22 de março de 2010

Tá chovendo lixo pra todo o canto...

Uma coisa é a gente ver nas reportagens pela televisão o caos que se transforma a cidade do Rio, atualmente, quando chove. Outra coisa bem diferente é você se ver dentro da situação sem muita coisa a fazer. Pois bem, domingão, sol a pino, 17h da tarde e eu saindo de casa para ir me encontrar com amigas no shopping da Tijuca. Do nada o tempo virou. Fechou e a tarde clara parecia mais 20h da noite. Ventava já bem forte e começaram a cair os primeiros pingos d’água. Mas eu, teimosa da p... resolvi ir assim mesmo. Neste caso, nem sei se é teimosia demasiada. Mas tenho em casa minha mãe que tem verdadeiro pavor de sair de casa, de carro ou de qualquer outro jeito na chuva. E eu já acho que apesar de difícil em certos momentos não podemos nos render a determinadas situações e nos deixar controlar por elas. E outra, com estas pancadas de chuva rápidas e as mudanças loucas de tempo muitas vezes a chuva anuncia que vem, mas não vem. Ou cai em uma parte da cidade e na outra não cai nem um pingo. Enfim, resolvi arriscar e ir.

Quando cheguei em Ramos já era o próprio dilúvio anunciado! Era muita água! Dava até medo. Para acalmar, coloquei meu inseparável fone de ouvido e fui curtindo minhas musiquinhas preferidas. Olhava pela janela e nada via. A não ser breu! Por onde o ônibus ia passando via os novos passageiros entrando com a roupa como se tivessem saído de um mergulho na piscina. E as poças de água ao redor das ruas aumentando. Já na linha amarela o trânsito era um nó só. Quando ele, o ônibus, desceu para pegar ali por dentro do Jacaré, na Democráticos, a rua era a própria piscina. Inundada! Impossível passar. Até mesmo o ônibus que era alto e encarava qualquer coisa, resolveu não arriscar. Já nesta altura eu havia me arrependido de sair de casa. Entrando aqui, saindo ali, cortando algumas ruas, conseguimos fazer uma boa parte do caminho original alagado por outro improvisado. Mas, chegou a um momento que não deu mais. Mesmo cortando por dentro fomos obrigados a parar em um ponto que não passava nada. A chuva não dava trégua e tornava-se quase impossível ver as calçadas, as pessoas que a esta altura andavam com a água nos joelhos, os carros em torno, nada. O ônibus se atreveu a passar e estávamos indo bem até que paramos. E não saímos do lugar por um bom tempo. A chuva era tão forte que a gente não conseguia abrir a janela para ver as reais condições da situação. Mas, na brecha que consegui vi que a água já passava das rodas do ônibus e estava quase na cintura de quem se aventurava a atravessar de qualquer modo aquela água. Quando de repente alguém de dentro do ônibus gritou que a água estava entrando. Tomei um susto, pois de certa forma, me sentia mais preservada dentro do ônibus pelo fato dele ser possante, imponente e enfrentar todas. A água estava na altura do primeiro degrau do ônibus à portas fechadas. Foi a hora de mais nervosismo, pois ali, estávamos todos vulneráveis e impotentes. A senhora que sentava ao meu lado, já muito nervosa com a situação, estava ficando mais ainda por ter que chegar atrasada ao trabalho. Tentava acalmá-la explicando que a cidade toda estava alaga e que todos chegariam atrasados, sejam lá aonde forem. Mas foi em vão! Eu abria e fechava a janela toda hora. Mas nos poucos momentos que conseguia eu só via um volume muito grande de água. Era como se fosse uma bolsa e estávamos dentro. Aos arredores, muito lixo. De todos os tipos, recicláveis e não recicláveis. Fiquei pasma. Quantas doenças não estavam sendo disseminadas ali? Que horror! A gente ouve falar que o motivo das enchentes que acontecem corriqueiramente no Rio são os bueiros entupidos por conta da grande quantidade de lixo acumulados neles. E o restante fica nos meios fios das ruas, nas calçadas, tornando difícil a água escoar. Fora o desnível das ruas que dificulta a passagem da água também. Impressionante: 30 minutos de chuva e a cidade estava totalmente debaixo d’ água! E a população abismada sem saber o que fazer. Para fechar o quadro, chuva de granizo.

