30 de janeiro de 2015

Toda mulher precisa enlouquecer de vez em quando, ou acaba por enlouquecer de vez


Eu super concordo! E no meu caso, é exatamente assim, ou surto de vez em quando, ou surto de vez!





Curiosamente, um mundo loucamente imperfeito nos exige perfeição o tempo todo. De todos nós, de fato, mas, em se tratando de mulheres, as exigências são ainda mais exorbitantes e cruéis. O mundo espera de nós o que, talvez, sequer saibamos se é possível – e que muito provavelmente não é.

O mundo espera que sejamos bonitas, acima de tudo. Lindas, se possível. Bem cuidadas, magras, torneadas, gostosas e sexys. E tenta nos convencer que não somos bonitas se não vamos ao salão de beleza semanalmente.

Uma mulher ~perfeita~ para o mundo atual tem que trabalhar o dia inteiro – porque precisa ser independente – estudar – porque precisa ser culta – fazer dieta, ir à academia e manter os cabelos com um brilho espetacular. Ir à manicure, sorrir para a sogra e, depois de tudo isso, ter disposição para fazer um sexo memorável a qualquer hora, para que o mundo – e, em alguns casos, excepcionalmente o seu companheiro – a considere uma mulher que vale a pena.

E ainda é preciso encontrar tempo pra rezar pra não ser trocada por outra – por que, como já ouvi incontáveis vezes: homens disponíveis estão mesmo difíceis de encontrar. E depois de nos aterrorizar com toda essa história de que precisamos agradar nossos homens, muito mais, até mesmo, do que sermos nós mesmas, ele nos cobra lucidez. Segurança. Serenidade.

A verdade é que o mundo nos cobra equilíbrio quando tudo o que ele faz é nos desequilibrar. Nos cobra segurança quando tudo converge para que acreditemos que não somos nada sem um homem ao lado, nos cobra união enquanto, culturalmente, nos lança umas contra as outras, fazendo-nos uma cruel lavagem cerebral que tenta nos convencer de que somos desunidas e competitivas.

E os homens de nossas vidas – pais, companheiros, amigos – embora, muitas vezes, cheios de boas intenções, acabam por nos atribuir uma responsabilidade que talvez sejamos incapazes de assumir: a de sermos boas o suficiente o tempo todo.

De não mexer no celular dele. De deixá-lo ver futebol em paz. De não sentir ciúmes da amiga gostosa. De se portar dignamente, elegantemente, graciosamente. De não enlouquecer nunca – e se você aceita um conselho, toda mulher precisa enlouquecer de vez em quando, ou acaba por enlouquecer de vez.

Se cada homem no mundo pudesse escutar a minha voz, o único conselho que eu daria é: deixe-nos enlouquecer quando quisermos. Porque não há amor sem uma dose de loucura. Porque equilíbrio absoluto numa relação jamais foi um bom sinal. E toda mulher tranquila e que nunca te interroga sobre o seu atraso pode não ser tão equilibrada assim: ela pode, simplesmente, não te amar.

A intensidade é parte de cada passo nosso. A insensatez eventual nos é necessária e característica. E se não lhe tivermos um pouco de loucura, certamente não lhe temos sequer um pouco de amor.

Nathalí Macedo

27 de janeiro de 2015

Declaração!


Gosto de gente com a cabeça no lugar, de conteúdo interno, idealismo nos olhos 
e dois pés no chão da realidade.
Gosto de gente que ri, chora, se emociona com um simples e-mail, um telefonema, 
uma canção suave, um bom filme, um bom livro, um gesto de carinho, um abraço, um afago.
Gente que ama e curte saudade, gosta de amigos, cultiva flores, ama os animais.
Admira paisagens, poeira e chuva.
Gente que tem tempo para sorrir bondade, semear perdão, repartir ternuras, compartilhar vivências e dar espaço para as emoções dentro de si, emoções que fluem naturalmente de dentro de seu ser!
Gente que gosta de fazer as coisas que gosta, sem fugir de compromissos difíceis e inadiáveis, por mais desgastantes que sejam.
Gente que colhe, orienta, se entende, aconselha, busca a verdade e quer sempre aprender, mesmo que seja de uma criança, de um pobre, de um analfabeto.
Gente de coração desarmado,
em ódio e preconceitos baratos.
Com muito AMOR dentro de si.
Gente que erra e reconhece, cai e se levanta,
apanha e assimila os golpes, tirando lições dos erros e fazendo redentoras suas lágrimas e sofrimentos.
Gosto muito de gente assim como VOCÊ
E desconfio que é deste tipo de gente que DEUS também gosta!



26 de janeiro de 2015

A difícil arte de criar e educar os filhos!


E mais uma vez estou eu aqui dando pitacos em assunto que eu não tenho a menor noção rs. Estou de abusada tentando desvendar esse campo, desconhecido para quem faz parte da paternidade e maternidade, que dirá eu, que apesar de aspirante, de fato não posso ter ideia de muita coisa já que não vivo essa realidade nos meus dias.

Por querer, mais à frente, entrar "nessa", venho lendo matérias e artigos relacionados ao assunto, além é claro de interagir com pessoas experientes nesse assunto. E só na semana passada, três assuntos me chamaram a atenção: a ideologia de ser ter um filho x realidade de ter um filho; a idolatria às crianças pelos pais nos dias de hoje; falta de limites contribuindo para uma educação prejudicial aos filhos.

Claro, que antes de tudo, tenho em mente de que cada pessoa é uma pessoa e cada casal vai criar/educar à sua maneira, influenciados pela própria criação, pelo meio em que vivem, pelas experiências particulares que vivem dia após dia, pelos exemplos que tiveram na vida, por suas ideologias, concepções e valores. O que pode ser bom ou ruim pra um, não necessariamente vai ser a mesma coisa para outro. Enquanto uns podem tirar de letra, outros podem ter a maior dificuldades.

Bom, acho que vou por tópicos que é mais fácil, rs. Mais uma vez lembro: não tenho experiência de causa nenhuma nestes assuntos, rs. Apesar de ter participado e ainda participar ativamente da criação/educação de três dos meus quatro afilhados. Então, se eu falar alguma asneira me corrijam e me desculpem rs.

