29 de dezembro de 2009

Fecha uma porta, abre-se outra...

Ainda bem que não passa de um ditado! E realmente acontece... não é sorte de poucos! Agora, falando em ditados, foram eles que mais me cercaram estes últimos dias de 2009 para os primeiros de 2010. “Era bom demais pra ser verdade”, foi mais um deles. Resumindo: o tal emprego maravilhoso que eu criei expectativa, estava empolgada para começar, enfim era meio que na minha área, me dava oportunidade de crescimento e aprendizado não rolou! Fiquei na mão, chupando dedo, já que havia dispensado o anterior pelo “quase atual”.

Não, não fui leviana. Não troquei o certo pelo duvidoso. Até porque o certo – emprego antigo – estava quase sendo chutado para escanteio mesmo. Mas o emprego novo era certo! Eu havia sido aprovada nas fases eliminatórias do processo seletivo e saí da empresa com a resposta de efetivação garantida depois do treinamento. Porém, algo ocorreu no meio do caminho entre a minha saída no início do mês de dezembro e a última ligação da responsável pela contratação dos profissionais para a empresa. Da noite para o dia fui remanejada de cargo e nem sequer fui avisada! Fui trocada de função e passei a fazer parte de uma na qual nunca fiz processo seletivo, nem cheguei a me candidatar. Fiquei “boba com a capacidade que algumas empresas têm de enrolar seus futuros funcionários”. “Compramos gato por lebre”, se é que é assim este ditado.

Enfim, para fechar meu ano de 2009 que teve picos de alegrias e tristezas, nada mais certeiro do que esta notícia às vésperas do ano novo! Pelo menos, que bom que veio antes de 2010. Assim, eu consigo colocar tudo de ruim e decepcionante do meu ano velho num barquinho e lançar em alto mar. Não, não é oferenda, RS. Até porque costumamos oferecer coisas boas para obter a mesma resposta, na mesma proporção. Mas é chutar pra bem longe e não ver nem pensar mais nisto.

Fiquei refletindo sobre minhas ações e tudo que transcorreu a partir delas. Óbvio, fiquei decepcionada com os planos que tinha feito que não iriam se concretizar. Frustrada por ver mais uma vez meu objetivo se distanciar de mim. E temerosa de ter feito uma escolha errada e agora ficar literalmente com “uma mão na frente e outra atrás”, “sem eira nem beira!”... Mas não, não arrependida! Teria ficado sim se tivesse continuado no emprego antigo, insatisfeita, almejando tentar novos voos, mas sem coragem para tal. Prefiro mil vezes ter tentado e não conseguido do que nunca ter arriscado para saber como seria o resultado final. Às vezes na vida temos que fazer escolhas e estas nem sempre serão as mais certas. Tenho é que arcar com as consequências do meu ato e me responsabilizar por elas agora. Fora isto, é entrar 2010 tendo em mente que não apenas o ano será novo, o emprego também. Assim como meus novos objetivos!

De volta a condição de desempregada, percebi que o importante é não desistir e nem me desesperar. O ano apenas começa e tenho muito que batalhar. Uma infinidade de novas oportunidades chegarão. E nem bem o ano virou, já começou a surgir. Amo dança. Não vivi por ela porque na época que eu estava totalmente voltada para ela, não havia muitas perspectivas profissionais como tem hoje. As oportunidades eram limitadas. Então, acabei virando uma apreciadora, mais que praticante, já que inúmeras vezes tive que sair e voltar. E neste meu hobby com esta arte, acabei fazendo dela minha realização pessoal. Sempre quis poder estar junto dela, sem necessariamente ser atuante, como professora ou bailarina. Mas queria poder trabalhar com dança, respirar o ambiente da dança. E, inesperadamente, minha mãe recebeu um convite para fazer parte de uma sociedade da minha antiga academia de dança. Então... realizei um sonho meu. Amém!!!!! Quer dizer, ela realizou, porque a sociedade consta para ela, mas indiretamente, sei que ela fez por mim. E desta forma, vou poder estar aonde eu sempre quis estar. Fazendo o que gosto. Ainda não poderei fazer disto meu ofício. Mas quem sabe, futuramente? De qualquer forma, para quem havia levado um baque, boa maneira de levantar...

Então é isto, para este ano que vem por aí espero poder colocar mais em prática meus almejos e concretizar meus objetivos. Já ta de bom tamanho...


1000 beijos a todos com boas vibrações!!!!

24 de dezembro de 2009

Natal, o mesmo de sempre...

Esta sempre foi uma data que eu me empolguei muito! Ficava ansiosa pelos festejos, pelas mil comemorações de final de ano, pela compra e entrega dos presentes, pelas comidas gostosas que são feitas somente nesta época do ano... e é claro, sem me esquecer que, não sei por qual motivo ainda, neste período,todos são tomados por uma força que nos enche de boas energias, o espírito cheio de esperanças e o coração de boas ações! Somos alguns rs, quem nunca fomos o ano todo, ou em tempo algum... Mas no Natal e no Ano Novo, nos transformamos!

Não sei por que, este ano, não sinto esta empolgação e por mais que eu faça, não me animo! Pelo contrário, desanimo com tantos preparativos, resoluções para a tão esperada noite, a saída quase que matança para a compra dos presentes com lojas cheias e ruas impossíveis de andar. Tudo se tornou muito igual, sem aquele diferencial. A cidade acende, ilumina a noite que antecede o nascimento de Jesus! Mas eu não me sinto cheia de alegria, de esperança, de pensamentos positivos e sentimentos que provém desta data. Sim, tenho saúde, amor para dar e receber, paz de espírito na maior parte do meu tempo, harmonia, fraternidade, união entre os meus familiares e amigos. Mas sabe quando sente que falta algo, mas não consegue discernir ao certo o que é?

Então, ainda acho o Natal uma data puramente comercial, onde as lojas aproveitam para vender tudo e mais um pouco, aproveitando que as pessoas estão enlouquecidas pela obrigação da troca de presentes à 00h. os supermercados então, nem se fala... são tantas mil ofertas de preços e degustação para pôr na mesa na ceia. E, aproveitando o embalo de compras, não param de compras enfeites e adereços para enfeitar a casa, a árvore e tudo o mais, para apenas uma noite!


Mas, ainda há uns com tantos e outros com tão poucos. O real significado da data acaba ficando coberto pelas festas. Ainda há crianças que ganham o mundo neste dia enquanto outras, tentando acreditar que Papai Noel existe porque em sua casa nunca passa, pede não bens materiais, mas as vezes uma ajuda, uma salvação para suas vidinhas medíocres e de seus familiares. Em muitas mesas há fartura enquanto em outras, muito mal a tradicional rabanada; Enquanto te familiares se reunindo felizes por reencontrar uns aos outros, há àqueles que falsamente convivem neste dia, apesar de não ver, não falar, não se importar o ano todo. Mas a meia-noite, abraça, beija e fala como se fosse íntimo. É de matar!


Enfim... quando estamos extasiados, para mais ou para menos, não nos damos conta do exagero e da enganação que é a maior parte desta data, tão comemorada e importante mundialmente. Mas quando estamos no estado normal, podemos ver que não há nada demais nisto! É apenas mais uma noite com bebidas, comidas, pessoas, troca de presentes...


Mas, não é porque vejo neste ano que não há nada de tão especial assim numa data tão esperada o ano todo que eu sou avessa ao Natal ou não irei comemorar. Muito pelo contrário, minha pequena família tradicionalmente em todos os aspectos da data a realiza. E eu, estarei presente em mais uma ceia, em mais conversas e zoações, nas trocas de presentes e aproveitar mais um momento em que Deus nos permite estarmos todos juntos, sentindo o carinho e a importância de cada um na vida do outro! É, tai... com o passar dos anos minha visão do Natal foi mudando. Este ano, aproveito para celebrar mais um ano que tenho todos que amo ao meu lado! E isto é o meu presente maior.


Bom, a todos um feliz Natal! Com tudo que têm direito e que a data exige!

18 de dezembro de 2009

Que facilidade que nada...

Tá certo, a ideia é facilitar a vida alheia! Mas só há dificuldade... benza Deus!

Dia destes estava eu, na dura tarefa de tentar cancelar um de meus cartões de crédito! Era um cartão vinculado a conta da empresa e, não precisando mais dela, tratei de me desfazer, antes que a tal operadora resolvesse vir em cima com taxas de serviços e mais no sei o que.

Não obtive sucesso algum! Fiquei, na primeira ligação, uns 15 minutos, falando com a atendente eletrônica, tentando ser transferida para falar com alguém, não virtual. Alguém que respondesse a minha pergunta e sanasse as minhas dúvidas, em vez de ficar só falando: “ ... digite os 4 n° de sua agência, os 7 n° de sua conta corrente e sua senha...”. Ô troço irritante este! Não obtendo sucesso, resolvi pressionar qualquer tecla de qualquer outra opção fora cartões de crédito para ver se alguém me transferia para o ramal desejado. Foi pior a emenda que o soneto. Se é que o ditado é este mesmo! Fiquei rodando entre as opções fornecidas eletronicamente e nada de ir parar no lugar que eu desejava. Teclava várias opções e estas me deixavam cada vez mais confuso, certa de estar beeeeeemmmmmmmmm longe do meu objetivo. Retornei ao Menu Inicial...

Estava besta... mas em nenhuma opção que eu teclasse tinha – cartão de crédito – cancelamento. Então, como se faz? Não faz? Fica com ele? Boa maneira de impedir que os clientes se desfaçam de suas aquisições. Dito que, quando não quisessem mais o serviço, poderiam acabar com ele. Boa enganação...

Cansei de tentar achar a opção correta. Liguei para o SAC do banco. Lá outra burocracia. Liguei 3 vezes. Com a primeira atendente, tive que relatar o ocorrido, o motivo pelo qual estava acionando o SAC. Quando estava em espera para ela concluir a minha solicitação a ligação caiu. Retornei achando que era só colocar o n° do protocolo que me foi dado. Doce ilusão. O n° não conferia. É, realmente àquela altura já estava achando que aquele não era meu dia. Liguei novamente, outra atendente me atendeu tive que relatar todo o acontecido. Na espera mais uma vez pela solicitação ser concluída, a ligação, cai, de novo! Começo a achar que isto é uma tática da central de atendimentos para ver se canção cliente com a não conclusão do pedido em questão e este desiste de cancelar, reclamar ou sei lá o quê! Na terceira tentativa, por sorte a atendente que me atendeu na segunda vez que liguei, atendeu novamente. E, ela me deu a simples resposta: seu cancelamento foi concluído!

Que luta!
Começo a desejar que alguns serviços fossem que nem antigamente... nada para facilitar a vida dos clientes. Apenas era o que era e pronto!

7 de dezembro de 2009

Presente de natal...


Final do ano sempre nos reserva algumas boas surpresas. Geralmente, aquilo que nem esperávamos mais que acontecesse. Foi mais ou menos isto que houve comigo, semana passada. Ganhei um emprego novo do bom velhinho, rs! Devo ter me comportado bem durante o ano...

Brincadeiras a parte, tive meus méritos, embora não esteja certa ainda de quais tenham sido eles, rs. Mas o fato é que passei no processo seletivo e estou dentro. Mesmo não acreditando que ainda ligariam para mim, pela demora da resposta. Em poucos dias começo o treinamento e estarei em meio a novos colegas de trabalho e atuando em outra área, realizando novas tarefas. Estou ansiosa por iniciar mais uma etapa. Sei que vai significar crescimento profissional e que vou adquirir mais conhecimento. Além de uma realização pessoal por saber que aos pouquinhos estarei subindo mais um degrau na escadinha do meu sucesso. Triste por fechar outro ciclo em minha vida e ter que deixar de conviver diariamente com pessoas que me ensinaram que a ascensão profissional e financeira nem sempre são mais compensadoras do que a amizade que se cria, o laço de afinidade e companheirismo que é feito.