Fiquei ainda um bom tempo dentro do ônibus para que este conseguisse subir calçada e meio fio e tirar a gente dali, Depois enfrentar o trânsito, congestionado em uma via única, cortar mais uma infinidade de caminhos e 2 horas depois chegar ao meu destino. Que perrengue. Encontrei com as minhas amigas, mais para passar o tempo e deixar a bagunça que ficou a cidade se acalmar mais um pouco, a água conseguir baixar mais e então, voltar para casa. Até que por um lado deu certo meu raciocínio. Mas a chuva ininterrupta, já estava enchendo novamente os lugares que haviam secado. Peguei mais alguns cortes de caminho para voltar para casa, mas cheguei sã e salva. Em algum momento lembro-me de ter sentido pânico também por ter ficado alagada em lugares sem proteção, segurança e com alto índice de assaltos, violência. A cidade estava propensa para um arrastão, já que ninguém conseguia sair do lugar. Acho que senti mais medo disto do que da água em si. E para completar era dia de jogo no Maraca, outro lugar que alaga. Flamengo e Vasco se enfrentavam debaixo da forte chuva. Ainda bem que passei lá antes do término do jogo, porque se não o que já era um caos ia ficar mais ainda com a bagunça das torcidas rivais e organizadas.

Cheguei em casa crente que ia tomar um banho quente e assistir TV para aliviar a tensão dos maus bocados, quando deparei-me com a rua, as casas e os arredores à escuras. PUTA QUE O PARIU, pensei! Só faltava esta agora. Pois é... já eram 22h da noite e desde às 18h estávamos sem luz aqui. E a dita cuja só chegou às 09h da manhã do dia seguinte. Resultado: uma noite infernal, de calor e com muitos mosquitos rondando os ouvidos. E, no decorrer do dia, ouvi no noticiário nacional de que a previsão do tempo era para mais chuvas fortes durante a semana. Pensei na hora que se a situação continuar precária deste jeito, logo o Brasil se tornará uma Veneza da vida: debaixo d’água. E o pior, as próprias pessoas que reclamam da situação aposto, são as mesmas causadoras delas. Por que se veem a centímetros de suas mãos uma lixeira, preferem fingir que elas não existem e despejar o lixo nas ruas. Consequência, uma situação incontrolável. Se cada um fizesse a sua parte nada disto acontecia neste grau. Fora as melhorias que a cidade precisa, obras, pavimentação, iluminação, a companhia de energia responsável a Light, também precisa se preparar melhor para estas quedas de energia decorrentes da chuva. No verão elas são constantes pela sobrecarga de energia. Com as chuvas interrompem o fornecimento por quedas de postes, ventos que soltam fios... uma bagunça. Levar mais de 24h para fazer reparos? Absurdo! As nossas contas que não são baratas têm que ser pagas em dia. Nós não podemos faltar com nossas obrigações. Engraçados!!!

Bom, segundona, o tempo ainda fechado e chuva anunciada para o final da tarde, início da noite. Espero hoje não ter que me deslocar para longe e ter que passar pelas situações novamente. À tardinha outro susto, o transformador estourou. Mas desta vez, acho que meio ressabiados com a quantidade de reclamações, os técnicos da Light não demoraram a fazer os reparos. Só resta saber até que próxima chuva vai durar, tanta a minha luz intacta, quanto a cidade às secas.

Beijos e, lembre-se de zelar pela cidade de vocês. É a saúde, bem estar e segurança de todos nós que está em risco.

13 de março de 2010

8 de Março: Dia Internacional da Mulher


Com um pouquinho de atraso, pois fiquei uns dias sem PC, posto hoje minha homenagem ao Dia Internacional das Mulheres. Nossa, quem diria... Um dia só nosso, reconhecido e aprovado no mundo todo? Que poder! Mas vou te falar: conseguir este reconhecimento não foi fácil não. Muitas gerações de mulheres passaram o pão que o diabo amassou para poder terem voz ativa, direito ao voto, direito de trabalhar e exercer carreiras igualmente com os homens, receber salários, ter benefícios no mercado de trabalho de acordo com suas necessidades e por aí vai. O papel da mulher na sociedade mudou consideravelmente, em vista do século passado e os anteriores a ele. A mulher que antes era subserviente ao seu pai, depois irmãos e por último marido, onde obtinha a qualidade de dona de casa apenas, criando os filhos, sem poder decisório algum, sem valor apesar de tudo que faziam. Não tinham direito à educação, ao trabalho, ao voto, à dirigir, a ser dona do próprio nariz! Hoje, podemos dizer que obtivemos algumas conquistas perante a sociedade machista. Já conseguimos respeito dos homens não só na parte das profissões, mas no dia-a-dia, dentro de casa, na rotina da família. Foi crescente a concepção da nossa importância e competência. Reconhecimento dos nossos valores, dos nossos direitos, das nossas vontades, antes caladas, sucumbidas....