Vamos começar com o primeiro cujo o título é "ter filhos traz mesmo felicidade?", publicado pela Época. Ora, essa pergunta pode gerar mil comentários e vertentes, sim, não e depende, de muitas coisas. Fato que nos dias de hoje (e quando digo hoje me refiro aos anos 2000) não existe mais aquela obrigatoriedade como no tempo de nossa avó ou mãe de que a mulher era criada para casar, ter filhos, cuidar da casa e da família. Sim os tempos mudaram. Sim as opções hoje são inúmeras para as mulheres que conseguiram arduamente, ao longo dos anos, cada vez mais igualdade de trabalho e liberdade de escolha e espaço no mundo. Portanto hoje é uma opção, casar, morar junto, seja lá o que for e ter filhos. Mas se optar por ter esse combo família, deverá saber que implicam em vir com certas coisas. Coisas essas como priorizar, se cansar, abrir mãos de certas coisas, dormir pouco, ver a rotina da casa e do casal mudar um pouco. Aliás, mudanças serão constantes. E cada nova fase do baby serão novas adaptações. lembrando mais uma vez que cada caso é um caso. O que tudo isso pode ser problema para uns, outros tiram de letra. Passam claro por um tumulto inicial, porque ninguém nasce sabendo ser pai e mãe e a gente já sabe que os babys não vem com manual de instruções. Que por sinal facilitaria e muito a vida dos pais. Portanto, no primeiro mês, pelo menos, é tudo um conhecimento, o choro, a fome, as cólicas, o sono, os gestos. Até conseguir interpretar e reconhecer cada coisa e se adaptar a isso leva um tempinho. Aliás, como tudo na vida. Não é um bicho de sete cabeças. Mas acontecem que alguns pais tem maior paciência, tolerância e desprendimento quanto a isso que outros. O que não quer dizer que todos não vão se sair bem, vão, mas cada qual aos seu modo. Mas outro grande problema são aos comparações e os julgamentos. De nada isso vai adiantar! Legal que o filho da sua melhor amiga não deu trabalho, nunca teve nenhum problema e é isso ou aquilo outro. Mas só porque o seu não é assim, não quer dizer que seja menos ou pior ou sei lá o que. Todo mundo conhece alguém que tirou de letra a gestação, a amamentação, os primeiro dias, os segundos, terceiros e quartos dias e meses e tudo que pela frente vier. Legal, que bom, pra eles! Mas cada casal, pais, vai descobrir sua própria maneira de lidar com seu filho que por sua vez é único e incomparável ao filho dos outros. Outra coisa que vejo muito é: todo mundo sabe que acha que pode cuidar do seu filho melhor do que você! Gente, que péssima coisa pra se falar né? Não, não é a mesma coisa que aconselhar, que dar opinião, que tentar ajudar, Isso, principalmente as mamães e papais de primeira viagem agradecem. Só eles sabem o sufoco que passam, às vezes. Mas tem gente soberba mesmo, que já chega na censura, falando num tom como se você não soubesse fazer direito. Isso não é positivo e pode deixar muitas vezes pais mais inseguros e receosos do que já são. Alguns tópicos levantados pela matéria e que são reclamações frequentes dos pais que acharam que a paternidade seria um mar de rosas total que nem comercial de higiene infantil são: cansaço, estresse, isolamento social, carreira, dinheiro, relacionamento e culpa. Não vou entrar no mérito de comentar um por um, vou colocar o link no pé do post para quem estiver interessado e ler na íntegra. Claro que eu acredito que os tópicos levantados por esses pais são os que mais atormentam e que acontecem de fato, longe de mim duvidar. E acredito que tudo são fases. Conforme vão crescendo, os pequenos vão dando outros trabalhos e novas preocupações e situações e se adaptar. Mas eu acho também que pode ser muito cômodo também para alguns pais ficarem naquele mundinho que eles criaram lá atrás, quando tudo começou. Porque mudar, em qualquer âmbito da vida e sob qualquer circunstância dá trabalho. E eu, mais do que ninguém sei que muitas vezes a vontade de deixar como está é melhor do que pensar em tudo que vai ter que passar para fazer diferente. Mas vamos lá, tem que se obrigar. Vai se bom para os dois lados. Acho também que se não for um querer mútuo do casal e este estiver entrosado, em sintonia, com cumplicidade e companheirismo, compreendendo os momentos, realmente, vai dar ruim. Porque vai se esperar certas atitudes e compreensão do outro que não vai vir. Vão vir cobranças, fora as que já tem. Porque no início, não são poucos os relatos de que o namoro, o sexo e até mesmo o carinho ficam em segundo plano, por cansaço, pela rotina. No início, conciliar um monte de coisas deve ser mesmo difícil. Mas os bebês entram numa rotina, por mais difícil que seja estipular uma. Então, uma boa seria o casal tentar criar uma para si também. Mesmo que esporadicamente, criar meios de conseguir um momento à dois, à sós, nem que seja apenas para relaxar e perceber que ainda têm um ao outro. Sei lá, pode parecer que eu falando é mais fácil do que de fato fazer, já que não passo por isso. E não sei quando passar, se agirei de acordo com o que tô falando agora. Mas tomara que eu consiga e meu marido também lidarmos da melhor maneira possível com todas essas situações que são teste de casamento, de família, de tudo! Portanto, a coisa que eu consegui tirar de tudo que li (claro que tirei bem mais aprendizado) é que se não for uma decisão de consenso, se o casal não estiver bem estruturado de sentimento e até financeiramente, se não tiverem objetivos em comum, a coisa vai degringolar. E se cada um não estiver muito bem preparado em sua decisão, vontade e disposição a isso, vai dar ruim. Senão, pra tudo tem um jeito na vida e sem desespero, mesmo sabendo que muitas vezes dá vontade de chutar o balde, jogar tudo pro alto, gritar e etc, as coisas vão se ajeitar e tudo se estabiliza e a paz volta a reinar no lar. (ok, não existe paz no sentido literal da palavra num lar com criança kkkkk). Mas eu acho que o principal é cada um ter muito bem estipulado pra si o conceito de felicidade, suas expectativas, seus sonhos e desejos.

Segundo tópico "infantolatria: as consequências de deixar a criança ser o centro da família" e terceiro tópico "falta de limites contribuindo para uma educação prejudicial aos filhos" meio que se misturam. Uma amiga postou semana passada essa matéria que achei muito interessante. De fato, estamos sofrendo desse mal. Se reclamamos que o mundo não é mais o mesmo, consequentemente os pais também não, e muito menos as crianças, frutos da superexposição nas mídias, da grande compensação pela culpa dos pais por estar afastado mais do que gostaria da criação e do dia a dia deles, por não saberem lidar ao certo com o misto de emoção e amor e dosar a maneira como isso vai influenciar na criação. Mas, por mais doído que possa ser colocar limites, se faz necessário. Geralmente o primeiro filho do casal é o centro das atenções e segue assim até uma determinada idade, uns 3 anos, onde já não passa a ter tanta graça tudo mais que ele faz, que quase sempre vem acompanhado de birras, pirraça e vontades. Quando se tem o segundo filho, a coisa tende a piorar drasticamente. E fora que isso poderá repercutir negativamente na formação da criança, gerando insegurança e falta de sociabilização, já que uma criança manhosa e mal-educada não é bem vista e nem aceita. Fato que a criança muda a rotina da casa e de uma família. Mas o que não se pode deixar é que elas comandem como se fossem reis soberanos. Ditar regras, horários, até onde vai seus direitos, saber diferenciar o seu mundo do mundo dos adultos. E que nos dois, quem manda são os adultos. Mas criança é voluntariosa e chantagista. Faz de tudo pra ter o que quer, até mesmo infernizar a vida dos pais, que acabam cedendo pra ter paz, muitas vezes. é mais fácil, mas não é o mais certo. Além do mais, a criança precisa de uma figura paterna e materna de autoridade, não pode ela se mandar e ditar suas regras com 2, 3 anos de idade, até menos. E mais uma vez, a sensação de culpa dos pais pode atrapalhar drasticamente. Engana-se quem acha que deixar a criança fazer o que bem entender, dar-lhe tudo, ñ lhe impor limites é uma recompensa pela falta de atenção, de paciência, de tempo e de amor até. Cria-se também uma criança frustrada, que quando se depara que o Fantástico Mundo não existe é um choque, pois existem problemas, dificuldades, do simples ao mais complicado. E se desde cedo a criança não for educada para entender isso, fazendo valer apenas as suas vontades no domínio da casa, a queda vai ser maior. Porque lá fora, o mundo não vai girar em torno dela e pessoas egocêntricas e autossuficientes geralmente, não tem vez. Então, por mais que doa, pisar no freio e trazer o criança para vivenciar experiências mais próximas da realidade, ensinado-lhes até o caminho para começar a se virar sozinho, pode ser o maior bem que os pais podem fazer aos filhos, sem nem sequer se dar conta. A incompreensão de hoje é o agradecimento e reconhecimento amanhã por se tornarem homens e mulheres de princípios, valores, conscientes e de bom senso, que sabem que tudo na vida tem limites e que se deve respeito ao mundo. Fácil não é. Mas é um trabalho a longo prazo, cada dia um pouquinho, cada hora uma coisa. Devagar e sempre chega-se lá. Mas hoje tem aquela né, tudo traumatiza. Tudo deixa a criança complexada. As pessoas não sabem mais diferenciar castigo de maus tratos, palmadinha de agressão. Ai virou bagunça e uma vez que a criança domina a situação e sabe que controla os adultos, já era. Tchau e bênção! Presenciei outro dia na rua duas cenas, diferentes em si, mas que mostram a total falta de autoridade e respeito aos adultos.

1) uma avó num pet shop com o neto, depois de chama-lhe atenção 1000 vezes por ele mexer em tudo e estar causando a maior bagunça, disse a ele que ia embora e o menino nem sombra de se mexer do lugar. A senhora continuou ameaçando que ia deixá-lo lá, falar com a mãe e blá blá blá do mesmo discurso que não muda. Que não sei quem ia lá pegá-lo, que provavelmente alguém que ele tinha medo 9tipo homem do saco) ia ficar com ele. E nada! O garoto não só não ia embora como ainda duvidava da avó, desafiando-a a deixá-lo lá que ele queria ver o que ia acontecer. A mulher saiu andando, mas a cada dois passos, berrava o nome do menino e repetia a lenga lenga tudo de novo. Eu já estava a ponto de pegar a criança pelo braço e levá-la de qq jeito. Quem manda sou eu! Ou no caso, a vó! Mas nada aconteceu... ela seguiu falando a mesma ladainha e o moleque de uns 4 anos atrás fazendo corpo mole, duvidando da avó. 

