26 de outubro de 2013

Por onde você tem andado?


Foi difícil acordar hoje de manhã? Talvez você seja mais um dos que negociam minutos a mais com o despertador. Seguimos, resignados, o ponteiro da vida real, sabendo que não nos resta outra escolha a não ser assumirmos nosso papel na sociedade, nos esforçando para correspondermos às expectativas do chefe, esposa, marido, filhos, amigos. Mas, e você o que espera? Construímos nossas vidas sob estruturas que já estavam aqui quando chegamos.  Afinal, todos fazem a mesma coisa sempre, certo? Acreditamos que não nos resta alternativas a não ser simplesmente, aceitarmos.  Vestimos os uniformes, penduramos os crachás, seguimos às regras, nos adequamos às demandas, pagamos os impostos, muitas vezes suprimindo, o que de fato nos habita. Por que que eu tô falando isso, agora? Talvez pra me questionar: “esse caminho que você está agora é realmente o seu caminho? É nele que você gostaria de estar? Isso tem a ver com você de verdade? Essa é a sua vida?”. Infelizes àqueles que constroem seus dias a partir das necessidades financeiras, do medo, da culpa, preenchendo todas as suas ambições pelo desejo do reconhecimento alheio. Um dia você foi ligado na tomada e apareceu aqui, sem nenhuma consciência foi gerado e cuidado para que chegasse até esse instante. Todos os seus caminhos te trouxeram para o hoje, para essa tela de computador, para esse lugar, nesse dia, nesse segundo, saiba: foi você quem quis assim! E agora, pra onde irá? Não em refiro exclusivamente á navegação pela net logo após o momento de reflexão. Mas também, o que fará com o que está lendo? Como a maioria das mentes atuais a sua está sobrecarregada de informações, mas qual delas guardará por considerar relevante? Será que você não está programado para armazenar apenas o contribui para a manutenção do que já está? É você quem determina para onde vai a partir de suas escolhas. É você quem escolhe, você! São suas prioridades que revelam que tipo de coração tem.  Talvez você não veja agora outros caminhos. É possível que queira mudar algumas coisas, mas nem saiba como. Preste atenção isso vale para absolutamente tudo: os caminhos, todos eles existem em você. Ai dentro vivem todas as possibilidades que te transformariam em qualquer coisa. A única questão é... você. Você vê? São seus olhos que iluminam os seus passos, que definem o que você consegue enxergar. A luz que sai deles é a que habita o seu coração. Seus caminhos revelam quem é você.  Então, o que você precisa mudar? Independente do que seja, comece pela sua mente. Nada mudará de verdade se antes você não mudar sua mente. Alimente-a com o que faz bem.  Absorva bons pensamentos, olhe por outras perspectivas, ouça uma música, leia bons livros, tenha pensamentos construtivos, veja o lado bom das pessoas. Se há bons pensamentos que habitam o pensamento das pessoas. Abra mão da auto vitimização. Deixe de adular seus traumas. Fique perto de quem agrega, de tudo que constrói um ser humano melhor e principalmente, perdoe.  Perdoe-se! Livre-se do gigantesco peso da mágoa, da vingança, do justíssimo seja ele de que natureza for. Se seu interior for bom, seus olhos também vão ser e consequentemente, seus caminhos também. Dificuldades e dores todos temos. Mas quando você está em paz, o choro não significa desespero. A dor não tangicia caminhos , a escassez vê apenas oportunidades para crescer. Quer repensar seus caminhos? Então comece pelos caminhos que ninguém vê e que está aí, dentro de você.  Mude sua mente.  Fazendo assim, todos, mas todos os seus caminhos refletirão aquele que antes mudou em você.  Não existem fórmulas mágicas, não sei quantos passos pra não sei o que lá, ou qualquer outro ritual que substitua o fato de que seus caminhos refletem quem você é. Antes de mudarmos, mude sua mente. Você só precisa perceber  por onde você tem andado? 


22 de outubro de 2013

Pequenas grandes verdades!


"De qualquer forma, não esqueça das seguintes verdades: Não faça nada que não te deixe em paz consigo mesma; cuidado com o que anda desabafando; conte até três (tá certo, se precisar, conte mais); antes só do que muito acompanhado; esperar não significa inércia, muito menos desinteresse; renunciar não quer dizer que não ame; abrir mão não quer dizer que não queira. O tempo ensina, mas não cura." - (Martha Medeiros)


"Desistir... eu já pensei seriamente nisso, mas nunca me levei realmente a sério; é que tem mais chão nos meus olhos do que o cansaço nas minhas pernas, mais esperança nos meus passos, do que tristeza nos meus ombros, mais estrada no meu coração do que medo na minha cabeça." - (Cora Coralina)


"Ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância... Usar as perdas para refinar a paciência. Usar as falhas para esculpir a serenidade. Usar a dor para lapidar o prazer. Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência!" - (Augusto Cury)


"Sucesso acontece quando você para de falar e começa a agir. Realizações acontecem quando você para de lidar com promessas e começa a tomar objetivas e intencionais ações! Em vez de fazer elaborados e impressionantes planos, tome pequenos, mas eficientes passos rumo à concretização desses planos. Em vez de constantemente lutar para convencer outros sobre o que você estará fazendo, atraia a atenção e o apoio deles com o foco naquilo que você já fez! Não coloque a sua energia no "parecer atraente", mas no sólido, precioso e valioso resultado, porque são eles que causam uma inesquecível, inegável, positiva e marcante impressão!" - (Nélio Da Silva)
"Algumas coisas não servem mais. Você sabe. Chega. Porque guardar roupa velha dentro da gaveta é como ocupar o coração com alguém que não lhe serve. Perda de espaço, tempo, paciência e sentimento. Tem tanta gente interessante por aí querendo entrar. Deixa. Deixa entrar: na vida, no coração, na cabeça." (Caio F. Abreu)


"Há gente que em vez de destruir, constrói; em lugar de invejar, presenteia; em vez de envenenar, embeleza; em lugar de dilacerar, reúne e agrega!" - (Lya Luft)


"Por todos os sorrisos gastos, as gargalhadas musicadas ao vento, a cumplicidade das ótimas companhias, os medos vencidos, pelos dias de eloquentes sentimentos, pelas boas causas e canções que compreenderam sensações e arrancaram lágrimas, pelo ar que entra pelos pulmões e o sangue que passeia pelo seu corpo e te faz sentir humana e viva, pelos bons fluidos e toda bondade e privilégios que possamos ter alcançado já valeu a pena existir! Agradeça por isso, por estar aí no lugar que conquistou lembrando sempre que o melhor está por vir!" - (Natan Gaia) 


"O que fica secreto não chega a ser uma mentira, mas é algo que não ventila, não dialoga, não evolui, mantém-se estático na sua inutilidade, mofando, criando teias e envelhecendo sem nunca ter sido confrontado. A transparência dos nossos pensamentos e sentimentos é o único meio de estabelecermos conexões fortes e de avançarmos, tanto pessoal quanto socialmente. Há quem evite a transparência porque ela pode causar vergonha. Ora, é justamente de mais vergonha que precisamos. A vergonha nos civiliza e nos estimula a agir de forma correta." - (Martha Medeiros)


"Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem cumpre o que promete. É elegante não ficar espaçoso demais. É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro. É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais. É elegante retribuir carinho e solidariedade. Sobrenome, joias, e nariz empinado não substituem a elegância do gesto. Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante. Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo. Educação enferruja por falta de uso." - (Martha Medeiros)


"O primeiro passo para se chegar a algum lugar é decidir que você não quer mais ficar onde está!" 


 "Nunca permita que alguém corte suas asas, estreite seus horizontes e tire as estrelas do seu céu. Nunca deixe seus medos serem maiores do que a sua vontade de voar. O valor da vida está nos sonhos que lutamos para conquistar."


" Tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras. Sou irritável e firo facilmente. Também sou muito calmo e perdôo logo. Não esqueço nunca. Mas há poucas coisas de que eu me lembre. Tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação." (Clarice Lispector)


"Uma hora ou outra o destino se ajeita, as coisas se acertam, o passado é esquecido, as dores cicatrizam. Quem tem que ficar fica, o que é verdadeiro permanece, e o que não é some. Não tenha pressa, não guarde mágoas, não queira pouco... Sempre queira o melhor. Espere na sua. Aprenda a ser paciente. Aprenda a ouvir uma boa música quando a tristeza bater. Aprenda a ignorar o que te faz mal. Aprenda, sobretudo a ter fé."


"Quem eu sou, você só vai perceber quando olhar nos meus olhos, ou melhor, além deles."
 (Clarice Lispector)


21 de outubro de 2013

Muito eu...


Vi esse texto na net e me identifiquei com algumas partes dele. No todo ele é maravilhoso. Mas algumas palavras parece que foram proferidas especialmente para mim. Nós somos o que somos porque somos o resultado de um conjunto de sentimentos e ações ao longo de nossas vidas. Quem conhecemos, aonde fomos, o que vestimos, comemos, ouvimos e lemos ajudam a formar não só nossa personalidade mas o nosso caráter. Ninguém é o que é da noite pro dia. Muitas vezes, somos o resultado de muitas transformações derivadas de aprendizado e dificuldades, de muitas cabeçadas e erros. Muitas vezes, somos o que somos porque não conseguimos abandonar a nossa essência, apesar de conseguirmos nos adaptar há muitas situações e mudar em certos aspectos. Nenhuma mudança externa é capaz de sobrepôr a interna. E nenhuma mudança é tão certa quanto aquela que fazemos por nós mesmos e não pelos mundo!


