28 de dezembro de 2012

Tudo novo, de novo!




Faltam poucos dias para a contagem regressiva. E cada vez mais a gente pisca e o ano já passou. Ao longo de 12 meses várias histórias passam por nós. 2012 foi ano do começo, do fim, do recomeço. Vidas se foram, mas vidas chegaram. Houve tristezas, mas também houve muitos risos. Houve dias nublados, mas também teve muito sol. Foi o ano da minha autoafirmação, como pessoa, como mulher, como filha, como amiga. Foi o ano em que visei mais eu e menos o outro. Foi o ano em que ouvi mais meu coração do que a minha razão. E, incrivelmente isso deu certo! Tudo bem, não deu certo os 366 dias do ano, mas na grande maioria. Só a partir do respeito por mim mesma é que pude obter respeito dos outros. Foi o ano em que pude enfim, demonstrar mais meus sentimentos, fossem eles quais fossem. 

2012 também teve seus momentos de decepção. Mas também percebi que já sofri mais por esperar demais dos outros. Muitos casos não passou de uma chateação momentânea. Incrivelmente, enfim, acho que estou no caminho certo, me aceitando mais, meu jeito, minhas ideias, minhas atitudes, quem sou. Quem gosta de mim vai ficar, quem não gosta, vai embora. E tenho que deixar partir. Não posso mais fazer de tudo para tentar convencer ninguém, nem a ficar, nem a aceitar e nem a gostar. Nem sempre é fácil, mas a prática leva a perfeição. Isso com certeza. Hoje em dia viso agradar mais a mim. Não que me importe menos com as pessoas a minha volta. Acho que isso nunca deixarei de fazer. Mas me importar menos com o que pensam e o que falam, com certeza. Segundo alguns textos por aí pela net,  só depois de percorrer minhas trajetória  conhecer a minha vida é que poderá me criticar. E como está cada vez mais difícil encontrar pessoa que se coloquem no lugar das outras... deixo correr e ver aonde vai dar.

Foi um ano marcado por emoções. Por acertos de ponteiros,por perdão e compreensão. Deixar de lado certas mágoas é necessário para se viver. Saber com o que e como se estressar é um aprendizado que se consegue com o tempo. Hoje eu entendo isso! A sabedoria de tentar entender as pessoas apesar do que fizeram também é algo que vem com o tempo. Cedo ou tarde todos nós aprenderemos e sofreremos as consequências de nossos atos. Mas o meu tempo de justiça nem sempre é o tempo do outro. Não dá pra caminhar pra frente com o coração pesado pelo passado. Na atual fase da minha vida, quero leveza de espírito, de coração. Não há sensação melhor do que resolver as pendengas do passado. Ou não resolver, mas deixar estipulado quais os reais limites e sentimentos que estamos dispostos a suportar e tolerar. Sendo assim, preto no branco, se é possível uma convivência pacífica, mesmo não concordando em tudo sempre. Pois as escolhas de cada um são as escolhas de cada um. Suas razões para isso ou aquilo só cada um sabe. E se as pessoas estão felizes ao seu modo, sim, porque a felicidade é muito subjetiva, não existe padrões, quem sou eu, você e os demais para julgar? Sim, não sou boazinha o tempo todo. Sim, tenho defeitos. Sim, não tô mais a fim de ficar agradando aos outros para que me aceitem ou gostem de mim. Sim, tenho mau humor, esquisitices, manias e intolerâncias. Essa sou eu. Sim, eu posso mudar. Sim, eu já mudei muito. Mas, sim, eu só vou mudar pelo que vale a pena e se eu quiser! É muito bom dizer não, não quero, não gosto, não tô a fim, não tô legal sem peso na consciência. É se libertar de uma obrigatoriedade imposta pelos outros. faço o que eu quero e quando tô a fim.

2012 cresci como pessoa.  Alcancei outros patamares. Progredi no trabalho quando parei de tentar chegar mais longe e não ver o que mais poderia obter por perto. Toda oportunidade é válida. Cabe a nós saber aproveitar e usá-la a nosso favor ou não. Não adianta passar a vida correndo atrás de coisas que estão além do seu alcance. Persistência e bom. Mas quando é demais é burrice! 

Finalmente, minha casinha está pronta. Depois de muito sacrifício é reconfortante olhar para cada canto e saber que cada tijolo foi erguido com o suor limpo do meu trabalho e de meu marido. Vale a pena abrir mão de algumas coisas em prol de outras. E que é muito importante ter foco. Em tudo!

Casei. Sim! Não foi casamento de contos de fadas, o casamento do ano, o que vai entrar para revistas, mas o que eu acho é que o casamento é entre duas pessoas. Além de festa, igreja e afins. Casamento não é só um dia no ano. E não são só as palavras que se diz antes do "sim","prometo", "por toda a minha vida". As dificuldades reais, os problemas, as mágoas, as chateações e as brigas são sempre bem maiores que estimadas. Tem que saber ceder, tem que saber acordar, tem que saber entender, tem que saber esperar, tem que saber confortar, tem que saber que palavras ferem, mesmo na raiva, tem que saber que o respeito nunca pode acabar, tem que saber que por mais que seja grande a vontade de matar nunca podemos deixar de cuidar. Tem que saber engolir certos sapos e aceitar certas coisas. E isso só se aprende no dia-a-dia, quando todo o glamour do dia mágico não existe mais. Quando há contas para pagar, filhos para criar, trabalho, casa, família e amigos para dar conta. Mas, a certeza que fizemos a escolha certa vem, depois de um dia exaustivo, quando a gente está quase surtando, vem a outra metade e diz:"calma, tudo vai dar certo. Eu te ajudo". Pode não dar nada certo, mas você olhar e ver a pessoa com o mesmo carinho, o mesmo olhar apaixonado mesmo depois de tudo não tem preço. É isso. Amar e ser amada! Essa é a receita para que todo o resto, apesar dos pesares, fique pequeno. É a certeza de que se pudesse voltar no tempo não faria diferente e nem faria outras escolhas. E até que pra quem nunca pensou nisso, gostei bastante da sensação de ser noiva, paparicada, mimada e priorizada, rs; Foi um dia de emoções também. Um filme que passa pela sua vida até você chegar naquele momento. Hoje entendo cada coisa que precisei passar para chegar aqui... tudo faz sentindo. Não no nosso tempo, mas no tempo de Deus! E é muito aquela letra de uma canção "do nosso amor a gente que sabe!". Muitos não compreenderão, mas tudo bem, se vocês (o casal) entendem e faz sentido, tá tudo bem!

2012 foi um ano de saudade. Mas aquela saudade mais leve. Aquela que eu tenho a impressão que sempre vai estar comigo. Não é mais doída... é uma saudade que traz paz! Esse ano foi de crescimento espiritual também. Foi o ano que fui a igreja algumas vezes. Não por necessidade, mas por satisfação. Como há muito tempo eu não ia. 

Ficará marcado porque voltei a dançar e na dança existe um encontro muito poderoso da Fernanda externa com a Fernanda interna. A dança é mais que um válvula de escape é uma necessidade. Do corpo, da alma. Me sinto bem, me sinto leve, me sinto feliz.

