mas sim, ajuda, não vou negar. Mas depois, me pego no silêncio do meu quarto, da minha alma, conversando com Deus. Não  faço nenhuma grande preparação espiritual para isso, pois o meu Deus é simples, vai me ouvir e dar um jeito de me mostrar as respostas e ensinamentos independente do jeito que eu me apresente para ele.

E quando não consigo falar e nem ao menos pensar, vou de encontro à natureza. Sento e olho o mar, caminho no meio da mata, me banho numa cachoeira, coisas assim... pois sei que nestes mínimos momentos e assim como todos, Ele está lá. Mas existem uns que estamos mais suscetíveis que outros, nos abrimos mais, mesmo que a gente não perceba.

Então, venho me trabalhando para aceitar sem contestar, embora isso ainda seja muito difícil pra mim. Aceitar que Deus escreve certo por linhas tortas. Que ele sempre sabe o que faz. Que ele faz o melhor pra nós. E que nada é por acaso ou em vão. E às vezes, não é em nenhum dia especial ou num momento importante que as respostas vem. Às vezes, num simples dia qualquer onde nada demais acontece, chego a conclusões maravilhosas, sou tomada por certezas e positivismo e otimismo, perseverança, coragem e fé, principalmente em mim mesma. Numa fração de segundos como amanhecer ou entardecer, sinto a presença de Deus.

Ainda me considero muito cética para certas coisas. Mas vivendo e aprendendo. Nada como um dia após o outro. Sei que vou me trabalhar e melhorar. Mas tudo a seu tempo. Sei que ainda terei que passar por algumas coisas para crer. Enfim,  nada é perfeito, nem eu rs. Mas ando me sentindo bem comigo mesma com o que carrego dentro do peito com relação à Deus, até mesmo com as minhas intolerâncias e incompreensões por alguns momentos. 

E assim espero seguir, melhorar e evoluir e consegui entender as mensagens que ele me envia através de formas mil. 



14 de março de 2015

Os melhores dias da minha vida!





E numa destas curvas da vida, a gente se deparou com um cruzamento logo à frente, e nos separamos. Não, não foi fácil! É muito mais difícil dizer adeus do que se pensa. Mesmo que passemos horas a fio na frente do espelho ensaiando as melhores palavras e nos preparando para as emoções do momento. Nunca estamos prontos de fato. Principalmente para lidar com aquele buraco que fica, aquela sensação de vazio, de abandono, de incompletude, de que parece que nunca mais seremos refeitos e que ninguém no mundo inteiro será capaz de ser o que um dia alguém foi para nós. As pessoas se separam por não se gostarem mais, não por estarem completamente apaixonadas. Mas foram atrapalhadas pelas incompatibilidades da vida. 

E todos me dizem: "um dia vai passar", "quando menos esperar, você conhece outro alguém", "não vale a pena ficar cultivando esse sentimento, vá curtir a vida", "ela não merece que você fique assim". Ok. Agradeço todos que se importaram comigo, mas discordo da grande maioria das coisas que me foi dita. Até porque, a grande maioria que me disse coisas triviais que apenas repetem sem parar sequer para pensar no que de fato dizem, ou estão com seus amores ao lado, ou nunca conheceram o amor. Ou vivem de conveniência! A única coisa que de fato concordo, é que um dia, passa. Não que esqueçamos. Mas vai lá pro baú das lembranças. Junto com tantos outros amores e vivências e momentos e pessoas especiais. E algumas certezas que a gente cala pra poder seguir em frente. A gente caminha pra frente, vai levando, vai vivendo, não tem jeito. É o ritmo natural da vida. Mas a verdade interior de cada um sempre vai estar lá, seja a cada olhada no espelho ou a cada visita aos pensamentos perdidos nas horas vagas.

E como dizer que não foi nada, que não valeu a pena, que foi em vão? Foi simplesmente tudo! Uma destas coincidências que a vida nos reserva e quando menos esperamos, tchum! Lembro de quando nos conhecemos, meio que por acaso. Num destes barzinhos da vida, quando a gente vai despretensiosamente apenas para beber e ver o agito. Na verdade, eu fiquei de olho foi na amiga gostosa dela! Tá certo, não dei muita bola pra ela. Na verdade, até a usei para tentar chegar à amiga, mas com a minha sorte com as mulheres, aliado ao meu charme irresistível, trocamos algumas meras tentativas furtivas de uma aproximação que foram falhas. Por fim, apesar da tentativa dela por me achar um "cara legal", apenas levantou e desceu os ombros no fim da noite querendo dizer, "desculpas, mas não vai rolar". Pagaram a conta e saíram porta à fora sem nem olhar pra trás.