Pela última vez hoje, estarei reclamando das mesmas incompreensões dos chefes, do trabalho demasiado ou a falta dele, farei as mesmas ações que diariamente fazia como bater o ponto, marcar um 10 na cozinha, dar uma voltinha na secretaria e desfrutar da cia. dos meus colegas tão queridos e amados por mim. Implicâncias, brincadeiras, brigas, lanchinhos , almoços fora, confraternizações e comemorações. Dentro de algumas horas tudo isto fará parte do hall de minhas lembranças e irá para as páginas do livro de minha vida como as melhores experiências que tive. Apesar dos pesares, posso dizer que a Nesa foi uma escola para mim, em todos os sentidos. Profissional, pois aqui se aprende de tudo um pouco e você se torna uma pessoa versátil, mas principalmente pessoal, por ter que trabalhar seus limites, conviver com pessoas completamente diferentes de você e passar por todos os tipos de situações que te impulsionam a fazer frente com você mesmo em ações e pensamentos, valores e objetivos.

Não tenho grandes coisas na empresa a recolhê-las e colocar tudo dentro de uma caixinha como fazem nos filmes. De concreto possuo muito pouco... não mais que uma jaqueta utilizada nos dias mais frios na engenharia por conta do ar-condicionado e um enfeite dado a mim pelos meus afilhados no meu niver. Mas de abstrato há muito que guardar: sorrisos, conversas, apoio, compreensão, carinho, amizade, revoltas coletivas, lealdade, brincadeiras.

Hoje sou muito feliz por olhar para trás e ver as conquistas que adquiri. E principalmente os amigos que fiz. Fico boba quando recebo não só palavras de elogio, mas de satisfação pela minha pessoa. E, aqui, não tenho dúvidas: somos todos essenciais um para o outro!

Dá medo pela mudança de planos. Dá medo pelo desconhecido à frente. Dá medo do possível arrependimento que pode bater à porta. Dá medo por eu mesma não satisfazer minhas expectativas e me frustrar. Mas dá medo, realmente, de não andar! De o tempo passar e nada acontecer. Do acúmulo dos anos e eu, nada ser como gostaria.

Bom, de qualquer maneira, devo ter sido boa menina este ano. Para Papai Noel me dar este presente maravilhoso. Ou, como dizem, pode ser minha vibração e pensamento positivo trabalhando a meu favor. Seja como for, tudo que venha neste sentido de acrescentar, que seja muito bem vindo! Só me resta aguardar as cenas dos próximos capítulos e esperar que nem tudo nesta nossa vida seja passageiro. Tem pessoas, momentos e certas coisas que vieram para ficar!


Bons acontecimentos e muito sucesso para todos. Senão neste finzinho de ano, 2010 não tarda à chegar!

6 de dezembro de 2009

"... Flamengo até morrer!"



Hoje o Rio é preto e vermelho. Tá lindo! Aliás, o Rio só não, digamos que boa parte do Brasil... Não costumo ser fanática por futebol. Na verdade, por nenhuma atividade esportiva ou qualquer outra que requeira ser fiel, fã, dedicada e adjacências. Torço, gosto, mas dentro dos limites, sem exageros. Mas, confesso: gosto de ostentar as vitórias do meu Mengão, assim como seus brilhantes títulos em sua história e, é claro, a sua torcida, famosa por ser a maior do mundo.


Agora, exatamente às 20h, o Flamengo já é campeão do Campeonato Brasileiro. Fogos estouram por todos os lados.... Jogos difíceis, lances disputados, baixas e faltas de grandes jogadores em campo muitas vezes, problemas administrativos do clube, uma má fase de uma não boa atuação. Mas, como em toda a sua história, o time guerreiro não se entrega fácil! Hexacampeão! E haja garganta para comemorar tanta alegria. Enfim, sai o grito de "É CAMPEÃO!!!"

Alegria mesmo, tenho o orgulho de dizer foi o comportamento da torcida. Tá bom, eu concordo: torcedor rubro negro é dureza de aguentar! Não existe humildade na hora de falar bem do meu time. Mas hoje, nos arredores do Maracanã, além de emanar uma vibração contagiante, era uma festa saudável, com diversão e na paz! Dava vontade de participar. Era bom estar ali no meio, nem que fosse por apenas algumas horinhas, rs (pois o trânsito estava completamente parado e fiquei engarrafada ali por mais ou menos 1 hora, no mínimo). Nada abalava... éramos todos parte de um único contexto e desde então torcendo, gritando, cantando as várias músicas de torcidas e buzinando. Cantando vitória antes do tempo para uns, bagunça pra outros, para nós, os flamenguista era apenas esbanjar uma alegria que não cabia dentro do nosso ser por estar ali! Não há hoje, um cantinho sequer no Rio que não esteja decorado com as cores preto e vermelho, com bandeirões (ah, eu não consegui comprar o meu) e os milhares de pessoas munidas do seu kit torcedor: camisa, boné, faixa.


Não dá pra explicar a satisfação. E não há imagem mais linda do que ver a torcida levar no grito, ininterruptamente o hino do time, o nome dos jogadores e gritar: “Eu, sempre te amarei, onde estiver estarei, ó meu Mengão. Tu é time de tradição, raça, amor e paixão, ó meu Mengão! Agora melhor é ver a nação rubro negra andar pelas ruas, de casa em casa, de bar em bar! Vou bebemorar mais uma conquista de título, a grande atuação em campo do time, os brilhantes jogadores e acima de tudo a alegria de fazer parte de uma grande nação: tenho orgulho de ser Rubro-negras!




Hino do Clube de Regatas do Flamengo


Uma vez Flamengo,
Sempre Flamengo.
Flamengo sempre, eu hei de ser.
É meu maior prazer vê-lo brilhar,
Seja na terra, seja no mar.
Vencer, vencer, vencer!
Uma vez flamengo,
Flamengo até, morrer!
Na regata, ele me mata,
Me maltrata, me arrebata.
Que emoção no coração!
Consagrado no gramado;
Sempre amado;
O mais cotado nos fla-flus é o 'ai, jesus!'
Eu teria um desgosto profundo,
Se faltasse o Flamengo no mundo.
Ele vibra, ele é fibra,
Muita libra já pesou.
Flamengo até morrer eu sou

19 de novembro de 2009

Deus, dai-me paciência para aguentar!!!

Sinto-me muitas vezes, num meio de intolerância total. As pessoas andam sem paciência, mal-humoradas e cada vez mais egoístas, olhando apenas para seus próprios umbigos. E justo agora no final do ano, onde o clima de festa e descontração toma conta das pessoas? Inadmissível! Domingo fui ao cinema ver 2012. Na saída do filme, estava um temporal de respeito. Como não havia nem ônibus no ponto, decidimos ir de táxi à ficarmos mais molhados. A fila no ponto de táxi já estava grandinha e pra contribuir não havia táxi disponível. Acho que a chuva tornou a lotação esgotada. Conforme os carros iam chegando, a fila diminua na ordem em que foi formada. Porém, um casal de espertalhões, confiando no famoso jeitinho brasileiro se enfurnou na frente do casal que estava na vez de pegar o táxi e, eu e meu namorado atrás para sermos os próximos. O controlador de táxis estava mais enrolado do que outra coisa e, quando chamava os próximos, confiava na nossa honestidade de manter a fila de acordo com a chegada. Porém, não foi bem assim. Quando o táxi em questão chegou, o casal de espertalhões se enfiou dentro, quer dizer, na verdade o homem se atirou dentro do carro como se fosse salvar a vida de alguém. A acompanhante ainda hesitou, mas fora puxada para dentro do carro pelo próprio namorado. O casal que estava sendo passado para trás, indignado se enfiou no mesmo carro, na marra. A namorada, mais esperta, entrou logo na frente, do lado do motorista. E o seu namorado ficou no banco de trás forçando sua entrada a todo custo indagando que ele tinha mais direito, já que a vez era dele. Depois de meia hora de empurra empurra, lá se foram os dois casais aos tapas, dentro do carro. E nós da fila agradecendo pelo impasse ter se resolvido para livrar o caminho e o próximo táxi pra gente. Mais à frente o carro deles parou e o casal que tinha sido passado pra trás desceu e veio andando na nossa direção. Aí, foi a vez do desentendimento entre o casal. A menina brigava com ele, provavelmente pela sua atitude ou de brigar ou de deixarem que passassem à frente. E iam para um lado, voltavam, iam para o outro, voltavam e eu, a esta altura do campeonato, ria muito apesar do dilúvio. Enfim, meu táxi chegou pelo tamanho do Jú ninguém se atreveu a bancar o engraçadinho e furar a fila e nós fomos embora rindo de toda a situação.

Mas esta cena se repete constantemente, nos transportes públicos coletivos da cidade. Cada qual na sua pressão não vê quem está à sua frente e nem pensa no que seus atos acarretaram no próximo. Todos querem o melhor lugar, tentar uma comodidade e facilidade na hora de descer, entram ao mesmo tempo em que as pessoas estão saindo, não dão licença quando estas querem descer, uma tragédia. Depender destes transportes é o fim. Não se respeita nem mais grávidas, mulheres com crianças de colo, idosos ou portadores de deficiência. E olha que há acentos disponibilizados somente para eles. Quando as pessoas não fingem dormir, emendam uma conversa na outra para não dar atenção à necessidade de alguém. Fico pensando: se um dia acontecer com quem está fazendo ou se a mesma situação se repetir com alguém da família da pessoa que necessite do lugar, será que a mesma agiria assim? Óbvio que não, né? É porque não é com ela!

Nestes casos, lembro-me do Profeta Gentileza, recentemente representado por um ator na antiga novela das 9h. Com suas palavras sábias e pensamentos a partir da reflexão de que gentileza gera gentileza, tentada modificar o mundo e as ações das pessoas, sensibilizando-as. Algumas de suas mais famosas frases estão escritas ao longo da Avenida Brasil, no trecho entre a Rodoviária e o Píer Mauá. Há anos ali, hoje a imagem que temos é que não passa de um monte de frases, sem sentido já que ninguém se mobiliza a parar e ler, sujas pelo tempo e falta de cuidado. Louco ou vendo a vida com outros olhos, a questão é que ele tinha a saída para o mal que cerca a maioria de nós nos dias de hoje: o egocentrismo! Cada um age como se fosse o centro do universo e este, existe apenas para ele. Doce ilusão...

Ontem, após ter um dia tranquilo, feliz e satisfatório, deitei para relaxar e pegar no sono vendo algum programa na TV. O que me deparo quando ligo a joça? Uma pancadaria generalizada no gramado de futebol no jogo do Fluminense. O Tricolor ganhou o jogo de virada, mas seu rival não aceitou a vitória simplesmente. Todos dentro do campo se embolaram. Uma cena lastimável, tratando-se de um dos esportes mais adorados no mundo e lembrando que, em qualquer competição, mesmo que muita coisa esteja em jogo, o que deveria valer é o lema e a concepção de que o importante é dar o melhor de si e competir. Tá, ninguém gosta de perder, mas daí a agir como vândalos é perder a noção. E eu que sou flamenguista, confesso: senti uma pontinha de alegria por poder provar que não é só minha torcida rubro-negra que causa alvoroço e pancadaria nos estádios. Mas foi passageiro, quando vi que a coisa se estendia e não havia quem conseguisse controlar a situação. Alguns minutos depois, o árbitro conseguiu contornar a situação e enfim apitar a final da partida que poderia acabar com alegria, mas, muito provavelmente acabou com vários torcedores ou presos ou nas emergências dos hospitais.