Esse ano ficará marcado por tem conhecido algumas pessoas que fazem total diferença na minha vida. Que com um olhar, um sorriso, uma palavra qualquer conseguem fazer bem e transformar o que está mal. Ficará marcado por muitos lugares comuns que tiveram significado singular. Ficará marcado por algumas realizações e conquistas. Ficará marcado por mais um ano ter a sorte de ter uma família amorosa, presente, amiga e compreensiva. Ficará marcado por reafirmar tantos anos de amizade com amigas que são tudo pra mim. Ficará marcado por amar mais e mais meu marido dia após dia e quase morrer de felicidade quando escuto "você é meu tudo, faço tudo por você". Ficará marcado porque tive meus momentos de criança e é tão bom! Ficará marcado porque sinto que cresci. Não no tamanho, nem na idade, mas de dentro pra fora. Ficará marcado porque já não me importo tanto com a aparência mais. Ela não é tudo. Uma essência bonita vale muito mais. Ficará marcado porque me senti satisfeita comigo mesmo muitas vezes, mesmo que sozinha e acho que não há nada melhor do que estarmos bem conosco. Ficará marcado porque eu me permiti, surtar, gritar, correr, pular, rir, chorar, falar verdades, falar mentiras, me permitir ser humana e não perfeita. Me agradei e aprovei! rs. Esse ano ficará marcado porque fui muito mais eu. Fui autêntica e verdadeira o tempo todo. Esse ano ficará marcado pelo nascimentos dos meus dois afilhados e é uma emoção sem igual. Ficará marcado pela inovação. Ficará marcado pela determinação, pela perseverança, pelos novos objetivos estabelecidos e pelos velhos alcançados. 

E, à meia noite, que além de abraços, beijos, pular ondinhas, dar 7 pulinhos, comer uvas e afins elevemos nosso coração e nossa mente. Pensamento positivo é um ótimo passo para entra o ano novo com o pé direito. Há muito tempo eu deixei de fazer promessas que não duravam 1 dia. Até porque, muitas a gente já sabe de antemão que não vai cumprir, né? rs. A única promessa que eu mantenho firme é ser feliz ♫. Essa sim, levo ao pé da letra. Outra que gosto muito é aproveitar a vida, as pessoas, os momentos. A vida acaba em segundos e quando menos se espera. Então... porque deixar pra amanhã? Manter minhas raízes, minha essência e valores. Não pisar e nem passar por cima de ninguém. Esperar a minha vez! Esse ano, provavelmente muita coisa no mundo não mude. Assim como não mudou de 2011 para 2012 e nos demais anos lá atras. Mas fazer a minha parte, contribuir ao meu modo para que dê certo sim, isso eu posso fazer. Provavelmente, será um ano de altos e baixos, como todos, mas maneira como encararei as circunstância é que vai fazer o diferencial. E vez de criticar e me lamentar, agradecer e agir mais. a gente sempre entra o ano com esperanças de que seja um ano melhor. Mas cabe a nós fazer dele um ano melhor também. nem tudo tem que partir do exterior. Muitas vezes o que faz acontecer de verdade vem do interior. Quero um ano de muita saúde, paz, amor, união, confraternização, compreensão, felicidade, sucesso, conquistas e realizações. Quero mais cheiros e beijos, risos e abraços, momentos para recordar, amigos e família para amar, um trabalho para progredir, uma casa para morar, uma vida para viver... e o que posso querer mais? Às vezes a gente tem a sensação que para ser feliz é necessário de algo grandioso, de grandes feitos, de grandes conquistas, de grandes coisas e pessoas. Mas a felicidade está escondida que nem sujeira debaixo do tapete. Quem levanta é quem vê. Nas mínimas e simples coisas da vida elá está lá. Mas, com a mania de grandeza, deixamos passar despercebidos. O essencial para ser feliz grande parte de nós tem! Mas passamos a vida a buscar e esquecemos de aproveitar. E é isso que mais quero para mim: a sabedoria de reconhecer os pequenos momentos. Não quero um coração vazia enquanto a cabeça está cheia de metas. Não quero uma vida superficial, quero uma entrega. Nem sempre vai haver reciprocidade, mas não custa tentar, né? Agora que descobri o caminho para a felicidade, eu quero é mais!



"Deixa que digam... Que pensem... Que falem..."



Enquanto tem gente perdendo tempo por aí, falando de mim, eu vou viver. 
Ah, e se perguntarem por mim, por favor digam: 


" ela foi ali curtir, ser feliz e já volta..."






26 de dezembro de 2012

O novo natal!





Vivemos em um tempo de transformação. Da transição do antigo para o novo. Numa eterna adaptação cultural e social de gerações. E nessa mudança, adaptemos também a maneira como são comemoradas as datas festivas em família. Já que o conceito de família hoje é constituído de maneira diferente, que possamos transformar a maneira de celebração. Assim como a vida ficou mais dinâmica, as comemorações em família também. Como há uma extensão muito grande de parentescos, acaba ficando difícil reunir todos debaixo da grande árvore ou em volta da mesma mesa como antigamente, nos natais de nossas avós, bisavós... Por uma incompatibilidade também de agendas, não só de lugar, já que todos os parentes também tem outros parentes, filhos que têm filhos, e de repente os namorados (as) dos filhos (as) e suas famílias, os amigos e suas famílias e por aí vai. E quando se vê tá uma parentada danada que mal se conhece. E é em um ou outro natal que começam a se conhecer.

Mas, venhamos e convenhamos. Assim como há os melhores natais em família, há também os desastres. Onde os encontros não são tão esperados, as cias nem tão agradáveis assim e a união torna-se constrangedora por alguns 'poréns'. Essa data acaba sendo um grande inconveniente e não algo legal. Talvez por isso, cada 'galho' da 'grande árvore' familiar esteja passando, ano após ano o natal cada um no seu quadrado, que é melhor. Sem problemas, se stress, sem aturar ninguém, nem fingir sorrisos ou ouvir piadinhas de mau gosto infames! Já que o sentimento que deve prevalecer nessa data é de amor, não teremos que guardar no nosso íntimo a vontade de esganar alguém.

Eu como há muitos anos, aliás, sempre, passo com as mesmas pessoas da família que moram juntas não sei o que é passar com gente a mais ou a menos. Apenas pessoas que já estamos acostumadas a lidar. Mas ouço histórias mil de natais desastrosos que eram para acontecer e ruíram. Mas enfim, voltando ao conceito de novas comemorações familiares... tem que ter tempo para todo mundo! Nessa nova constituição de núcleo familiar onde casamentos mil acontecem e separação também acontece a rodo, e encontra-se novas pessoas e cria-se uma nova família, essa nova família tem que se agregar a 'antiga' família que não é antiga e que vai ser família para sempre. Uma confusão danada! E eis que me pego lendo um texto formidável da minha ídola Martha Medeiros: natal em famílias! Eis aqui o link de um blog que tem o texto dela:

http://entrelacos.blogspot.com.br/2012/12/marthamedeiros-natal-em-familias-o.html

Descreve como ninguém o cenário familiar e as comemorações de hoje em dia. Eu ria horrores, apenas imaginando a saga de u pobre coitado desses. Porque é exatamente assim, quando se tem muitos parentes próximos, num grau grande de convivência a presença é sempre cobrada. E na maioria das vezes o cobrado não quer desagradar a ninguém e aí de divide em 2.000 pedaços e acaba que ele mesmo não se agrada!

Sou a favor das pessoas fazerem aquilo que têm vontade. Se de fato é vontade delas passar em 500 casas antes da meia-noite, fazer uma social e vazar ok, entendo e aceito. Mas caso não queiram sair de suas casa ou de seus quartos, que fiquem lá. Quem gosta de natal comemora, quem não gosta não comemora. Essa obrigatoriedade imposta às vezes me mata. Já foi o tempo em que eu fazia coisas para agradar, ou melhor, para desagradar aos outros e acabava que não agradava a mim. Ou não agradava a quem eu me sacrifiquei para agradar. E acabava que ninguém ficava agradado, rs. Eu comemoro o natal porque gosto. Fico em família porque gosto, é divertido e me faz bem. Agora, já fiz algumas modificações básicas no 'andar' da noite que já não me serviam mais. Sou uma pessoa muito democrática e fui logo dizendo: vocês querem, vocês curtem. Eu não quero, me retiro! rsrsrs... coisas bobas do tipo ouvir músicas de natal cantadas pela Simone, mas que me incomodavam e agora, de uns 2 anos pra cá, com certeza incomodariam muito mais. Então, riscando algumas coisinhas, ficou tudo legal. Mas já no meu trabalho, no dia seguinte às comemorações, já chegam colegas contando da sua desastrosa noite na da feliz e eu rindo às encondidas lembrando do texto e agradecendo por não passar por isso também.






