14 de novembro de 2017

Ela tinha...

Ela tinha um encanto soberbo, mas era inteligível, pois era único, tão peculiar, daqueles que te envolve de um jeito sem igual e acontece uma vez na vida.

Ela estava longe da perfeição, mas até cada defeito dela me levava a crer que ela era do jeito que eu sempre quis. Ela era louca, mas me deixava cada dia mais louco por ela; e aquele sorriso, ah, me tirava a alma. Ela ria com tanta leveza que nem parecia que podia me encher de tapas no auge da sua fúria.


Cada vez que eu colocava meus olhos nela meu coração se apaixonava mais uma vez, e quando ela me abraçava, tão pequena, eu sentia que podia lhe dar o mundo. Eu podia ficar com raiva, mas que não passasse de um dia, era só lembrar daquele jeito indecente de me olhar com os olhos cheios de lágrimas ou aquela boca tão delicada implorando tacitamente por lhe tomar em meus braços.


Ela causava uma alegria imensa pro meu coração, só pela sua companhia. Seus cabelos espalhados no meu ombro enquanto ela descansava,  já compensava todos os desentendimentos do dia. Suas mãos tão delicadas, seu carinho era tão suave que eu ainda consigo sentir na pele se fechar os olhos. Podia conversar com ela horas a fio, ela conseguia falar de tudo, mesmo que nem soubesse nada sobre o assunto.

Se era orgulhosa? Nossa! Mas eu admirava sua confiança, e também entendia suas fraquezas, sei que tinha muitas, mesmo que tentasse maquiar, assim como seus medos; porém eu lhe dava minha compaixão e fingia que não os via, porque pra mim, ver ela orgulhosa e feliz era o que importava, muito mais do que lhe apontar seus defeitos, ver ela feliz era o que também me fazia feliz.

Era um amor, um encanto, uma loucura tão pura, era minha paz mas era também toda minha inquietude, era o que eu queria viver todos os dias antes de fechar os olhos, era ela que eu queria ver todas manhãs, sendo da maneira louca ou doce que ela tanto pode ser, mas era só ela, do jeito dela, e mais ninguém.


Não era um amor sereno, mas me fazia sentir vivo, era um furacão de emoções. Um furacão impiedoso que deixou o quarto, a casa e meu coração todo bagunçado.

Eu nunca deveria ter deixado ela partir; e hoje, sentindo tanto sua falta consigo ver, que não importava se era soberbo, era do seu encanto que eu sentia falta, era só disso que eu precisava, aquele riso dela, dos tapas dela, da imperfeição que me era tão perfeita, daquele amor maluco e gostoso, que não me dava paz mas me tirava o fôlego todos os dias....


Fê Miceli ❤

22 de outubro de 2017

Porque o amor nasce nos pequenos detalhes mas também morre pela falta deles...


Era uma vez uma história de amor ‘eterno’ que durou pouco, era uma vez um ‘para sempre’ que acabou rapidamente, era uma vez um ‘te amo’ totalmente vazio de sentimento. Hoje em dia o que não falta são promessas que são feitas e não são cumpridas. Hoje em dia o que não falta são coisas ditas sem serem sentidas e coisas sentidas sem serem ditas.

Porque o amor nasce nos pequenos detalhes mas também morre pela falta deles. As pessoas querem relacionamentos perfeitos, mas se esquecem de construí-los dia após dia.




17 de outubro de 2017



"Esteja sempre fora de alcance!"

Li esta frase há um tempo na página de uma pessoa que admiro muito. Não sei qual relevância teve para ela, mas depois de ler, passou a ter um grande significado para mim. 

Depois que comecei a aplicá-la na minha vida, me protegi de tudo que pudesse contaminar minha energia, me blindei de muitos males. E tudo começou a fluir. Estou conquistando tudo o que desejava aos poucos. Estão chegando pessoas maravilhosas à minha vida. Cada dia é um aprendizado, uma evolução, um amadurecimento diferente. A todo instante obtenho uma nova conquista, por menor que seja. Tenho acordado e dormido orgulhosa de mim e de minha trajetória. E pretendo ter essa sensação por muitos dias mais... E assim vou seguindo sempre na luta, seguindo sempre com fé!

Não se torne aquilo que te feriu!