Ainda há muito que fazer; violência contra a mulher é um tópico que nunca se renova. Impressionante! Sempre tem um homem machão, metido a valentão que acha que pode agredir de todas as formas sexuais e morais. O preconceito quanto à fragilidade feminina. Mulheres de todas as raças e crenças vêm lutando para mostrar que sensibilidade não é sinônimo de fraqueza. E que mais raçudas e corajosas que muitas mulheres que fizeram nome na nossa história, impossível! E, de certa forma, com esta mudança de pensamento e de atitudes, possibilitou aos homens também amolecer o coração de pedra e hoje serem capazes de gestos de sutileza, carinho, afeto, que antes não era permitido, pois “pegava mal”. A partir da mudança do olhar para as mulheres, os homens também se modernizaram. E aceitaram que não precisam serem “ogros” para serem durões, fortes e temidos. Mulher veste calças, home também chora! Mulher vota, homem arruma a casa e faz comida. Mulher tem jornada quádrupla de trabalho: ser profissional, mãe, esposa e mulher, os homens passam mais tempos com os filhos e se permitem cuidar mais de si, físico, emocional e intelectual.

Então... Abaixo o preconceito! Viva a conquista de cada mulher diariamente, até aqui. Apesar de saber que todos os dias, são nossos dias! Hoje ganhei um jantar com direito à sobremesa todo preparado pelo meu namorido! Adorei a surpresa e todas as outras que ele faz demonstrando minha importância em sua vida.


Beijos e tenham um ótimo sábado!

5 de março de 2010

Vai dar casamento!!!

Tô cercada, não tem jeito! Os sinos tocaram e 2010 e 2011 parece que vão ser os anos dos casórios, hehe. Uma grande parte dos meus amigos já marcou a data da união ou noivaram há pouco tempo. De certo modo, isto me dá até uma esperança...

Com a facilidade de relacionamentos hoje em dia, interpessoais ou por meio das mídias, o casamento em si tornou-se cada vez mais desvalorizado. Uma cafonice, saiu de moda, perda de tempo e dinheiro – já que tem sempre aqueles quem saem falando mal do vestido da noiva, da comida, da festa – e muita gente já nem vê nesse ato um investimento.

Pessoalmente, não é meu grande sonho de consumo. Garanto que seria bem mais a vontade da minha mãe de casar na igreja e de papel passado a única filha dela do que o meu propriamente dito. Acho bonita a cerimônia e confesso que se eu passasse por este processo iria me fazer – e eu que nem gosto de uma festa - com as resoluções de salão, igreja, vestido, padrinhos, buffet, lembranças, som e filmagem e tudo o mais quanto é aparato que compõe a noite mais importante para uma família. Sim, pois não são só os noivos que ganham vida nova e adquirem um novo modo de vida. Os que os cercam também, familiares, amigos, que a partir daquele momento têm que mudar a concepção e o olhar que possuíam antes deles e aprender a ver os futuros “marido & esposa” de forma diferente, com vida independente, com voz própria, guiando suas próprias vidas.