23 de dezembro de 2012

Então é natal!



Então é isso, então é natal!


De repente, 12 meses passaram voando e já chegamos na época das festas e comemorações. Mais que alegria, abraços, presentes, comidas e afins, natal é tempo de renovar os sentimentos, de ficar perto de quem a gente ama, de agradecer pelas conquistas, de brindar a vida, de dar aquele abraço apertado. Natal não é qualquer data. É tempo de união, de amor, de paz e de, principalmente fazer as pazes, com os outros, com o mundo, conosco! É tempo de generosidades. Se bem que eu acho que isso, deveria ser o ano todo...

Que não falte fartura na mesa e nem na vida de vocês.
Muita saúde e $$$ pra dar e vender.
Muita prosperidade!
Muitas alegrias e festejos!

E já já está chegando um ano novinho aí de páginas em branco pra gente escrever como quiser, se renovar, se reinventar, fazer acontecer. Aproveite a nova oportunidade de fazer diferente! Que nesse ano que daqui a pouco começa, você tenha muito sucesso, muitas conquistas e td de melhor que possa acontecer. Que não falte motivação. Que não desista fácil com as agruras da vida. Que tenha sempre perseverança e fé. Que a saúde acompanhe sempre... e acima de tudo viva, intensamente. 



Vida que segue



A verdade é que a gente precisa de algumas falsas amizades e alguns falsos amores para aprender a selecionar melhor as pessoas que entram (e as que merecem ficar) em nossa vida. Se não fossem as vezes em que chamei alguém
 de "amigo" e quebrei a cara, talvez eu não valorizasse as poucas e boas amizades que tenho. Aliás, se não fosse isso, talvez eu ainda cometeria o erro de priorizar um círculo enorme de amigos, quando o que importa mesmo é aquela minoria que a gente pode contar a qualquer hora, e não só nos momentos de sorrisos. Seguindo a mesma linha de raciocínio, se não fossem as vezes em que chamei alguém de amor e me decepcionei, talvez eu não entendesse que "te amo" não é algo que se diga para qualquer um ou por uma admiração qualquer, e sim quando a gente sente e sabe que vale a pena sentir.



18 de dezembro de 2012

Depende de você como será o fim...


Li esse texto no blog "A menina que roubava a si mesma". Lá existem textos maravilhosos, excelentes temas, mas esse aqui me tocou. Tocou fundo porque só quem já passou por algo assim sabe o como dói. O quanto é difícil até mesmo descrever a sensação de tristeza, de frustração,de mágoa e de todos os sentimentos ruins que se pode sentir. Posto abaixo o texto mais sábio que até agora me chamou a atenção pela verdade e simplicidade das palavras...



"O tipo de gente que me ganha sem querer e me perde sem perceber. Eu nunca vou entender. Daqui há mil anos, ainda vou lamentar o fim, mesmo sem sentir mais nada, mesmo sem sentido remoer tudo isso. Porque a minha partida não foi o mais triste da nossa história, toda manchada pelas minhas lágrimas, que já me desciam automaticamente e sem dor. O mais solitário, eu vou te contar, foi o fim de todos os planos que um dia eu fiz pra gente. O que me dói são as lembranças felizes borradas, são as mágoas que se instalaram e deitaram em cima do amor. De repente, esse abismo entre a gente, tirando o espaço reservado pra cumprir a promessa de sermos amigos, aconteça o que acontecer. Já não sei mais quem é você. O que você quer, espera, pensa. E tenho preguiça de procurar saber. Você era o meu texto mais bonito, que eu nunca cansava de ler. E agora é o que? Não consigo passar da primeira linha, tudo me distrai, sou puro desinteresse. Meu silêncio é tudo que eu tenho pra falar e sua voz ecoa sem reposta, no meio de todo esse vazio que restou. E eu tenho pena. Não desse nada que viramos, mas de tudo que não fomos, de tudo que não saiu do papel, das coisas maravilhosas que passaram despercebidas pelo lado, enquanto eu só conseguia olhar pra você. Lamento muito todo esse tempo que eu passei me virando do avesso pra isso dar certo, sem saber que chegar ao fim é o mais certo que algumas histórias podem dar".


"Sou o tipo de gente que me ganham sem querer e me perdem sem perceber. 
Lamento muito todo esse tempo que eu passei me virando do avesso pra isso dar certo, 
sem saber que chegar ao fim é o mais certo que algumas histórias podem dar".





http://ameninaqueroubavaasimesma.blogspot.com.br/

17 de dezembro de 2012

E foi assim... até quando?




E assim como a música: "foi assim, como ver o mar, a primeira vez que meus olhos se viram no seu olhar. Não tive a intenção, de me apaixonar...". E foi assim, de repente, como gasolina que incendeia, como luz que acende, como um pé de vento, inesperado. Eles se olharam e rolou. Aquele coração acelerado, aquela falta de ar, aquela boca seca, aquele desejo, aquela vontade de correr abraçar e não largar nunca mais. Aquele medo de perder, de vista, na vida, pra outra. Do olhar para o beijo um pulo. Do primeiro beijo para o segundo menos de um pulo. E daí por diante, mais do que duas bocas que se beijam, dois corações que batem juntos, dois olhares que se cruzam, passaram a ser duas vidas que se encontraram. Dentre os erros e acertos de ambos, se identificaram e se reconheceram. E de repente, no meio de tanta gente, no meio de tanta história, no meio de tantas e tantos, ele sobressaiu para ela e vice e versa. 

E no início, como qualquer namoro, tudo foi um lindo mar de rosas. As defeitos eram mínimos, as manias eram bonitinhas, as briguinhas apimentavam a relação e a certeza de que não existiria empecilho, pedra, algo ou alguém no caminho dos dois. Um grude só. Ninguém entendia, como de uma hora para outra, dois passaram a ser um. Nem eles sabia explicar, só conseguiam sentir uma necessidade muito grande de estar ao lado da pessoa amada 24h por dia. Não desgrudar, não perder um minuto do pensamento da outra pessoa, sentir a respiração quente, tentar adivinhar o olhar vago. Essas coisas bobas de quem tá apaixonado e que só quem está também ou já esteve consegue entender o que é. Fora os apelidos, os risos, as brincadeiras, quase que num código secreto.

E por aí foram-se alguns meses até perceberem que não poderiam mais viver um sem o outro. Independente de tempo - onde cada um sabe o seu - o tempo de namoro não era muito grande, em comparação ao demais. Mas de que importava comparações, se nenhum amor é igual ao outro? Para determinados casais, é cedo ou tarde demais. Para eles, era "a hora". E assim foi, meio que com receio daqui, dali, aqui, acolá, de amigos, familiares e afins, eles bateram o martelo e foram viver juntos. Aí, só aí, depois de fazer a famosa junção das escovas de dente é que se conhece alguém como ninguém. O que era pequeno ficou grande, o que era bonitinho ficou feio e o que não importava antes agora fazia uma grande diferença. Sim, vida a dois é uma coisa, vida de juntado, casado, como preferirem chamar os conservadores ou moderninhos é completamente diferente. Além de administrar ao outro, temos que aprender a administrar a nós mesmos. Não é fácil perceber defeitos e faltas. É fácil apontar, criticar. Só sabemos o que desagrada ao outro quando nos é mostrado. Ou quando percebemos em nossas atitudes o que desagrada ao parceiro. Coisa que só se conhece porque se vive em eterna adaptação, concessão, compreensão, brigas, certezas, razões e afins. E de repente, o belo não era mais tão belo assim. E não se tinha mais tanta vontade de estar junto, já que agora não existia a hora de separar, de cada um ir para sua casa, de cada um voltar para o seu mundo e viver sua vida.