Resolvi trocar de canal, acabei ficando tensa e queria me distrair. Coloquei em um canal de programas com animais, que é coisa que amo. Mas, definitivamente não era o meu dia! Acabei vendo um programa chamado Distrito Animal, onde policiais da unidade SPCA do distrito dos EUA, caçam e apreendem animais maltratados. Era cada cena de dar dó. E eu, que já nem sou apaixonada por animais, fiquei totalmente sensibilizada. Não pelos ferimentos em si, mas pela coragem de haver seres humanos capazes de tais crueldades. Deixar os seus próprios animais de estimação que deveriam ser bem tratados, sem água, comida, passando mal, sem cuidados, sendo espancados... é de chocar e partir o coração. A sorte é que no estado de Los Angeles e adjacências, Texas e mais alguns estados próximos existe esta força policial especial que se preocupa com este tipo de crime e agem com o mesmo rigor como se fosse uma pessoa. Afinal são seres vivos também. Lá a justiça se faz presente, mas aqui nada acontece quando “alguém” resolve brincar com animais de rua ou tratam os seus bichinhos de estimação como se não fossem nada. Indignação!

Quero dormir e acreditar que todas estas atitudes “naturais”, porém sobre humanas, não passem de um sonho. Mas infelismente, sei que não é. Vivemos em um mundo individualista e que não há mais a preocupação em como nossas ações vão repercutir no outro. Claro, não posso generalizar, nem todas as pessoas agem sem consciência. Mas a maioria sim! É triste, é lamentável, é deprimente como a raça humana vem denegrindo em questões de valores. Desta forma, estamos degradando o mundo em que nós mesmos vivemos, mas quem se importa? No trânsito, nas escolas, nas ruas, com o outro, no dia-a-dia, em nossos corações... por favor, me acorde quando tivermos mais tolerância em nós!

Beijos e um ótimo feriadão amanhã... com muita praia!

13 de novembro de 2009

“Digas como se veste, que eu te direi quem és...”


Definitivamente, não sei aonde vamos parar!

Com tanta coisa para se preocupar relevante no mundo, agora as instituições de ensino resolveram embarreirar alunos que julgam não estar dentro dos padrões apropriados de vestimenta.

Há poucos dias uma estudante da universidade Unibam, em SP foi obrigada a se retirar da instituição, escoltada pelos seguranças da mesma porque dito, seu traje impróprio estava alvoroçando os alunos (sexo masculino) e constrangendo as alunas. O caso foi parar até na polícia. Ah gente, façam-me o favor! Desde quando uma roupa pode ser constrangimento para alguém? E sem fosse, no máximo para quem a usa, não para quem vê! Nem que ela estivesse nua, coisa que nós brasileiros estamos acostumados a ver. Pela foto divulgada na mídia, não vi nada demais além de um vestido meramente curto. Que mostrava apenas as pernas da moça e nada mais. Por conta disto, houve xingamentos, confusão e muita discussão. E, o que era o foco do local, o estudo foi o menos lembrado. Hoje, sai uma matéria no jornal sobre um estudante em Ohio, nos EUA, que foi suspenso porque usou um corte de cabelo que não agradou a direção da escola. Ele fez a inicial “B” de um time de futebol americano em sua cabeça. E, por este motivo, foi impedido de assistir aula.

Engraçado... alunos baderneiros, drogados, armados não são retirados das escolas. Nem se quer são punidos. Quantos incidentes por conta deles já ocorreram? Agora as autoridades dos locais se irritam com trajes e cortes de cabelo? Por que não se preocupam se o ensino está satisfatório, com o desempenho dos alunos? Mas não... e no lugar de agir como educadores e conversar mostrando o porque a atitude dos estudantes não era bem aceita, punem sem explicação alguma. Abuso de autoridade! No mínimo. Discriminação, pegando pesado! Nenhum dos dois estava infringindo nenhuma lei. Não fizeram mal nenhum a ninguém e ambos, cada qual em seu caso, estavam quietos na deles, prontos para assistir aula.

Devem educar, ensinar, punir sim, mas quando a coisa é para tal. Não fazer estardalhaço à toa! Agora, antes de sair de casa ou mudar meu corte de cabelo, passarei na esquina da minha casa e perguntarei a diretora da escola que fica lá se estou adequada!
beijos e bom fim de semana

10 de novembro de 2009

A perda do seu eu...


Sabe, às vezes a gente é feliz e não sabe! Não damos valor ao que temos e queremos sempre mais. Mas, quem disse que este “mais” é plenamente satisfatório às nossas necessidades e expectativas? Ando pensando nisto... Não sei se por conta da minha insatisfação no trabalho, mesmo tendo mudado de setor, ter sido pior do que ter continuado onde eu estava! Talvez porque os anos estejam passando e, agora pesa o tempo que passamos correndo atrás do que queremos, sem conseguir alcançar. Começam as cobranças próprias do que estamos fazendo com a nossa vida! E os questionamentos: se é melhor continuar neste caminho ou virar a direita, mais à frente!

Certeza... algo que para mim não é definitivo e, não é tão certo assim, de fato! Ela muda conforme as situações nos cercam, é flexível. Eu a tinha quando aceite a opção de mudar de setor, achando que o “novo”, me acrescentaria mais que o antigo. Em conhecimento, em tarefas, em crescimento, nem que este fosse pessoal. Desdenhei das atividades passadas que realizava, achando que eram poucas, mas percebi que o pouco, vivencio agora! Nos dois lugares, não vou chegar aonde almejo estar, e nem adianta virar para a direita ou esquerda. Meu destino final não é aqui, definitivamente! Mas, lá pelo menos eu tinha a idéia do meu valor, mesmo que pouco. Onde estou hoje, mal sei quem sou e das minhas capacidades!


Felicidade, não é plena, aprendi a ver isto também. Só que ela não cai do céu! A gente tem que trabalhar o mundo, as pessoas e principalmente a nós mesmos para que possamos enxergá-la nos mínimos detalhes da vida e, a partir de nós, sem esperar que seja obrigação do outro, nos fazer sentir felizes. Ela tem q vir por si só! Mas tem horas que, mesmo tendo tudo nas mãos para que a danada exista, parece faltar algo. Família, amigos, amor, saúde, dinheiro, trabalho, atividades... Então, o que será? Sim, se temos o essencial para sermos feliz, o que dá errado e um belo dia acordamos de mau-humor, sem vontade, desacreditada, triste, sem rumo? Necessidade de inovação!

Embora saibamos que nós devemos controlar nossa própria vida, na maioria das vezes ela é regida pelo externo, que nos controla, sem que a gente perceba! Dependemos do mundo lá fora, como um parâmetro para saber quando somos bem aceitos, estamos agradando, dando certo em algo e, quando permanecer assim ou pular fora. O problema é quando a gente sente a diferença, mas o indicador que sempre nos alerta parece estar do mesmo jeito, inabalável! Aí vem o receio, o medo e os benditos “poréns e talvez”.

Enfim, tarefa difícil esta de se encontrar dentro de si e firmar seu lugar no planeta como tal. Da maneira como deseja e como te satisfaz! Quem sabe um dia eu consiga... Quem sabe ano que vem eu faça diferente e a diferença... Hoje, eu só quero concluir etapas e partir em busca de novos horizontes. Sem certezas, mas feliz!
Até...

6 de novembro de 2009

A arte imita a vida?


O fim dos tempos se aproxima! Estamos vivendo em meio a um caos desordenado urbano e ambiental. Somos acometidos por todos os tipos de violência e degradação do ser humano e da natureza que podemos imaginar. Para os religiosos, este momento está marcado em uma passagem da Bíblia, denominado como o “Apocalipse”. E, do modo como temos presenciado a revolta do Senhor sobre a Terra e sobre nós, estes dias não tardam a vir.

Bom, pelo menos nas telas do cinema, o fim do mundo chegará à próxima semana, dia 13, sexta-feira. O dia não poderia ser mais propício para se ver cenas chocantes e assustadoras. Coincidência ou não, vamos poder ver o que acontecerá com nosso planeta caso não nos conscientizemos e comecemos a mudar nossas atitudes, perante o próximo, perante o lugar onde vivemos.

E, para ilustrar bem esta tragédia mundial, e é claro promover o filme 2012 e atrair público, o metrô brasileiro, na estação Cantagalo foi o local escolhido para ser “inundado”. Através de adesivos especiais, quem passa pelo metrô se sente realmente no meio da inundação de um tsunami. Aliás, a paisagem do Rio de Janeiro também foi escolhida para ilustrar os cartazes e o trailer do filme. Cristo Redentor e Pão de Açúcar são soterrados pela água.

Faço questão de comparecer ao cinema e curtir na telona o filme eletrizante que promete tirar o fôlego com suas cenas de ação. O trailer, já é de arrepiar. Porém, acho que a moral da história, antes mesmo de ver o tal, é que a gente se dê conta das nossas ações. Que a gente cuide do Planeta, que na realidade já está dando sinais de “insatisfação” com o nosso desleixo. Os tsunamis, os ciclones, o aquecimento global, a extinção dos animais e recursos naturais. No nosso dia-a-dia, temos que repensar as atitudes que temos como indivíduos e que repercussão elas terão em nossas vidas.

Nem tudo é historinha... pode ser que algumas previsões sejam verdade e se realizem. Seremos cobrados por aquilo que fazemos, intencionalmente ou não.

Bom final de semana, com muito sol e praia à todos...
Porque neste eu vou colocar minha corzinha em dia rs.
Ninguém merece, né? Carioca branquela!

3 de novembro de 2009

Top Fashion Bazar

Ontem fui ao Top Fashion Bazar, situado no Extra, da Barra. Dentre as horas que permaneci lá dentro, em meio a tumulto, filas intermináveis, disputa por peças de roupas, sapatos e atenção dos vendedores, fiquei pensando em qual o propósito do Bazar, para ricos.

Sim, um bazar existe não somente para arrecadar fundos mediante algum propósito, mas também para beneficiar os mais desprovidos do que se está liquidando. Porém, nestas circunstâncias, fico pensando, onde se encaixa estes dois itens a não ser promoção de marcas das lojas presentes e a comprovação de que os ricos são ricos e dane-se o mundo!

As lojas alocadas no Extra eram as mais caras. Seus nomes vestem a pequena porcentagem da população privilegiada pela sua excelente condição financeira e social. E ainda, tem o desplante de se intitularem em liquidação. Liquidação só e for para os ricos. Sim, porque óculos a 500,00, uma blusa masculina a 80,00, vestidos, shorts, calças e blusas femininas, cada peça não saía por menos de 70,00, no mínimo. De tudo, os biquínis estavam em conta e mesmo assim, olhe lá! Como as lojas lá presentes são as mais caras do mercado caíram os preços, nada consideráveis, para enganar que havia uma liquidação. Pra mim, os preços estavam na faixa normal de vestuários.

Quando não estava tentando ver à vitrine das lojas ou entrar em alguma delas, sentei no saguão no evento para descansar meus pezinhos e então fiquei observando... Bom, figuras esquisitas e extravagantes tiveram sua passada no evento marcada, com certeza. Ficou nítido: rico que é rico se veste de qualquer jeito, evidenciando que não importa suas vestimentas e sim sua origem. Quem se “emperequeta” mais, pode crer que ou é emergente no ciclo, ou não faz parte dele, rs e tenta se manter “style”. Fora isto era possível presenciar todos os tipos de cenas protagonizadas por quem não está nem aí para a opinião dos outros. Eram brigas, encontros, conversas espalhafatosas... enfim! Fora as cenas, nada elegantes ocorridas nos interiores das lojas. Gente fina também comete gafes e, pasmem: contravenções. Pois é, pequenos delitos tidos como “descuido na hora de entregar as peças” não eram pouco comuns.

No todo, vale a pena pelo passeio e porque sempre ver “às modas” não é nada ruim. Mas, quem vai esperando grandes aquisições, porém tem suas condições financeiras limitadas, não se decepcione. Aproveite para colocar o papo em dia com as amigas, para fazer um lanchinho, bater pernas e curtir um dia agradável. Muitas vezes isto vale mais do que as compras em si, mesmo que o intuito seja a dita cuja. Quem sabe o próximo ano, o evento melhore e suas concepções mudem. Apesar de, o público alvo ser realmente a classe favorecida financeiramente, tida como melhor contribuinte.

Só nos resta esperar...