2) Um grupo de familiares sentados à beira da calçada conversando enquanto crianças brincavam no meio fio, na rua. De repente, sabe-se lá porque, um menino de uns 7 ou 8 anos, não mais que isso, parrudinho, atravessou correndo na frente do carro. Por sorte, o motorista não estava em alta velocidade e conseguiu parar, mas ao ver que o garoto fazia parte do grupo que estava sentado na calçada, comeu no esporro a mãe que deixa o garoto solto se ele não tem condições de se virar sozinho. Ela sem graça, nada disse! O garoto, errado até a alma, já xingava de tudo quanto era nome o motorista. Depois que o motorista foi embora. A mãe foi repreendê-lo e quem disse q ele abaixou a crista? Enfrentou-a de igual para igual! Disse em alto e bom som: "se vc não calar a porra da sua boca, sua vaca eu vou mandar meu pai te enfiar a porrada de novo, sua fds do caralho, quero ver você tentar abrir a boca pra falar comigo sem os dentes!". 

Fiquei perplexa, claro, óbvio, um nítido caso de violência doméstica presenciada pelo filho, por anos. Esse, infelizmente, será um futuro agressor. Mas se fosse meu filho, mesmo que eu não tivesse forçar contra o marido (embora eu ache que quando não se quer se arruma jeito de se mandar dessa vida), tinha enfiado a mão na cara dele, pra uma vez só. Quem chamasse polícia, conselho tutelar. Mandassem me prender. Tudo bem que com violência não resolve nada. Só piora. Mas, daqui a pouco vai ser em defesa própria. Se ela não bater, quem vai apanhar é ela. E do filho de apenas 8 anos de idade! Guardadas as devidas proporções, ambos se perderam dentro de casa. Soltaram as rédeas quando deveriam puxá-las. deram liberdade enquanto tinham que impor limites e deu no que deu!

É, na verdade da coisa, não é fácil educar. Não tem receita de sucesso. Não tem certeza do que se está fazendo, se vai ser bom ou ruim lá na frente. Tem que tentar agir com bom senso e passar valores para que seja um cidadão honrado, de bem. Nem sempre é fácil cortar as asas, seja com o coração, seja pela falta de autoridade, seja por pena. Nem sempre é fácil não se deixar ceder ás chantagens dos pequenos, cada vez mais ardilosos. Nem sempre é fácil levar tudo que rodeia a paternidade numa boa sem surtar ou sem se questionar se está fazendo mesmo o melhor e o certo. Infelizmente, isso só vai saber depois que fizer. E aí já tá feito! Não é nada fácil, eu entendo, eu reconheço. Mas os pais tem aquilo que chamamos de extinto de pai e mãe, que é algo que nos diz pra seguirmos naquele caminho confiando que dará certo, mas sem nenhuma garantia. É muita pressão, responsabilidade, trabalho. Uma profissão que não acaba nunca, e quanto mais eles crescem aumentam os problemas, já dizia a minha mãe. Apenas mudam-se as preocupações. Mas, tenho pra mim, que os pais precisam ter apenas uma certeza: que são pais e que através do amor, darão o melhor de si para cuidar, proteger, amar e educar esse serzinho que vai tê-los como espelhos para o resto de suas vidas. Errando pra acertar. tendo medo para se encorajar. Caindo para se levantar. É assim mesmo! Já que não existe manual, aprende-se na prática, na raça, com amor.

Boa sorte futuros papai e mamãe, os de primeira viagem, os de segunda e terceira e quarta porque cada filho é diferente do outro, aos papais antigos... E quem se interessar, os links abaixo são dos textos que comentei que li, em ordem consecutiva.

Boa semaninha...






23 de janeiro de 2015

Eu não sei bem porque, mas eu te amo...


"Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar ..."

E não sei bem porque, após mais uma de nossas brigas bobas, e após mais uma de nossas reconciliações bobas, resolvi olhar pra trás. Daqui a pouco fazemos 6 anos. E tanta água passou por debaixo desta ponte. Tivemos dias de sol, nublados e de chuva. E com muitos raios e trovões. Mas também tivemos dias que vimos um lindo arco-íris aparecer. Tivemos momentos de tristeza, de chateações, mas também de alegrias, de conquistas. E foi nas dificuldades em que mais nos unimos, apesar de só perceber isso depois, pois às vezes éramos tomados por puro estresse e nervosismo. Nós crescemos, caímos e levantamos, amadurecemos, aprendemos principalmente com nossos erros, mudamos e muito, temos novos sonhos, perspectivas, prioridades e metas. Estamos novos dentro de velhas pessoas. E apesar de termos percorrido um longo caminho, passando por muita coisa, altos e baixos, boas e ruins, tristes e alegres, vitórias e derrotas, uma coisa não mudou: a nossa escolha. Pois apesar dos pesares, estamos completos quando estamos juntos. Estamos mais fortes quando estamos juntos. Estamos bem quando estamos juntos. Embora nem sempre compatíveis de jeito, de gênio e de pensamento, somos quase os opostos que se atraem. Tirando que compartilhamos o gosto por muitas coisas. E eu passaria por tudo novamente sem nem hesitar. E eu te escolheria novamente de olhos fechados. E eu diria sim mil vezes mais mesmo sabendo que a vida, o relacionamento é uma caixinha de surpresa. Porque tudo vale a pena estando do seu lado. Nós somos aquele casal que erra pra acertar, que briga pra fazer as pazes, que se separa pra se juntar, que simplesmente não sabe viver sem o outro. Porque viver sem você é viver com um vazio, sensação de incompletude, de falta de vida, de cor, de sabor, de alegria, um pedaço de mim. E como posso eu, viver sem esse Homem que é você? Sim, você me deixou mal acostumada com mimos e zelos e tantos cuidados e carinho. Mas como posso viver sem o seu apoio, sem o seu companheirismo, sem a sua lealdade e cumplicidade, sem a sua honestidade e verdade, sem a sua compreensão e aceitação? Você é a mão no escuro que me salva, é o empurrão nas costas quando duvido ou tenho medo. É a compreensão para tudo e qualquer coisa que eu ou nós possamos passar. É o silêncio que fala mais que mil palavras. São os olhos mais ternos e intensos que eu já conheci. É a risada que surge do nada e contagia do nada assim como me irrita do nada quando está zoando com a minha cara rs. É o abraço mais aconchegante. É o cafuné mais reconfortante. É o beijo com o maior amor do mundo. E eu erro, você erra e juntos, persistimos, não nos erros, mas em consertar e prosseguir. Pois sabemos que vale a pena. Nossos erros existem para aprendermos com eles e para nos mostrar que coisas boas nos aguardam. Nos tornam fortes e confiantes e nos abrem os olhos para as dificuldades e tempestades que são passageiras. E de repente o complicado vira simples, assim. Assim como eu e você! Nossa vida não é um mar de rosas, romance de novela, comercial de margarina. Tem defeitos e problemas. Tem chateações e vontade de chutar o pau da barraca de muita coisa. Mas como tudo na vida tem um porém, o meu é você. E é um porém bastante significativo e que basta para eu querer apenas nós, do nosso jeitinho, perfeitos em nossas imperfeições. Pois não há dinheiro no mundo que compre a felicidade e a realização de deitar e acordar ao seu lado, ser aceita e amada, cuidada e protegida, compreendida e apoiada. E é assim que eu quero estar daqui há 10, 20, 30 anos, do seu lado, com nossas picuinhaszinhas, nossas brigas bobas, mas nossas longas conversas, nossas brincadeiras idiotas, nosso "topamos qualquer coisa para se estar feliz". Porque é aquilo, entre ter razão e se feliz, você já sabe a minha escolha. E sim, sou chata, geniosa, temperamental, com algumas manias e cismas, impaciente e intolerante, reclamona, preguiçosa e tenho mau-humor (só vou colocar os defeitos de propósito rs). Mas se você me atura, me leva na manha por 6 anos e ainda diz que me ama e que passaria o resto da sua vida ao meu lado mesmo assim, ganhei meu dia. Você é o cara, porque só quem consegue lidar com o meu pior, que tem o meu melhor...

Então é isso, fica combinado assim... pra você, meu eterno sim!


Dreamgrils 2



E essa é a segunda música, com excelente atuação da atriz e cantora, e com uma linda letra...

Dreamgrils

Porque ontem eu assisti, pela milésima vez a Dreamgrils, e apesar do filme inteiro me tocar, duas músicas mexem mais comigo e me arrancam lágrimas, não só pela interpretação da belíssima Jennifer Hudson (que eu acho que a estrela brilhou bem mais do que a Beyoncé que era de fato a estrela do filme, e por quem sou apaixonadíssima também), como por essa voz única e incrível.