E por falar em mundo, eram duas almas de planetas completamente diferentes. Se encontraram no sentimento, se esbarraram no pensamento e parou por aí as coincidências. Tirando uma ou outra coisa em que pensavam e agiam da mesma forma, de resto, eram completamente divergentes em suas escolhas, em seus objetivos, em suas maneiras de ver a vida e de encarar o mundo. Agora não era apena questão de ver que não eram tão compatíveis assim. Era questão de encarar o fato de que eram completamente diferentes em pontos cruciais. E como se pode viver assim? Sentimento mega mantém a relação? E por tais problemas, até o sexo esfriou. Ele queria, ela pensava em outros assuntos. Ela queria, ele cansou de tentar e esperar a vontade dela por ele, virou pro lado e dormiu. Nem a vontade estava mais na mesma sintonia, o que era reflexo do dia-a-dia deles. O problema é que mesmo incompatíveis eram ligados por um sentimento monstro que nem eles sabiam explicar. Algumas brigas homéricas rolaram, mas quem disse que um dos dois ou os dois roíam a corda? NENHUM! Eles não sabia ficar sem o outro. E a questão não se tratava apenas de uma dependência emocional. Pois sabiam que cada um poderia voltar para seu mundo, sua vida e que muito pouco provável voltariam a se esbarrar se não quisessem. Pois foi um esforço para rolar o encontro. Não foi necessário esforço foi pra se apegarem um ao outro. 



Eles combinavam num ponto: queriam encontrar alguém que levasse a serio um relacionamento, que quisesse constituir uma vida sólida, que valesse a pena se entregar e que valorizasse isso. Ah, eles queriam ser felizes também. Caso tenha esquecido de mencionar. Mas, as escolhas de como ser feliz, o que é felicidade, como ela é obtida, como ela é interpretada era diferente para cada um. Filhos era o maior impasse do casal. Ela, com a cabeça mais moderna e aberta, queria aproveitar a vida e só depois se prender a uma maternidade eterna. Ter alguém dependendo dela e que ela não poderia demandar para outro alguém e voltar a ter sua liberdade incondicional. Ele, de criação mais família, menos sonhador e audacioso, queria reafirmar a "família" com uma prole. Enquanto a problemática estava aí, ainda estavam no lucro. Mas, ela ainda tinha alguns sonhos a realizar, alguns objetivos a alcançar. Ele, achava que ela e a vida que obtivera já estava de bom tamanho, que na verdade era muito mais do que ele tinha almejado ter um dia. Já havia desistido de acreditar que algo assim aconteceria com ele e quado acontecer, quis prender, quis amarrar, quis enredar de acordo com seus costumes e tradições para não perder. Ela também achava isso, "também". Ele só achava isso. Na verdade, ele era levado, na maioria das vezes pelas ideias, pelas convicções e pelos sonhos dela, não por medo de contrariar, mas por ver que sem ela ele não poderia realizar os sonhos dele. só que não estavam na mesma "vibe". Apesar de um desencontro aqui e ali, na cama se encaixavam. Mas de resto, criação, família, amigos, trabalho, sonhos e objetivos, divergiam um pouco, pra não dizer muito. Antes era um muito que ainda achava-se possível tentar aproximar os gostos, os desejos. Hoje, essa divergência em alguns aspectos virou um abismo entre eles.

Já não riam tanto, se questionavam e questionavam ao outro muito mais. Já não brincavam com  tanta frequência  Falavam sérios demais. Viraram dois sérios, chatos, bem distantes da proposta acordada lá no início. Já não era tão fácil lidar com as diferenças e não dava mais para fingir em determinados momentos que certas posturas não incomodavam. Sim, chegou a hora de abrir os olhos e ver o que sempre esteve na frente deles: eles mesmos! Embora o amor fosse muito grande, não se vive só de amor. Assim como o corpo precisa de alimento, a alma também. Mas, o entranho disso tudo, era que no minuto seguinte em que tinham para si a certeza de que, pela total incompatibilidade de gênero, n° e grau poderiam se separar, sentiam que jamais conseguiriam ficar longe um do outro. Porque apesar do não existia o sim. E apesar de não concordarem algumas vezes, concordavam em tantas outras coisas. Ele era o oposto dela. Ele cedia mais fácil, ela relutava mais. Mas, ele gostava dessa coisa de conquista, ela gostava dessa coisa de ser "provocada e dominada". E então, quando achavam que a relação estava prestes a dar o último suspiro, por diversas vezes, no fundo dos olhos, na mudez e falta de palavras, num abraço calmo e demorado, sentiam que ainda estavam lá, aqueles dois jovem que hoje já não era tão jovens assim. Criaram responsabilidades, criaram juízo. Criaram uma casa, criaram uma confiança, criaram uma relação. Que poderia não estar dentro dos padrões formais e normais, mas era uma relação. Mais estável do que eles achavam que era. Achavam que deram um pequeno passo, mas se olhassem para trás, para a estrada percorrida, era um passo gigante, como diria Armstrong em relação a lua. O único problema: eles não se aceitavam como eram. E se não se aceitam, como esperam que o outro aceite também? Não perdoava suas falhas e dessa forma faziam com que o outro não as perdoassem também. Foi uma relação construída. Sim, foi! Com cuidado, com esforço, com empenho. E nenhum dos dois estava disposto a colocar abaixo o que tinha sido erguido. Mas, duvidavam quanto a se manter de pé diante de tantas dificuldades. Por hora, sabiam apenas que tinham que permanecer. Não por uma aliança, por um papel assinado, nem por móveis comprados, dívidas adquiridas, para uma satisfação para a sociedade ou por medo. Eles simplesmente se amavam. Não combinavam, mas se amavam... E como funciona isso? E como se vive não concordando mas se amando? Não sei, eles não sabiam, aliás, ninguém sabia. Só vivendo, nascendo e morrendo a cada dia para saber como é.

E foi assim, como a certeza da primeira vez que se viram, que eles tinham que ficar, tinham que tentar, não podiam fraquejar, não podia desistir. Não seria justo com eles, que investiram tanto, que quiseram tanto, que se deram tanto. O problema, é que tudo muda nessa vida. Sentimentos, pensamentos, gostos, sonhos, desejos. E se um dos dois mudasse? Ou se os dois mudassem? Pois é certo que ninguém permanece o mesmo com o passar dos anos. A gente pode não reconhecer em que mudou, mas reconhece que já não é mais o mesmo! E num beijo de boa noite, num trocar de canal na tv, numa conversa fiada desinteressante, num dia qualquer, de pausas, de esperas, de silêncio, nas madrugadas da vida aonde só o sono consegue alcançar, paira a dúvida do "até quando?".

Se o futuro a Deus pertence... então que quem somos nós, humanos, para nos consumir tentando entender.

"O coração tem razão que a própria razão desconhece". E eles eram assim, razões desconhecidas do porque tão diferentes ficaram juntos e do porque dessa diferença toda nascer uma igualdade que se traduz em sentimento... E foi assim, continua a ser assim...




Fernanda Miceli

PS: não é baseado em fatos reais!


12 de dezembro de 2012

Penitência eterna


Tava vendo TV essa manhã - novidade rs - e saiu uma matéria dizendo que o pai que esqueceu o bebê no carro trancado por mais de 4h o que o levou à morte foi absolvido pela justiça. Ele foi indiciado por homicídio doloso (quando não há intenção de matar). Mas, saiu ileso do inquérito. 