Me prendo bem mais a pensar sobre o que é feito um casamento, do que nele propriamente dito. Gosto de pensar sobre que bases vou construir minha relação e o que fazer de investimento para que seja uma relação de sucesso. O que mais ouvimos falar nos dias de hoje é que os consultórios de psicólogos e terapeutas andam cheios de casais: casais que se separaram, casais que estão em crise, casais que querem aprender a receita da felicidade, casais que se entendem bem na cama, mas não têm diálogo ou vice e versa, casais que de uma hora para outra passam a desconhecer o parceiro (a). Não há mais paciência! A estrutura de um casamento vai mais além do que as sólidas paredes da casa, morada do casal. É importante sim ter estabilidade financeira para não haver um desequilíbrio econômico, social e amoroso por conta delas, as contas. Mas o fundamental são os pequenos detalhes, as letras minúsculas de um contrato, que quase ninguém lê. O amor é o ponto de partida para que casais decidam-se casar! Mas o amor não é tudo! Não? Alguns olham com olhos arregalados para mim quando pronuncio a frase em alto e bom som. Principalmente os apaixonados de plantão. Não, respondo eu batendo o pé firme e sem nenhuma expressão de loucura. Qualquer relacionamento, a meu ver, precisa de cuidado. Sim, todos gostam de encontrar alguém que cuida da gente, que se preocupe. Cuidado, principalmente consigo próprio. Porque se a gente não estiver certo de quem somos, do que fazemos e o que buscamos, o relacionamento vai ser o reflexo daquilo que sentimos por dentro. Fora que o relacionamento é que nem uma plantinha que tem que ser cultivada dia após dia. As brigas, diferenças e divergências serão os obstáculos probatórios que a plantinha, no caso o relacionamento vai passar. Nem sempre um vai concordar com o outro. Em alguns casos os pensamentos e ideias são opostas, avessas. Mas o diálogo e o entendimento de que deve existir respeito mútuo nas opiniões e expressões mesmo que estas sejam contrárias as nossas ajudam a administrar melhor. Também precisa implantar em algumas cabeças que casamento não quer dizer viver junto 24h por dia, sem um não poder respirar sem o outro. Isto sufoca! È legal cada um possuir suas vida individual e sua liberdade para fazer suas escolhas, ter seus momentos com amigos, praticar seus esportes ou ficar quieto no seu canto de mau-humor pensando na vida. É saudável os momentos só com a gente mesmo. E é melhor ainda quando temos alguém que entende que nem tudo diz respeito ao outro.

Ter em mente que a felicidade não depende do outro. Então, não jogar nas costas dele(a) a responsabilidade de saciar suas vontades e necessidades. A felicidade é para nos e nos basta. O outro apenas vai completar o círculo. Aceitar os defeitos, os erros, e tudo o mais que trate de não tornar ele/ela na pessoa perfeita. Pode ser a pessoa ideal para nós, dentro do que almejamos para nossas vidas, de acordo com o que julgamos que nos faz bem. Mas perfeição, não existe! E cá pra nós, uma briguinha vez ou outra é saudável. Chacoalha a relação, esquenta o clima porque bom mesmo é fazer as pazes. E receber aquele beijão que estamos loucos pra dar, abraços, carícias, mas quem vai dar o braço a torcer primeiro, rs? Ter química e entrosamento na cama é fundamental. Sexo não é o que vai reger o casamento, mas dificilmente vamos continuar com uma pessoa que não nos satisfaz ou com a qual não nos entendemos debaixo dos lençóis.


Então, basicamente, na minha cabeça, a fórmula do sucesso de uma relação se dá:
Cuidado + apoio + lealdade + sinceridade + respeito + amizade + carinho + química + paixão + cumplicidade + diálogo + paciência + concessão + confiança + sexo + aceitação + aprendizado + completude = amor!



O amor não se constrói do nada. È uma junção disto citado acima e de um monte de coisas mais que com a convivência diária vamos avaliando, aprendendo, reconhecendo. Eu, particularmente pulei a fase do noivado, e do casamento – por enquanto. Achei uma pessoa maravilhosa e que compartilha dos mesmos objetivos do que eu e depois de muito tempo, resolvi não esperar para ser feliz. Aceitei morar junto e oficializar a vontade crescente dentro de nós de dividir não só as escovas de dente, mas uma vida. Já faz mais ou menos 3 meses que dividimos o mesmo teto e todos as circunstâncias da vida e não me arrependo. Principalmente por não deixar que leis e normas da sociedade decidam quando e como eu serei feliz, dentro de que padrões e costumes. Fiquei feliz de poder ver a valorização das relações consolidadas com o casamento, em um mundo onde vale mais a quantidade do que a qualidade e os amores inesquecíveis e não duram mais do que 1 semana. Que seja eterno enquanto dure, né? Banalizaram as relações e com ela seus valores. Já certa de achar que a geração depois da minha e até a minha mesmo já nem sabiam que casamento existia, eis que sou surpreendida! Amém!

