19 de novembro de 2009

Deus, dai-me paciência para aguentar!!!

Sinto-me muitas vezes, num meio de intolerância total. As pessoas andam sem paciência, mal-humoradas e cada vez mais egoístas, olhando apenas para seus próprios umbigos. E justo agora no final do ano, onde o clima de festa e descontração toma conta das pessoas? Inadmissível! Domingo fui ao cinema ver 2012. Na saída do filme, estava um temporal de respeito. Como não havia nem ônibus no ponto, decidimos ir de táxi à ficarmos mais molhados. A fila no ponto de táxi já estava grandinha e pra contribuir não havia táxi disponível. Acho que a chuva tornou a lotação esgotada. Conforme os carros iam chegando, a fila diminua na ordem em que foi formada. Porém, um casal de espertalhões, confiando no famoso jeitinho brasileiro se enfurnou na frente do casal que estava na vez de pegar o táxi e, eu e meu namorado atrás para sermos os próximos. O controlador de táxis estava mais enrolado do que outra coisa e, quando chamava os próximos, confiava na nossa honestidade de manter a fila de acordo com a chegada. Porém, não foi bem assim. Quando o táxi em questão chegou, o casal de espertalhões se enfiou dentro, quer dizer, na verdade o homem se atirou dentro do carro como se fosse salvar a vida de alguém. A acompanhante ainda hesitou, mas fora puxada para dentro do carro pelo próprio namorado. O casal que estava sendo passado para trás, indignado se enfiou no mesmo carro, na marra. A namorada, mais esperta, entrou logo na frente, do lado do motorista. E o seu namorado ficou no banco de trás forçando sua entrada a todo custo indagando que ele tinha mais direito, já que a vez era dele. Depois de meia hora de empurra empurra, lá se foram os dois casais aos tapas, dentro do carro. E nós da fila agradecendo pelo impasse ter se resolvido para livrar o caminho e o próximo táxi pra gente. Mais à frente o carro deles parou e o casal que tinha sido passado pra trás desceu e veio andando na nossa direção. Aí, foi a vez do desentendimento entre o casal. A menina brigava com ele, provavelmente pela sua atitude ou de brigar ou de deixarem que passassem à frente. E iam para um lado, voltavam, iam para o outro, voltavam e eu, a esta altura do campeonato, ria muito apesar do dilúvio. Enfim, meu táxi chegou pelo tamanho do Jú ninguém se atreveu a bancar o engraçadinho e furar a fila e nós fomos embora rindo de toda a situação.

Mas esta cena se repete constantemente, nos transportes públicos coletivos da cidade. Cada qual na sua pressão não vê quem está à sua frente e nem pensa no que seus atos acarretaram no próximo. Todos querem o melhor lugar, tentar uma comodidade e facilidade na hora de descer, entram ao mesmo tempo em que as pessoas estão saindo, não dão licença quando estas querem descer, uma tragédia. Depender destes transportes é o fim. Não se respeita nem mais grávidas, mulheres com crianças de colo, idosos ou portadores de deficiência. E olha que há acentos disponibilizados somente para eles. Quando as pessoas não fingem dormir, emendam uma conversa na outra para não dar atenção à necessidade de alguém. Fico pensando: se um dia acontecer com quem está fazendo ou se a mesma situação se repetir com alguém da família da pessoa que necessite do lugar, será que a mesma agiria assim? Óbvio que não, né? É porque não é com ela!

Nestes casos, lembro-me do Profeta Gentileza, recentemente representado por um ator na antiga novela das 9h. Com suas palavras sábias e pensamentos a partir da reflexão de que gentileza gera gentileza, tentada modificar o mundo e as ações das pessoas, sensibilizando-as. Algumas de suas mais famosas frases estão escritas ao longo da Avenida Brasil, no trecho entre a Rodoviária e o Píer Mauá. Há anos ali, hoje a imagem que temos é que não passa de um monte de frases, sem sentido já que ninguém se mobiliza a parar e ler, sujas pelo tempo e falta de cuidado. Louco ou vendo a vida com outros olhos, a questão é que ele tinha a saída para o mal que cerca a maioria de nós nos dias de hoje: o egocentrismo! Cada um age como se fosse o centro do universo e este, existe apenas para ele. Doce ilusão...