Particularmente, sempre achei que crime era crime, independente do tipo de crime. Independente da violência e brutalidade do crime. Da intenção ou não de cometer aquele crime. Claro que não tô falando de legítima defesa. Isso já é outra coisa, que na minha cabeça nem deveria ser considerado crime. Mas, negligência sim. Não me convenço totalmente de que todas as negligências são sem intenção. Há as que sejam. Mas também há as que não sejam. A gente nunca pode afirmar que sabe totalmente o que se passa na cabeça das pessoas. E seres humanos são suscetíveis a terem pensamentos maldosos, maliciosos, agir por impulso, mesmo que depois se arrependam e queiram voltar atrás para tentar consertar. O arrependimento pode se dar numa fração de segundos. Só que qualquer modo, é tarde demais!

Não creio que tenha sido o caso daquele pai. Ele de fato pode ser uma pessoa atualmente leviana, despercebida, distraída e pagou um preço alto por isso. Mas, se ele é tão "avoado" assim, com certeza não tem condições de cuidar dele, quem dirá de uma criança que depende de cuidados e atenção. Acho que nesses casos, as pessoas deveriam passar por testes, assim como de aptidões, para saber se estão aptas não a cuidar, mas a aprender a cuidar, a ser alguma coisa. Nem todo mundo aprende na marra, com a cara e a coragem, sob pressão, no tem que ser, tem que dar conta, tem que fazer. Tem gente que te suas limitações sim e que de fato, não nasceram pra coisa. Visto a quantidade de pais e mães que parecem terem saído de um hospício, tamanha é a quantidade de maus tratos contra crianças e adolescentes. Tirando as pessoas que são perversas por natureza e que já nascem com esse predisposto à crueldades, a maioria age insanamente por puro despreparo. Quando se sentem pressionadas ou numa situação estressante não se dão conta de seus atos. O que, ao meu ver, também não foi o caso daquele pai. Ele foi o típico caso de abandono de incapaz - denominado assim pelo conselho tutelar para as ações que são tidas como sem intenção mas deferidas contra àqueles que não podem se defender ou responder por si próprio. 

Ele, nitidamente foi aquele que achou que iria ali rapidinho e que nada demais poderia acontecer. Assim como eu, você e tantos outros que agem achando que nada demais nunca vai acontecer. Só que são justamente nesse achismos que a coisa acontece. A gente não se descuida de propósito. Se descuida achando que de fato, acontece com todo mundo, mas nunca com a gente. Obviamente  a maioria das pessoas saberia que deixar uma bebê trancado no carro num sol de verão por muito tempo, não daria certo. Eles tem a saúde frágil ainda. Não aguentam muita coisa. Mas, o pai pensou que seria rapidinho e que não aconteceria nada demais. 

Imagino, o que se passou na cabeça dele quando voltou e se deparou com a cena lastimável. É aquela vontade de fazer o tempo voltar só que não dá. Vem aquela culpa por ter sido tão burro e não ter percebido. Vem a raiva de pensar em como pôde deixar isso acontecer, sendo você o pai. Porque mãe, a maioria - tem aquele instinto protetor, aquele zelo em excesso mas que não faria uma coisa dessas. Neurótica, zelosas ou apenas precavidas seja lá qual tipo for a sua, todas elas com certeza irão preferir prevenir. Enfim, a coisa toda se deu. O pai ainda tentou salvar o filho mas foi em vão. Isso já não é castigo o bastante. Imaginem esse homem conviver com a culpa que matou seu filho indefeso por burrice, sabendo que poderia ter feito diferente, mas não fez. Sua imprudência foi cara demais. Mesmo que o tempo passe, mesmo que venha a ter outros filhos, mesmo que ninguém coloque o dedo em sua cara e o acuse, mesmo que Deus dê a ele a chance de fazer de novo, só que dessa vez certo, ele NUNCA vai se perdoar. Vai viver e morrer com aquela culpa correndo por dentro. Porque ele agiu mal, não de má fé, não de propósito, não intencional. Mas errou e feio. E tem muita gente aí que não se perdoa facilmente por um errinho de nada. Imagine errar com a vida do próprio filho? Sou impiedosa com crueldades contra crianças, animais, idosos... tenho vontade de fazer a mesma coisa com o(a) infeliz que resolve praticar alguma ação imoral ou maldosa. Sou do tipo que faria sofrer o dobro só pelo prazer de ver passar pela mesma agonia que os outros. Mas, engraçado, não nesse caso. Não que ele seja banal, sem importância. Mas acho que ele por si só já foi tão surreal que naturalmente as consequências dele farão valer qualquer justiça.

Acho que pior do que prisão perpétua, sentença de morte, acusações alheias, a culpa que um ser carrega em seu íntimo e não consegue se perdoar é mais eficaz do qualquer o pior castigo do mundo. Então, na minha opinião, em nada precisaria ser julgado e condenado pela justiça dos homens, independente da divina. A justiça pessoal dele já o condenou eternamente. Está fadado a lembrar todos os dias e reviver como se fosse hoje esse trágico e infeliz "the end".




9 de dezembro de 2012

Sensação inexplicável!




Sexta-feira 07/12, nasceu minha afilhada. Filha do meu primo o qual considero como um irmão de criação. Fui convocada, na verdade intimada pela minha cunhada a acompanhá-la na cirurgia e filmar e fotografar o grande acontecimento. Bem verdade porque eu seria uma das únicas da família a me manter firme diante de cortes, sangue e demais atividades médicas de um parto. Confesso que não sabia ao certo qual seria minha reação, mas já que acreditavam em mim, me senti honrada com o convite e fui!

Quando chegamos ao hospital, nos encaminharam para o quarto. Ficamos lá ainda aguardando sermos chamadas. Nesse meio tempo, vimos televisão, conversamos, guardamos as malas, conversamos, falamos sobre o calor, com a gestante ao lado, cada uma relaxou em seu lugar (ela na cama e eu na poltrona) e tentamos nos distrair. Ela obviamente estava muito ansiosa. Eu, já estava ficando contagiada pela ansiedade dela. A minha ansiedade era mais para curiosidade, de ver a minha afilhada, de tê-la no mundo. Mas, para uma mãe, as sensações são beeemmmm diferentes!

Quando chamaram pelo nome dela, nitidamente sua expressão transitava entre a tensão - medo e a ansiedade - felicidade! Acho que nem ela sabia exatamente o que estava sentindo. Bem, ela subiu na maca e lá fomos só seguindo para a sala de parto. Engraçado como nessas horas de apreensão, 1 min vira 1h. Do 4/ andar para o 2 parecia uma diferença de 20 andares. Nessa hora, ficamos em silêncio. A enfermeira parou a maca na porta da sala e aguardou a entrada. Uma outra enfermeira veio até mim e perguntou: "você é a acompanhante?". Respondi que sim e então, ela fez um gesto com a mão para que eu a seguisse por um caminho diferente. Olhei fixamente para a Vanessa que nessa hora acho que tinha entrado num estado de transe profundo. Joguei um beijinho para ela. Passei a mãos pelos seus pés e desejei boa sorte. Segui pelo corredor com a sensação de que deveria ter sido menos contida. Sou sensível e me emociono fácil com algumas situações. Mas não costumo reagir muito melosa. Sempre acho no final que passei a impressão de que fui seca e fria demais, diferente do que estava sentindo. Mas, não sei porque em determinados momentos demonstrar o que sinto de acordo com o que de fato sinto parece ser algo muito difícil! Consigo explodir facilmente e extravasar todas as minhas insatisfações. Mas, me parece que no sentimento de felicidade, sempre fico mais contida do que gostaria. E, nesse caso específico, fico me perguntando o que mais eu poderia falar que já não tenham falado de montão. Seria meio clichê, né? Mas enfim... ela sabia exatamente o tamanho da emoção para mim.

A enfermeira me conduziu a um banheiro, onde eu pude me trocar e ficar devidamente vestida para entrar na sala de operação. Em segundos me arrumei e fiquei aguardando virem me chamar conforme combinado. Nessa hora, um monte de coisas passaram na minha cabeça. pensamentos esses que confesso que não deveria ter pensado, mas que se tornaram inevitáveis, rs. Tratei de espantar o fantasma do "e se". me olhei no espelho toda pronta e me dei conta, só então, do tamanho da dimensão da importância desse momento.