E eu, para fazer boa ação, acabei perdendo um típico dia carioca de feriadão com muito sol. Que dia lindo para se colocar a cor em dia, ainda mais eu que já estou um ponto abaixo da brancura. Porém, o preço que paguei por manter-me intacta ao sol, foi ver o sorriso de satisfação de alguém pela minha presença naquele lugarzinho por algumas horinhas.

Beijos e uma excelente semaninha que já começa para quem trabalha, com um dia a menos – risos...

30 de outubro de 2009

O amor que existe para nós...


O amor que temos, nem sempre é o que sonhamos, mas é o que nos faz feliz!

Às vezes, penso no quanto tempo perdemos deixando de admirar as coisas belas da vida. Atribuímos a culpa pela falta de apreciação a terceiros ou situações impostas a nós. Não! A vida nada tem a ver com o “como” a enxergamos, aproveitamos e passamos por ela. A maneira como decidimos ver as situações e as pessoas que nos cercam, cabe exclusivamente a nós. Algumas vezes, culpamos a tal “falta de felicidade” pela ausência de alguém ou um sentimento, na maioria das vezes o amor. Ou sofre-se por ele, ou sofre pela não existência dele.

Hoje, tenho uma razão muito especial para falar sobre este assunto: fiz três meses de namoro e me encontro num estado constante de felicidade e completude. Parece que conheço há anos a pessoa com quem me relaciono. E, ao contrário de muitos casais que encaram a descoberta dos defeitos e das adequações de atitudes, não vejo nenhuma razão para se descabelar. Não encaro como um bicho de 7 cabeças a personalidade diferente do outro, e sim como uma gostosa descoberta. Posso dizer que, dentro de tudo que estou sentindo e vivenciando, o meu amor que se apresentou para mim é na verdade, completamente diferente do que eu esperava, imaginava ou almejava, na ilusão.

A pessoa que tenho ao meu lado é perfeita para mim! Seus pequenos defeitos, detalhes apenas, não se comparam as qualidades. Compreensivo, amável, carinhoso, amoroso, divertido, sensível, simpático, extrovertido, atencioso, possui um jeito especial e um olhar cativante. É inteligente, batalhador, perseverante em seus objetivos, sonhador e determinado. Não veio em um cavalo branco, como muitos esperam. Na verdade sua chegada foi inesperada e não bem aceita por mim, de início! Mas, como dizem que é de onde menos se espera que a vem as melhores coisas... Sim, ele me surpreendeu!

Quando eu já havia desistido de encontrar minha cara metade por aí, com um pouco mais de altura do que eu (rs), eis que ele para na minha frente e se impõe e se mostra e diz a que veio. E remexe com tudo que já esta quieto e aceito como definitivo. Fez uma reviravolta em minha vida. E desde então, não me lembro de um só dia que eu não tenha sido feliz nos braços dele, saboreando seus beijos, carinhos e sua companhia. Tendo-o sempre junto a mim nas horas difíceis e tristes. Compartilhando comigo sua vida e tudo que carrega dentro dele. Sorrindo sempre e me dando certeza e segurança de que um amor assim é possível, existe e é nosso! A saudade é gostosa de sentir, é o que nos faz aumentar mais e mais a vontade de estar perto a cada dia. Quando olho pra ele, não tenho dúvidas: ele é meu e eu sou dele. E até na distância entre nós, sinto paz!

E por falar no que o sentimento faz com a gente... acho que transforma! Hoje sei que ao lado dele sou outra pessoa. Em casa, entre os deles, com amigos, em qualquer lugar, a vida ganhou uma nova cor, uma nova concepção, um novo sentido a ponto de não mais saber como é sem ele comigo. Possuímos nossa liberdade, nossa individualidade, mas nossa união sempre fala mais alto. É, acho que é isto que melhor define a gente: união! Nunca soube ao certo o que era olhar para alguém e ter certeza de ter encontrado a felicidade. Não sabia o que era ouvir nas palavras o sentimento e ter certeza que era “ele”. Nunca soube que o corpo não é o limite que separa dois corpos. Entrelaçados, somos mais que um só! Estamos desnudos entregues um ao outro, de corpo, alma e coração. Vivemos o nosso hoje, pensando em ser e fazer melhor amanhã, por nós mesmos, pelo outro.

É estranho, pois relutei em me entregar tão rápido, mas o sentimento consumiu e ele me conquistou. E aí, como um passe de mágica PUF!!!!! Lá estava eu amando apaixonadamente, sem querer. Mas, poesias à parte, um relacionamento e os sentimentos que derivam dele não surgem do nada. Precisam ser cativados, cultivados e cuidados dia após dia para crescer forte e saudável, como uma plantinha! E, desta forma, não tenho dúvidas: é você! Meu homem, meu amor, meu amigo, meu tudo! Te coloco no colo, converso com você, te dou um abraço bem forte, durmo no seu peito, olho nos seus olhos, choro com você, sorrio com você, brinco com você, penso em você, vivo com você!

E hoje, olhando lá para trás, até me arrependo de desdenhar do amor. Ou de questionar que tipo de pessoa apareceria em minha vida. Se a gente soubesse que o amor mora ao lado e que temos que saber encontrá-lo e aceitá-lo, não se viveria com tantos porquês, talvez, quem sabe e afins como medo! O amor verdadeiro te encoraja, te fortalece, te impulsiona para frente. Faz você querer crescer, ser maior. Faz bem! Hoje, se me perguntarem, eu digo: prefiro amar e não ser amado, do que ser amado e não amar. Pois o amar enobrece a alma, liberta! E tendo um parceiro ideal, o que mais eu posso querer?

Sou feliz e agradeço por tudo que Deus me deu...”

Beijos e tenham um final de semana com muito amor e felicidade!

29 de outubro de 2009

“Brigar pra que, se é sem querer???”

Refrão de um rap antigo esta frase foi e é até hoje muito repetida, com propósito social. Mas, aqui no caso ela poderia se aplicar perfeitamente ao meu dia de ontem. É muito ruim quando nos indispomos com alguém. Principalmente quando este alguém é parte integrante e fundamental de nossa família. Geralmente, as brigas trazem uma sensação de mal-estar e desconforto sem igual. E o clima que fica depois? Tenso! Quem me conhece sabe: sou uma pessoa que tenta ao máximo evitar brigas, usando da minha total paciência e tolerância que mesmo estando se esgotando dia após dia com os acontecimentos da vida, as utilizo com mil conversas. Até mesmo deixando pra lá, mesmo que me incomodem ações ou palavras, para que não haja desavenças com quem gosto. O problema é que, agindo assim, deixo de me impor e ainda acumulo insatisfações incontáveis e aí, quando estou “no limite do meu ser”, qualquer gota d’ água já enche o pote.

Foi exatamente o que aconteceu ontem, entre mim e minha mãe. Eu a amo! Além dela ser tudo o que tenho, possuo grande admiração pelo que ela é e faz, não só por mim, mas com todos a sua volta. Mesmo possuindo tudo isto, não posso deixar de ver que, assim como qualquer ser humano comum, ela tem defeitos. E nem com todos os defeitos dela, consigo lidar ou aceitar! Sim, acredito que ainda mais no caso das mães (coisa que ainda não sou), erram tentando acertar e querendo o melhor para “seus filhotes” (é como elas veem os filhos eternamente, deixando-os sempre sob a proteção de suas asas). Porém, quando se adquire certa idade, queremos independência e liberdade para trilhar nosso próprio caminho e fazer nossas próprias escolhas. Certo ou errado, somos nós quem decidimos. E, nem preciso dizer que nossa briga foi por causa da divergência de opiniões.

Bom, na verdade, divergências sempre existem, e temos que tentar contorná-las com conversas e demonstrando o ponto de vista contrário, pois gritos e ofensas não levam a nada. Mas confesso: lavar a roupa suja vez ou outra é necessário. Alivia alma! O problema é que quando estamos no calor da emoção não medimos palavras e nem pesamos as consequências do que “vomitamos” em cima do outro. O que importava para mim era defender meu ponto de vista e, arrancar de minha mãe um reconhecimento de que eu tinha alguma razão naquilo que estava falando. Ela, do lado dela, como acredito ser com a maioria das mães, apelou para o lado de toda a devoção, cuidados, atenção e pela relação de amizade e cumplicidade que temos, etc, etc, etc... e brigou porque queria impor sua vontade e seu ponto de vista com relação a minha vida.

Tá, tudo bem, admito: ela não estava errada de todo. Mas o que me irritou além da forma dela falar, com certo ar de autoridade, é ela sempre achar que eu devo agir e pensar de acordo com o que ela julga certo. Não necessariamente sendo o que eu acho! Gostaria que percebesse que eu possuo certo discernimento sobre mim mesma e que, não vou fazer nenhuma loucura desvairada se esta for para me prejudicar. Sempre me gabei de ter uma mãe amiga, confiável e que respeitava as minhas opiniões, minhas decisões e a minha pessoa como um todo. Porém, esqueci de que, mesmo sendo esta maravilha de pessoa, é mãe. E, como todas as mães e filhos, brigamos. No nosso caso, o ponto atenuante da discussão é que, estando com os ânimos exaltados, falamos cada vez mais alto e então, começa uma briga – à parte – para ver quem fala mais alto, como se assim fosse prevalecer sobra à outra parte com seu discurso. Tolice pura!

Ainda em meio à briga, não consigo me sentir tão mal quanto depois dela serenada. Pois a minha mãe assume uma postura de se sentir culpada pelo meu estado de chateação ou desgosto de fazer alguma coisa por conta da nossa divergência. Aí vem meu erro: ela fica sentimental e eu fria. Minha raiva não passa tão rápido quanto a dela depois que ela descarrega o que estava engasgado na garganta dela. É como se eu tivesse a necessidade de me manter muda ou com a cara meio amarrada para reafirmar minha insatisfação. Parece até atitude de menina mimada né rsrs? Mas acredito que reforçando esta minha postura, eu forço a minha mãe a parar e pensar nas coisas que fez e falou do que simplesmente falar e meia hora depois agir como se nada tivesse acontecido. Não sou perversa! Mas tem algo que me impede de amolecer facilmente diante de um confronto... tópico para trabalhar na terapeuta!

Sei que no dia seguinte vou estar mais ou menos e voltando ao normal aos pouquinhos, depois que com calma eu conseguir com o tempo digerir tudo que foi dito. Até porque eu não aguento ficar de cara virada para a pessoa que mais amo no mundo e é quem me diz, que além de me amar muito que sou a coisa mais importante da vida dela, todos os dias. Porém, como normais que somos não foi a primeira e nem será a última vez que isto acontece. Mas sinto que a cada briga que temos, os questionamentos ficam mais sérios, maduros e com mais razões do que a anterior. Crescemos e mudamos e nossas reivindicações também. E a maneira como percebemos que podemos atingir o outro, idem. Gostaríamos que os pais parassem de nos encarar hora como adultos capazes de assumir inúmeras responsabilidades e outras nos trata-se como se ainda nem tivéssemos abandonado as fraldas.

Mas, isto é um questionamento para muitos e muitos anos mais. Pois pais e filhos possuem suas razões e verdades e cada um vai bater no peito e lutar pelos seus. Sei que brigar não é a coisa certa e não será desta forma que as coisas vão se acertar. Mas, se for inevitável. Uma coisa que tenho aprendido a cada hora que acontece: medir as palavras. Tentei ao máximo! Mas, se acuada, reajo.

Nada como um dia após o outro, e amanhã os ânimos estarão mais calmos. E quero confiar que não é a toa. Esta dor de cabeça toda vai servir para deixar nossa relação mais estreita, confiável e limpa. Se Deus quiser... E por falar em dor de cabeça... aiiiii, a minha dói!

22 de outubro de 2009

Cidade em caos


Nosso dia-a-dia tem sido assim: fora as frentes frias que acabam acarretando em chuvas demasiadas, nestes últimos dias, a nossa cidade virou uma praça de guerra. Ah, novidade! As estatísticas mostram que o n° de pessoas mortas no mundo provenientes da violência exacerbada de assaltos, sequestros, crueldade deliberada de um ser humano contra o outro, crimes organizados e etc... são equivalentes ao n° de pessoas que têm suas vidas tiradas em países em guerra.