Ontem, após ter um dia tranquilo, feliz e satisfatório, deitei para relaxar e pegar no sono vendo algum programa na TV. O que me deparo quando ligo a joça? Uma pancadaria generalizada no gramado de futebol no jogo do Fluminense. O Tricolor ganhou o jogo de virada, mas seu rival não aceitou a vitória simplesmente. Todos dentro do campo se embolaram. Uma cena lastimável, tratando-se de um dos esportes mais adorados no mundo e lembrando que, em qualquer competição, mesmo que muita coisa esteja em jogo, o que deveria valer é o lema e a concepção de que o importante é dar o melhor de si e competir. Tá, ninguém gosta de perder, mas daí a agir como vândalos é perder a noção. E eu que sou flamenguista, confesso: senti uma pontinha de alegria por poder provar que não é só minha torcida rubro-negra que causa alvoroço e pancadaria nos estádios. Mas foi passageiro, quando vi que a coisa se estendia e não havia quem conseguisse controlar a situação. Alguns minutos depois, o árbitro conseguiu contornar a situação e enfim apitar a final da partida que poderia acabar com alegria, mas, muito provavelmente acabou com vários torcedores ou presos ou nas emergências dos hospitais.

Resolvi trocar de canal, acabei ficando tensa e queria me distrair. Coloquei em um canal de programas com animais, que é coisa que amo. Mas, definitivamente não era o meu dia! Acabei vendo um programa chamado Distrito Animal, onde policiais da unidade SPCA do distrito dos EUA, caçam e apreendem animais maltratados. Era cada cena de dar dó. E eu, que já nem sou apaixonada por animais, fiquei totalmente sensibilizada. Não pelos ferimentos em si, mas pela coragem de haver seres humanos capazes de tais crueldades. Deixar os seus próprios animais de estimação que deveriam ser bem tratados, sem água, comida, passando mal, sem cuidados, sendo espancados... é de chocar e partir o coração. A sorte é que no estado de Los Angeles e adjacências, Texas e mais alguns estados próximos existe esta força policial especial que se preocupa com este tipo de crime e agem com o mesmo rigor como se fosse uma pessoa. Afinal são seres vivos também. Lá a justiça se faz presente, mas aqui nada acontece quando “alguém” resolve brincar com animais de rua ou tratam os seus bichinhos de estimação como se não fossem nada. Indignação!

Quero dormir e acreditar que todas estas atitudes “naturais”, porém sobre humanas, não passem de um sonho. Mas infelismente, sei que não é. Vivemos em um mundo individualista e que não há mais a preocupação em como nossas ações vão repercutir no outro. Claro, não posso generalizar, nem todas as pessoas agem sem consciência. Mas a maioria sim! É triste, é lamentável, é deprimente como a raça humana vem denegrindo em questões de valores. Desta forma, estamos degradando o mundo em que nós mesmos vivemos, mas quem se importa? No trânsito, nas escolas, nas ruas, com o outro, no dia-a-dia, em nossos corações... por favor, me acorde quando tivermos mais tolerância em nós!

Beijos e um ótimo feriadão amanhã... com muita praia!

13 de novembro de 2009

“Digas como se veste, que eu te direi quem és...”


Definitivamente, não sei aonde vamos parar!

Com tanta coisa para se preocupar relevante no mundo, agora as instituições de ensino resolveram embarreirar alunos que julgam não estar dentro dos padrões apropriados de vestimenta.

Há poucos dias uma estudante da universidade Unibam, em SP foi obrigada a se retirar da instituição, escoltada pelos seguranças da mesma porque dito, seu traje impróprio estava alvoroçando os alunos (sexo masculino) e constrangendo as alunas. O caso foi parar até na polícia. Ah gente, façam-me o favor! Desde quando uma roupa pode ser constrangimento para alguém? E sem fosse, no máximo para quem a usa, não para quem vê! Nem que ela estivesse nua, coisa que nós brasileiros estamos acostumados a ver. Pela foto divulgada na mídia, não vi nada demais além de um vestido meramente curto. Que mostrava apenas as pernas da moça e nada mais. Por conta disto, houve xingamentos, confusão e muita discussão. E, o que era o foco do local, o estudo foi o menos lembrado. Hoje, sai uma matéria no jornal sobre um estudante em Ohio, nos EUA, que foi suspenso porque usou um corte de cabelo que não agradou a direção da escola. Ele fez a inicial “B” de um time de futebol americano em sua cabeça. E, por este motivo, foi impedido de assistir aula.

Engraçado... alunos baderneiros, drogados, armados não são retirados das escolas. Nem se quer são punidos. Quantos incidentes por conta deles já ocorreram? Agora as autoridades dos locais se irritam com trajes e cortes de cabelo? Por que não se preocupam se o ensino está satisfatório, com o desempenho dos alunos? Mas não... e no lugar de agir como educadores e conversar mostrando o porque a atitude dos estudantes não era bem aceita, punem sem explicação alguma. Abuso de autoridade! No mínimo. Discriminação, pegando pesado! Nenhum dos dois estava infringindo nenhuma lei. Não fizeram mal nenhum a ninguém e ambos, cada qual em seu caso, estavam quietos na deles, prontos para assistir aula.