Passou chegando mais perto, a porta range e se abre e a mesma moça que havia me deixado ali me chamava com o mesmo gesto de "siga-me". Fiquei pensando se ela seria muda... enfim... Descobri que não quando chegamos na sala e ela me explicou a partir de um determinado local determinado com uma fita eu não poderia ultrapassar. E que quando a criança nascesse, depois de limpa e examinada, a enfermeira me chamaria para fotografá-la com a mãe. A enfermeira me lembrou ainda de que eu ñ poderia tocar em mais nada que estivesse azul já que era um ambiente "estéril". Só via os pés da Vanessa, sua cintura pra cima era coberta por um pano azul! Ela estava consciente e conversava comigo o tempo todo. Toda a equipe era muito tranquila e me passava uma segurança enorme. Numa sala razoavelmente grande, estávamos em 5 pessoas (o médico, a instrumentadora cirúrgica, o anestesista, a pediatra e eu) tirando a Vanessa, lógico e a tal enfermeira que me levou que permaneceu num anexo à sala fazendo um monte de anotações. Todos conversavam como se estivesse tomando café. A prática era tão corriqueira que ficou evidente que não ficavam mais tão sérios - o que é diferente de não tratar com seriedade - num episódio como esse. O clima de descontração também ajudou a acalmar o coração da mamãe que deveria estar a mil. O médico, muito simpático, olhou pra mim e disse: "vamos começar?". E eu então, munida de meus pertences (máquinas) coloquei-me a postos. E começou. Nessa hora, desistir de tentar entender o que estava acontecendo e apenas assisti ao momento maravilhada, pensando que era único e que muitas pessoas davam o mundo para estar ali aonde eu estava num lugar especial, de confiança, de conforto.



Me preparei para demorar, para imprevistos, para qualquer coisa estranha ou que simplesmente eu não tinha conhecimento. Só não me preparei pra ser tão rápido! Em 3:35 Alice nasceu, exatamente. O tempo que durou o vídeo. Do corte a estourar a bolsa d'água não foram mais do que uns 2min. Os outros 1:35 foram destinados a tirar a Alice da barriga. depois que cortou, aspirou, limpou o médico falante me perguntou ainda em tom de brincadeira: "você tem algum tipo de aversão?". Responde que não. Ele então me perguntou se eu já tinha visto algum parto antes. Respondi também que não. Todos riram e ele me disse, se você cair depois me diz a sensação. Todos riram, inclusive eu. Mas, expliquei que estava mais curiosa do que outra coisa e nem me importando muito em olhar cortes e afins. Mas que isso não me causava problema algum. Então ele me disse: "aproveita para dar as boas vindas... se prepare por que aí vem ela." Depois dessa frases três gestos sucederam às suas palavras: 1) puxou a cabeça. 2) retirou a Alice por completo e 3)  levantou a Alice como se fosse um porquinho, pelas pernas de cabeça para baixo! Ainda no ar, a pequena já começou a chorar e eu respirei aliviada. Sempre ouvira que quando o bebê nasce chorando está tudo bem. E de acordo com os gritos da Alice, estava bem demais, até, rs. Depois dali, a pediatra levou-a para uma mesinha ao lado e começou a fazer as primeiras limpezas dela. Nesse momento, senti escorrer uma lágrima. Era o momento mais incrível que alguém pode presenciar: o nascimento de alguém. Presenciar sua chegada ao mundo. É mágico! Alice continuava berrando e a pediatra aspirando, limpando, e tal. Alguns minutos depois ela me chamou já com a Alice embrulhada nuns paninhos azuis parecendo um pacotinho e colocou encostado na Vanessa, que a essa hora se debulhava. Ela só consegui me dizer: "olha as bochechinhas...". Dai, tirei as tradicionais fotos. Fiz um afago na cabeça da Vanessa, já que não podia abraçá-la e lhe dei um beijinho seguido de "parabéns mamãe!". A pediatra retirou a Alice e a Vanessa pediu: "deixa a madrinha segurar!". Nessa hora desabei! Ela abriu os olhos e me olhou exatamente quando eu toquei nela. Olhos pretos, pequenos e firmes. Abriu a boca num bocejo e ensaiou um chorinho. Eu ria toda boba. A pediatra então disse, "vamos titia, que a nossa princesinha ainda tem cuidados a seguir". E levou a Alice. Não sabia se ficava com a Vanessa, se seguia com a Alice. resolvi optar pela segunda já que queria me certificar de que realmente a minha pequena estava bem, e a Vanessa, pude concluir que sim. Quando saí da sala ela já estava quase toda "fechada" como se referia o médico. Num total de mais uns 3min. Fora alguns perdidos aqui e ali. Ou seja uns 10min ao total do início ao fim do parto.




Voltei a salinha onde tinha trocado de roupa para colocar a minha novamente e segui para o berçário. No caminho, depois de voltar à Terra, me lembrei de avisar ao Fabio e as irmãs dela que aguardavam na recepção! Fui até lá, já perdida nos corredores imensos. Quando abri a porta todos da sala levantaram. Não, não é uma generalização. TODOS MESMO! Inclusive aqueles que não eram meus parentes. Todos à espera daquela porta se abrir e vir uma notícia, sendo assim, cada vez que ela se abrir todos achavam que eram dos seus. Quando me viram correram todos para mim e eu só conseguia sorrir e repetir "nasceu!". dai corremos todos para o berçário que ainda se encontrava fechado. Ali, fui contar os detalhes e dizer as minhas primeiras impressões da Alice: saudável, gordinha, bochechuda, cabeluda, chorona. Acho que foi nessa ordem! Logo depois, as persianas se abriram e lá estava ela, de olhos abertos, agitando braços e pernas eufórica, já sem chorar, apenas emitindo alguns gemidos. Ficamos ali, todos babando, fotografando, falando com ela como se ela pudesse nos ouvir e de maneiras retardadas rs. Depois, voltei ao quarto para ver a Vanessa, me despedir e mostrar a ela uma foto da Alice que fui intimada de tirar, rs. Dei uma última passada no berçário e fui pra casa. 



No mesmo dia à noite, agradeci por ela ter vindo com saúde e por ter a certeza que vai animar e unir ainda mais a família. E pensei: na lista de coisas que temos que fazer antes de morrer, adicionaria assistir a um parto. É uma sensação que desmonta até os mais durões, enche de alegria os corações, traz esperança e nos faz sentir que somos especiais por presenciar aquilo. Único, divino! O ser humano é dotado por natureza de uma capacidade de entrega de amor imenso, só é preciso saber instigar e como e com quem usar!


# boa noite e uma excelente semaninha!

6 de dezembro de 2012

Necessito de um tempo...




Ando querendo me desligar do mundo. Logo eu que sempre fui muito urbana! Essa agitação constante, essa correria diária, essas atribulações mil estão me cansando. Sinto que preciso de um pouco de paz, silêncio e serenidade. Não, não é apenas me trancar no quarto, ver tv no escuro, escutar uma boa música e dormir. Isso não vai aliviar a minha alma. Necessito mesmo de novos ares, para renovar.

A vida é engraçada. A gente jura de pés juntos que nunca vai deixar de ser, de fazer, de pensar, de gostar disso e daquilo. Mas quando nos vemos em determinado momento mudamos de opinião sem nos darmos conta. Hoje, eu já cogito daqui a algum tempo, morar em outro lugar, em outra cidade, obter novos hábitos, conhecer gente nova, ter um outro estilo de vida. Calma... da última vez que disse isso para uma amiga ela me olhou de olhos arregalados e perguntou: amiga, você vai se enfiar no meio do mato? kkkkk... quase morri de tanto rir! Então, antes que alguém pense algo similar, não, NÃO VOU ME ENFIAR NO MEIO DO MATO! Mas penso sim em uma cidade nem tanto mais pacata, pois algumas estão crescendo estrondosamente, mas acho que só o fato de largar aquilo de sempre já me deixa entusiasmada. 