E de repente, na surdina da madruga, surge um novo textinho 😍

"Me desculpe por não ser como você. Me desculpe por não olhar o mundo e as coisas  sob a mesma ótica que você. Ocorre que esse teu jeito negativo de ser me mostra tudo o que eu nunca quero ser. E por favor, me desculpe por ter me dado conta disso. 

Me desculpe por ter superado meus medos, por ter aprendido a lidar com os meus traumas. Me desculpe por ter conseguido te perdoar por tantas negligências e ainda seguir te perdoando, porque elas parecem nunca cessar.

Me desculpe por te enxergar como um ser humano, apesar de muitas vezes você não se comportar como tal. Ao mesmo tempo, me perdoe por nunca ter conseguido conferir a ti, a legitimidade de um colo que tantas vezes precisei.

Me desculpe por não ter seguido o mesmo caminho que você. Verdadeiramente, me desculpe. Mas eu preciso ser feliz e isso é uma tarefa indelegável. É uma responsabilidade minha e não abrirei mão disso. Nem por você. 

E eu estou te pedindo tantas desculpas porque sei o quanto é difícil pra você me ver exatamente da forma como você gostaria de estar - BEM - mas por várias questões, não consegue.

De toda forma, tenho algo a te falar: ainda dá tempo. Há muitos caminhos. Não cultive a infelicidade. Não dê esse espaço a ela. Confronte positivamente com sua realidade. Aceite sua missão. A vida é muito generosa, o tempo todo. Basta olharmos ao nosso redor pra ver que há sentido  e amor em tudo. Basta abrir os olhos pra isso. Basta, antes de tudo, querer enxergar. Basta deixar o amor tomar seu devido espaço. Há sentido e amor em absolutamente tudo. Tudo."

Fê Miceli

Sobre sermos nossa própria (é melhor) companhia...


"Enquanto eu colocava as compras no carro, o rapaz do supermercado iniciou um diálogo:

- Nossa, seu marido gosta mesmo de beber vinho, né?
- As garrafas são para mim.
- Seu marido não bebe?
- Não tenho marido, moço.
- Como não?
- Estou bem sozinha, moço.
- Isso não é possível! Toda mulher precisa de um homem, de um companheiro.
- Meu foco não são os homens, moço.
- Isso é porque tu não encontrou o homem certo. Vai por mim.

Fingi demência e entrei no carro. Antes de eu fechar a porta, ouço: “Pensa direitinho no que eu te falei viu, senhora?”. Mais uma vez, fingi demência e segui.

Depois desse diálogo com o moço, fiquei aqui pensando: agora vai!

Vai tomar no fiofó, moço. 😌"

Fê Miceli ❤

Ps: texto fictício...

www.facebook.com/conversacarioca

5 de maio de 2017

Reféns do próprio medo...



"Os moradores, comerciantes e trabalhadores não param de compartilhar essa imagem, sabe porque? Não aguentamos mais!"

Andamos num mundo de violência, de intolerância, de agressões e de raiva. Vivemos tempos de ódio no corpo, na alma e no coração. Vivemos as consequências de um mundo evoluído tecnologicamente e arcaico em condutas humanas. Vivemos a era dos "desvalores". Vivemos reféns do medo, vivemos sobressaltados com a possibilidade do último suspiro antecipado. Não sabemos se ao sairmos de casa, retornaremos à noite. Não podemos olhar pro lado, abrir a boca. "Não gostou? Vai encarar?". Todos os dias somos agredidos! Todos os dias sofremos múltiplas violências. Todos os dias somos sujeitos que a nossa vida se acabe antes do final. Manchetes de jornais, conhecidos que relatam casos, ações que presenciamos. Não são poucas as violências que nos ameaçam diariamente. E não nos resta outra alternativa a não ser nos cercarmos até os dentes de grades, muros e portões. Vivermos numa prisão domiciliar. E nem isso é garantia de segurança. Vivemos do trabalho pra casa e da casa para o trabalho. Já não saímos mais como gostaríamos. Nosso lazer é tudo que envolve o nosso lar ou perto dele. Estamos perdendo o gosto de viver, na pseudo Cidade Maravilhosa, no Brasil, em qualquer lugar do mundo pois a violência é generalizada.