Devem educar, ensinar, punir sim, mas quando a coisa é para tal. Não fazer estardalhaço à toa! Agora, antes de sair de casa ou mudar meu corte de cabelo, passarei na esquina da minha casa e perguntarei a diretora da escola que fica lá se estou adequada!
beijos e bom fim de semana

10 de novembro de 2009

A perda do seu eu...


Sabe, às vezes a gente é feliz e não sabe! Não damos valor ao que temos e queremos sempre mais. Mas, quem disse que este “mais” é plenamente satisfatório às nossas necessidades e expectativas? Ando pensando nisto... Não sei se por conta da minha insatisfação no trabalho, mesmo tendo mudado de setor, ter sido pior do que ter continuado onde eu estava! Talvez porque os anos estejam passando e, agora pesa o tempo que passamos correndo atrás do que queremos, sem conseguir alcançar. Começam as cobranças próprias do que estamos fazendo com a nossa vida! E os questionamentos: se é melhor continuar neste caminho ou virar a direita, mais à frente!

Certeza... algo que para mim não é definitivo e, não é tão certo assim, de fato! Ela muda conforme as situações nos cercam, é flexível. Eu a tinha quando aceite a opção de mudar de setor, achando que o “novo”, me acrescentaria mais que o antigo. Em conhecimento, em tarefas, em crescimento, nem que este fosse pessoal. Desdenhei das atividades passadas que realizava, achando que eram poucas, mas percebi que o pouco, vivencio agora! Nos dois lugares, não vou chegar aonde almejo estar, e nem adianta virar para a direita ou esquerda. Meu destino final não é aqui, definitivamente! Mas, lá pelo menos eu tinha a idéia do meu valor, mesmo que pouco. Onde estou hoje, mal sei quem sou e das minhas capacidades!


Felicidade, não é plena, aprendi a ver isto também. Só que ela não cai do céu! A gente tem que trabalhar o mundo, as pessoas e principalmente a nós mesmos para que possamos enxergá-la nos mínimos detalhes da vida e, a partir de nós, sem esperar que seja obrigação do outro, nos fazer sentir felizes. Ela tem q vir por si só! Mas tem horas que, mesmo tendo tudo nas mãos para que a danada exista, parece faltar algo. Família, amigos, amor, saúde, dinheiro, trabalho, atividades... Então, o que será? Sim, se temos o essencial para sermos feliz, o que dá errado e um belo dia acordamos de mau-humor, sem vontade, desacreditada, triste, sem rumo? Necessidade de inovação!

Embora saibamos que nós devemos controlar nossa própria vida, na maioria das vezes ela é regida pelo externo, que nos controla, sem que a gente perceba! Dependemos do mundo lá fora, como um parâmetro para saber quando somos bem aceitos, estamos agradando, dando certo em algo e, quando permanecer assim ou pular fora. O problema é quando a gente sente a diferença, mas o indicador que sempre nos alerta parece estar do mesmo jeito, inabalável! Aí vem o receio, o medo e os benditos “poréns e talvez”.

Enfim, tarefa difícil esta de se encontrar dentro de si e firmar seu lugar no planeta como tal. Da maneira como deseja e como te satisfaz! Quem sabe um dia eu consiga... Quem sabe ano que vem eu faça diferente e a diferença... Hoje, eu só quero concluir etapas e partir em busca de novos horizontes. Sem certezas, mas feliz!
Até...

6 de novembro de 2009

A arte imita a vida?


O fim dos tempos se aproxima! Estamos vivendo em meio a um caos desordenado urbano e ambiental. Somos acometidos por todos os tipos de violência e degradação do ser humano e da natureza que podemos imaginar. Para os religiosos, este momento está marcado em uma passagem da Bíblia, denominado como o “Apocalipse”. E, do modo como temos presenciado a revolta do Senhor sobre a Terra e sobre nós, estes dias não tardam a vir.

Bom, pelo menos nas telas do cinema, o fim do mundo chegará à próxima semana, dia 13, sexta-feira. O dia não poderia ser mais propício para se ver cenas chocantes e assustadoras. Coincidência ou não, vamos poder ver o que acontecerá com nosso planeta caso não nos conscientizemos e comecemos a mudar nossas atitudes, perante o próximo, perante o lugar onde vivemos.