Dentre os possíveis locais estão Gramado, Curitiba, alguma cidade de MG ou do Nordeste. Mas é apenas uma hipótese somada a sonhos e planos para um futuro ainda bem distante. Primeiro, preciso me estabilizar por aqui. E quero uma solução para essa minha insatisfação agora, rs. O mais rápido seria uma viagem, mesmo que curta, pois não posso me ausentar por muito tempo. Mas sei que seria apenas uma distração momentânea. Quando eu voltar para a minha casa, minha vida, meu trabalho e as demais coisas que são minhas, tudo vai voltar também. Queria buscar um canal para extravasar mesmo. Antigamente, eu conseguia fazer isso em pequenas coisas como dançar, escrever, conversar, ver um bom filme ou ler um bom livro. Mas hoje, sinto que isso já não me basta. A minha distração dura apenas o tempo que estou focada naquilo. Queria algo que durasse mais. Só que, infelizmente, não posso trocar de vida, rs.

Não tô insatisfeita com a vida que tenho totalmente. Tá certo que em determinados pontos queria que fosse diferente, bem diferente, por sinal. Mas não é nada traumatizante! Todo mundo tem um momento que se sente de saco cheio de tudo, vontade de jogar tudo para o alto e começar de novo. É um cansaço mesmo, mais emocional, mental, das coisas seguirem sempre as mesmas, pelos menos caminhos, todos os dias. E não vejo, por hora,  como e onde fazer grandes mudanças radicais. Então, tenho tentando me distrair ao máximo! Inovar? Sim, eu tento! No que se é possível inovar. Agora não que não dá, é aonde me sinto mais engessada.

Pode ser apenas uma insatisfação passageira, um momento, uma crise que como tudo na vida vai passar. Mas tem dias que esse meu cansaço me cansa, de tal maneira que se pudesse, deixaria de ser eu! rs. Só para poder viver a vida de outra pessoa por um dia e de repente, me libertar desse sentimento de "constância". Muita coisa aconteceu, de bom e de ruim. Muita coisa já mudou, pra melhor ou pra pior. Mas o ser humano é um animal insatisfeito por natureza. Nunca está bom o suficiente. Sempre quer mais. Não sei até que ponto isso é bom ou ruim. Até que ponto é incentivador ou desmotivador. Ando procurando entender...




Não é todo dia que sigo entediada. Nem todos os dias que me encontro desmotivada. nem toda hora que fico de saco cheio, nem todo momento tô insatisfeita. Tem dias... dias como o de hoje, onde tem tudo para dar certo e correr tudo bem e mesmo assim, sinto que me falta alguma coisa, há um vazio que não sei explicar. Não é falta de felicidade, pois motivos para isso eu tenho de sobra. Tô conseguindo realizar e construir muita coisa. Mas ando procurando a resposta para o meu inconformismo com determinadas coisas e que acabo transferindo em forma de intolerância para pessoas ( só para algumas, para outras tô sem saco legal, mesmo!).

Quem sabe ao final de algum dia, de alguma música, de algum livro ou de um filme eu consiga ter um insight e saber a causa de o porquê, apesar de não ter motivos, me encontrar meio cansada da minha vida ( que não é ruim) e cansada de mim (que não sou tão cansativa assim). 

Beijos!

1 de dezembro de 2012

Meu presente de natal:



E o que eu quero de Natal, não é muita coisa não. 

Já escolhi meu presente: quero meus amigos mais perto, quero alguns abraços sinceros, uma porção de sorrisos bem dados, mãos entrelaçadas por mais tempo, coração mais leve. O que eu quero de Natal é mais luz pelo caminho, mais fé na alma, mais tempo para passar com quem se ama, mais farra seguida de cócegas, e mais guerra de travesseiro – sem esse medo do amanhã, sem essa velocidade antiquada que nos faz viver dias vazios pensando nos próximos dias que ainda estão por vir. No Natal quero: viver devagarzinho, desembrulhar presente com carinho e distribuir bondade. 



~Michelle Trevisani.




30 de novembro de 2012

Intolerânia...




Pois é, tenho percebido muito isso ultimamente! Tem certas coisas e principalmente pessoas que estão conseguindo me tirar do sério. A minha paciência é uma coisa que tem se esvaído progressivamente a cada ano. Mas eu nem sempre fui assim não. Na verdade, sobre meus sentimentos sempre fui muito introspectiva. Nunca fui de extravasar. Sou extrovertida para fazer amigos, conversar, desinibida em situações com o público. Mas para falar dos meus sentimentos, do que eu não gostava, do que me incomodava, do que me chateava, sempre fui meio na minha. Por medo. Medo de desagradar as pessoas, medo de me indispor com elas, medo delas não gostarem mais de mim por conta das minhas opiniões contraditórias, medo de não ser mais aceita, medo de decepcionar. E com isso eu não me impunha. Eu era muito passiva quando se tratava de tomar alguma atitude mais enérgica para o lado pessoal. 

Depois da terapia, fui aceitando que cada pessoa tem um jeito e que familiares, amigos e conhecidos, se gostam de mim, gostam do jeito que sou. Claro que todo mundo tem defeitos e eu não poderia ser diferente. Teria sim que controlar e trabalhar em cima de alguns, porque apesar de gostarem de mim, ninguém é obrigado a aceitar minhas atitudes e minhas ações. Mas, parei de ser encanada com não criar uma situação que desagradasse alguém só para não ficar mal com essa pessoa. Passei também a me aceitar mais com relação a entender que as pessoas são o que são e que não precisam fingir o que não querem. Fato é que depois que entendi isso e comecei a colocar em prática, literalmente liguei o "F#@" para algumas pessoas. Também parei com um grave e sério defeito que eu tinha de "não querer ver" os defeitos das pessoas que eu gostava. Só conseguia enxergar isso depois que me magoavam. Aí,já era tarde demais. E mesmo assim, eu me calava. Fui somatizando insatisfações e frustrações e quando vi, estava presa a um mar de inconformismo, problemas de saúde e de relacionamentos. Quando vi que só eu me prejudicava com essa minha atitude, parei! parei primeiro porque não me fazia bem, segundo porque eu não queria ser assim de fato e terceiro, porque eu ficava me consumindo pelos acontecidos e as pessoas não. Cagavam e andavam para mim, se tinham me magoado, como eu estava me sentindo. Sendo assim, resolvi ser igual a maioria. Sim, porque existe uma minoria que não é tão egoísta assim e se preocupam sim com quem está a sua volta, a maneira como expõem as diferenças, tratam as divergências com cuidado. É uma espécie quase em extinção, mas ainda existe!

Como estava falando, então parei de ser boazinha com o mundo e só levar na cabeça. E por falar nela, por conta de não extravasar minhas emoções, tinha (e ainda tenho) dores de cabeça homéricas relatadas como enxaqueca tensional. Ou seja, qualquer coisa que o meu corpo entenda como stress ele reage causando uma dor insuportável. Então, antes doer de qualquer forma nos outros do que em mim. Hoje, se algo tá ruim, fecho a cara. Se alguém me chateia não procuro meras palavras para explicações, descarrego tudo mesmo. Se estou inconformada com alguma coisa, logo será sabido disso. Se alguém pisou na bola, não vai ficar por isso mesmo. Não penso mais que é melhor aceitar o que fazer comigo porque não vai adiantar muita coisa falar. Sim, é fato também que por mais que se grite, esperneie ou quebre o barraco, certas coisas não mudam. Mas ao menos fico feliz de ter podido demonstrar a minha indignação. Mesmo que não vá dar em nada. Pelo menos não fico remoendo a situação mil vezes achando que eu poderia ter feito diferente. Isso é a pior coisa que existe. Porque a gente quer mudar mas não tem mais como!