"Hoje tive alguns momentos de reflexão!

Eu: uma pessoa em busca eterna do aprendizado. Alguém que procura acertar, mesmo que através de incontáveis ERROS e como estes fizeram, fazem e vão fazer parte de toda a minha existência!
Amante da natureza e cujo lema é ser feliz, embora nem sempre seja: coisas da normalidade humana!
Amigos, para mim, são os verdadeiros tradutores da minha alma, termômetros do meu "Ser": espelhos meu!
Falar mal de um amigo é denunciar uma escolha voluntária feita por mim para estar ao lado de alguém com quem tenho muitas afinidades: não seria um tremendo paradoxo?

Mulher urbana, mas que conserva em sua alma valores campestres e a simplicidade da vida.
Valores materiais são conseqüências e muito bons: quem não gosta? desde que com consciência que não passam de prazeres momentâneos e sem significado algum diante dos verdadeiros sentimentos e valores. Sem estes, sim, nada faz sentido.

Não agrado a todos e nem procuro tal "feito", sou "eu", "eu mesma" e isso me basta! Eu obedeço o que meu espírito inconscientemente me impõe e quem "bem" me conhece sabe disso: essa sou EU!
Adoro rir, gargalhar, chorar por nada e curto cada momento: aquele alegre e aquele triste também…sou toda emoções, fazer o quê? Não curto nada morno e tudo tem de ser completo, pois não suporto metades: só se eu nascer de novo e olha lá! 

Resumindo:
No meu mundo a Lua não é mera figurante da noite, mas verdadeira protagonista dela;
o Sol não brilha apenas para provar que o dia amanheceu, mas para fazer brilhar o meu coração; 
Os pássaros não cantam simplesmente, mas encantam minha alma e me fazem cantar com eles;
As estrelas aparecem à noite para provar que estou viva e que, também, posso brilhar junto a elas em meus momentos de sabedoria, doação e plenitude...afinal, lá estão elas, todas as noites, doando-se para a humanidade;
Tempo não é só para que eu lembre das horas e do quanto preciso correr nesta cultura de consumo, mas também, para me fazer parar e ver meus erros, rever meus conceitos, perdoar aos outros e, principalmente, perdoar a mim mesma: tempo para rir, sorrir, gargalhar, amar ao Criador, ao próximo, amar a vida e apreciá-la sem pudores e com liberdade;
Que eu possa voar com o vento, correr o mundo e gritar ao alto a força presente em minha alma; 
Água para suavizar, momentaneamente, minha sede de conhecimentos, lavar minha alma e, que com ela possa chorar minhas dores e meus medos sem receios, pois sou humana e tenho um coração;
Quero correr em campos com os pés descalços, cheirar as flores, banhar-me em uma cachoeira e sussurrar a ela meus segredos e nunca deixar pesar a alma;

E como foi importante em minha caminhada tudo o que passei: das alegrias aos sofrimentos e, principalmente estes, pois aprendi a ser forte e madura à força. Agradeço aos meus pais os ensinamentos que me passaram e hoje, com discernimento, percebo o quanto tinham razão. 
Agradeço aos meus filhos lindos que me ensinaram o que é AMOR INCONDICIONAL; agradeço aos meus amigos de BSB que tão bem me acolherem e ainda me acolhem e a todos os meus amigos que tive ao longo da vida: os de Sergipe, De Maceió, os dos colégios que estudei, da faculdade de Direito, de Jornalismo, dos estágios pelos quais passei, dos trabalhos temporários, efetivos, os do voluntariado, …

Agradeço, também, aos "amigos" que me decepcionaram de alguma forma, pois a decepção transformou-se em força; aos "amigos" que me usaram e depois descartaram, pois aprendi que uma verdadeira amizade é sincera e resiste às dificuldades, falsos interesses e comodismo; meu muito obrigada aos "amigos" que me traíram, pois apesar de tamanho sofrimento e queda, consegui levantar-me mais sábia, madura e valorizando, mais do que nunca, a lealdade, companheirismo, confiança e fidelidade, sentimentos imprescindíveis em uma amizade. Agradeço aos meus verdadeiros e bons amigos pelo simples fato de existirem e colorirem a minha vida.
Agradeço, principalmente, aos amigos que estão longe ou os que já partiram e, em especial, ao Carlos Prestes Júnior: com você aprendi e fortaleci inúmeros valores, laços, a importância da discussão sobre desigualdade, preconceito, racismo e a lutar para vencê-los arduamente no nosso campo profissional e na Vida: Amigo, você se foi há quase 5 anos, mas é um anjo que continua inspirando-me diariamente!