E nesse mundo de barbárie e violência gratuita em que estamos vivendo, onde acordamos e dormimos com notícias de mortes, almoçamos e jantamos assassinatos, na nossa vontade de nos informar só vemos crimes e atitudes de falta de escrúpulos, presenciamos a decadência humana, onde a falta de esperança e fé na humanidade nos acompanha diariamente junto com o medo. Ao mesmo tempo em que há uma certa banalização deste cotidiano assustador, me vem à cabeça apenas uma das sábias frases do eterno pensador e idealista Renato Russo: "é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã. Porque se você parar pra pensar, na verdade não há..."

Rotas culturais atrativas da cidade, programas genuinamente cariocas, momentos simples vão perdendo seus frequentadores, vão deixando de existir. A questão é: até quando viraremos reféns do medo e da violência? Passamos a viver sobressaltados. E pior do que o medo que nos assola é ver a impunidade desses atos bater na nossa cara. São menores de idade e maiores também. Tem de tudo! Vários bairros do Rio sofrem em larga escala com a violência, falta de policiamento e de ações de segurança pública em conjunto com ações sociais.

De um modo geral quando todos começarem a pagar pelos seus crimes e nossas leis forem sérias e irrefutáveis, de repente a coisa começa a mudar. Porque com a certeza da impunidade, de uma fiança, de uma internação de alguns meses em locais de onde há fugas, medidas socioeducativas que viram piadas, "a polícia prende e a justiça solta", é tudo em vão. Não existe hoje mais lado A e lado B. Não existe mais morro e asfalto ‪#‎mermão‬. A violência chegou para todos. "A criminalidade toma conta da cidade, a sociedade põe a culpa nas autoridades", como diz a letra de uma música atemporal de Gabriel Pensador, mas a verdade é que fugiu do controle de todos e nos sentimos numa total impotência como se estivéssemos de pés e mãos atados. Quem vê cara, não vê coração. E bandido não tem endereço certo mais hoje em dia, não. Tem os bandidinhos das favelas, mas também tem os de condomínio de luxo e que tiveram de tudo na vida e que os pais pagam caro psicólogos para saber onde foi que erraram. Não é pouco o n° de criminosos de classe média, média-alta. Quais seriam os motivos destes estarem nesta vida? Se a desculpa é pobreza, falta de estudos e oportunidades? Nenhuma! Mais uma vez a pessoa vai porque quer. E hoje, tem de tudo na vida do crime! E tenha a educação que tiver, a condição financeira que tiver, a condição social que tiver, a condição familiar que tiver, oportunidades ou não na vida, somos todos reféns do medo, da impunidade, da indignação. A gente entrega tudo o que tem e eles ainda com requintes de crueldade no mínimo nos agridem, no máximo tiram nossa vida. E riem, e drogados e alcoolizados ou de "zueira", seguem livremente em busca de outro "otário" pra dizer "perdeu".

Esses projetos de bandidos não são mais os tadinhos da sociedade, não são mais os coitados projetados seja por isso ou aquilo outro, filhos dos "sem nada". São os monstros que assombram os piores pesadelos de todos nós que rezamos ao sair de casa para voltar à noite sãos e salvos. Ao mesmo tempo em que quero crer que a coisa terá um jeito, irá melhorar, as coisas vão ter um meio eficiente e um fim, por outro lado permaneço incrédula quanto a essência humana. E infelizmente, tão natural quanto a luz do dia, vai ser abrir o jornal amanhã e ler outras manchetes, outras matérias, lamentar por outras vítimas e ver crescer a cada dia e ganhar mais força e raiz essa violência desenfreada e que por mais que nos assustemos, já faz tão parte da rotina que muitos a banalizam e a tratam como normal.

Esse é apenas o meu desabafo enquanto cidadã, carioca, moradora do subúrbio e que trabalha na zona sul, utiliza transporte público e vive todos os dias com a sensação de insegurança. Não tenho intenção de ofender e criticar os que pensam diferente e nem polemizar com os que não compactuam com a minha visão. Mas acredito que independente disso, essa realidade que estamos vivendo, de comum acordo, precisamos que dê um basta! Estamos todos cansados de tanta violência, de tanta impunidade, de tantas vidas destroçadas. Deus olhe por nós! 

Meu Deus, olhai por nós, porque estamos largados a própria sorte.