O que mais tem assustado a população acredito eu, é que agora as artimanhas estão sendo sofisticadas pelos infratores da lei. Quanto mais nos protegemos do mundo, mais os criminosos arrumam uma maneira de burlar esta segurança, e intensificam seus ataques. São uma afronta as autoridades, uma intimidação a nós. Agora, por último, um helicóptero da polícia foi abatido, utilizando armas possantes que só deveriam estar em posse das polícias da cidade, mas que por algum motivo “inexplicado”, foram parar nas mãos desses delinquentes. E agora, que sofre, somos nós. Hoje é ataque à polícia que faz incursões à favelas no intuito de abater operações ilegais, tráfico de drogas e demais ações contra a lei. Amanhã, seremos nós, abordados por este tipo de armamento, tendo nossa liberdade roubada e virando escravos do medo e da impunidade. Aulas são suspensas, comércios são obrigados a fechar, nosso direito de ir e vir são censurados e, andamos com medo nas ruas, e muitas vezes saímos de casa sem saber se vamos voltar.

Autoridades e poder público, apesar das declarações de que a nossa polícia está preparada e armada para conter estes tipos de acontecimentos e vai cercar bandidos/traficantes para controlar e acabar com a violência e seus focos, não sentimos confiança e segurança nessas falas. Um, a partir de uma parte que se intitula acima da lei proveniente da polícia, geralmente policiais que pularam para a parte da banda podre (corrupção) surgiu a milícia, que geralmente trabalha para os dois lados da ação, como mostrou muito bem o seriado da Record “A Lei e o Crime”. E dois, a polícia se arma até os dentes e dá demonstrações de abuso de poder contra nós população, que temos medo de contar com ela. Apesar de muitos de nós conhecermos nossos direitos básicos, os temos negados e, em alguns momentos somos coagidos não só com palavras mas com atos violentos. Então, ficamos à mercê de Deus, esperando que Ele nos proteja, guie e ilumine nosso caminho e tenha piedade de nós. Só ele para dar jeito nesta situação que se instaurou na cidade e se espalhou pelo mundo.


Beijos e que a gente sobreviva neste mar de violência constante a cada dia!


 

20 de outubro de 2009

Nosso Rio de Janeiro tem disto, né?

Ontem, como estava em casa por causa do feriado que cobre a minha empresa, proveniente do setor elétrico, fiquei em casa. Como meu môzão está trabalhando em um evento na parte da noite, aproveitamos o dia sem trabalho(meu) e a hora livre dele, para nos encontramos em algum lugar da cidade, dar uma volta e matar as saudades.

Resolvemos nos encontrar no Centro do Rio, por ele já estar lá. Fomos dar um passeio na Marina, sentar um pouco à beira mar, conversar em um lugar tranquilo e fresco e ficarmos à vontade para namorar um pouquinho. Mas, vejam só, chegando lá, tivemos que andar um bom tempo até achar um lugar “seguro” que não incluísse moradores de rua dormindo. Tarefa difícil esta, hein? Mas, por fim, nos sentamos no muro de frente para o mar.

Ele, que não mora no Rio e não está acostumado aos lugares daqui, se espantou, por achar que em monumentos e locais de visitação, e ainda mais com a polícia vigiando, como no Monumento dos Praçinhas, não haveria este tipo de coisa. E eu, solto a pérola: aqui no Rio é assim. Pobreza e riqueza se misturam na mesma cena e ninguém mais se abala com isto. Todos convivem bem dentro dos seus limites.

Triste realidade brasileira! Depois que falei é que fui parar e analisar a frase, com cara de aristocrata, que eu disse. E me espantei com a naturalidade que eu mesma a pronunciei. Esta diferença cortante está tão embutida no nosso cotidiano, que não reparamos mais e tratamos como comum.

Quando a tarde começou a cair e não mais moradores de rua habitavam o local, mas sim algumas pessoas de aparência estranha e procedência duvidosa resolvemos nos levantar e ir embora. Fui andando olhando para trás e me dando conta do que anda tomando conta não só do cenário carioca, mas de nossas vidas. A indiferença! Ligamos, até certo ponto que aquilo nos incomoda ou mexe com algo que consideramos importante para nós. Fora isto, não ligamos mais. O poder público não se manifesta, as autoridades tratam com descaso, nós por nossa vez, não fazemos nada porque achamos que a obrigação deveria ser deles e não nossa, que já sofremos com as ações violentas destas pessoas, intituladas “moradores de rua”, “menores abandonados”, mas que na verdade são os filhos da rua e de uma cidade que vira as costas para “o problema” e só tem olhos para o que pode render lucros e satisfação.

Apesar de adotar certos truques para caminhar em determinados lugares da cidade e não me deixar mais abater por algumas cenas vistas, sinto uma enorme tristeza por presenciar sorrisos e diversão exacerbada de um lado e lágrimas e tristeza do outro, pela vida infeliz, há alguns passos de mim.


Beijos mil!!!

19 de outubro de 2009

Ainda acredita-se no próximo...

Renovou minhas esperanças ao constatar que o ser humano não perdeu a crença nos valores do outro. Apesar das circunstâncias nos forçarem a desconfiar sempre, ainda existem pessoas que acreditam na boa índole do seu próximo.

Domingo estava passeando no shopping, fazendo minhas compras de presentes atrasados para amigos e familiares, rs, e, quando fui dar uma passadinha básica no banheiro, senti uma pessoa me chamando. Era um pai com sua filha, meio sem saber o que fazer me pedindo para levá-la ao banheiro. Tudo bem, não custava nada, óbvio! Mas me espantou a atitude deste pai, em meio a tanta desconfiança acerca da integridade dos filhos com desconhecidos, hoje em dia, diante de tanta maldade e perversão que se pode ser vista.

A menina, uma simpatia. Conversada, divertida e sorridente. Trabalho, praticamente não deu algum. Sabia se virar sozinha, exceto pela altura que faltava rs. Eu ajudei pouco, foi mais para dar um apoio. Ao final, levantei a pequena para ela lavar as mãos e secá-las. E então, fui entregá-la ao seu pai que aguardava na porta do banheiro. O pai me agradeceu e a menininha toda sorridente, se despediu de mim dando um tchau.

Nós criamos certos mitos, que não sei se servem para tapar o sol com a peneira e não nos deixar perturbados diante de tanta violência e facilidade para praticar atos inaceitáveis, ou se realmente acreditamos naquilo que criamos. Acham que mulher, jovem e com boa aparência não seria capaz de praticar nenhuma crueldade com uma criança dentro do banheiro de um shopping. Mas, são nas pequenas facilidades da vida que as pessoas acabam se revelando. Se eu fosse alguma ensandecida e me aproveitasse da ingenuidade da criança para fazer alguma maldade, molestá-la, sequestrar ou algo do gênero? Vai saber? A portas fechadas tudo é possível. E, nos dias de hoje que todos nós andamos meio neuróticos com a vida em si, os acontecimentos nela e com as atitudes das pessoas para com outros, realmente me espantou este pai, aparentemente meio enrolado ao se ver sozinho com a filha, bem desenvolta por sinal, acreditar na boa fé das pessoas.

Bom, que fique claro que as especulações do que poderia ser feito à menininha e sobre a conduta de minha pessoa não passam de hipóteses, rs. Vale a pena ressaltar bem isto! Mas, me deu um alívio que o ser humano não possua somente desconfiança dentro de si. E que apesar de tudo levar a crer que todos são iguais, que ainda se faça diferenciação entre as pessoas, mesmo sem conhecê-las. Já que, não podemos nos responsabilizar e nem responder por terceiros.

Beijos e tenham um excelente feriado!

13 de outubro de 2009

Que férias...

Fiquei de mal com São Pedro! Justo quando eu consigo tirar uns 10 míseros dias de férias para descansar um pouco, aproveitar a vida sem a correria cotidiana de trabalho-casa-compromissos, o santo resolve alagar a cidade do Rio de Janeiro. Eu mereço! Dos 12 dias que eu consegui ficar afastada do trabalho, com certeza, mais da metade deles foi presa dentro de casa.

Aliás, férias por um curto período de tempo, não dá certo! Muitos haviam me dito, mas agora, pude comprovar por mim mesma. Os primeiros 10 de um período de 30 dias de férias são para resolver pendências, problemas médicos e demais resoluções e chateações que não conseguimos quando estamos trabalhando. Porém, no meu caso, que foram só 12 dias agora, tive que fazer um remanejamento e encurtar este tempo. Falando nisto, esta palavrinha foi tudo que faltou quando eu achava que iria ter todo o “tempo” do mundo.

Entre idas rápidas à rua para resolver alguns probleminhas ou fazer aquelas comprinhas rápidas, mas necessárias, ficava sonhando com o tal dia de Garfield (aquele gato amarelado e preguiçoso dos quadrinhos) em que eu ficaria com as minhas patinhas para cima, deitada vendo televisão, comendo mais do que outra coisa (férias instiga a comilança de besteiras o tempo todo), vendo filmes, colocando o sono em dia, mas também saindo, passeando e me sentindo soberana por poder desfrutar de um dia comum para fazer o que os outros mortais só poderiam fim de semana. Ir à praia, por exemplo, em plena segunda-feira, quando geral está indo trabalhar...

Aff!!!! Agora entendo porque algumas pessoas são avessas a fazer planos. Nada do que imaginei consegui realizar. Ou, quase nada! PUTZ... E na falta de grana e com o mundo se acabando em chuva, o que me restou foi mesmo a alternativa B. me estoquei em casa com o meu amado e, pelo menos enquanto não podíamos fazer grandes coisas lá fora, não faltava o que fazer aqui dentro (rs). Fui regada a muito cachorro-quente, pizza, salgadinhos, churrasquinhos e afins. Filmes inéditos e repetidos (rs), e beijinhos, abraços e chamegos. Minha tão sonhada praia, teve que ficar só nos pensamentos.

Domingo e segunda fez sol. Mas aí, domingo eu fiquei com preguiça, rsrsrsrs. Me pergunto até agora de quê. De não fazer nada, né? Rs... deve cansar muito! Plano: último dia de férias, segundona de feriadão, praia, aí vou eu! Que nada, meu bebê e eu acordamos não nos sentindo muito bem, depois da farra na Feira dos Paraíbas com amigos no dia anterior (ehhh... ao menos uma saída!). pode parecer sacanagem, mas às vésperas de regressar ao trabalho,a dor de cabeça retorna... sabotagem rsrs! Saí dodói e vou voltar dodói. Ah não, me recuso! E ainda por cima vou voltar branquela...

Como tudo que é bom dura pouco, hoje já estou de volta ao trabalho e a loucura do dia-a-dia; a correria habitual e sensação de ficar enrolada, fazendo nada debaixo das cobertas, vendo o dia passar ainda está aqui. Ô coisa boa... mas acabou. O restante das férias agora só ano que vem. Ainda bem que é no começo. E junto com o trabalho retorno as minhas atividades que deixei de lado por uns dias. Me abstrai do mundo e resolvi ficar só comigo mesma espairecendo a mente( exceto para as coisas que tinha que resolver com a Cia. do meu lindo!) Agora sacudi a poeira que a vida me chama de volta. E nela, vamos que vamos...

Beijos e uma ótima semana

1 de outubro de 2009

Todos pelos Jogos Olímpicos...


No próximo dia 02 de outubro, a prefeitura e o estado do Rio de Janeiro, convocam a população carioca a comparecer à orla e torcer para que a cidade seja escolhida como sede dos jogos olímpicos, em 2016.

Bom, tirando que, se a cidade for mesmo escolhida será uma grande vitória para um país de terceiro mundo, que só possui belezas naturais e um povo cativante, tenho certo receio, caso isto ocorra mesmo em como será repercutida a imagem lá fora do Rio/Brasil, mais do que ela já é denegrida.