Não poderia esquecer do "Ciranda de Espetáculos", meu antigo grupo de teatro e a todos os integrantes, quando decidi sair da redoma e do conforto nos quais me encontrava em busca do novo, de algo impossível em um lugar deserto, pois com isso aprendi que a divindade está na simplicidade da vida, nos amigos que cultivamos ao longo desta e que as diferenças são sinônimo de beleza: com vocês perdi minha timidez, com o Tiago -ator e diretor do grupo- eu entendi o que é humildade no sentido cru da palavra, com o Nilton, produtor deste grupo, e que hoje deve estar produzindo em outra dimensão, aprendi a não desistir dos sonhos e que ser artista é ser um mago de Deus e, portanto, devemos não só praticar a arte ao nosso bel interesse, mas também doá-la como fazíamos no nosso projeto "Literatura viva"...

Sou muito grata aos meus inúmeros e companheiros DEFEITOS, pois através deles estou sempre buscando a transformação: UM DIA DE CADA VEZ!

Cada um que fez parte da minha vida não passou inutilmente, mesmo os que passaram por apenas uma manhã, tarde ou minutos: algo deixaram de si e algo levaram de mim para uma eternidade. Não quero apenas gritar um "eu te amo" no leito de morte, mas bem viva e agora: Amo todos vocês, simplesmente, pelo que são: com tantas qualidades fantásticas e defeitos inerentes a qualquer ser HUMANO. Somos irmãos, seja por laços de sangue, de coração ou irmãos em Deus..."

MiMa Marys



15 de outubro de 2013

"... que o pra sempre, sempre acaba..."


Em fração de segundos fui do céu ao inferno. Em fração de segundos passei da mulher mais realizada e satisfeita para a mais estúpida e infeliz. O chão se abriu debaixo dos meus pés e um buraco negro me engoliu. Pena que eu não devo ter agradado o paladar, pois lá, no nada, seria um bom lugar para permanecer por um bom tempo, até isso tudo passar ou até eu acordar do pesadelo que estava sonhando. Sim, porque tudo não podia passar de um terrível e imenso engano! Assim eu esperava. Mas não era! E agora?

Problemas no paraíso! É assim que um certo amigo se refere, de uma forma engraçada mas não menos séria, quando tem problemas conjugais! Isso tudo para dizer que os problemas não avisam antes de chegar, alguns sim, mas a maioria não. E de uma hora pra outra o tempo fecha e lá vem a tempestade! E assim foi comigo. Num dia aparentemente comum, sem nada demais, mas aonde eu me sentia feliz e realizada além de sortuda por ter a vida que eu sempre quis ter, fui surpreendida por uma daquelas porradas que a vida dá bem na sua cara pra te situar de quem é que manda na situação. Não vou entrar em minuciosidades, mas resumindo, meu digníssimo disse umas coisas nada legais de se ver para quem não deveria. Além de não ser a pessoa mais apropriada para ele fazer isso, não gostei nada como como ele expôs a nossa vida de uma forma tão aberta e ainda por cima sem contar toda a verdade. Diz ele que, num momento de chateação falou demais e se arrependeu. Falou da boca pra fora inclusive o que não queria e o que não sentia só pelo prazer de falar. Diz ele que, sabe que falar já foi um erro e principalmente as coisas que disse foram um erro maior ainda só que isso, agora, não ajuda em nada a minha situação! O fato é que eu me senti traída e feita de boba tentando ser passada para trás e por mais que ele repita a ladainha de "desculpa, eu errei, me perdoa, eu te amo, você é a mulher da minha vida, eu não vou fazer mais isso, acredita em mim, me dá mais uma chance" não me convence, mais. Relacionamento é que nem uma louça de cristal, quando cai e quebra o cristal se estilhaça em mil fragmentos tão pequenos, que fica impossível colar e refazer o estrago. É assim que eu me sinto, despedaçada e incapaz de me refazer. Nem a dor visível nos olhos dele que deveria ao menos ser um ânimo para mim pela burrada que havia feito, não está adiantando! Eu simplesmente não consigo sair deste estado de dor e decepção!