Aliás, a atuação da atriz nesta primeira canção rendeu a ela o Oscar de melhor atriz coadjuvante.

Uma delas é essa aqui. Deliciem-se...






22 de janeiro de 2015

Alguém nos salve desta barbárie de mundo!


Sou daquelas de acreditar que Deus está no controle. Que ele sempre faz o melhor por nós, mesmo que a gente não entenda ou não aceita as razões dele. Sou daquelas de acreditar que tudo acontece por uma razão e por um motivo e que muito do que nos acontece, já estava predestinado para nós. Nada é em vão! Sou daquelas de acreditar que no final, tudo se ajeita, as coisas se arruma em seus devidos lugares. Sou daquelas de acreditar que nada está em nosso controle, é no plano lá de cima, religioso, astrológico ou qualquer outro que nossos caminhos são escritos. Afinal, sou daquelas que acredita no tudo que possível for de que existem forças agindo por nós e conosco o tempo todo, que desconhecemos, que duvidamos, que não acreditamos, mas elas estão lá, religiosidade, destino, pensamento positivo, sei que alguma coisa está lá, nos guiando, nos guardando...

Mas aí, acontecem outras coisas, nada boas, que me fazem duvidar de todas essas forças aí, na sua grandiosidade de impedir o mal. Na sua grandiosidade de nos proteger. Na sua grandiosidade de nos fazer ter fé e nunca nos deixar desacreditar e desistir. Em muitos momentos, me questiono, cadê Deus em sua imensa misericórdia, cadê a salvação divina? Cadê a justiça de Deus ou dos homens? Porque temos que passar por certas coisas sem sermos merecedores de tal sofrimento? Não, e eu não tô falando de coisinhas, tô falando de coisas grandiosas... Hoje, cedinho, ao chegar no trabalho, assim que abri a página de um jornal, me deparei com a seguinte manchete: "Estado Islâmico leiloa meninas cristãs como escravas sexuais". Foi aquele momento em que você está positiva, de bem com a vida, em paz e feliz e que de repente toma aquele tapa na cara, se assusta e acorda que apesar de seu estado de espírito estar exacerbadamente bem, o mundo padece, almas adoecem, corações sangram, olhos só choram lágrimas de sofrimento e dor, e existe muita maldade, a humanidade vive dias de crueldade, descrença e falta de de fé. Eu não queria ler a matéria, mas apesar da indignação existia a curiosidade e a necessidade de entender como essas coisas, em pleno 2015, ainda acontecem. E a cada linha, nojo, raiva, vergonha de fazer parte desta sociedade que se diz civilizada. 

Até quando vamos ver coisas assim acontecerem e ninguém fazer nada? Cadê os direitos humanos? Cadê a comoção nacional? Cadê o povo indo às ruas, indignados, protestar, berrar por justiça e paz? Vagabundo tem isso tudo. Traficante sob pena de morte tem interdição da presidente pedindo clemência. Vagabundo assassino, estuprador, agressor, pedófilo, que pratica os maus tratos seja à idosos, crianças ou animais, são intercedidos pelos direitos humanos. Sim, eles têm direitos! Apesar de tudo. A população vai às ruas, põe a boca no trombone indignada com corrupção, altos impostos, com as leis, com a política, com nossos direitos a educação, saúde, segurança e moradia jogados às traças, por estarmos cansados de sermos feitos de bobos. Por causa de um aumento de 0,20 centavos na passagem de ônibus com um serviço precário como tantos outros no país, mas continua alheio ao mundo onde diante de tanta crueldade, coisas pelas quais berramos e que apesar de se fazerem necessárias, ficam em 2°, 3° ou quiçá 10° lugar, diante de outras. Há tanta coisa acontecendo e que precisa ser feito algo!

Pelo que li na matéria, essa prática é conhecida e existe há anos. Mulheres, meninas de 15 anos são vendidas e estupradas livremente, até crianças fazem parte deste "negócio". E de acordo com a tabela de custos, os atributos das mulheres as fazem valer mais ou menos, assim como suas idades. E acabou a vida para elas. Em algum momento do vídeo gravado e divulgado desta prática, uma determinada garota é citada e logo depois, riem quando falam que ela está morta. Como assim? Gente... que mundo é esse? Cadê a ONU? Duvido que ela não saiba dessa prática. Porque os países não se unem para derrotar essa organização criminosa? Porque não há acordos entre países/estados já que a repulsa pelo visto é mundial? Importa mais as alianças políticas e financeiras do que vidas?

Quem se interessar, pode ler a matéria completa e ainda ver o vídeo. Se tiver estômago para tanto, porque eu fiquei apenas com a parte escrita mesmo e olhe lá. : http://noticias.gospelprime.com.br/estado-islamico-cristas-escravas-sexuais/

Posso ser muito sensível, humana demais, mas minha felicidade se esvai quando vejo o sofrimento, a violência, as crueldades, a degradação do mundo, a decadência da humanidade. Por mais que eu faça uma filtragem, pois claro, não posso me deixar atingir por tudo, mas é impossível ficar alheio à alguns acontecimentos, e que me consomem num misto de nojo, raiva e falta de fé. Em vez de evolução estamos mais retrógrados do que nunca. Usamos a tecnologia e o conhecimento para fazer o mal em vez de praticar o bem. Estamos mais individualistas do que nunca, e egoístas e egocêntricos, e autossuficientes, e indiferentes. Fico pra baixo quando vejo tanta coisa triste acontecendo no mundo e ninguém nada faz. Como pode? Aliás, que mundo é esse? E cada vez, fico mais descrente da raça humana... Cadê a solidariedade, a piedade, o cuidados, a preocupação, compaixão, bondade e caridade com o próximo? Estamos carentes: sofremos com a falta de consciência, de atos, de valores. Vivemos envolto numa bolha, onde não nos deixamos abalar. E o que por ventura chega até nós, não nos deixamos abalar. Nos acostumamos, é isso. É triste, mas muita coisa virou banal. 

Sou daquelas sonhadoras, que acredita que se a gente quer, a gente faz. Que força de vontade é o maior motivador que existe. E que se a gente se juntar numa única força e voz, a gente muda o mundo, sim. Mas a gente antes disso, tem que mudar a gente mesmo. Porque enquanto vivermos nessa inércia, apenas lamentando e nada fazendo, desde as pequenas até as maiores coisas, realmente não vamos sair do lugar. O conformismo é uma das piores pragas que podem nos consumir, junto com a falta de crenças. 

Para ser habitável, agradável, justo e adequadamente moral, o mundo precisa de muitos ajustes, de muita mudança, de muito trabalho. Mas estamos disposto? De verdade? Ou apenas queremos reclamar no conforto de nossa casa de que o mundo está pior a cada dia e não sabemos onde vamos parar? Primeiro façamos uma avaliação pessoal de nossas expectativas e o que realmente queremos fazer, a começar com a nossa parte. Depois, pensar num âmbito mais amplo de que medidas globais podem ser tomadas. Mas isso tudo dá muito trabalho né? Envolve muito esforço. É, é mais fácil nos escandalizarmos à distância com o que está acontecendo lá enquanto nos trancamos aqui e continuamos a reclamar do nosso cotidiano"zinho" de absurdos comuns!

21 de janeiro de 2015

Querido Ex - Tréplica


Para quem curtiu o excelente texto "Querido Ex", aí vai a Tréplica, publicada pelo autor. Na minha opinião, tão bom quanto o anterior... Então, mais uma vez, boa leitura!