Bom, felicidades aos noivos de todos os meses do ano e do ano que vem também.

Vou me preparando para quem sabe, em 2012, no dia 22 de setembro, oficializar minha união e felicidade, que acontecem desde já!

Beijos e tenham um fds maravilhoso!

4 de março de 2010

... E, por aí vai!!!

Às vezes, em algum momento, enxergo certas coisas que, normalmente, passam despercebidas. Comecei a ver que as pessoas gostam das coisas difíceis e não das fáceis. Preferem reclamar, não importa se com ou sem razão, a não falar nada! É mais fácil complicar, do que facilitar. E não é por mal não! Muitas pessoas agem assim sem nem sentir... Parece que quando tudo ta indo bem, da melhor maneira possível, sem problemas não serve. Tem que ter alguma complicação no meio pra que aí sim, fique bom de verdade.

Comecei a me dar conta disto por conta de uma situação em minha vida. Tudo começou com o emprego que eu tinha. Ok, ele não era perfeito, mas precisei perdê-lo para admitir que ele me satisfazia. Pagava mal, era bem verdade. Mas os colegas de trabalho eram maravilhosos, não existia um controle rígido das minhas tarefas diárias realizadas ou não, meu horário poderia ser flexível de acordo com as minhas necessidades, era perto de casa e lá, de certa forma eu possuía alguma valorização, mais pessoal do que profissional, mas eu a tinha. Porém, não estava bom, não era suficiente. Eu precisava de um emprego que pagasse mais, que eu enfim, pudesse exercer de fato minha profissão de formação, que eu tivesse a chance de crescer na carreira, embora fosse mais longe e, para engajar no novo emprego eu tivesse que abrir mão das minhas tão sonhadas férias. Ao primeiro olhar, não, não é questão de complicar e sim de querer melhorar na vida. Mas realmente precisamos de tanto? Hoje, vi que não! Percebo que estava mais satisfeita lá, com tudo que me agradava e não agradava do que hoje, sem nada!

Segundo exemplo: sempre gostei de dançar e apenas não segui carreira na dança porque quando iniciei propriamente nela fazendo aulas a finco e me dedicando, me apresentando em vários lugares, a dança, assim como a cultura de um modo geral não era ainda muito valorizada e reconhecida no Brasil, como hoje. Podemos dizer que hoje é mais do que antes. Ainda está longe do que deveria ser, mas antigamente, os professores eram na sua grande maioria oriunda da formação de educação física. Hoje, sua grande maioria já tem formação de dança, em nível superior mesmo. Os bailarinos no Brasil não eram tão reconhecidos e exportados como hoje em dia. E a atividade era vista mais como hobby do que como ganha pão. Em vista disto, sempre fiz minhas aulas amadas de sapateado, jazz, iniciei ballet, mas não tive êxito e algumas outras modalidades a fora, mas sem compromisso. Por conta das dificuldades da escola, mais tarde trabalho, fiquei num vai e volta danado, por anos. E toda partida era a mesma coisa, olhos cheios d’água e perguntas na mente do tipo: porque eu nunca consigo conciliar e tenho que abrir mão. Pois bem... hoje, eu tenho disponibilidade de tempo e até uma segurança financeira maior para que eu me dedique a esta paixão integralmente. Porém, parece fácil demais, à mão demais, sem drama demais. Agora que está ali, ao meu alcance, às vezes vou, outras não vou. Hoje tenho a chance de fazer todas as modalidades que estão a minha disposição. Mas não faço! Parecia que era mais fácil reclamar que não tinha tempo e tive que abrir mão do meu grande sonho do que realizá-lo propriamente dito. E o tempo passou...

Vai entender...!

E assim por aí vai! De um modo geral, se eu posso me organizar antecipadamente e montar um horário pra que dê para fazer tudo durante a semana, pra que eu vou apertar os afazeres em apenas 1 ou 2 dias? Não sei... Talvez por que seja mais fácil reclamar que o tempo é curto, que estou atrasada, que não vai rolar... e etc e tal. Agora mesmo, estava dizendo para mim que, seria melhor eu acabar com todas as pendências antes que eu arrume um emprego novo, porque aí não terei disponibilidade de tempo. Coisas como consultas médicas, problemas bancários, alguns objetos que tenho que levar para consertar, alguns lugares para ir. Tenho certeza de que nada disto farei, para quando enfim eu voltar a trabalhar dizer que agora não posso mais! Uahahahahahahahahahahahahahaahahaha... Acho que o fator complicador da história acabo sendo eu! Mas não termina só em mim. Vejo muita gente por aí que age da mesma forma, sob os mesmos conceitos. Não fiz resoluções de início de ano. Tô cansada de fazer as mesmas promessas e que nem sempre consigo cumprir. Resolvi ao longo do ano, analisar o que era preciso ser feito! E isto, com certeza, será algo que terei que modificar.