Eu nunca tive a ilusão de que o meu relacionamento era perfeito! Mas eu sentia e até onde via era muito satisfatório para nós dois! Desde quando começamos a "ficar" nos reconhecemos no outro como tendo os mesmos objetivos e desejos e não demorou muito, resolvemos nos unir de fato, primeiro morando juntos, depois com o casamento e agora, pensando e planejando formar uma família de fato. Tá certo, nesse meio tempo houve muita confusão, brigas, desentendimentos, problemas. Muita coisa foi séria, outras nem tanto assim. Mas quando entra família no meio é foda. Por mais que a gente queira não se deixar levar pelas coisas que acham e que não acham, não adianta, são pessoas importantes e que nunca vamos conseguir afastar de vez, tornando a opinião deles e até mesmo posição deles em relação a união como uma condição imprescindível. Quando não há aprovação e as partes não se entendem, isso influencia diretamente na relação. Abala mais que terremoto. E para isso, sinceramente, eu não estava preparada. Sabia que poderia não ser fácil como é muito comum na maioria dos relacionamentos. Mas não sabia que seria uma missão impossível. Não, para ser rejeitada, mal vista, mal tratada e caluniada, além de indesejada, não, eu não estaca pronta e sinceramente, acho que nunca estarei! E sei que isso é um divisor de águas. Ou toca-se o foda-se e vive-se a vida como se quer ou passa-se a vida inteira presa aos achismos e vontades alheias, tentando agradar sempre para conseguir uma aceitação. E quanto mais os anos passam, pior fica! Quando achei que finalmente as coisas iam melhorar, pioraram de vez, e o melhor é que eu nem sei o porquê. E o de vez, quero dizer que é quase colocada uma condição "ou ela, ou nós". E apesar do meu marido reafirmar que é a nós que ele escolhe e que não vai ceder às chantagens emocionais familiar, vejo hoje, depois de algumas coisas que li, que ele não tem tanta certeza assim e que o peso que a família exerce na vida dele é mais significativo do que pensei a ponto de fazê-lo duvidar hoje, das escolhas que ele fez para a vida dele. Entre a gente achar que dá conta e dar de fato é um abismo de ilusões. E quanto mais negamos para nós mesmos a verdade, pior é depois para voltar atrás e admitirmos o que realmente queremos que aconteça.

Sempre tive muito receio de me juntar a ele definitivamente devido à fama que ele sempre teve de infiél! Mas, com o passar do tempo e ao meu lado, ele nunca me deu motivos para desconfiar e nem nunca tinha feito nada que me provasse o contrário do que ele sempre disse pra mim. E acho que essa porrada doeu mais. Porque meus medos vieram à tona. Como ele mesmo disse, não só estava se sentindo cansado com os problemas do casamento e se sentia sufocado nele, como não conseguia lidar com o fato da família dele e eu não nos entendermos, logo, ele não conseguia ligar mais com a gente. E isso fez com que ele procurasse uma outra pessoa que já esteve em sua vida para desabafar  em algum momento soltar que deveria repensar suas escolhas e suas decisões. E que sentia arrependimento. E que era visível que certas escolhas não se podem voltar atrás, infelizmente. Essas palavras foram como uma faca me atravessando infinitas vezes. Eu podia esperar tudo, até mesmo que ele me dissesse que tinha me traído de fato. Até para isso eu estava preparada. Mas para lidar com ele falando de escolhas erradas e arrependimentos e depois ir deitar comigo aparentemente feliz e dizendo que me ama, não isso eu não estava preparada para enfrentar. Então, até agora era mentira, fingimento, comodismo, praticidade...? Juro que queria entender! Tentei não me deixar levar pelas palavras e olhar à minha volta e ver onde chegamos, nossos planos, tudo que conquistamos. Mas como se deixa pra lá, faz de conta que não aconteceu, agir como se nada tivesse acontecido? Eu não sei ser assim! Eu não sei ser superficial. Sou emocional demais, sou intensa, às vezes até insana tamanho é meu sentimento no momento, seja ele qual for. E apesar de ter lido confissões que já eram o suficiente para me deixar no chão encolhida de dor, o que mais me machucou foi ele não ter me contado, foi eu ter descoberto. E quando eu descobri, foi ele ter negado. O que ele achou que eu fosse? Alguma idiota pra cair na tentativa dele de me enrolar e me fazer acreditar que "não é bem assim"? Tarde demais e quando eu vi, lágrimas quentes e sofridas rolavam do meu rosto e ao mesmo tempo que eu queria bater, chutar, xingar, eu só conseguia imóvel repetir as mesmas frases de como eu me sentia idiota e como ele pode fazer aquilo comigo e porque. Tinha vontade de gritar mas a minha voz era baixa e com o tom cortante. Quis sair correndo daquele casa que me lembrava uma história imensa de nós dois e que agora, diante dos fatos, parecia piada bater no peito com orgulho do casamento e do marido que eu tinha, mas estava estática. Por algumas horas à frente ele e eu fomos um monte de repetidas e embaralhadas frases. Ele de desculpas e culpas e eu de perguntas e indignação. E daí não saímos. E sinceramente, não sei se algum dia sairemos.