Na zona sul, zona norte, baixada, rico, pobre, negro, branco, religiosos ou não, no asfalto ou na favela, estamos todos sofrendo com a total insegurança e vivendo reféns de nossas casas e do medo. Nós, cidadãos de bem, trabalhadores, não só queremos justiça para todas essas vítimas, até as que não são noticiadas pela mídia (e olha que violência é o tema que mais rende, são casos e mais casos, diariamente, diversos, pela cidade), como também queremos poder viver, em liberdade, exercendo nosso direito de ir e vir. Queremos viver!

A violência está descontrolada. Mata-se por tão pouco. Pra quê? Por puro prazer! Não aguentamos mais isso. PAZ, pelo amor de Deus! Quantas vidas mais serão perdidas e famílias destroçadas? Quando as leis ão de serem cumpridas? Quando a polícia vai ser mais enérgica com relação ao policiamento e patrulhamento ostensivo? Quando a justiça vai entender o perigo eminente que esses criminosos representam de fato para a sociedade? Quando o poder público vai resolver fazer de fato alguma coisa em vez de dar declarações de ações falhas que são feitas e blá blá blá? Quando medidas emergenciais começarão a vigorar?

Tenho medo! Vivo com medo! Não só pela violência que "já faz parte", como também ando abismada como uma vida perdeu completamente seu valor. Nossa guerra urbana está alcançando comparações das guerras no Oriente Médio. Não aguentamos mais! Queremos justiça! Queremos segurança! Queremos ser resguardados de alguma forma. Sério, não dá mais! Lamentável que crianças que mal aprenderam a engatinhar já reconheçam o som de tiros. E outras maiores ao ouvirem, dizerem com naturalidade "ah, é tiro lá no... normal!" Pra quem? Pra mim não é nada normal essa socialização com a violência. E eu que estava toda zen hoje, numa total paz de espírito ao ser tocada por uma mensagem linda de um filme que vi de madrugada, vejo todos os meus bons sentimentos se esvaírem ao me deparar, logo pela manhã, com mais matérias de violência, assalto, arrastão, morte, estupro, sequestro, etc. Mais umas pra coleção! E aí me invade um sentimento de decepção e frustração de que por mais que façamos a nossa parte da melhor maneira para um mundo melhor, cada vez mais estamos indo pro ralo.

Não vai demorar muito voltaremos a época do "olho por olho e dente por dente". Porque também quem deveria nos proteger, a polícia, está em total desamparo. Não sei se vai ser bom ou ruim. Se os cidadãos também tem esse tipo de preparo. Mas o medo e a insegurança está tomando conta...Tá brabo cara! Não temos nada à nosso favor. Só Deus mesmo!

O Rio, o Brasil e o mundo pedem paz! Depois de tantas coisas ruins que sabemos e ou até presenciamos todos os dias, que todos possam voltar em segurança para suas casas ao final do dia, com a bênçãos de Deus, sempre a olhar por nós. Porque, tá brabo! ‪#‎PAZ‬
 



26 de abril de 2017

Seja feliz! ❤

Sabe quem fala mal da felicidade alheia? Gente infeliz! Incluindo você que às vezes dá pitaco na maneira como a fulana se veste ou ri em público, na melação com o namorado, naquela felicidade que só pode ser fingida com o marido, porque, ninguém é tão feliz assim! Vai, confesse que você já pensou isso de outra pessoa! E pensou, sabe por quê? Porque você, com absoluta certeza, não estava tendo esse tipo de felicidade na sua vida naquele momento.
Não é uma crítica a você não, a vida é assim mesmo, um dia a gente ri, no outro chora… Quando estamos felizes vemos beleza até na mosca, mas quando está doendo alguma coisa no peito, as coisas enegrecem um pouco dentro da gente.
Se você não faz sexo e escuta um papo na academia de um marido que não dá sossego, logo pensa “ah, duvido, isso deve ser mentira, essa aí está falando só pra se aparecer”. Se você não vive um amor avassalador, daqueles de sorrisos de dar inveja mesmo, quando vê alguém vivendo fala “duvido que eles sejam sempre felizes assim”.
Seja como for, quando não estamos bem, sempre apontamos os defeitos que talvez existam mesmo, ou talvez tenhamos inventado para o conforto da nossa infelicidade. Não é nem porque queremos ver os outros infelizes, mas é porque na nossa mente e coração infelizes, acabamos projetando certa inveja da felicidade alheia.