3 de março de 2010

BBB, paixão nacional!



Percebi, não agora, mas assim que firmou a edição 10 do BBB ontem, sob o comando de Pedro Bial, que este programa virou paixão nacional. Há que odeie, há quem faça suas críticas à respeito sem nada de construtivo, apenas por falar mal mesmo, há quem nem veja o programa, mas a grande maioria, ainda sim, é viciada fervorosa. Torce, grita, xinga, trama e sofre junto e é quase o 15° candidato da casa. Toda nova edição passa por reformulações e apresentam cenários e normas diferentes. Independente de quem ganhe, tem sempre o preferido do público. Tem o grupo que agrada aos telespectadores e tem aquele que ganha sempre o maior índice de rejeição. As primeiras 3 edições ainda era novidade para nós e para os próprios participantes. Mas dali em diante, o tipo físico, as atitudes, o estereótipo são os mesmos. Parece que saem da forma do que agrada ao público e entram direto no programa. Já nem é mais novidade, mas mesmo assim existe muita gente assídua à frente da TV em dia das provas de líder, anjo e da comida, torcendo com os obstáculos como o big fone, se divertindo com as festas e participando quase que ativamente das discussões, das armações e das teorias, rsrs. A surpresa desta edição é a entrada de um ex-participante do programa, Marcelo Dourado ou só Dourado, como é conhecido. Ele é do tipo, amem ou odeiem. Falem mal, mas falem de mim. Horas tem opiniões verdadeiras e atitudes autênticas, oras age de uma escrotice que não tem tamanho, aliás, mostrando que só tem realmente tamanho e de corpo, porque o cérebro é mínimo! Na minha opinião, acho errado a participação dele, já que teve sua chance em edição passada. Se não soube fazer direito aos olhos do público, problema o dele! A vez agora deveria ser dada a um anônimo, porque o propósito do programa é este. Mesmo que só na teoria. Na prática quase todos os integrantes da nave mãe do BBB são empresários (as), ou modelos(as), músicos (as), bailarinos(as), ou seja pessoas que estão em evidência mesmo no dia-a-dia. Pois bem, ele entrou, ninguém havia gostado e da noite para o dia, em cima de deslizes e fracos dos outros brothers ele vem se fortalecendo e hoje já se mostra forte candidato à ganhador do prêmio de hum milhão e meio de reais. Eu vejo o programa, fico tentando achar para quem vai minha predileção, me divirto com as confabulações alheias. Em particular, torço para o Kadu. Não só por ser carioca, mas pela postura e conduta que vem adotando dentro do programa. Na medida, nem de mais e nem de menos. Igual a ele, só uma ex-bbb a Juliana, não me recordo em qual edição ela participou, mas tinha grandes predileções do público também para levar o prêmio, mas acho que um super pobrinho, pra variar, tirou a liderança dela. Hoje, já não existem grandes novidades, sabemos até como vão agir os confinados de acordo com cada situação. Não muda: no início todos são amigos, se amam e prometem amizade e lealdade eterna, o tempo vai passando e todos colocam suas garrinhas de fora. Uns se estapeiam, casais se formam e se desmancham, grupos são formados e brigam com o outro, brigam entre si. Tem sempre aquele (a) que fala de todo mundo, aquele(a) que fica em cima do muro achando que é a tática mais certa. Aquele (a) que dá em cima de todo mundo e não pega ninguém, mas consegue voto ou melhor não é votado (a). Tem sempre gente bêbada, achando que seu jeito é único e que a edição é a melhor. Ou seja, nada demais ou de novo! Rsrs... Mesmo assim, ainda vejo, Não é algo alucinante, mas é legal!


Beijos e não se esqueçam de assistir a prova do líder de quinta! RS...
Boa sorte à todos!