Há alguns meses, antes do casamento, por algum problemas de saúde, ele foi submetido à uns exames de rotina e descobriu-se que ele não poderia ter filhos. Ele tem um problema genético que torna isso impossível. Ele ficou muito abalado e é totalmente compreensível, já que desde sempre eu soube que o seu maior sonho era ser pai. E receber uma notícia afirmando que isso nunca se realizaria, sem chances de tentativas, era um não de fato, deve ter sido uma das coisas mais dolorosas de se ouvir. Eu me ressenti por ele, mas naquela época eu não pensava no assunto, não estava nos meus planos, era muito nova e ainda tinha muito para conhecer e conquistar. Claro que já havíamos falado sobre planos futuros. Mas eu nem sabia se no futuro queria que esse plano fizesse parte dos meus. Ainda não estava segura e não conseguia me ver no papel da maternidade, como hoje. Aos 26 anos e com uma criação totalmente voltada para a realização pessoal e profissional, independência financeira e acúmulo de experiência de vida não me deixei abalar quando o conheci pelos seus sonhos completamente diferentes dos meus. Entendia nossos estilos completamente opostos de vida e nossos objetivos distintos. Mas com o passar do tempo e a relação se aprofundando sabia que em algum momento certos assuntos teriam que ser discutidos e passados à limpas, pois o passo seguinte não estava longe, já que concordávamos em viver juntos e compartilhar uma vida a dois já que víamos um no outro alguém que valesse a pena tentar, mas com relação à filhos, provavelmente a história seria bem diferente. Então o tempo passou, casamos e quando vimos já estávamos há quatro anos juntos. Já tínhamos feito um ano de casados. E incrivelmente, a minha resistência à maternidade, minha indecisão, meus medos, meus receios haviam passado e davam lugar a uma vontade grande de ter a minha família. Na verdade, acredito que eu tenha sido conquistada pelo "sonho americano" dele, e pouco a pouco quando eu vi, estava sonhando e imaginando como seria. E aí, foi a hora de pensar na notícia que recebemos lá atrás e que eu disse que iria me importar lá na frente quando fosse a hora. Eu meio que deixei isso quieto numa gaveta e vivi. Ele viveu carregando isso com ele e por mais que dissesse que tudo bem, poderíamos adotar ou fazer uma inseminação, aquele assunto nunca ficou bem resolvido para ele. Então, começamos a ver a possibilidade de inseminação, mas era todas muito caras e na saúde pública algo escasso. Nos restou a opção da adoção e nenhum de nós foi resistente a isso. Mas quando nos jogamos de verdade, mais ou menos uns seis meses atrás de fato no assunto vimos quanta burocracia é e que será uma verdadeira sorte conseguirmos. Com as possibilidades de estreitando, acho que a coisa toda mexeu dentro dele de uma forma completamente fora de controle. Isso passou a ser o carro-chefe da vida dele, ter um filho custe o que custar. E esqueceu que combinamos de nos planejar e nos preparar para isso. Porque filhos custa caro e não é brinquedo. E todas as vezes que eu disse "calma, vamos com calma para fazermos a coisa direito como tem que ser feita, pensada e certa" ele entendeu que eu estava dizendo não. Para ele o meu esperar significava desistência e toda vez que eu o confrontava perguntando se ele achava que já estávamos preparados de um modo geral para a chegada de um filho ele me dizia que eu não entendia a ansiedade e o medo dele porque não era eu que não podia ter filhos. Como não? Com quem me casei? O que ele passa é o que eu passo. E a decisão que é pra ele, é pra mim também. E eis o que vejo escrito no desabafo dele? Que eu não quero ter filhos porque não quero abrir mão da minha vida e que eu acho que ele não é o melhor pra mim, porque eu peço para ele melhorar. Ora, se eu peço é porque me importo. Com a gente mas principalmente com ele. Sei que ele tem competência e potencial, é esforçado e só precisa ser estimulado, motivado e apoiado. Tudo que eu fiz esse tempo todo. Mas às vezes você cansa de empurrar a pessoa pra frente e ela nem sequer sair do lugar. E quando se coloca filho no meio, a coisa toda meio que parece que muda de perspectiva. O que está bom agora tem que ficar melhor e não mais por mim e nem por ele, mas pelo filho. Por essa criança que vem ao mundo sem ter culpa de imprudência e da irresponsabilidade dos pais. E ele, mais do que ninguém, principalmente por ter sido privado de ter e ser muita coisa por várias dificuldades, deveria ser o primeiro a querer que o futuro do filho seja diferente. Eu não sei em que ponto ele passou a entender o que ele quis e não o que estava sendo falado de fato e não me comunicou. Mas o fato era que ele tinha aberto nossa vida e nossas intimidades para outra pessoa que não tem nada a ver com a história e não falou um ai sequer comigo. Isso sem falar que ele disse inverdades e não o que é de fato! Reclamou pelos motivos dele e não pelos motivos que de fato existem. Outra coisa que me magoou profundamente.