Tá certo haverá tempo de sobra para que se possa colocar em prática tantos projetos já feitos, encaminhar as obras e fazer todos os ajustes necessários que um grande eventos como este requer. Porém acredito eu que não seja suficiente. Temos grande defasagem na parte de segurança pública, saúde, educação, saneamento básico, habitação, urbanização e tantas outras áreas que até então se encontram em um caos completo. Nossos governantes prestativos olham apenas para a parte de ouro da cidade, ou seja, a Zona Sul e esquece da maior parte da população, que se concentra nas zonas Norte e Oeste. O transporte coletivo é uma piada, a questão do trânsito desesperadora!

Até agora, o que tem sido feito para contornar a situação? Nada! Planos, planos e mais planos, que não saem do papel a não ser a culpa por não fazer nada que a jogada que nem bola em jogo de queimado hora para o poder municipal, outra para o estadual, e por fim para o federal. Mas ninguém pega a batata-quente e a rebordosa sobra para nós, sempre. Todos se isentam de suas responsabilidades em vez de fazer ações conjuntas para sanar e começar a resolver estas questões. Mas agora, até decretar ponto facultativo para que a população apoie a candidatura da cidade como sede sem nem antes perguntar a nós, maiores interessados, pois seremos nós que sofreremos com as decisões tomadas por eles, fazem. Vao gastar milhões em obras e melhorias que não foram investidas até hoje em infra-estrutura na cidade. "Ah!!", vão dizer, "O que vai ser feito ficará pra gente aproveitar depois". E??? Igual as obras feitas para o Pan? Onde o parque aquático está fechado, sem servir de local para incentivo esportivo à alunos de escolas públicas. Reformas que gastaram milhões como Maracanãzinho, e que hoje praticamente nenhum evento esportivo ou campeonato é realizado lá. Todos fechados e largados às moscas. Dinheiro gasto "à toa em nosso prol"!

A sorte é que além de festeiro, a população brasileira tem uma capacidade grande de adaptação. E, vamos saber nos virar dentro do que for determinado. Mas acredito que não seja a hora ainda e que a cidade não está preparada para receber um evento deste porte. E que a gente deveria ser colocada em primeiro lugar, priorizados em nossas necessidades, antes de visar interesses políticos e alianças.

O Rio precisa sim aparecer, mas de maneira adequada, não apenas mostrando as coisas boas e poucas que tem a oferecer no momento. Ele merece aparecer pelo que é, pelos seus moradores e não por capricho momentâneo. O Rio merece respeito! O Rio merece reconhecimento! O Rio merece que seja feito mais por ele... e nós também!

Contudo, não vou ser anti carioca e pessimista e não torcer para que ganhe esta candidatura. Mas peço que se esta for aceita, que se Deus é brasileiro, que seja Carioca tb.

Beijosssss

29 de setembro de 2009

Viver a vida!!!

Confesso: sou noveleira! E não sinto vergonha nenhuma em dizer isto. Muitas vezes vou contra a opinião pública, quando todos estão saturados ou falando mal de uma determinada novela e seu respectivo autor eu, do meu lado observador e tentando arrancar algo de bom do programa.

Assim foi com a última novela, Caminho das Índias, de Glória Peres. Em meio a uma enxurrada de críticas aos núcleos indianos e o comportamento das famílias brasileiras, aproveitei para tirar da história toda, além da grande lição de que sempre podemos recomeçar um grande amor e construí-lo com bases sólidas como foi o de Maya e Raj, como para me inteirar e absorver alguns conhecimentos dados sobre a cultura indiana. Claro, há sempre a parte da ficção, e não podemos esquecer que novela é entretenimento, diversão, apesar de prestar alguns tipos de serviços de cidadania e social a nós abordando e esclarecendo alguns temas tratados por nós com certo preconceito, derivados da falta de conhecimento, descaso e até mesmo falta de comprometimento social. Mas a informação está ali, embutida, basta saber identificar. E, pude perceber o quanto as famílias indianas são rigorosas quanto as suas tradições, chegando a passar por cima dos próprios sentimentos em prol dos valores de casta e dos costumes religiosos. Pudemos ter acesso há um pouquinho da cultura, das vestimentas, das músicas, da dança, das falas e que mesmo não sendo uma aula completa, nos dá certa noção do que se passa longe dos nossos olhos.

No final das contas, todas as novelas possuem as histórias de sempre de mocinho e bandido, triângulo amoroso, pessoas mau-caráter endinheiradas achando que podem tudo e suas maldades infinitas, violências, crianças sofrendo sem mãe ou pai, segredos de família e tal... E ninguém deixa de assistir por isto.

Agora, começou uma novela do meu autor preferido, Manoel Carlos. Além das belíssimas imagens que ele me proporciona do meu Rio, pelo qual sou apaixonada, suas histórias geralmente são simples, do cotidiano, que podem acontecer com qualquer pessoa. Tornando fácil a identificação com os personagens. Torna a novela mais prazerosa de assistir. A trilha sonora é espetacular. Além de resgatar antigos sucessos musicais e dar uma cara novas a eles, sempre surge bem boa na roda, que ainda vai dar o que falar. Tem aquele típico clima de bossa nova, coisa que amo pouco! E os títulos? Sempre sugestivos! Este, por exemplo: Viver a vida... de alguma forma me inspira, me motiva, me impulsiona a ir em frente... viver a minha vida!

Bom, não garanto ser assídua em tempo integral porque dentro de 8,9 meses no máximos as novelas chegam ao final, seus desfechos são esquecidos para dar lugar a nova atração e a nossa vida tem que seguir. Portanto à outras questões que por vezes, tenho que colocar como prioridade. Porém, no que depender de mim, serei uma das telespectadoras que mais babarão nos capítulos, nas músicas e nos personagem, que aliás, já tenho o meu preferido. E, não é a Helena de sempre, rs. Apesar de achar que o autor fez uma boa escolha quanto a atriz e mostrar que o mundo da moda está apostando cada vez mais na beleza negra brasileira. Mas sim no ator jovem, cujo nome agora me fugiu da memória, que fez a minissérie Maysa, e agora atua fazendo papel de irmãos gêmeos, opostos um do outro! Acredito que vai render boas cenas emocionantes e engraçadas pra gente.

Bom, para quem vai embarcar comigo nessa, boas cenas dos próximos capítulos!!!!

Beijos

14 de setembro de 2009

Leitura para que te quero...

Domingo último fui à Bienal com minha família, como sempre faço. Apesar de alguns considerarem um programa de “índio”, pois anda, anda e anda no meio de uma tonelada de livros, apenas, eu, me sinto como pinto no lixo! Além de aproveitar para saber dos lançamentos e novidades literárias, a feira é uma ótima oportunidade para se conhecer novas livrarias, dar uma renovada na lista de aperfeiçoamento profissional em termos de leitura e, não deixa de ser um passeio de entretenimento, cultura e lazer para se fazer junto à família e amigos.

Mas, para tal, como todo grande evento, tem que ter paciência. Depois de enfrentar a fila do estacionamento e disputar uma vaguinha, ainda tem a fila para comprar os ingressos e, mais ou menos a fila indiana em que andamos lá dentro nos pavilhões. Se por acaso há um interesse por algum livro e a livraria onde o tal está localizado é uma das consideradas “famosas”, prepare-se: mais fila, para chegar ao estande dele, consultar o preço e pagar. Uma verdadeira odisseia! Mas levando em consideração que este sofrimento só acontece de dois em dois anos, até que vale a pena enfrentar a confusão, rs.

O dia que eu fui foi privilegiado. Lá estavam autografando Ziraldo, Thalita Rebouças e Maurício de Souza, que, diga-se de passagem, foi meu cartunista predileto da infância à adolescência. Não perdia uma edição de lançamento de seus gibis nas bancas. Infelizmente, a fila estava imensa e o preço auto demais para os meus padrões. Saí sem autógrafo, mas com uma mísera foto no cel. Apenas para constar, rsrs. Outras atrações interessantes agitaram a feira. Uma exposição, uma floresta de livros e um estande de sebo.

Só acho que o que deveria ser um evento para estimular a leitura em crianças e jovens e ser um incentivo a cultura literária no país, acaba se tornando, como sempre um evento empreendedor de seus patrocinadores e realizadores tornando o custo do mesmo exorbitante. Pelo menos, para valorizar em alguma coisa o pobre professor que já ganha mal pacas, não paga e estudante de rede pública/estadual paga meia. Mas os demais que não tem isenção são obrigados a desembolsar a bagatela de R$ 12. Já houve mais promoções de livros infantis e universitários nas feiras. Hoje em dia, se reparar bem, eles estão custando em média o preço normal das livrarias fora do evento. A minha sorte é que professor tem desconto, e mesmo assim, não é lá estas coisas mais. Já foi de até 50, 30% Hoje, a maioria só dá 10%. E, para completar o tour de um evento destes, se gasta, no mínimo umas 4 horas lá dentro, andando, tirando as horas que se perde comprando. Como sempre, bate a fominha, a sede e tal e o preço das bebidas e comidas é de doer o coração. Se for com uma família de no mínimo 4 pessoas, não gasta menos do que 50,00 em um lanchinho bem basiquinho (aquele que apenas engana o estômago).
Bom, tirando isto, todo ano eu vou. Mas confesso que se o preço continuar a subir e o conteúdo do evento continuar a cair pensarei duas vezes se daqui há 2 anos estarei lá novamente. Uma pena! Pois é uma ótima oportunidade não só para amantes de leitura e livros mas para quem não tem muito intimidade com a arte e gostaria de conhecer alguns grandes autores e suas obras de perto. Participar das palestras e ciclo de leituras. A saída seria realizar este evento com mais frequência para que de repente não ficasse tão disputado e nem super lotado! E que mais crianças da rede pública de ensino pudessem comparecer, pois o nº de alunos é limitado por escola. Não proporcionando assim a chance de pessoas carentes conhecer uma parte a mais do que elas têm direito.

Bom, à noite, cansada, com os pés doendo, mas com algumas comprinhas na mão, apesar dos pesares, fiquei feliz com o passeio. De qualquer modo, sempre compensa, né?

11 de setembro de 2009

Tempo de aprender...

Hoje pela manhã, como de habitual, fui dar uma passada pelo meu Orkut, para responder os recados e deixar meus parabéns para os aniversariantes do dia, que infelizmente, não poderia dar de outra maneira. E, indo na página de um amigo querido, me deparei com a seguinte frase: “estou aprendendo a sorrir um pouquinho a cada dia. E você?” Pelo resto do dia a danada da frase não me saiu da cabeça. Parecem aquelas palavras ditas em dado momento de nossa vida que fazem toda a diferença. São tudo de que precisamos ouvir para que o quebra-cabeça se encaixe, para que as nossas ideias passem a fazer sentido.


Fui me dando conta de que, muitas vezes quero resultados imediatos, respostas prontas, que as situações sigam perfeitas até nas suas imperfeições e, na verdade o gostoso e apreciar o aprendizado. Como um passe de mágica começou a rodar um filme na minha mente de minha vida. Dos momentos importantes, divertidos, agradáveis, das pessoas que fazem parte dela, dos lugares que estive, de quem conheci nesta jornada louca e me dei conta de que o necessário para a felicidade estava comigo o tempo todo: eu!


Sei que sou ansiosa e às vezes (não, muitas vezes) quero um ano dentro de um mês. Anseio viver vários dias dentro de apenas um, e acabo atropelando o curso natural das coisas, que nem sempre é acelerado e, consequentemente, não aproveitando o que me proporciona de leveza, de curtição, de essência da pessoa ou do momento.


Óbvio que eu não acho que sei tudo. Ainda tenho muito a caminhar! E como... Mas quando penso que o meu aprendizado daqui por diante deverá ser complexo, nem sei explicar porque, talvez pela idade, pelo acúmulo de experiências, me deparo tendo que aprender uma coisa simples, boba, igual a uma criança. E junto a isto, experimentar sensações! Me reajustar, me perceber e renovar a mim mesma. Tarefa nada fácil! Depois que você aprende e se acostuma a agir e fazer de determinada forma é difícil voltar e fazer diferente. É como se depois de aprender a andar, ter que voltar e aprender a andar novamente. Lógico que na vida, nas situações cotidianas, onde temos que recomeçar, não agimos nesta proporção. Mas é uma superação aprender a viver cada dia como se fosse o último, aproveitando o máximo dele, mas sem perder o tempo do próprio dia, das pessoas, dos momentos e, principalmente o seu.