E para você que chegou agora e não está entendendo, clica no link e leia o texto na íntegra para se atualizar do assunto rs.

http://wwwconversacarioca.blogspot.com.br/2015/01/querido-ex.html

Beijinhos



Tréplica

Era 21 de dezembro de 2012.
Sexta-feira.
Dia em que o mundo iria acabar.
Você trabalhava das 14h às 22h.
Enquanto eu trabalhava das 08h às 17h
Passamos o dia inteiro trocando mensagens.
Em alguns momentos eu notei um certo distanciamento da tua parte.
Mensagens secas.
Eu questionei e você disse que não estava muito bem.
Mal estar.
Talvez gripe ou virose.
Eu pedi pra cuidar de você, mas você respondeu que queria e precisava descansar. Que depois do trabalho você iria pra casa dormir e que nos veríamos no dia seguinte.
Em sete meses de namoro nós nunca havíamos ficado longe um do outro numa sexta-feira.
Fiquei preocupado com você.
Lembrei do dia em que eu estava com febre de 40 graus e ainda assim fui te encontrar.
Até melhorei quando te vi.
Mas você foi enfático.
Queria descansar.
Sozinho.
Às 22h você foi pra casa.
E eu já estava na minha.
De banho tomado.
Deitado na cama.
Esperando por notícias suas.
Você me mandou a seguinte mensagem:
"Amor, tô muito cansado e indisposto, vou dormir. Nos falamos amanhã, te amo."
Eu tinha a impressão de que era capaz de dar a minha vida pela tua.
Saber que você não estava bem me fazia mal.
Eu tomava as suas dores.
E me preocupava com você, mais do que comigo mesmo.
Falta de amor próprio da minha parte?
Excesso de amor por você?
Não sei.
Mas eu gostava de me sentir assim.
Gostava de te amar.
23h. Minha melhor amiga me ligou:
- "Rafa, tudo bem?”.
- "Tudo bem" Respondi.
- “Você e o Nando estão bem”? Ela perguntou num tom aflito.
- "O Nando está em casa dormindo, está com virose.”.
Comecei a achar aquela ligação muito estranha.
- "Camila, está acontecendo alguma coisa?”.
Perguntei desconfiadíssimo. Embora sejamos melhores amigos, a Camila poucas vezes me ligou, geralmente conversamos por mensagens.
- "Rafa, estou vendo o Nando na fila da balada. E ele está acompanhado de mais três amigos.”.
Senti um frio na barriga.
Meu corpo ficou mole.
Me senti trêmulo.
E emudeci por alguns segundos.
Fiquei em silêncio até retomar o fôlego.
- "Camila, você deve estar confundindo, não deve ser ele.”.
- "Rafa, eu tenho certeza que é ele." Ela respondeu num tom cuidadoso, dava pra sentir a pena que ela já estava sentindo de mim.
- "Ele já te viu?" Perguntei.
- "Ainda não me viu, mas pensei em ir falar com ele".
- "Não!" Eu gritei e continuei:
- "Não deixa ele te ver, eu vou até aí pra verificar o que está acontecendo.
Peguei o endereço e comecei a me arrumar.
Eu queria acreditar que tudo era um grande engano.
Ou talvez uma surpresa do Nando pra mim.
Será que ele vai me pedir em casamento?
Será que é uma festa surpresa que eles prepararam pra mim?
Cheguei até a soltar alguns risinhos, de nervoso.
É uma surpresa.
Deve ser.
Tem que ser.
Pobre de mim.
Quanta ingenuidade.
Fui dirigindo até a balada num misto de desespero e agonia.
Tensão.
Quando cheguei na frente da balada já não existia mais fila.
A Camila estava lá na frente me esperando.
"Amigo, fica calmo" Disse ela desesperada.
"Camila, isso é algum tipo de brincadeira?" Perguntei aflito.
“Não é”. Mas fica calmo que não deve ser nada demais.
NADA DEMAIS? Meu namorado estava dentro de uma balada enquanto me disse que estava doente, dormindo, em casa.
Entramos na balada.
Fomos logo procurá-lo.
Balada cheia.
Almas vazias.
Procurei.
Procurei.
Procurei.
Até encontrar.
Você estava beijando um cara.
Fiquei em estado de choque.
Uma dor no peito tão forte que até hoje não sei descrever.
Gelou tudo dentro de mim.
Um frio na espinha assustador.
Meus olhos encheram de lágrima.
E desaguaram.
Fiquei estático.
Assisti de camarote aquele beijo.
Reconheci o garoto.
Era aquele seu colega de trabalho que curtia as suas fotos no facebook.
E que quando eu sentia ciúmes você dizia:
“Ele é só um colega de trabalho qualquer”.
Assisti aquele beijo até o fim.
Quando vocês interromperam o beijo você estava sorrindo.
Feliz.
Gargalhando.
Olhou pro lado e nossos olhos se encontraram.
Você congelou me olhando.
Parecia uma cena de encerramento de "avenida brasil".
Você também ficou estático.
O sorriso do teu rosto foi desparecendo lentamente.
Você nunca imaginou que eu fosse aparecer ali.
Olhei dentro dos teus olhos.
E tentei te mostrar toda a minha dor.
Os meus olhos falaram por mim.
Telepatia.
Eu sentia meu coração sangrar.
A maior decepção da minha vida.
Acontecendo ali.
Na minha frente.
Virei às costas e fui embora.
Desabei em choro.
A Camila tentou vir atrás de mim, mas eu corri.
Peguei meu carro e voltei pra casa.
Não sei como cheguei.
Só lembro de ter desaguado todas as lágrimas que existiam dentro de mim.
Chorei tanto em cima da minha cama.
Chorei até apagar.
21 de dezembro.
O mundo acabando dentro de mim.
Acordei no dia seguinte com a sua imagem beijando outro cara.
Me senti acordando em cima de uma maca de hospital.
Atropelado.
Entre a vida e a morte.
Esperei encontrar algumas mensagens ou ligações suas no meu celular.
Mas não havia.
A Camila me mandou infinitas mensagens, preocupada comigo.
Coitadinha. Minha amiga fiel foi tão corajosa em me contar.
Os dias que se procederam foram de uma grande espera.
Por um pedido de desculpas.
Por uma explicação.
Por uma justificativa.
E o dias se tornaram semanas.
As semanas se tornaram meses.
Os meses se tornaram anos.
E a justificativa nunca veio.
O pedido de desculpas também não.
Até você me reencontrar.
Acompanhado.
Namorando.
Na mesma balada que você me traiu.
Só que agora sem choro.
Sem tristeza.
Sem decepção.
Feliz.
Encontrei um cara legal, que cuidou de mim no ápice da minha fragilidade.
Encontrei alguém que me ama por inteiro.
Que não finge.
Que não se acha melhor nem pior.
Se vê igual.
Nos vemos como iguais.
Você Pediu desculpas.
E pediu pra voltar.
Quase três anos depois.
Sim, antes tarde do que nunca.
Justificou a traição.
Disse que se sentia inferior a mim.
Sendo que eu sempre te coloquei pra cima.
Eu fazia você se sentir o cara mais incrível do mundo.
Você mesmo me dizia isso.
Se de fato esse foi o motivo pra você ter me traído:
Então você realmente era inferior.
Inferior ao amor que eu sentia.
Inferior aos meus sentimentos.
Inferior aos meus planos de casar e viver contigo pra sempre.
Inferior às promessas que você me fez.
Inferior a todo o meu sofrimento.
Inferior à força e coragem que eu tinha de enfrentar o mundo inteiro e passar por cima de todo e qualquer preconceito.
Inferior.
Mas quem sou eu pra te julgar?
Tá desculpado.
Segue em frente e seja feliz.
Viva de verdade.
Encontre um amor.
Aquele amor de verdade que um dia eu te dei.
O meu perdão você tem.
Mas o meu amor não tem mais.

Adeus.

Rafael Koerich

18 de janeiro de 2015

Pena de morte: cumprimento da lei ou abuso de autoridade?


Sobre o caso do brasileiro e da pena de morte, não vou entrar no mérito se é certo ou errado. Acho que cada um já tem muito bem fundamentado pra si se apoia ou não, dentro de suas crenças e valores esse tipo de punição. Mas acho que cabe à parte, uma reflexão não só de um país intransigente, inflexível, rígido (e quantos mais adjetivos couber), mas de um lugar onde as leis existem e se fazem cumprir. Não são corruptíveis, quebradas, distorcidas, utilizadas de acordo com interesses políticos, sociais e financeiros do "fora da lei". Depois que você está do outro lado da linha e vê que não pode subornar policiais, juízes, sistema penitenciário pra se safar, apelar pro auxilio da milícia e das facções criminosas fica fácil se arrepender. 

O problema é que lá não é bagunça, a justiça não é falha, as leis não têm barriga e as pessoas não se valem do jeitinho brasileiro e nem contam com os corruptos pra se safar. Condenação com pena de morte, se é muito ou pouco para o delito do brasileiro, que diga-se de passagem não era santo e sabia bem o que fazia e sem ser obrigado a isso, também não vou entrar no mérito. Mas, apesar da comoção de alguns e da satisfação de outros, certo é que se o Brasil tive tido lá em seus primórdios ações extremadas (?) de repente, a coisa não estaria desse jeito. Se tivéssemos tido mais exemplos do que não fazer para não acabar daquele jeito, a coisa não teria saido do controle. Neste país da impunidade onde a violência, os crimes e toda a organização criminosa de vertentes mil colocam o dedo na nossa cara ditando regras e tirando sarro da nossa cara de impotentes. 