Nosso segundo encontro também foi meio inesperado. Nos corredores de um mercado. Lugar beeeemmm romântico. Lembro que olhei pra ela e de cara me pareceu familiar, mas minha memória me trai a toda hora e eu achei de cara que a estava confundindo com outra pessoa, só podia. Mas, me permiti dar uma olhada mais apurada nela e apesar de jeans, camiseta básica, sapatilhas nos pés e um nó no alto da cabeça com o cabelo, estava com uma beleza singela, principalmente porque emanava felicidade, olhando embalagens e comparando preços. Minha divagação não demorou muito para ser perturbada, por ela! Como num relance, ela olhou pra mim, parou por uns instantes e deu um tchauzinho tímido, acompanhado de um sorrisinho. Na certa com medo de que eu não a reconhecesse, como reconheci. Ou que também estivesse se confundindo. Mas ao emparelharmos carrinhos naquele corredor estreito cercados por enlatados, ela me lançou um "oi" meio sem jeito e disparou logo "infelizmente naquela noite a minha amiga não estava boa pra investidas". Ráaaaaaaaa, sim era ela e graças a Deus a minha memória falha não me traiu. Mas nossa, eu não reparei nela naquela noite como estou reparando agora. E que além de bem vestida, era educada e simpática. E fiquei em fração de segundos tentando entender porque cargas d'água eu me interessei pela pessoa errada? Coisa sem explicação! E ela me arrancou das minhas indagações me perguntando algo sobre se eu já tinha experimentado uma marca de molho de tomates. 

E de repente, de uma coisa idiota a conversa fluiu como água em rio. E de comida fomos para o tempo, do tempo para a novela, da novela para o trânsito infernal e depois de pagarmos as compras, não me lembro bem como fomos parar nos finalmentes, mas combinamos de tomar um chopp no fim da semana. Ajudei-a com as compras no carro e segui meu caminho, me perguntando como eu não estava fazendo esforço para ser conversado, cavalheiro e tudo o mais, como geralmente eu fazia. Estava simplesmente sendo...

E a semana seguiu com várias vezes ela habitando a minha mente. Entrando sem pedir licença, com aquele jeitinho despretensioso mas de quem já chega chegando. Fiquei lembrando da risada dela com coisas tolas e também da mania de mexer no cabelo. Não sei bem se é por nervosismo ou puramente mania. Notei também que os olhos mudam de cor à luz do sol, ficam mais claros. E que ela caminha parecendo dançar, porém pisando firme e com determinação. Me peguei mais atento aos detalhes sutis, imperceptíveis aos olhos nus, mais do que no corpo que logicamente chama a atenção e na beleza do rosto. Coisa que qualquer um consegue reparar. Notei também que ela é inquieta, assim como eu, sempre tem que estar procurando algo para focar a atenção, apesar de estar no meio de um conversa, de um grupo de amigos, de um bar cheio de gente. Até porque no mínimo eu não queria pensar que seu olhar não gostaria de se encontrar com o meu. E nunca torci tanto para uma sexta-feira chegar que não fosse primeiramente para me livrar do trabalho, mas quanto mais eu ansiava, mais distante ela ficava.