Bom, só sei que, para o meu desânimo momentâneo – coisa que algumas vezes me abate – parece que a frase serviu como antídoto. Me fez respirar mais fundo e expandir meu olhar sobre mim mesma e minha vida. E, sobre este meu amigo, não me resta dúvidas de que ele além de inteligente, é bom percebedor, (se existir esta palavra ,viu como não sabemos tudo? rs) das mazelas da vida de todos nós. E, para fechar dizendo que não só entendi o recado dele como aprendo a sorrir e a perceber coisas novas a cada dia, vai aí mais uma boa tirada dele, que, por motivos mil, acabou virando minha frase de cabeceira do MSN: “A única coisa que realmente importa neste vida, é o que somos”.

Você não acha??? RS

Beijos e bom fim de semana!!!

8 de setembro de 2009

Amar é libertar!!!!

Peço licença a minha pessoa divertida, animada, cheia de disposição e que quer enfrentar os obstáculos e viver a vida para entrar num momento introspectivo. Minha cabeça anda cheia de dúvidas, questionamentos estes que eu até sei que existe um porque, aliás, vários, mas não justificativa plausível no momento para que elas surjam desta forma tão intensa.


Engraçado, quando tudo parece que vai caminhando muitíssimo bem na nossa vida, muito obrigado, diga-se de passagem, do jeito que queremos algo acontece e nos desvirtua do caminho original. Às vezes, os novos ventos são bem vindos, e o novo rumo acaba sendo o que a gente queria, na verdade. Mas, por que será que mesmo assim não nos damos por satisfeitos?

Gostaria de conseguir esquecer o medo e a incerteza do amanhã e apenas viver, um dia de cada vez ou segundo por segundo. Gostaria de confiar mais no sentimento e não querer me preocupar tanto com a razão. Gostaria de acreditar mais no que é exposto para mim e não me deixar levar tanto pelas aparências ou “o que eu acho que é”, ou “o que eu acredito que seja”, ou “o que eu tenho certeza que é ou não é”, mas na verdade de certeza eu não tenho nada.

Engraçado como tem horas na vida que somos tão decididos e convictos de nós e dos outros e já em dado momento, não somos mais aquela determinação e muito mal entendemos o que acontece aqui dentro com a gente. O que pensamos então parece não fazer o menor sentido. Acredito que seja medo. Quem passou uma decepção, desilusão, sofreu demais tem medo de se entregar, de repetir o erro, de não enxergar de repente o que está diante dos seus olhos e a dúvida do “...será?” consume!

Me pergunto de que adiantam os anos, que acreditamos que sejam acúmulo de experiência, se na hora que precisamos buscar nas pastinhas da vivência, parece que elas estão vazias e não nos auxiliam muito no momento atual? Enfim... Depois de tantos dias de sol, chove. Depois de tantos momentos de diversão, quero silêncio. Depois de me ver sempre rodeada de gente, me sinto sozinha. Estou invadida pelos meus pensamentos reflexivos sobre mim mesma. Na verdade querendo antecipar respostas que ou vêm com o tempo, ou alguma já sei, e para a maioria, nem sei se saberei.

Nas minhas andanças pela net, na busca por textos expressivos nas horas ociosas, encontrei um, no blog de uma amiga minha que posto aqui por ele simplesmente conseguir traduzir o que as minhas palavras não conseguiram expressar. Minha mente travou e minha boca selou por algum tempo. Mas achei algo que fizesse traduzir o que está aqui dentro caladinho e que eu não sabia como fazer sair... aí vai! Mais uma vez, parabéns amiga! Não só pelas palavras brilhantes, mas por captar a essência humana.


"Por que achamos tão natural e aceitável que o amor venha sempre com tanto apego, a ponto de dizermos: “Você é o meu oxigênio.” ou “Não vivo sem você.”? Por que essa condição de amar está tão atrelada a liberdade do outro e até mesmo a nossa própria liberdade? Não, não acredito no amor como sinônimo disfarçado de apego que por sua vez está difarçado de carência, medo e insegurança, essa carência eterna que carregamos com a gente desde o momento que saímos da barriguinha de nossas mamães tão escuro, quentinho e gentil… e nos deparamos com esse selva de pedra aqui fora. Sei que é normal projetar no outro tudo aquilo que não temos ou até temos um potencial para ter, mas já que encontramos alguém que possui, então fica mais fácil… Eu acredito sim no amor que ver a pessoa amada com um planeta e não como o centro do universo, um planeta dentro no meu universo repleto de outros planetas… Eu gosto é de ver meu homem feliz, dentro de ser habitat masculino enrolado na bandeira do Flamengo assistindo o futebol com os amigos no bar, ou no bloco das piranhas no carnaval, sem mim. Enquanto isso estarei fazendo programas bem mulherzinhas com minhas amigas, como tomar um refri com as amigas, visitar sex shops e ir ao salão de beleza, ou irei tirar o dia para ir a cinemas e assistir 3 filmes diferentes no mesmo dia. Ah não! Não dá pra ficar grudada numa pessoa ou perdendo tempo se corroendo de ciúmes por alguém quando a tantas outras coisas mais importantes e graves no mundo, a tantas outras coisas divertidas e interessantes que podemos fazer sem o amor de nossas vidas. Controlar é perder. Querer controlar a pessoa amada e querer colocar todo o oceano numa xícara. Impossível!!! O que tiver que acontecer vai acontecer, o que ele/ela tiver que fazer vai fazer. Quer você queira/controle ou não. O apego é a fonte de todos os nossos problemas. Uma vez que a impermanência para nós é sinônimo de angústia, agarramo-nos desesperadamente às coisas, mesmo que todas elas mudem. Vivemos com pavor de soltar, com pavor do próprio viver, já que aprender a viver é aprender a soltar. E essa é a tragédia e a ironia da nossa luta".

Vanessa Mello

4 de setembro de 2009

Realidade cortante

Fomos tomados pelo descaso! Estamos padecendo da doença chamada indiferença! Andamos pelas ruas com medo, sim, mas com olhar de “tanto fez como tanto faz... não importa mais”. Triste!

Dei-me conta disto não foi hoje. Na verdade, já tem um bom tempo que venho refletindo que viemos banalizando os sentimentos e as ações que nos cercam diariamente. Acostumamo-nos a tal ponto com estes acontecimentos “nada normais, porém corriqueiros” que não nos impressionamos mais. Esta semana passei de ônibus por alguns lugares onde me deparei com estas cenas cruas aos olhos e me comovi. Por um todo.

Recentemente, vi na TV um comercial que me sensibilizou profundamente. Pais andam com os filhos pelas ruas da cidade e apenas as crianças, com seus olhares puros e verdadeiros conseguem perceber o que está diante de nossos olhos: a pobreza, a miséria, a fome, a violência, a degradação dos seres humanos à mercê de uma sociedade que se tornou exploratória e aproveitadora dos mais fracos. Os adultos, já treinados para manterem o afastamento das mentiras e caos do mundo, entram na bolha a tal ponto que não enxergam mais.

Claro, não vou levantar a bandeira de “só amor no coração” como muitas ONG’s fazem, apesar de saber que a intenção delas é boa, e de acreditar pessoalmente na recuperação e prosperação do indivíduo. Mas nem todos são dignos de ajuda, infelizmente! Nem todas as crianças são coitadinhas, exploradas por seus pais nos sinais de trânsito da cidade, passando fome, sofrendo abusos à noite, maus-tratos em casa, quando resolvem voltar para lá e as demais consequências de se viver na rua e em condições precárias. Há aqueles que preferem este modo de vida, sim! Que rejeitam os lares provisórios, os abrigos. Quando oferecemos comida, só querem dinheiro e não tentam uma maneira honesta para sair destas condições, preferem as mais fáceis, os assaltos, pequenos delitos, causar arruaças e confusões nas ruas para causar pânico e medo nas pessoas. Demonstrando que viver sem regras, livremente ao modo que quer é o que há!

Embora aconteça a recusa por uma boa parte dos moradores de rua, não podemos deixar que isto endureça nosso coração e principalmente nossos valores para que possamos cobrar uma medida das autoridades responsáveis. Andar com medo não dá mais! E fingir que não existe o problema, também não é a solução! O silêncio é a pior arma que podíamos portar. Pelo menos, reivindicar o que nos incomoda, já estaremos dando o primeiro passo. Pode não ser o suficiente, mas quem disse que a decisão da queda do Muro de Berlim foi tomada em um dia? E a própria derrubada não foi feita em 1hora. Mas tudo partiu de iniciativas.

Não sei se ando em um momento que não consigo me conformar com as coisas que me cercam, ou se sempre fui assim. Só sei que no dia em que eu parar de me importar comigo, com as pessoas e com o mundo em que vivo, tornando as questões sociais e globais pessoais também, prefiro morrer de vez do que manter a aparência de “It’s ok”

Beijossss!!!

28 de agosto de 2009

"Marley e Eu"

Finalmente, depois de me recusar a terminar de ler o livro por prever o que me reservava o final, ou seja, a morte do cãozinho bagunceiro, neste final de semana me rendi a ver o filme “Marley e Eu”.

É uma ótima dica, para quem não é manteiga derretida que nem eu e se debulha em lágrimas quando o animalzinho morre no final. Até porque, o filme tem ótimas cenas com as confusões do labrador, o que rende boas risadas. Mas o ponto tocante da história é a percepção de que o bichinho de estimação que possuímos em casa passa a fazer parte de nossas vidas, preenche um espaço vazio, adquire um significado único sem que a gente se dê conta.

Claro, quem não é amante de animais ou não possui nenhum tipo de contato com eles, seja em casa ou a partir de terceiros, não entende a ligação que se forma entre um ser humano e um animal, tido como irracional e submisso ao dono. Mas, fora a ficção dos filmes e a imaginação dos livros, muitos donos e adoradores de animais estão aí para provar que eles têm personalidade sim e contrariando o pensamento comum, são muito inteligentes e perceptíveis. Hoje em dia o mundo Pet está ganhando cada vez mais espaço. Não apenas para quem possui um e quer agradá-lo de todas as formas, mas para que a sociedade veja que não são meramente animais. Exageros a parte, são essenciais em muitos casos, como auxílio a cura de pacientes em hospitais, treinamento em centros de detenção e reabilitação, são usados em muitas profissões como guias, guardas e salva-vidas. Além de serem ótimas companhias em qualquer situação e por isto, esta expansão de utensílios, alimentos, brinquedos e cuidados com a saúde dos cães e gatos e demais animais são prova da sua importância e valor reconhecido.

Quando terminou o filme, ficou a moral da história de que o Marley apesar de toda a bagunça e quase enlouquecer os donos fez toda a diferença na vida da família, passou um filme foi na minha cabeça sobre meus “au aus” que possuo em casa. Tenho 4 Cocker Spaniel e desde que me lembro, ao adquiri-los, fazem parte da minha vida em todos os momentos, compartilhando comigo as mais diferentes fases e sensações. São companheiros. Se estou triste, sentem e se fazem presentes como se quisessem dar apoio. Se estou alegre, querem brincar indefinidamente. Mas independente de humor, dão carinho incondicional.

Claro, muitas vezes no filme, me identifique pelo fato das destruições em casa (risos). Quantas vezes eu tive chinelos mastigados, roupas comidas, comidas roubadas, e muito mais coisas que agora não me lembrarei. Hora do banho então, que diversão, depois que acaba né? Porque durante o ato, da uma raiva, RS, porque não param quietos e ainda te molham quando resolvem se balançar. Mas confesso, sinto que quando durmo fora de casa, sinto falta delas perto de mim. Do chorinho quando chego e não vou falar, e da zona que fazem quando solto no meu quarto, em cima da casa.