Em tempo, eu sou à favor da pena de morte sim. Principalmente aqui no Brasil onde não temos reabilitados criminosos em escala crescente e sim reincidentes, cada vez mais novos, cada vez mais cruéis, cada vez piorando em mil a cada prisão seu índice de maldade. Mas sim, tenho pena, dó e tristeza destas mães, onde a maioria foi ao inferno fazer pacto com o diabo se preciso fosse para livrar seu filho dessa vida bandida, mas acabou perdendo pras drogas, pro tráfico, pro crime. 


16 de janeiro de 2015

Kyle Hanagami | A Thousand Years - @ChristinaPerri


Um vídeo que muito me tocou... nem sei porque!




15 de janeiro de 2015

Querido Ex...


Lendo aqui e ali, chegou aos meus olhos esse maravilhoso texto. Não conheço o escritor. Não sei dizer se é real ou fictício. Mas tem tanta verdade, tem tantos sentimentos contidos, tem tanta identificação... quem nunca fez ou passou por isso: as armadilhas do amor! Amar e não ser amado, dar e não receber, ser trocado, magoado, tentar esquecer de forma errada, dispensar as pessoas certas, cair no escuro de um abismo profundo e não ver a luz do dia ou da noite. Mas aí, um dia, um simples dia, um dia qualquer, que começa e termina como um dia qualquer, as coisas vão se dissipando e quando a gente percebe, puf no ar, sumiram. E pode a causa ser outro alguém e pode a causa sermos apenas nós mesmos. E a gente vê que todas aquelas frases prontas acontecem de fato: "uma hora vai passar", "você vai superar", "um dia você vai rir de tudo isso"... E é impressionante como quando a gente não sente mais dor e nem amor, nem raiva e nem pena, não sentimos nem indiferença, não sentimos absolutamente NADA por alguém que um dia tanto foi e muita coisa - boa e ruim - nos fez sentir. E simplesmente conseguirmos, enfim, seguir com a vida. Mas o mundo dá voltas, nos surpreende e vivemos constantemente essas surpresas...

Eu faço questão de compartilhar aqui esse texto que é um pouco longo, pois é uma carta e uma resposta a essa carta, mas que tenho certeza que quem ler vai se sentir tocado, de alguma forma e vai fazer uma visita ao passado, em algum momento. E também vai sentir o alívio de se ver uma pessoa liberta, ou o mal de saber que eternamente será uma pessoa arrependida e ressentida. Não importa que tipo de relacionamento é, se homo ou hetero, pois o que está em xeque aqui é o sentimento e a maneira como uma relação foi tratada e como repercutiu de maneira diferente - ou iguais - para os dois lados.

Boa leitura e reflexão, sobre o amor, os relacionamentos, as pessoas, valores e condutas, a vida...



A resposta.

Resposta que recebi do meu ex namorado:

"Oi Rafa.
Se ex é aquele que antecede, sou seu ex então.
Não sei escrever tão bem quanto você, mas vou tentar.
Talvez por isso que eu só tenha te escrito uma carta em 2012.
Enquanto você me mandou pelo menos dez.
Tenho todas ainda.
Teu e-mail foi uma porrada na minha cara.
Nocaute.
Eu sabia que tinha te machucado, mas não sabia a gravidade.
Vi que você postou o e-mail nas redes sociais.
Bombou.
Obrigado por não ter divulgado o meu nome.
Seria uma boa vingança.
Tava na padaria tomando um café e vi um casal falando sobre o e-mail.
Abri o facebook e vi alguns amigos compartilhando o texto.
Será que sabiam que você estava falando de mim?
Não sei.
Quase 3 anos se passaram.
Eu não sou mais aquele que fugiu sem prestar socorro.
Você não é mais aquele que foi destruído.
Amadurecemos.
Algumas coisas precisam ser levadas em consideração.
Eu tinha acabado de "me assumir" gay.
Você foi o meu primeiro namorado.
Era tudo muito novo pra mim.
Caí em tentação.
Eva também caiu.
Cauã Reymond, Kristen Stewart, Brad Pit.
Maria, Pedro, José, Ana.
Nada justifica, eu sei.
Mas somos humanos e estamos sujeitos.
"Errar é humano". Já ouviu falar?
Você tão inteligente.
Já formado.
Com um emprego incrível.
Mil projetos engatilhados.
Cheio de amigos legais.
Um cara tão forte.
Promissor.
E eu? O que eu era naquela época?
Um estudante.
Com um emprego ruim.
Trabalhava pra pagar os estudos.
Poucos amigos.
Incrivelmente seguro, eu?
Toda a minha segurança era simulada.
Sempre me senti inferior a você.
O que esse cara está fazendo ao meu lado? Eu pensava.
Você inflava meu ego com tanto amor.
Você me chamava de "incrível", de "inteligente", de "especial".
Embora eu me considerasse um grande nada.
O que esse cara tem na cabeça?
O que ele está vendo em mim?
Alguém avisa pra ele que eu não sou tudo isso?
Você criou expectativas demais em cima de mim.
Eu nunca fui tão bom quanto você pensava.
Ok. Você fazia eu me sentir incrível.
Você fazia eu me sentir inteligente.
Você fazia eu me sentir especial.
Mas aí tive que fingir ser tudo isso.
Fingi pra que você continuasse achando.
E pra que pudéssemos ficar juntos.
Pra sempre, talvez.
Fingi.
Até cansar de fingir.
E fui embora.
Eu sempre achei que você ficaria bem caso eu partisse.
Ele vai conhecer alguém melhor do que eu em questão de dias.
Nunca pensei que poderia te causar tanta dor (mesmo).
Tudo bem, eu poderia apenas ter terminado.
Mas eu te traí.
E você descobriu.
Ou eu poderia nem ter terminado e ter tido uma história feliz ao teu lado.
Mas a minha síndrome de inferioridade não permitiu.
Eu lembro que fiquei paralisado quando você me pegou no flagra.
Eu não consegui ir atrás de você pra te pedir desculpas.
O teu silêncio e o teu olhar berraram tão alto que eu fiquei imóvel.
O teu olhar naquela noite, lembro até hoje.
Foi como se você tivesse me dito tudo o que gostaria de dizer.
Apenas com o olhar.
Telepatia.
Eu entendi ali que tudo tinha acabado.
E pensei: "Ele vai ficar bem".
Você pode achar que eu não sofri.
Mas eu sofri, sim.
Chorei no meu quarto por ter sido tão babaca contigo.
Você não merecia passar por isso.
Logo você que sempre me deu tanto amor.
E motivos pra sorrir.
Voltei a viver.
Achava que você logo ficaria bem.
Que você encontraria alguém a sua altura
Conheci outro cara.
Comecei a namorar.
E olha a vida sendo vida:
Fui traído.
Peguei mensagens no celular dele.
E foi um soco no estômago.
Sofri bastante.
Quem bate, esquece, quem apanha, não.
Me joguei na balada e peguei geral.
Numa dessas noites me disseram que você estava por lá.
Fiquei com um cara e parece que você viu.
Eu jamais imaginei que você ainda se importasse comigo.
"Esse cara não deve nem querer saber que eu existo."
"Deve ter vergonha de ter namorado comigo."
Ou simplesmente não pensei nada.
Eu estava vivendo a minha vida ao estilo "deixa a vida me levar".
Eu parei de medir os meus atos e sem freio fui seguindo.
Um dia sozinho no meu quarto eu comecei a ler as cartas que você me enviou quando namorávamos.
E bateu uma saudade muito grande.
Saudade de ser amado
Amado de verdade.
Liguei pra você pra perguntar sobre o meu óculos.
Que na verdade sempre esteve comigo.
Foi só um pretexto pra ouvir tua voz.
Um pretexto pra dizer que estava com saudades.
Um pretexto pra pedir desculpas.
Um pretexto pra dizer: "volta pra mim".
Mas quando eu ouvi a sua voz eu travei.
Não consegui dizer nada.
E desliguei.
E voltei a namorar.
Sem muito critério.
As coisas já não eram mais novidade pra mim.
Eu só queria encontrar alguém, começar a namorar e recomeçar a minha vida.
Novamente levei um tapa na cara da vida.
O cara que eu comecei a namorar veio com um papo de "diferenças culturais".
Disse que era bom demais pra mim.
E me deu um grande pé-na-bunda.
Doeu.
Lembrei de nós dois.
Das nossas diferenças.
E do amor que você tinha por mim, ainda assim.
Você gostava de mim assim, do jeito que eu sou.
Senti saudades.
Fui pra balada e te reencontrei por lá.
Acompanhado.
Namorando.
Você estava tão lindo.
Você estava tão vivo.
E eu já estava destruído.
Com o coração destruído.
E eu te procurei.
E pedi pra voltar.
Levei quase três anos pra te pedir desculpas.
Antes tarde do que nunca.
Não é mesmo?
E recebi o seu e-mail com aquela resposta.
Que me fez entender toda a situação.
Às vezes a gente não tem ideia do poder dos nossos atos.
Às vezes o amor fere, mas às vezes ele cura.
Eu poderia simplesmente ignorar o seu e-mail.
Poder ficar bem e ser feliz.
Poderia aproveitar ao máximo.
Com verdade.
Uma vida de verdade.
Um amor de verdade.
Pra não ter uma vida vazia.
Mas me dei conta que quero viver com você esse amor de verdade.
Essa vida de verdade.
Vazia a minha vida já está.
E só você pode preencher.
Pode parecer pretensão da minha parte.
Mas se você escreveu aquele e-mail com tanto sentimento e com tanta verdade.
É porque ainda sente.
Ainda ama.
E se esse for o caso, eu vou estar aqui te esperando.
Pra gente recomeçar.
Recomeçar do zero.
Pra mostrar que tudo na vida tem um tempo certo.
E talvez o nosso tempo seja agora.