Tiveram outras falas ou melhor escritas que me magoaram mas que não chegam nem perto desses tópicos citados. E o que me consome agora é que eu simplesmente não sei o que fazer. Já se passaram alguns dias desde o ocorrido e desde então brigamos, conversamos, brigamos, conversamos, mas não chegamos a lugar nenhum. Já passei pela fase do choro de dor, pela fase introspectiva repassando tudo na cabeça e agora estou na fase da raiva onde tudo que remete a ele me atiça de uma tal maneira que eu poderia incendiar um quarteirão. Evito falar, evito contato de qualquer forma, evito pensar, mas nada surte efeito. E eu fico me perguntando, até quando? Sei que nunca mais vai ser a mesma coisa e eu não vou enxergar o nosso relacionamento como antes. Mas será que eu consigo lidar com esse relacionamento apresentado agora? Com esse presente? Não há um minuto de todos esses dias que se passaram que eu não feche os olhos e as frases não me venham na cabeça. Não sei como evitar esse martírio, só não consigo parar de pensar. Não consigo confiar mais que ele de fato está fazendo as escolhas condizentes com o que ele diz que sente e quer. Não consigo acreditar que ele não vá fazer isso de novo. E eu agora lho pra trás e me pergunto se a nossa história é de verdade mesmo ou tudo mentira. Mas eu não quero acreditar que não tenha sido verdade porque senão vou ficar com um vazio enorme, com a sensação de que tudo foi em vão. Dizem que os casais saem mais fortalecidos de crises, mas sinceramente, não vejo aonde possa existir força para unir nisso tudo, se eu vejo que a vida é feita de escolhas e ele fez as dele. Ninguém o persuadiu ou obrigou a dizer nada do que ele disse. Ele disse porque quis e se quis, em algum momento ele sentiu ou pensou essas coisas. Entendo que ele tivesse motivos mil para estar magoado e chateado comigo, mesmo não sendo nenhum dos motivos verdade, mas que me respeitasse, que fosse leal a mim, que agisse como um marido que honra a sua esposa agiria, sentando e conversando, não jogando o relacionamento no lixo numa das primeiras grandes dificuldades que temos. Se for assim, o que eu posso esperar nas dificuldades futuras? E eu que já passei poucas e boas, já aguentei de um tudo por ele, por nós, que tipo de consideração eu mereço? Tá, eu merecia algum reconhecimento por todas as vezes que eu fui a única pessoa que de fato esteve do lado dele para o que desse e viesse. Mas o reconhecimento não veio. Dói, mas consigo lidar com isso. Mas com essa pessoa que parece que eu não conheço falando de arrependimentos, escolhas erradas, sobre eu ser egoísta e mudando a forma como as coisas acontecem com a família dele, eu não sei quem é.  E agora estou aqui, ao lado de um completo estranho pra mim sem saber como vou acordar amanhã e se vou conseguir um dia superar esse baque que ele me deu porque quis. O único consolo que eu tenho é que se ainda conheço bem com quem eu me casei, ele é ingênuo demais às vezes para arquitetar grandes planos e, se ele deixou ali, à mostra, podendo ser visto por mim ou por qualquer outra pessoa a qualquer momento, ele não pretendia nada a mais que apenas desabafar do jeito errado, com as palavras erradas e com a pessoa errada. É a única certeza que eu tenho. Apesar de não reconhecer nele agora o homem por quem me apaixonei e tinha sempre muito orgulho de ter como amigo, marido, companheiro, sinto uma certa verdade quando ele diz que nunca me trairia ou trocaria a nossa vida. Mas não consigo me entregar a isso. E logo voltam as frases na cabeça e logo está de volta meu confronto com o que ele diz e o que ele fez. Sei que preciso dar tempo ao tempo e ele se encarregará de ajeitar tudo. Mas às vezes parece uma eternidade. decepção não mata, ensina a viver! Li isso em algum lugar. Não mata mas dói. E às vezes é melhor que mate então. Eu não consigo entender: a pessoa leva quatro longos anos, passados debaixo de muita água calma e turbulenta, provando seu amor, sua fidelidade, sua felicidade, sua satisfação, sua completude até para do nada, da noite pro dia simplesmente acabar com toda a confiança depositada e conquistada com muito suor. Quando finalmente eu me convenci que ele era quem dizia ser e sentia o que dizia sentir, ele me vem com uma dessas? Estava lendo um livro que ganhei de presente da minha cunhada chamado Casamento Blindado, onde a proposta e colocar várias situações a que o casal pode ser exposto e ensinar a melhor maneira de passar por elas. Interessante, mas meio tendencioso religiosamente. Estranhamente, uma das parte que eu mais me indignei que foi quando dizem que as mídias atuais são responsáveis por um alto número de divórcios, principalmente o facebook, me vejo passando por isso. E mesmo assim, eu continuo discordando. Acho que as situações, as oportunidades sempre vão estar presentes. Cabe a pessoa escolher o que fazer, que decisão tomará para a sua vida. E ter consciência no que isso acarretará. A mídia não manipula ninguém e colocar o dedinho lá e escrever o que não quer. E se não tem facebook tem um celular. E se não tem um celular tem sempre algum conhecido ou situação que pode aproximar ex, pessoas interessantes... Alguém uma certa vez me disse que a confiança pode levar anos para ser conquistada e um segundo para ser destruída e eu percebi que é perfeitamente isso. Em fração de minutos, tudo que eu acreditava ruiu. Tudo pelo que eu vivia não existia mais. Tudo pelo que eu me orgulhava de ter e ser se foi. Simples assim... E não sei volta! A pessoa pode carregar um oceano de segredos e de emoções dentro do coração e nunca ninguém saberá até ela decidir falar. A decepção é visível em meus olhos e está acabando comigo. Ao menos, de repente, alguns quilos mais magra eu fico, pois quando estou triste perco a fome. Felicidade engorda, aumenta a gula.