No dia mesmo estava mais inquieto do que de costume. Distraído, pensamento longe. Deixei pessoas falando sozinhas ao longo do dia e me peguei imaginando algumas coisas, coisas essas que tento afastar da minha mente, pois não queria expectativas de nada. Mas ao mesmo tempo precisava delas. E o dia se arrastou, como sempre quando temos algo que queremos muito que chegue. Entrei no mesmo bar com as pernas meio bambas, as mãos transpirando um pouco e a respiração meio ofegante. Tentava me manter calmo e relaxado e não estava entendendo as reações do meu corpo. Como um tufão de ar, ela abriu a porta e iluminou o ambiente, apesar de ser noite. Não estava pouco e nem muito arrumada. Estava perfeita! Ela me viu logo de cara e abriu aquele sorriso largo e cativante. E nem esperou que eu me levantasse pra puxar a cadeira pra você. E pra minha surpresa, ela não sentou na minha frente e sim ao meu lado. Me deu um abraço e um beijo no rosto de cumprimento e já me mandou um "e aí?" como se fôssemos velhos conhecidos. pronto, nos conectamos! E como era de se esperar, meu nervosismo sumiu. E as conversas vieram, junto com os chopps e risadas. E eu contei um pouco mais sobre mim e ela me falou mais dela. Não chegamos a ir fundo demais, mas o suficiente para estabelecermos uma intimidade maior. E nas pausas entre as conversas e os goles de bebida, ela cantava a música do ambiente, olhava em torno mexendo no seu cabelo e encontrava meus olhos e os encarava. E a noite foi maravilhosa, divertida, leve, como há muito tempo eu não tinha. E eu mal podia esperar pelo próximo encontro, sentia que não podia mais ficar longe dela, ela era vida. A vida que eu queria! Meio sem jeito nos despedimos e me lembrei que não tínhamos até agora perguntado o nome um do outro, como se fosse totalmente dispensável. Mas ao ouvir a palavra Marina, parece que fui marcado à ferro e fogo na pele.

Mais dias vieram, cinemas, barzinhos, praias, passeios de bicicleta, ver o pôr-do-sol, caminhar sob a luz do luar, jantares em casa, filmes no sofá, jogos em dia de chuva, cozinhando juntos, alguns fins de semana em lugares diferentes e tudo era simplesmente sensacional, inovador, reconfortante, animador. Éramos invejados por outros casais e por aqueles envergonhados com exibição explícita de amor e felicidade. Todos os dias ao acordar e ver o rosto dela tranquilo dormindo ao meu lado e à noite relaxada sob o meu corpo, vendo TV, lendo um livro ou conversando sobre tudo e sobre nada, me perguntava como as pessoas demoravam tanto para ser felizes. Ou para achar a felicidade. Será que elas esperavam demais? Ou se cobravam demais? Sei lá, tanto faz... eu simplesmente achei e da forma mais simples do mundo: basta Marina estar junto à mim. E assim seguiram-se meses, passamos de amor de verão, de carnaval, de casal que se junta pra passar o dia dos namorados junto rs. Passamos também pelo inverno, por mais algumas datas comemorativas e nelas, conhecemos as famílias um do outro, amigos, onde fomos aceitos e acolhidos. Pois todos, sem exceção, pareciam perceber o fomos feitos um para o outro.




Porém, nada dura pra sempre! Ou ao menos não do jeito que gostaríamos. E como naquele texto "que seja eterno enquanto dure", vivi intensamente os melhores dias, semanas, meses e anos da minha vida naquele longo porém curto espaço de tempo. Quanto tempo não sei precisar, eu não contei. Eu simplesmente amei, ri, chorei, briguei, fiz as pazes, fiz amor. Eu simplesmente vivi embriagado de Marina todo esse tempo que estivemos juntos. E eu me doei, eu cresci, eu aprendi, eu mudei, por ela e no final das contas, por mim mesmo. Mas também ensinei coisas e sei que alguma parte de mim vive nela. E fomos aluno e professor, alternado papéis na cama, na vida, no coração. Fomos amantes e amigos. Fomos o porto-seguro um do outro. Fomos o apoio, o incentivo, as verdades ditas. Fomos o bem querer, a cumplicidade, o acalento. Fomos a cura para as feridas. Fomos fortalecimento. Fomos o medo que as adversidades, as incompatibilidades, os pesares da vida fossem maiores. Não foram! Mas o destino foi. E tem forças que por mais que tentemos, não podemos lutar contra. Simplesmente é nadar e morrer na praia. Um dia nublado e cinzento, destes que deixa uma sensação de inquietude meio inexplicada dentro da gente, veio a notícia. Uma nova oportunidade, uma nova chance, destas que só acontecem uma vez na vida e a única coisa que se podia fazer é seguir o curso da vida. 