Vamos vendo os defeitos e somos incapazes de torcer. Especialmente se quem está feliz nos magoou em alguma parte do caminho, aí voluntária ou involuntariamente fazemos uma torcida organizada pela desgraça do outro. Ficamos naquela expectativa pela queda e enchemos a boca para dizer “eu sabia”.

Nós acabamos criando um ideal do que é ser feliz. Esse será sempre o problema da humanidade, idealizar demais, projetar expectativas demais e não assimilar a realidade como ela é. Na vida real, essa pessoa que você vê imensamente feliz, andando de carro velho, sem casa própria, é feliz porque a felicidade dela não está no ter, mas no ser. No lugar da casa própria ela adquiriu amor próprio e trocou o carro novo pelo que o dinheiro lhe dá em doses homeopáticas de felicidade diária.
Aquela pessoa que você vê esbanjando amor e felicidade ao lado de alguém cujo estereótipo não tem nada a ver com o que você imagina que seja ideal para ela, não está nem aí para as aparências e muito menos para o que você, o João ou a Maria pensam sobre isso. Porque dentro dela existe um sentimento muito maior e que no auge da sua amargura, você não vai mesmo conseguir entender e nem ela precisará explicar porque enquanto você perde tempo palpitando, ela ganha tempo vivendo.
Gente feliz olha um casal de morador de rua abraçado na calçada e pensa “isso que é amor de verdade”. Gente amarga olha para o mesmo cenário e pensa “coitados, que amor sobrevive a isso? Devem estar drogados”!
Gente feliz olha quem não tem nada de material para mostrar, mas esbanja felicidade saindo pelos olhos e pela boca e pensa “ela está feliz mesmo, dá pra ver nos olhos”. Mas gente amarga talvez pense “mas é uma deslumbrada mesmo, não tem onde cair morta e finge que é feliz”.
Felicidade é questão de ser. Amor próprio é questão de ter. E às vezes o coração fica meio sombrio mesmo, a gente duvida das coisas boas da vida, a gente torce inconscientemente pra tudo dar errado porque aí temos aquela sensação de que não estamos loucos. Quando você lê por aí que tudo é energia, tudo é energia mesmo. Acredite nisso! E talvez a razão pela qual tudo pareça ser sempre tão sombrio dentro de você, não é porque você está num inferno astral, mas porque está abraçando as nuvens cinzas com tanta convicção que esquece que por trás dela o céu é sempre azul.

É você quem acha que o cara da casa ao lado precisa ter um emprego assim, um carro assado, se vestir dessa maneira e fazer isso e aquilo da vida. É você quem acha que a Bernadete só pode ser feliz se além de todo o amor que ganha, tiver carro, dinheiro, casa. É você quem acha que a pessoa precisa de sexo todo dia, ou uma vez por semana. Tudo é você. Aquilo que a sua mente criou é o que você acha, mas ei, avise pra sua mente que cada tem sua vida e como o outro vive a vida dele é problema dele. Ele é feliz? Não é? Não é problema seu. Preocupe-se em ser feliz você e quando isso acontecer, você nunca mais olhará para os outros com esses olhos críticos e esse coração amargo.
É você quem morre de trabalhar um mês inteiro e rala pra caramba para pagar as contas que não entende porque aquele cara que vive livre, leve e solto parece ser feliz. Você vai sempre achar que existe algo de errado na vida das pessoas que não vivem dentro dos seus padrões, vai ter sempre a receita de como elas deveriam viver a vida delas, mas olhe, preocupe-se apenas em perguntar: você está feliz? Não importa se você não entender ou aceitar a felicidade alheia, respeite a maneira como a pessoa escolheu ser feliz e quem sabe, copie a fórmula!
Deixe o vento levar as nuvens carregadas, deixe que as pessoas deslumbrem-se com a felicidade, ou que sejam loucamente felizes. Oras… Você está menos vivo agora do que quando começou a ler esse texto, então, quanto tempo ainda vai perder tendo essa visão amarga da vida? Deslumbre-se! Enlouqueça! Seja feliz! Tudo começa em você e a partir de você, todas as pessoas ao seu redor viverão a energia que transmite.
Seja feliz! ❤

12 de janeiro de 2017

CARPE DIEM




Viver um dia de cada vez: eis um grande desafio!