E, para ilustrar bem esta tragédia mundial, e é claro promover o filme 2012 e atrair público, o metrô brasileiro, na estação Cantagalo foi o local escolhido para ser “inundado”. Através de adesivos especiais, quem passa pelo metrô se sente realmente no meio da inundação de um tsunami. Aliás, a paisagem do Rio de Janeiro também foi escolhida para ilustrar os cartazes e o trailer do filme. Cristo Redentor e Pão de Açúcar são soterrados pela água.

Faço questão de comparecer ao cinema e curtir na telona o filme eletrizante que promete tirar o fôlego com suas cenas de ação. O trailer, já é de arrepiar. Porém, acho que a moral da história, antes mesmo de ver o tal, é que a gente se dê conta das nossas ações. Que a gente cuide do Planeta, que na realidade já está dando sinais de “insatisfação” com o nosso desleixo. Os tsunamis, os ciclones, o aquecimento global, a extinção dos animais e recursos naturais. No nosso dia-a-dia, temos que repensar as atitudes que temos como indivíduos e que repercussão elas terão em nossas vidas.

Nem tudo é historinha... pode ser que algumas previsões sejam verdade e se realizem. Seremos cobrados por aquilo que fazemos, intencionalmente ou não.

Bom final de semana, com muito sol e praia à todos...
Porque neste eu vou colocar minha corzinha em dia rs.
Ninguém merece, né? Carioca branquela!

3 de novembro de 2009

Top Fashion Bazar

Ontem fui ao Top Fashion Bazar, situado no Extra, da Barra. Dentre as horas que permaneci lá dentro, em meio a tumulto, filas intermináveis, disputa por peças de roupas, sapatos e atenção dos vendedores, fiquei pensando em qual o propósito do Bazar, para ricos.

Sim, um bazar existe não somente para arrecadar fundos mediante algum propósito, mas também para beneficiar os mais desprovidos do que se está liquidando. Porém, nestas circunstâncias, fico pensando, onde se encaixa estes dois itens a não ser promoção de marcas das lojas presentes e a comprovação de que os ricos são ricos e dane-se o mundo!

As lojas alocadas no Extra eram as mais caras. Seus nomes vestem a pequena porcentagem da população privilegiada pela sua excelente condição financeira e social. E ainda, tem o desplante de se intitularem em liquidação. Liquidação só e for para os ricos. Sim, porque óculos a 500,00, uma blusa masculina a 80,00, vestidos, shorts, calças e blusas femininas, cada peça não saía por menos de 70,00, no mínimo. De tudo, os biquínis estavam em conta e mesmo assim, olhe lá! Como as lojas lá presentes são as mais caras do mercado caíram os preços, nada consideráveis, para enganar que havia uma liquidação. Pra mim, os preços estavam na faixa normal de vestuários.

Quando não estava tentando ver à vitrine das lojas ou entrar em alguma delas, sentei no saguão no evento para descansar meus pezinhos e então fiquei observando... Bom, figuras esquisitas e extravagantes tiveram sua passada no evento marcada, com certeza. Ficou nítido: rico que é rico se veste de qualquer jeito, evidenciando que não importa suas vestimentas e sim sua origem. Quem se “emperequeta” mais, pode crer que ou é emergente no ciclo, ou não faz parte dele, rs e tenta se manter “style”. Fora isto era possível presenciar todos os tipos de cenas protagonizadas por quem não está nem aí para a opinião dos outros. Eram brigas, encontros, conversas espalhafatosas... enfim! Fora as cenas, nada elegantes ocorridas nos interiores das lojas. Gente fina também comete gafes e, pasmem: contravenções. Pois é, pequenos delitos tidos como “descuido na hora de entregar as peças” não eram pouco comuns.

No todo, vale a pena pelo passeio e porque sempre ver “às modas” não é nada ruim. Mas, quem vai esperando grandes aquisições, porém tem suas condições financeiras limitadas, não se decepcione. Aproveite para colocar o papo em dia com as amigas, para fazer um lanchinho, bater pernas e curtir um dia agradável. Muitas vezes isto vale mais do que as compras em si, mesmo que o intuito seja a dita cuja. Quem sabe o próximo ano, o evento melhore e suas concepções mudem. Apesar de, o público alvo ser realmente a classe favorecida financeiramente, tida como melhor contribuinte.

Só nos resta esperar...

E eu, para fazer boa ação, acabei perdendo um típico dia carioca de feriadão com muito sol. Que dia lindo para se colocar a cor em dia, ainda mais eu que já estou um ponto abaixo da brancura. Porém, o preço que paguei por manter-me intacta ao sol, foi ver o sorriso de satisfação de alguém pela minha presença naquele lugarzinho por algumas horinhas.

Beijos e uma excelente semaninha que já começa para quem trabalha, com um dia a menos – risos...