E desde aquela notícia nossas noites nunca mais foram as mesmas. Nem os dias. E nem nós. Já não tínhamos mais a leveza no olhar, a calma na alma e no coração. Pois sabíamos que tínhamos os dias contados para pôr fim a nossa felicidade. A eternidade já não era mais a nossa morada e então, nossos beijos e abraços e noite de amor foram de necessidade, de urgência. Queríamos sugar tudo que pudéssemos um do outro para termos mais do outro em nós do que nós mesmos. Mas isso era muito mais difícil! Eu não podia pedir a ela que ficasse. Eu não suportaria vê-la desistindo de um sonho e anos mais tarde, de repente acabaria frustrada e nos punindo, a ela por ter deixado por mim coisas na vida e eu por achar que ela estivesse fazendo a escolha certa e agora se arrependendo. Não temos como saber como as coisas vão ser no futuro. Mas nós dois, com certos calos da vida, sabemos que não se vai muito longe quando não apenas se abre mão de uma coisa por outra ao fazer escolhas, mas quando você se anula, anula seu desejo, seu sonho, sua vida em prol do outro. E eu não podia ir com ela. Minha vida era aqui. Estava crescendo e prosperando e atingindo o lugar onde batalhei tanto a minha vida toda para conseguir estar. E acabamos descobrindo que manter um relacionamento não é difícil. Difícil é ter que abrir mão dele.




Certa vez li num livro que quem ama deixa livre. E se for pra ser, um dia os caminhos se cruzam de novo. Torci os dedos, fiz prece na igreja, pedi a Deus no silêncio do meu quarto. Pensei num presente que ela pudesse levar como a melhor lembrança de nós e percebi que não existe. Isso vai ficar no coração e na memória. De qualquer modo, embrulhei aquela blusa minha que ela gostava de usar quando estava lá em casa e que dizia que tinha o meu cheiro nela. Eu nunca senti nada além de cheiro de amaciante. Mas se ela estava dizendo... Também escrevi uma carta, ao menos tentei. Quando você mais precisa as palavras parecem que simplesmente somem da cabeça e da boca também. Por diversas vezes tentei falar para ela não só o quanto eu estava dilacerado sabendo que nossa separação estava próxima mas o quanto ela mudou a minha vida e que não a enxergo mais sem ela. Tentei falar dos momentos maravilhosos que ela me proporcionou. Mas toda vez que eu tentava falar a voz embargava, os olhos lacrimejavam, não saía nada, só silêncio. E até nele, ela me entendia. Me dava um beijo carinhoso e se aninhava no meu peito. Tenho a sensação de que ela também estava num confronto grande entre as palavras e as emoções. Rabisquei umas frases e torci pra que fizessem algum sentido. Escrevi no envelope para ela ler depois que embarcasse.

Planejamos um monte de coisas pra fazer na nossa última semana juntos. Mas o que fizemos de fato foi ficarmos quietos no nosso cantinho nos curtindo, nos olhando, nos guardando um no outro. Nos eternizando! Não fui ao aeroporto. Não iria aguentar, simplesmente. Bem cedo, antes dela sair de casa, antes do sol nascer, antes de qualquer ser na terra acordar, estava eu lá parado na porta da casa dela. Escalei a janela bem fácil como de costume, após brigas e na urgência de fazer as pazes. Mas desta vez apenas sentei na cama e a vi dormir. Ainda continuava com a aparência serena, mas seu sono agitado denunciava. Acariciei o cabelo, passei os dedos pelo rosto, beijei infinitas vezes a boca, me aninhei junto ao corpo dela e a puxei pra mim. Não sei se ela acordou de cara, mas instintivamente nossos corpos respondem um ao outro e ela se chegou pra perto de mim, virou e me abraçou, aninhou sua cabeça no meu pescoço e apenas murmurou "eu te amo". O primeiro eu te amo, e o último eu te amo. Nos amamos desde que nos vimos naquele mercado, desconfio, e em todas as outras vezes mais. Mas o sentimento que tínhamos dispensava palavras de confirmação ou provas. A gente simplesmente sabia. 

E ela despertou bem antes do despertador e me encarou, e com os olhos já em lágrimas chorou. E eu chorei. E nos beijamos, nos abraçamos, fizemos amor pela última vez. E eu sai por onde entrei e fui caminhando sem olhar pra trás com medo de fraquejar e voltar correndo para o meu mundo, seus braços. Meus passos eram pesados, doídos, martirizantes. Não tenho mais lágrimas para chorar, então eu grito, bem alto pra ver se essa dor, esse misto de raiva com tristeza sai do peito. Mas não sai. Corri o mais rápido que consegui de encontro ao mar, para fugir de mim, de você, de nós. Mergulhei bem fundo e não pensei em mais nada.