Observando as pessoas que me cercam e principalmente baseada em minhas experiências, percebo que viver um dia de cada vez, sem tantos planos concretos, com maior intensidade, menos coisas e estar rodeada de pessoas simples, tem sido uma boa maneira de buscar a felicidade, tanto na vida pessoal quanto na social e profissional.

No auge dos meus trinta e três anos (grande coisa!) me deparo com algumas reflexões:

* Definitivamente, não se pode agradar a todos e sua vida não pode parar por conta disso. As decisões da vida precisam partir preliminarmente do coração, passando pelo crivo da razão, sem você necessariamente estagnar por medo diante de uma possibilidade.

* Gente do bem e de bom coração retarda os julgamentos e críticas e geralmente se relaciona com pessoas que agem de forma semelhante. Ou seja: menos dedos apontados e mais mãos estendidas é uma boa forma de atrair o mesmo.

* Humildade ainda é a mais recente forma de amor. Se você for humilde em alguns momentos e em outros se coloca de maneira prepotente, pare tudo e se analise: há muito complexo de inferioridade que precisa ser trabalhado aí. As armadilhas do ego são atrativas; é preciso ter um bom nível de autoconhecimento para não cair nelas, nem perder as boas pessoas que cruzam seu caminho. A boa notícia: você geralmente sente quando está sendo prepotente. Repare no olhar que as pessoas direcionam a você enquanto você está falando (ou se exibindo).

* Você não precisa provar nada a ninguém. Você não precisa mostrar que sabe, que podes, que tem, que faz, que fez, como faz, como fez, que isso, que aquilo. Isso é uma grande perda de tempo. Seja você, aja com segurança e isso bastará. Ser é melhor que ter e agir ainda é melhor que falar. Quem muito mostra, pouco tem. Quem muito fala, pouco faz.

* Caráter é uma espécie de diamante bruto que precisa ser lapidado. Ter caráter e ser íntegro é tarefa para qualquer pessoa que estiver disposta a ser melhor. Caráter tem relação com hábito: se você não praticar as ações que compõem o bom caráter, você jamais o terá. Sobre as pequenas ações, essas estruturam um padrão de comportamento que permite que as pessoas se aproximem ou não em você. Geralmente são elas – as pequenas atitudes - que fazem a diferença. A verdade é que atualmente, um bom caráter é uma virtude dificílima de encontrar nas pessoas. No mundo de hoje, caráter funciona como uma moeda de troca.

* Mais vale um abraço em silencio do que um “eu te amo” gritado aos quatro cantos.

* Não tenha medo de se assumir como é.

* Comer, dormir, dançar, sorrir e amar é vida!

* Amor próprio continua sendo a mais autentica forma de amar. Quem vive a sua vida é você. Ouça o que sua família e amigos têm a dizer, mas no final, saiba que as decisões são suas e as consequências delas, também. Não terceirize a responsabilidade da sua felicidade e das suas escolhas.

* Está complicado, difícil? Pense no quanto você é responsável pela desordem da qual se queixa. Quer resultados diferentes? Então pare de fazer as mesmas coisas!

Enfim, viver tem disso: não há garantias de nada nesta vida. A nada! Feliz de quem é maduro o suficiente para saber lidar com essa realidade, mantendo o equilíbrio nas escolhas e lucidez nas consequências.

Completando o pensamento inicial (Carpe Diem), finalizo essa reflexão acreditando que o futuro pertence aqueles que vivem bem o presente: um dia de cada vez, um passo é um problema por vez, vivendo intensamente e planejando o que for possível. Se a vida não está acontecendo exatamente do jeito que você planejou, não adianta dar murro em ponta de faca. Talvez seja hora de se acalmar e deixar a própria vida respirar um pouco. Nós abafamos muito a vida, com nossas ansiedades, necessidades e imediatismos.

Até mesmo ela - a própria vida - precisa de um tempo da gente. Demos, então, esse espaço. Porque a única coisa que a vida quer da gente é espaço. Um espaço para que as coisas aconteçam não apenas do jeito que planejamos, mas, sobretudo, da forma que realmente merecemos.

Então pare, simplesmente, de reclamar, de buscar o impossível, de exigir perfeição (de si e dos outros), de querer encontrar lógica para tudo, de contabilizar pós e contras, de tirar conclusões precipitadas, de tentar manter a vida sob rígido controle. Simplesmente viva e deixe a vida ser a vida!


Fê Miceli