E hoje eu ando pela casa tentando reencontrar os motivos, as razões pelas quais cheguei até aqui e não encontro. Entro no quarto antes vazio e agora já com os móveis encaixotados do bebê e fico me perguntando porque. Ando mais pela casa e fotos do casamento estão espalhadas por ela, sento no escritório e vejo na tela no computador o livro que decidi escrever falando sobre a nova fase da maternidade que eu estava disposta a entrar. Parece meio sem sentido agora continuar, já que a pessoa que me estimulou a isso agora é a que eu menos quero pensar e como falar sobre isso sem contar de nós dois e como chegamos até aqui? Não sei o que é mais difícil: lembrar de nós ou lidar com a gente agora! Igualmente doloroso, sofrido e cruel!

Um amigo em comum nos ligou hoje para nos convidar para sermos padrinhos de casamento dele. Ele foi nosso padrinho também e é amigo do meu marido há bastante tempo. A relação afetiva dele é meio conturbada, com idas e vindas, a família não aprova muito e ela não pode ter mais filhos. E enquanto eu o ouvia falar sobre o convite e tal não podia deixar de pensar na coincidência das situações e que se eu fosse perguntada a dar um conselho, eu aconselharia a pensar bem na decisão e a esgotar todas as conversas sobre todos os tópicos que envolvem o casal. Primeiro porque quando a gente casa a gente casa com a família do outro também. E quando a gente casa a gente casa com os sonhos, planos e desejos do outro também. Assim como as frustrações, os medos e os defeitos. Casamos com a bagagem toda. Mas muitas vezes a gente só se dá conta do peso dessa bagagem quando passamos a ter que carregá-la. Achar que conseguimos lidar com a situação não é saber lidar com ela de fato. E tem decisões que tomamos sem nem mesmo saber que tomamos. Amor só não basta para sustentar um casamento. Um monte de sentimentos e atitudes devem acompanhar o amor para construir os pilares bases do relacionamento. E junto com isso acrescente tudo o que pode influenciar direta e indiretamente o casal como família, trabalho, amigos, filhos, saúde, finanças. A partir do momento que forma-se um casal, mais que escovas de dentes serão unidas e compartilhadas. Uma vida inteira também vai ser unida e compartilhada com seus prós e contras. E não dá pra simplesmente ignorar ou deixar de fora o que não gosta. Não é um quebra-cabeças é um todo! E muita gente não está preparada. Não para isso tudo! Muita gente só está preparada para uma parte disso, outras apenas para as partes boas, outras não está preparada para nada disso. E essa preparação e individual, cada um no seu tempo, cada qual com seu aprendizado. E eu me perdi divagando sobre como uma escolha para mudar uma vida inteira. Como uma peça fora do lugar pode fazer desandar toda uma construção. E eu fico me perguntando, quantas peças mais terei que encaixar para equilibrar e tentar harmonizar a coisa toda...


8 de outubro de 2013

Me calo...


Me calo diante do que não foi dito, me calo diante ao seu desprezo, me calo diante a falta de afeição, me calo diante dos seus olhos que me desprezam, me calo por sua ausência consentida, me calo por suas mentiras que feriram, me calo pelo silêncio que confunde. Me calo sufocando saudade, me calo desprezando meus sonhos, me calo diante de seus abusos, me calo por não ter visto atitude, me calo por não desvendar quem sou, me calo pela falta de interesse, me calo por não ser quem conheci, me calo por não ser quem imaginei. Só me calo para não apagar tantos sonhos que acalentei, e não macular as poucas lembranças que cultivei.