Os dias passaram. Mantínhamos mensagens apaixonadas, mandávamos foto, falávamos de nossos dias, as novidades, o que nos aconteciam. Mas o tempo, implacável tempo, foi a causa da separação de vez. Com a vida ficando mais agitada e muitas atribulações, já não nos falávamos com tanta frequência e nem participávamos mais da vida um do outro com tanta prioridade. Outras pessoas e momentos passaram a tomar o nosso lugar. E assim, em mais um destes dias meio inexplicáveis, onde estamos meio assim, você foi pra lá e eu vim parar aqui. E éramos mais que dois corpos separados pelo tempo/distância. Estávamos agora separados em corações. E foi assim que nos perdemos. E foi assim que nós nos fomos um do outro. Nada mais de mensagens, fotos, conversas. Apenas lembranças. Lembranças essas que ainda hoje habitam a minha mente ao deitar e ao acordar. Que são o meu refúgio quando a vida castiga e vai mal, ou quando quero desistir de mim. Já foi bem mais difícil logo no início, não da sua partida, mas da nossa ruptura de fato. Acho que ambos percebemos que seria em vão tentar, então melhor deixar ir de vez. Seria mais sofrido ficar com o pingado quando já tivemos a imensidão da completude. Hoje, ainda dói, mas vou levando. Tenho certeza de que jamais me esquecerei dos melhores dias da minha vida. Sei que ainda há muita coisa reservada para mim e que o amanhã não sabemos. Mas eu simplesmente não quero me livrar dela. Seu n° ainda está na minha agenda, sua foto no meu cel., seus bilhetinhos na minha carteira. Ainda vou aos lugares que íamos e nos vejo lá. E se eu me esforçar um pouco mais, sinto seu cheiro e o sabor do seu beijo, e a sensação que seus abraços me traziam, e de volta aquela paz. O tempo vai levando tudo sutilmente, inclusive as lembranças mais preciosas. Tenho medo de acabar me esquecendo das minuciosidades suas, nossas. É muito difícil dizer adeus!

Então hoje, resolvi por mim e não pelos outros, te guardar no lugar mais especial que existe em mim e seguir. Mas não é um adeus! Quem sabe um dia? Mas por hora, só me resta andar pra frente, esperar o que o amanhã me reserva e escrever as páginas em branco do livro da vida que restou. Mas de uma coisa eu tenho certeza: que alguns infinitos são maiores que outros, como naquele filme. Por isso, é você, tem sido você e vai ser sempre você. Minha escolha, minha certeza, meu amor. 

Porque alguns amores nunca se vão, são pra vida toda! Mesmo que separados... é, eu acho que é assim que funciona.




13 de março de 2015

A ficção ensina, basta querer aprender - Império, cada um de nós tem o seu!





Família, o maior império de todos. Amor é o laço que os une. Independente do mesmo sangue que corre nas veias e de todas as suas diferenças. É com quem podemos contar nas alegrias e tristezas, nas quedas e nos apogeus. São apoio e crucificação, mas sem nunca abandonar os seus. Pena que muitos só se deem conta disso tarde demais. Amor incondicional apesar de tudo, isso é família! 

Pra mim, foi apenas um dos tópicos que a novela ensinou. Sim porque pra mim as novelas sempre ensinam alguma coisa. Assim como os filmes sempre tem aquela "moral da história". E sempre fica uma reflexão, um aprendizado, algo que nos toca. De bom e de ruim. Há muito tempo as novelas deixaram de ser meramente entretenimento para colocarem suas cenas campanhas sociais, mensagens de conscientização, traz conflitos da vida, discute tabus, aborda questões do cotidiano. Traz para dentro de nossas casas todos os dias a mais dura e real realidade que possamos ter: a vida! E cabe a nós, telespectadores, filtrar, analisar e promover um ensinamento a partir do que é mostrado e de nós, nossos valores.

Ensinou pra mim que há aqueles amores que nunca acabam. Independente da direção que cada um vá. Certos casamentos nunca tem fim. Estarão sempre ligados por algo muito maior, quase que inexplicável, como o do Zé Alfredo e Marta, Beatriz e Claudio.