Então, depois que eu tomei algumas das pílulas da Emília  a boneca de pano que não falava, passei a falar mais do que o necessário. Peguei o gosto de cuspir cobras e lagartos e comecei a ver que em certas ocasiões pegava pesado demais. Até eu aprender a dosar, levei outras porradinhas também. Que me desanimaram um pouco, é verdade. Pois você pensa: se falo, tô errado, se não falo também. Então, o que fazer? Mas também garanto que com o tempo a sabedoria de saber o que fazer e o que falar e como fala para cada pessoa também vem. Mesmo que a minha nova postura não agrade a algumas pessoas, estou satisfeita de hoje ser assim. Feliz por me expor mais. Feliz por conseguir não encanar se depois de alguma desavença a pessoa continuará a gostar de mim e a ser meu amigo. Já aconteceu de, após eu dizer algumas verdades, a pessoa mudar. Isso é mais comum do que parece. Porque as pessoas podem falar o que pensam do jeito que elas querem, mas não sabem ouvir de volta. Fazer o que? Vivendo e aprendendo.

Mas enfim, toda essa minha mudança interior me deu além de mais coragem um pouco de sabedoria também. Principalmente sobre mim! O suficiente para saber que em determinados momentos, se eu abrir a boca fudeu! Vai dar merda, na certa! Então, nesses casos, evito! Se é com alguém que sei que terei que conviver depois então, prefiro sair de perto pra não arrumar problema. Mas tenho que confessar que tenho tido vontade de matar um infeliz aqui no trabalho. Aliás 1 não, 2! Numa tacada só. Primeiro porque certos comentários me irritam profundamente. Não, não são comentários deferidos à mim. Mas como sempre é dito de uma forma generalizada, como já diz o ditado: " se a carapuça serviu?". Segundo, detesto pessoas que ficam fazendo piadinhas infames  de humor sarcástico, embutindo uma verdade no meio, deixando subentendido nas entrelinhas. Seja homem ou mulher de verdade e bata no peito assumindo suas convicções. Mas não faça piadinhas mandando indiretas. Tenho vontade de zunir longe um ser destes. Terceiro, comportamento infantil fora de hora me irrita. Todo mundo tem seu momento palhaço, seu momento bobo, seu momento besteiras. Com amigos, numa hora de lazer é legal e até rende boas risadas. Mas na hora do trabalho, quando todo mundo está concentrado é falta do que fazer. E que aliás, nem é. Trabalho tem de sobra. Todo santo dia de manhã, eu já chego aqui rezando para não dar uma de Mônica, rodar a baiana em vez do Sansão e dar umas boas "coelhadas" neles. Fora o papo, gente, sério. O que leva uma pessoa a falar de sacanagens o tempo todo como se quisesse provar algo para alguém? É gay, só pode! (Nada contra os gay, desde que sejam legais). Enrustidos, daqueles que pela sua própria conduta, não irão se assumir. Serão para sempre infelizes e por essa infelicidade, alfinetam o mundo é à todos que nele estão. Não é uma sacanagem saudável, é aquela que denigre. E o rádio??? Deus, nunca tomei tanta aversão a rádio na minha vida. Logo eu que sou louca por música e por notícias. Primeiro, música é gosto, cada um tem o seu! Nada contra o cara ser roqueiro, mas porra, use fones para ouvir "rock bands". Eu não sou obrigada a ouvir junto. Se eu soltasse um "Naldo na veia" duvido se iriam gostar. Segundo, se um programa já contem comentaristas, dispensam os demais aspirantes a um. Eles comentam o comentário do comentarista. O cúmulo! E na grande maioria das vezes, só eles estão certos em suas convicções. Outro ponto que me dá nos nervos é a repetição. Detesto pessoas repetitivas. Me tiram do sério. Elas não têm noção do quanto! Eles ficam repetindo a mesma palavra, a mesma frase, a mesma zoação, o tempo todo! Incessantemente! Do tipo: "malucooooo, malucoooooo, malucooooo." "Que isso??", "Que isso??", "Que isso??" e demais palavras que é melhor nem escrever. Cara, que sacoooooooooo!!!! Socorro!!! Vou cometer um homicídio! E isso já é avisado aos demais colegas de trabalho. Não aguento mais controlar meus nervos. Quando a pessoa faz sem querer, eu até relevo, embora hoje em dia não seja mais o meu perfil. Mas quando a pessoa abe que tá incomodando e mesmo assim continua, é sacanagem. E com esses aí, não terei pena não. Ainda bem que não tô sozinha nessa minha teoria, hihihi (riso do rabugento - aquele cachorro do desenho...

O direito de um começa quando termina o do outro, já diz a lei dos bons costumes, do bom senso e da convivência harmoniosa. Mas esses itens parecem não existir na listas destas pessoas. Sinceramente, não sei até quando irei aguentar sem explodir. A máxima da dupla que se chama de "Arraial e Búzio", codinomes esses que desconheço a finalidade, é tocar a campainha da empresa todas as vezes que um sai para fazer algo na rua. Gente, juro, nessa hora vou ao apogeu da minha revolta. Acho que eles estão no lugar errado. Aqui não é o maternal, jardim de infância. Se eles tinha o intuito de causar, já conseguiram. Mas cuidado, agora estão despertando a ira assassina das pessoas. Sabem aquela música do Charlie Brown Jr que diz " hoje eu só quero que o dia termine bem". Pois é, é o meu mantar aqui! Aff!!!

Se eles estão vivos até agora prova que já consigo exercitar mais a minha paciência, a pergunta que não quer calar é: "até quando?"




28 de novembro de 2012

E assim, nós somos felizes


Eu gosto dessa nossa simplicidade. Da forma como encaramos o amor de frente, olho no olho. Porque assim conhecemos e desfrutamos desse sentimento da melhor maneira possível. Nada de purpurinas, muito menos alto de falante. A gente vive assim, de chinelo e bermuda. Cabelo num rabo de cavalo e sem maquiagem. Também ao pé do ouvido, bilhete na carteira. Ninguém precisa saber, ninguém precisa entender. Eu e você nos entendemos e por consequência, compreendemos bem o que é o amor. E por mais que achem sem graça, descobri que tudo que é feito na calada da noite é mais emocionante. E por ser em segredo, torna tudo muito mais íntimo. Muito mais nosso. 




27 de novembro de 2012

Precisa-se de tão pouco...


Um sorriso bobo, um filme bonito, e um sofá. 
Uma flor roubada, um vinho vagabundo, uma caminhada na beira do mar.
Uma vontade compartilhada, um gosto em comum, um decote, uma barba roçando o pescoço.
Roupa com cheiro de amaciante, conversa
s ao telefone, alguns dias longe.
E muitos dias bem perto.
Dormir querendo, acordar pensando.
Um all star surrado, poesia, amigos em comum.
Salto alto, perfume, olho no olho.
“Lembrei de você...”
A paixão precisa de tão pouco pra acontecer ...

A palavra não dita. O tempo que apaga. Meio sorriso. Muitos desencontros.
Uma vontade guardada.
O quase, o talvez, o outro.
O passado que não passa, a indiferença, e tanto faz.
A paixão precisa de tão pouco pra virar ‘nunca mais’...




K.


"Amar é ter um pássaro pousado no dedo. Quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que, a qualquer momento, ele pode voar."

Rubem Alves








25 de novembro de 2012

Tudo vale a pena...



"As vezes ouço passar o vento, e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido" 


Fernando Pessoa. 





24 de novembro de 2012

Simples assim...



“Quando as pessoas se importam umas com as outras, 

sempre dão um jeito de fazer as coisas darem certo.”




[Nicholas Sparks]