Um beijo.
Te amo."

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Querido Ex.

"Oi.
Sou seu ex.
Na verdade você é meu ex.
Ex é aquele que antecede.
Sou o seu ex, do ex, do ex, do ex. Se é que isso realmente existe.
Depois de mim você namorou três ou quatro vezes, acompanhei tudo secretamente pelas redes sociais.
Começamos a namorar em 2012 e terminamos no mesmo ano.
2012 foi um ano maluco, não é mesmo? O mundo iria acabar. E não acabou. Nosso namoro, esse sim, acabou. Eu cheguei a pensar que a minha vida também fosse acabar, mas veja só: 2015 chegou e eu ainda estou aqui. Profecias erradas.
Namoramos poucos meses.
Você me fez tão feliz.
Nunca havia me apaixonado tanto.
Eu dormia sorrindo e acordava com um sorriso ainda maior.
Você era o meu primeiro e meu último pensamento do dia.
O nosso primeiro beijo arrepiou a minha alma e você perdeu o fôlego, lembra?
Você tão incrivelmente lindo.
Você tão incrivelmente seguro.
Você.
Só você.
Mas aí você me traiu.
Me traiu com um colega de trabalho.
Me traiu com um colega de trabalho qualquer.
E me destruiu.
E foi embora.
Partiu sem se importar.
Frio.
Calculista.
"Homem foge sem prestar socorro."
Manchete no jornal da vida.
Da minha vida.
Que já não tinha mais sentido.
Eu eu fiquei em estado de choque.
E comecei a fumar.
E bebia pra não lembrar.
E fumava pra tentar me acalmar.
E bebia porque eu lembrava.
E fumava porque não esquecia.
E bebia porque não me acalmava.
E fumava cada vez mais.
E bebia pra tentar esquecer.
E não esquecia.
E não me acalmava.
Então comecei a sair.
Meus amigos me arrastaram pra balada.
E eu te reencontrei por lá.
E você estava tão feliz.
E você estava tão lindo.
E eu só queria te abraçar e dizer:
- Tudo bem eu te perdoo, errar é humano, vem aqui, vamos tentar outra vez.
Mas você abraçou outro cara.
E beijou esse cara.
NA-MINHA-FRENTE.
E me destruiu novamente.
E eu bebi e fumei ainda mais.
Porque me traiu com o seu colega de trabalho se não tinha intenção de ficar com ele?
Me traiu só por trair?
Quem é esse cara que você está beijando?
Eu tinha tantas perguntas pra te fazer.
Eu tinha tanta dor dentro de mim.
Eu estava tão frágil.
E passei a ter raiva.
E um dia você me ligou.
Eu ouvi a sua voz.
E a raiva passou.
Mas você só perguntou pelo seu óculos.
Que não estava comigo.
E desligou.
E começou a namorar com outro cara.
Que não era o colega de trabalho, nem o cara da balada.
E você estava tão vivo.
E encheu o instagram de fotos.
E legendou as fotos com palavras de amor.
E terminou o namoro.
E encheu o instagram com fotos na balada.
E começou a namorar com uma outra pessoa.
E o ciclo era sempre o mesmo.
E eu fui murchando aos poucos.
Fui morrendo lentamente.
Tive que focar no trabalho.
Pra não morrer por inteiro.
E trabalhei muito.
E fui promovido.
Uma. Duas. Três vezes.
E só trabalhava.
E te acompanhava de longe.
Acho que gosto de sentir dor.
SADOMASOQUISMO.
E dispensei tanta gente que queria ficar comigo.
Tanta gente legal.
Vesti um escudo.
Achei que todas as pessoas eram igualmente maldosas.
Maldoso como você foi.
Comigo.
E com o cara depois de mim.
E com o outro cara, depois do cara depois de mim.
E vi algumas pessoas querendo cuidar de mim.
Teve um que chorou e disse que queria me fazer feliz, pediu permissão.
E eu disse não.
E de tanto dizer não.
Acabei dizendo sim.
E eu já não fumava mais.
E eu bebi, mas dessa vez foi pra brindar.
E eu me senti amado.
De verdade.
Pela primeira vez.
E me senti feliz.
E me peguei sorrindo sozinho.
Sorriso bobo.
E voltei a amar.
E não era você.
Verdade. Reciprocidade.
E você foi acabando dentro de mim.
Até acabar por inteiro.
E eu passei a dar risada sobre tudo o que aconteceu.
As pessoas me diziam que um dia eu iria rir disso tudo.
E eu ri.
E eu te reencontrei na balada.
E não senti nada.
Olhei pro meu namorado e vi um abismo entre você e ele.
Eu só desejei que a tua maldade e que a maldade do mundo nunca atinja quem agora eu amo.
E que ele nunca se corrompa por tão pouco.
Como você se corrompeu.
Que o mundo é sujo eu sei.
Você me mostrou.
Mas é possível sair ileso, basta ser bom. Basta ser do bem, meu bem.
E você me viu feliz com outro alguém.
E me mandou mensagem.
Disse que eu estou bonito.
Que o tempo me fez bem.
E fez mesmo.
E você pediu pra voltar.
Disse que se arrependeu de tudo e que sente muito a minha falta.
Disse que eu fui o único que realmente te amou de verdade.
Há 1 ano atrás eu correria pros teus braços.
E te dava todo o meu amor outra vez.
Hoje eu te deixo esse e-mail.
Que é a única coisa que eu tenho pra te oferecer.
Fica bem e seja feliz.
A gente só vive uma vez.
Aproveita ao máximo.
Aproveita com verdade.
Uma vida de verdade.
Um amor de verdade.
Pra não ter uma vida vazia.
Tchau."

Rafael Koerich



14 de janeiro de 2015

24 ideias para ser mais feliz


Pequenas coisas que podem melhorar não só o nosso dia, mas como a nossa vida:




Os seus amigos são os amigos dele e vice-versa? Mude isso pelo bem do relacionamento de vocês. É essa a conclusão de um trabalho conjunto desenvolvido por um pesquisador da Universidade Cornell e um engenheiro do Facebook. Depois de analisar 1,3 milhão de usuários da rede social e suas conexões, eles observaram que, quanto menos amigos em comum, mais chances de a relação durar. Isso porque, assim, cada um pode expandir o universo de relações do outro.


Meditação, ioga, reiki e tai chi chuan vêm recebendo a chancela de cientistas como ferramentas que ajudam a curar doenças e chegar ao bem-estar. "Se a mente não está bem, ela prejudica o corpo com a liberação de hormônios que afetam o sono e o humor. Essas práticas ajudam a equilibrar e apaziguar a mente", diz Andrea Murgel, mestre de reiki e sócia do Equilibrium SPA da Mente, no Rio de Janeiro. Um estudo da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, com pacientes do New York Presbyterian Hospital, mostrou que o reiki pode diminuir a frequência cardíaca e a pressão arterial. "Se souber aplicar em si mesmo, você pode fazê-lo até preso num congestionamento, por exemplo", sugere Andrea


O organismo pode ser estimulado a produzir substâncias que trazem a sensação de bem-estar. Uma delas é a endorfina, que também colabora com o combate a dores crônicas e é fabricada quando nos exercitamos. "Trinta minutos, ao menos três vezes por semana, auxiliam até quem está em tratamento de depressão moderada", afirma o endocrinologista Roberto Luis Zagury, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.