2 de março de 2010

De qualquer jeito, parabéns Rio!


Ontem, 1° de Março, comemorou-se o aniversário da Cidade Maravilhosa. 445 anos de Fundação da Cidade do Rio de Janeiro. Apesar da chuva forte, o carioca não desanimou para curtir os shows de homenagem que aconteceram em vários pontos da cidade. Um bolo de 10m foi cortado no centro da cidade, próximo à Catedral que também deu suas bênçãos ao Rio, pelas mãos do Arcebispo Dom João, através da imagem de São Sebastião, padroeiro da cidade. Era pra ser um dia especial, mas infelizmente, mas parecia um dia normal!

A maioria da população estava trabalhando e estudando, correndo atrás para fazer um futuro melhor. Já que, esperar pelos nossos governantes é como esperar nevar aqui na cidade! Enfim... Parecia ter dado a louca no tempo, que já não é mais o mesmo desde outros carnavais. E por falar nele, alegrou, brincou, aconteceu, mas deixou nosso pobre Rio um caos. As ruas sem estruturas para aguentar a rebordosa dos blocos viraram um misto de mar de gente com mar de ambulantes. E só mesmo uma galera com muita inspiração e vontade de “foliar”, tinha ânimo para disputar um lugarzinho “ao sol”. O dia-a-dia na cidade está cada vez mais estressante: o trânsito está de causar inveja à SP. Daqui a pouco, realmente vamos ter que fazer rodízio com as placas dos veículos. Às 10h da manhã, o trânsito parou na esquina da minha rua, na zona norte, com direção ao centro. 12h e a Avenida Brasil, principal via de acesso da cidade estava parada. Motivo: choveu! Nesta hora, os pivetes, meninos de rua, assaltantes entram em ação, mais do que o normal. Aproveitam que as pessoas estão engatadas no trânsito para praticar seus pequenos delitos. Normal, né? Somos cariocas... hehe! Devíamos estar acostumados com isto! A economia ta igual a um ioiô, sobe e desce; depois da crise econômica mundial, alguns setores da economia e de produção conseguiram se estabilizar, nem que fosse com a saída da redução da taxa de juros e do Ipi. Mesmo assim, nossos salários não aumentaram tanto quanto às contas de água, luz, telefone, alimentação, transportes, educação e lazer. No máximo o mínimo, que finalizou em 510,00 por mês. Saí a crise do dinheiro e entra a crise da saúde. Várias epidemias tomaram conta da cidade ano passado, a principal delas a gripe suína, conhecida como H1N1 tirou o sono de muita gente achando que estava infectada. No verão, volta a preocupação com a dengue. E diariamente, postos de saúde, hospitais públicos e UPA’s estão superlotados tentando atender uma população carente de planos de saúde com problemas que sobram, e ninguém consegue resolver.

Resumindo... a cidade mais conhecida do mundo não é lá um exemplo de bem estar, organização e qualidade de vida sustentável! Porém, por outro lado, apesar de tudo isto que nos cerca, e que não é pouco, vale a pena ressaltar, somos tomados por uma alegria contagiante e uma garra que muito provavelmente descendemos dos índios, rs! Quando precisamos vamos à luta, quando temos tudo para chorar rimos, temos esperança, confiamos ainda, nem sei ao certo porquê nem em quem... Em Deus, nos nossos filhos, na gente mesmo, em algo que nem ao certo sabemos explicar. E possuímos em nossa cidade um cenário que ajuda a qualquer um a manter o bom humor e não perder o pique da vida. Inspirador, relaxante, cativante, extasiaste, envolvente, acolhedor. E o jeito carioca de ser? Único! Somos reconhecidos em qualquer parte do mundo por sermos espontâneos, extrovertidos, possuirmos manhas e gingas, rsrs... coisa cultural que se arrasta pra vida!

Lado bom e ruim, assim como quase tudo a nossa volta, a cidade do Rio possui prós e contras. Mesmo assim, vale ressaltar, que apesar de apontar o negativo da coisa, tenho orgulho de ser carioca. Nem que seja por aquela porcentagem mínima do porque vale a pena ser. Então, parabéns Rio, eu gosto muito de você! Espero que não seja sempre assim como és hoje, mas que conserve esta capacidade de transformar os momentos em seu entorno, nas melhores coisas da vida!