Mostrou que as pessoas podem se redimir, de seus erros, de seus preconceitos como Enrico, Clara, o próprio Comendador, Marta, Orvilho, Lorraine, Tuane e outros tantos ao longo da novela. Ou não, mas assim é a vida.

Mostrou que principalmente nas dificuldades, na doença e nas perdas é onde estão os verdadeiros amores e amizades. "Todo dia vivo já é um bom motivo para comemorar!".\Como foi o caso de Magnólia e Severo, diagnosticado com Alzheimer.

Mostrou que toda forma de amor é válida, viva a felicidade. E mesmo que não seja aceita por motivos de cada um, que seja respeitada! Como os relacionamentos homossexuais e poligâmicos afetivos. 

Mostrou que uma das maiores covardias da humanidade é fazer algo pela costas. Ser covarde o suficiente pra não olhar nos olhos e viver pro resto da vida carregando o fardo da consequência dos atos. Seja na morte do Comendador, nas falcatruas, mentiras e enganações.

E acima du tudo, mostrou que se vc quer saber o quão rico vc é, procure por coisas que vc tem e que o dinheiro não pode comprar. Por mais afortunado que a pessoa seja, feliz mesmo ela só vai ser encontrando a paz, que o dinheiro não compra. E que todos temos a nossa hora e nela, todos, com dinheiro ou sem, vamos acertas as contas com o cara lá de cima.

Mostrou que tem pessoas que não medem esforços para conseguir o que querem, dinheiro, poder, um grande amor. E, será que no final das contas, compensa?

Mostrou que todos nós temos medo de algo e um ponto fraco, por mais durões que possamos ser e por mais titanium que passemos na casca.

E quanto ao comendador morrer, o que eu pessoalmente não gostei hahaha, achei coerente o final. Até porque a novela inteira ele foi sem caráter, enganou, agiu contra a lei, usou pessoas, foi mesquinho, materialista, achava que podia comprar as pessoas e de fato, algumas tem preço e se vendem fácil. Mas, com as porradas da vida mudou, se redimiu, o que não quer dizer que tenha sido suficiente. Assim como Marta uma interesseira e supérflua dondoca que se viu tendo que ser a rocha, o seio da família. E se render com certa humilhação ao amor que sentia ao aceitar, do jeito que fosse outra mulher que seu marido (ex) amava. Ela fez muito mais por ela e nada por ela. E quando a gente para para ver nas entrelinhas e pensar, refletir e não simplesmente sermos passivos telespectadores, começamos a ver um mundo totalmente diferente. E que, a partir do que descobrimos, pode ser que mudemos algo em nossas vidas, pode ser que nos mudemos.
Não tô criticando, apenas comentando e tentando entender: tem muita gente dizendo que as novelas influenciam negativamente, dão péssimos exemplos, deseducam e etc. Embora eu acredite, por mais que possa estar sendo ingênua, que ninguém mais hoje em dia é tão manipulável assim. Todos, até crianças tem suas próprias opiniões muito bem fundamentadas. É mais fácil crianças e adolescentes aprenderem o errado com exemplos de todos os dias e até dentro de casa. Se fosse comigo, pegaria o conteúdo que eu não concordo para ensinar em cima de meus valores morais e éticos o certo e o errado. E acima de tudo a respeitar! 

Mas, e se as novelas não existissem? Basta ter acesso a qualquer tipo de mídia hoje em dia que se vê cada atrocidade e a grande maioria não é influenciada por novelas, filmes, games e afins. Claro que pode existir. Mas são crimes e violências hediondos derivados muito mais pelo caráter de cada indivíduo e pela vida real que vivem do que pela ficção que assistem. Eu fico mais descrente com a humanidade crescendo nesse meio deturpado, sem valores, decência, descaso e fé que vivemos do que com algumas cenas na televisão e que em sua grande maioria são inspiradas em fatos reais. João Pedro é péssimo exemplo por ter matado o pai. E a Suzana Von Ritcthofen? E que ainda tem espaço e audiência em programa de TV.

O mundo é um péssimo exemplo então, partindo desta premissa. Minha humilde opinião!

Agora voltando a novela, um parabéns especial a muitos bons atores que estiveram nesta novela, mas mais especial à Alexandre Nero e Lilia Cabral que deram todo o tempero e o sabor, passando todo tipo de emoção com diálogos verdadeiros e maravilhosos ou até mesmo no olhar.


 Saudades já!