A falta de uma boa noite de sono (de ao menos sete horas) está relacionada ao aumento da produção de hormônios (como o cortisol) que, em excesso, provocam stress, obesidade e depressão. Tente dormir sempre no mesmo horário, desligue aparelhos eletrônicos e apague as luzes. Alguns especialistas sugerem fazer uma lista das tarefas do dia seguinte antes de deitar. Assim, não se pensa nisso na cama.


Além de enfeitar sua casa, decore também sua mesa do escritório. Segundo uma pesquisa, ver flores pela manhã pode aumentar a sensação de alegria, dar mais energia, estimular a criatividade e diminuir a ansiedade.


Casais que compartilham tarefas domésticas e estabelecem as responsabilidades de cada um são mais propensos a se sentir satisfeitos no relacionamento. "Conversem sobre o que esperam e o que podem fazer. Definam algumas regras e mudem-nas conforme o necessário", sugere a psicoterapeuta humanista Renata Feldman, de Belo Horizonte.


A expectativa de tirar férias e o tempo gasto organizando uma viagem são suficientes para deixar alguém alegre por oito semanas, mostrou um estudo holandês. Uma outra pesquisa foi além e mediu o nível de endorfina de um grupo que planejava assistir a um filme. Só essa expectativa fez com que a quantidade de endorfina no sangue subisse 27%. Então, se não vai sair de férias por enquanto, planeje pequenas escapadas no fim de semana ou ao menos uma happy hour com as amigas.


Brigas ou pedidos de desculpas devem ser sempre ao vivo. No máximo, por telefone. Relações em que os casais usam mensagens de texto para tudo foram consideradas pouco satisfatórias, segundo uma pesquisa da School of Family Life da Brigham Young University, de Utah, nos Estados Unidos. O estudo, feito com 276 pessoas (sendo 46% em um relacionamento sério e 16% casadas), deixou claro que, nas conversas virtuais, a reação é menos espontânea, e fica mais difícil compreender a dimensão do que é falado.


À medida que envelhecemos, nos tornamos mais felizes. "Em geral, o bem-estar é uma conquista que envolve alguma sabedoria de vida. Com o passar do tempo, a pessoa vai entendendo o que vale a pena", diz o psicanalista Luiz Alberto Hanns, do Centro de Estudos Psicanalíticos de São Paulo. Além disso, estudos mostram que pessoas maduras tendem a se concentrar mais em fatos - passados ou presentes - positivos do que nos negativos.


Mais do que matar a fome, comer dá prazer e contribui para o bom humor. "Alguns alimentos são importante fonte de triptofano, aminoácido que aumenta a produção de serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar", explica Cristhiane Messias, coordenadora do curso de nutrição da Universidade de Pernambuco, em Petrolina. O triptofano está presente em frutas como banana, melancia e abacate. Encontrado em peixes, aveia e castanhas, o selênio, como antioxidante, combate os radicais livres, que causam stress e envelhecimento. Já o chocolate contém magnésio, que auxilia na produção de dopamina, neurotransmissor capaz de regular o humor.


Otimismo, gratidão e altruísmo contribuem para o bem-estar. "Ao fazer algo pelo outro, ativamos no cérebro o sistema de recompensa, o mesmo acionado pelo prazer do sexo ou do consumo de chocolate", explica o neurologista Ricardo Teixeira, diretor clínico do Instituto do Cérebro, em Brasília. Ajude desconhecidos (por exemplo, um deficiente visual a atravessar a rua) e interaja com quem não faz parte do seu círculo (que tal levar um pedaço de bolo para o novo vizinho?).


Nem pense em trocar quem você ama por horas extras no trabalho, de olho naquela promoção. Esse é um dos conselhos do especialista em felicidade Daniel Gilbert, professor de psicologia de Harvard. "O tempo que passamos com a família e os amigos conta bem mais para a felicidade que dinheiro e até saúde. O interessante é que as pessoas sacrificam suas relações sociais para alcançar outras coisas que não as deixarão tão felizes."


O dia está especialmente difícil? Sorria! Com a boca, os olhos e todo o rosto. Isso pode diminuir seus batimentos cardíacos mesmo em uma situação de tensão, mostraram pesquisadores da Universidade do Kansas, nos Estados Unidos. O estudo incluiu 169 estudantes treinados a segurar hashis (o palitinho japonês) com a boca enquanto praticavam movimentos faciais neutros, semelhantes a um sorriso amarelo ou um sorrisão. Os do último grupo, mesmo fazendo atividades chatas (desenhar com a mão não dominante, por exemplo), ficaram mais tranquilos.


"As pessoas se preocupam mais em postar fotos de onde estão e contar o que estão fazendo do que em aproveitar o momento. Há uma enorme necessidade de mostrar para o outro como a vida é perfeita. Só que nem sempre isso reflete a realidade", diz Renata Feldman, psicoterapeuta humanista de Belo Horizonte. E, aí, você se compara a um ideal impossível e se frustra. Nem precisa se desconectar totalmente; defina um tempo máximo por dia para ficar online.


O stress tem seu lado positivo, acredite. Quando você passa por situações difíceis, seu cérebro se vê obrigado a fazer mais conexões entre os neurônios, o que aumenta sua capacidade cognitiva. Na Universidade do Novo México, nos Estados Unidos, pesquisadores perceberam também que picos de cortisol gerados durante um stress de curto prazo podem trazer benefícios para a memória.


Muito se fala do benefício do sol para a síntese de vitamina D, essencial aos ossos. Mas ele também estimula a produção de endorfina e regula a melatonina. O excesso desta última causa sonolência e indisposição e deixa o raciocínio lento.


Sem ficar no vermelho, presentear alguém ou você mesma pode trazer muitas alegrias. Especialmente se o mimo for uma experiência compartilhável - como uma viagem ou um jantar.


A psicóloga americana Sonja Lyubomirsky, autora do livro A Ciência da Felicidade (Elsevier), propõe um treino: tire 20 minutos semanais, quando estiver de bom humor, e escreva sobre como se vê em cinco ou dez anos. Pense nesse futuro da melhor forma possível. Além de deixar a mente mais positiva, escrever pode levá-la a identificar metas e atingi-las. Enquanto escreve, pensamentos ruins podem surgir. Sonja aconselha: "Deposite uma moeda de 1 centavo em um cofrinho sempre que tiver um ataque de pessimismo. Depois, tente substituir aquela ideia ruim por uma mais generosa e favorável a você".


A americana Gretchen Rubin decidiu testar várias dicas para ser feliz em seu livro Projeto Felicidade (Best Seller). "Percebi logo que, em vez de insistir em longas meditações diárias ou buscar respostas profundas de autoconhecimento, eu deveria priorizar o básico, como dormir em um horário decente e não ficar muito tempo sem comer."


Desvendar os próprios temores e aprender a lidar com eles é essencial para ser feliz, acredita o psicólogo americano Tom Stevens: "Enquanto eles permanecem escondidos e sem solução, é como se enviassem lembretes diários, assombrando sua felicidade".


Uma professora de economia da Sorbonne, em Paris, dividiu dois grupos para resolver um quebra-cabeça. Ao grupo A foi dito que o B levara 25 minutos para terminar; ao B, que o A levara 5. Os dois acabaram no tempo certo, mas o sentimento em relação ao experimento foi ruim. A dica: não se compare. A não ser para tirar algum ensinamento em vez de apenas sentir-se melhor ou pior que o outro.


Uma pesquisa da universidade inglesa The Open com 5 mil pessoas mostrou que as mães são mais felizes com a vida de modo geral que os homens e mesmo que as mulheres sem filhos, contrariando várias pesquisas que diziam que crianças não trazem felicidade.


Já reparou como é cansativo ficar perto de quem se queixa o tempo todo? É contagioso - como a felicidade. Foi o que mostrou um estudo feito em parceria pelas universidades da Califórnia e Harvard: "Um amigo feliz que vive a até 1,6 quilômetro de distância aumenta a chance de fazer alguém feliz em até 25%. O mesmo ocorre com casais (8%,) irmãos (14%) e vizinhos (34%)".


Viver no azul não faz bem só para suas finanças. Um artigo publicado na revista americana Clinical Psychology Review apontou que o risco de ter problemas de saúde mental, como depressão, é três vezes maior entre pessoas que têm dívidas.


Fonte: M de Mulher: http://mdemulher.abril.com.br/