De tanto estarem lá, muitas vezes não nos damos conta ou pior, não damos valor ao que nos é fornecido gratuitamente e nos é cobrado muito pouco em troca: AMOR! Por vezes, me pego chegando cansada, sem querer dar atenção para brincadeiras e somente cuido da sua limpeza e alimentação e saio. Quando caio em mim, me culpo. Assim como eu, em muitos dias, eles também querem atenção. Não sabem conversar com palavras, mas em gestos, que meiguice!

E sei que quando chegar a hora de cada um, por mais que eu a prefira a vê-los sofrer, vou sentir demais! Pois sou muito apegada a todos e fazem toda a diferença em casa e para mim. E quero que saibam de algum modo, que são especiais. E que apesar de brigar e do pouco tempo disponibilizado muitas vezes, eu os amei, mais do que qualquer coisa. Tirando os mimos, acredito que sintam que fazem parte da família. E que deixa a todos em casa felizes!

É, não foi tão dolorido quanto pareceu ver o filme, apesar de deixar uma sensação de tristeza e por mim própria de dever não cumprido, de que posso fazer mais. Mas valeu a reflexão!

Bom, para quem tem algum animal em casa, aproveite para ter bons momentos com ele. Nunca sabemos a partir de que dia ele não estará mais lá. E assim como se sabe que somos especiais para eles, mostre também que são únicos e especiais para nós. Não tem preço!

Beijos e boa semaninha...

19 de agosto de 2009

Um domingo de sol!!!!

Não há nada na vida que eu goste mais do que curtir uma praia. Na cia. de amigos então, melhor ainda! Então, neste domingão, depois de amargar uma cor amarelada por meses e não ver praia desde a volta do carnaval, resolvi colocar minha cor em dia. Liguei para a amiga “topa todas” e lá fomos nós para nosso divertido e relaxante domingo.

Bom, tirando a vista, o sol e que no final das contas a gente sempre se diverte, comecei a perceber que praia pode se tornar uma grande Cilada, sem plágio ao programa do Bruno Mazzeo, do Multishow, do qual já era fanzoca e agora é exibido no Fantástico. Pois é, se você não estiver com a disposição em dia para agüentar o que te espera na praia, pode ter certeza que os planos de um dia legal, vão por água a baixo. Bom, para quem é Carioca e curte, já está mais que acostumado, mas de qualquer forma, tem situação que não são nada fáceis de aguentar.

Fez calor e parece que a diversão da galera é a praia. Única opção da cidade. Pois todas elas, Barra, Recreio, Copacabana, Arpoador, Ipanema, Leblon lotam. Você olha por cima e só vê aquela infinidade de quarda-sol e cabecinhas por todos os lados. Começa aí a guerra para obter um espacinho na areia. Mal você pisa nela e já é cercado por vendedores de 2 ou 3 barracas ao mesmo tempo querendo lhe oferecer aparatos para curtir sua praia. Indispensáveis cadeiras e guarda-sol, mas não é necessário ser atropelado por uma manada querendo carregar você cada qual para o seu lado. Enfim... depois de escolhido o local e a barraca aonde você vai se servir de bebidas e, de quebra do chuveirinho, monopolizado pelos donos delas, começasse a desfrutar o dia.

Engano seu! Se não for munido de celular ou MP3, 4 ou 5, vai ouvir o tempo todo os vendedores ambulantes do local. É um tal de “olha o Mate”, “... a empadinha”, “sanduíche natural, no capricho”, “biscoito globo”, “queijooo...”, “picolé”, e por aí vai. Sem contar as perturbações de brinquedinhos para a criançada. Tem hora que acaba comprando pela tentação das opções e por que a oferta é tanta em tão pouco tempo que acabamos por comprar para nos livramos.

Sol escaldante, pele bronzeada, mas já querendo arder... hora de dar aquela refrescada. Ou seja, traduzindo: disputar lugar com as crianças que acham que aquilo é uma lagoa, com os surfistas, com os nadadores e com a turma da bagunça. Eu, que prefiro chuveirinho, (risos), já não tenho muito estes problemas. Mas, em compensação, as filas...

Ah, esqueci de comentar: praia carioca sempre apresenta algum tipo de problema quando lotada. Neste fim de semana, especificamente, foi simulada uma tentativa de arrastão. Em pleno posto 8 da zona sul do Rio. Depois dizem que a parte rica da cidade não sofre com os problemas constantes dos demais locais. Vai pensando!!!

Ouro ponto curioso é que, na praia ninguém tem vergonha da exposição. Nem do tipo de roupa que usa, não importando se o corpo está preparado para usar ou não. Porque é cada figura, vou te contar! Mas o engraçado é que todos se suportam numa boa e nem ligam para olhares. Tem dos ridículos aos curiosos... de tudo! Parece um desfile de excentricidades! Dos corpos saradões, dos últimos modelitos de biquínis, dos sem noção (risos), dos gringos querendo ser “Carioca da Gema!”, aos esquisitos.

Mas também tem futevôlei, squeeze, rodinhas de samba, churrasquinho e tudo quanto é tipo de diversão, pessoas correndo com cachorros, crianças brincando e adultos voltando a ser crianças. Apesar do teste de resistência para saber se aguenta um dia como este, não troco uma prainha, com boa cia. e um solzinho gostoso por nada neste mundo. Meu lugar predileto. Onde entro em harmonia com meu espírito e renovo minhas energias. E nada me dá mais satisfação do que ver uma grande reunião de pessoas heterogêneas ligadas por um bem comum. E podem falar o que quiser do Rio, mas até hoje, nestes meus 26 anos de praia, nunca vi turista nenhum não arregalar os olhos e abrir a boca diante deste marzão sem fim. E ajoelhar na areia sem palavras e apenas admirar a maravilha que Deus fez.

É... sou Carioca, corpo, alma e coração!
E enfim, estou preta, preta, pretinha, rsrs

beijosssssssss

12 de agosto de 2009

Dêem a luz, por favor!!!!

Não consigo pensar em nada que dê mais irritação do que você trabalhar o dia todo e chegar em casa e estar ou sem água ou sem luz! Ainda não decidi qual dois é pior. Acho que ambos. E ontem foi exatamente o que aconteceu! Ventou e tchum: desta vez nem chegou a acabar. Mas estava à luz de velas! Bom, pelo menos eu moro em casa e não sou obrigada a subir não sei quantos lances de escada a pé (risos). Mas, de qualquer forma, desgastante.

Quando virei a esquina e me deparei com a penumbra da rua logo amarrei a cara porque já sabia o motivo. E nisso implicaria ir por água a baixo meus planos de uma noite relaxante à frente da TV vendo novela ou filminho, um banho quente, ouvir música para dormir... É impressionante a falta que alguma coisa te faz quando você não pode usufruir dela. É só estar restringida que quer porque quer. Ontem eu necessitava ver televisão. Por tudo que era mais sagrado. Não estava aguentando aquele silêncio agudo! Às vezes acho o silêncio pior que o barulho. Ele vai entrando e nos massacrando contra nós mesmos e não nos deixa livres daquilo que queremos esquecer. Precisava distrair a mente, mas a bendita falta de luz não estava colaborando.

Resolvi preparar alguma coisa para comer já que meu estômago anunciava uma fome. Nunca achei que fosse tão difícil preparar algo que estou cansada de fazer “vendo”, sem enxergar. Strogonoff, que sufoco! Não conseguia ver se tinha colocado pouco ou muito creme de leite. Não via a cor do dito cujo pra ver se tinha colocado molho de tomate na medida. Estava tendo um ataque de nervos. Bom, até que não ficou ruim de todo. E eu, com fome, comi tudinho.

Não estava nos meus dias para conversas. Aliás, o que eu menos queria era expressar minhas idéias e opiniões. Porém, a falta de luz não deixava muitas opções a não ser colocar todos juntos em um mesmo local conversando. Aquilo estava me consumindo... resolvi ir para o meu quarto e tomar um banho. A luz parecia um pouquinho mais forte e eu me animei. Pois apesar do calor que fazia, não me encorajo a tomar banho frio com facilidade (riso). Mas, enganei-me bonito! A luz não havia voltado de todo e o que estava não era suficiente para esquentar a água. Resultado: banho pulando e cantando trechos de músicas que nem eu sei de onde tirei. Porém, nem esta presepada toda estava conseguindo distrair meu espírito. Precisava desanuviar a mente e a única saída de entretenimento que eu via, era obrigada a se manter desligada por falta de energia suficiente. Urrrrrrrrr... ódio!

Nem o computador que poderia usar para matar a minha ansiedade em partes estava acessível. Quando a luz dava indícios de que iria voltar eu ficava com medo de ligar, ela cair de novo e acabar queimando meu filhinho. Também não tinha certeza se o melhor que eu deveria fazer aquela noite era ir dormir mais cedo. Isto é, caso meus pensamentos serenassem e me permitissem isto.

Tentativa 1: furada!!! Apesar do frescor da noite, com a casa trancada pela ventania, dentro se fez um calor insuportável. E não podia ligar o ventilador. Resultado: rolei pra cá, rolei pra lá e o sono que já era mínimo ficou nulo!

Tentativa 2: fracassada!!! Mosquitos... muitos. E o barulho insuportável!

Desisti de dormir cedo. Levantei e fui beber uma água. Aí, me dei conta de que com aquele ir e vir de luz, as minha coisas, no segundo andar da casa, não haviam sido desligadas. Depois de desligar tudo, voltei para a minha tentativa de dormir. Afinal, eu sabia que tinha que dormir cedo, pelo meu corpo, pelo meu ânimo, pelas minhas dores. Mas não havia santo que me fizesse dormir. Lembrei de quando eu era criança e minha vó me fazia dormir de qualquer jeito e sem sucesso falava: “- esta menina parece que tem bicho carpinteiro!”. Nunca soube muito bem o que esta expressão quis dizer, mas naquele momento ela me pareceu apropriada. Pois estranhava a cama, os lençóis, o quarto, o cheiro, a mim mesma. Coisa estranha!!!

A cada volta mais forte de luz uma comemoração. E uma tentativa de ligar a TV. Mas não durava mais do que 15 minutos e tudo despencava novamente e retornava a escuridão. Em outros tempos iria adorar aquele escurinho para viajar, lembrar, sonhar. Mas naquele dia, eu não queria escurinho, queria claridade, barulho, gente, movimento tudo que eu pudesse ficar ON o tempo todo.

Infelizmente a luz não veio esta noite. Minha vontade de ver TV teve que ser adiada para o dia seguinte. Minha curiosidade para ver o que acontecia no capítulo de Caminho das Índias foi deixada de lado, e eu, não distrai minha mente como gostaria de fazer. A contra gosto, esperei o sono vir entre crises de tosse. Enfim, uma hora ele veio, pois só acordei hoje, com o cel. despertando na hora de levantar para mais um dia, com luz!!!

10 de agosto de 2009

Tem limites!!!



Sou fã do programa No Limite do Zeca Camargo. Desde a primeira edição eu vi todos e sempre me imaginei no meio dos escolhidos, me aventurando por lugares desconhecidos, testando meus limites. A primeira ganhadora, indo contra todas as apostas foi a Elaine. Que hoje, diga-se de passagem, ninguém nem ouve mais falar dela. Era mulher, gordinha e sem aptidões físicas para as provas realizadas. Porém, com o seu psicológico em dia e mais a sua determinação, foi deixando um a um para trás e chegou à final. Faturou a bolada e disse, depois da experiência, ter se tornado uma pessoa mais resistente. Nas outras duas edições os vencedores foram homens, com mais chances de vitória já que se mostraram preparados para a competição. Nenhuma grande surpresa a não ser as viradas do jogo mesmo. A Elaine surpreendeu a todos e deixou sua marca.


Mas o que está em questão aqui não é quem tem mais ou menos tipo para vitória. Pois acredita-se que a partir do momento que alguém se inscreve em um programa deste porte, de resistência física e psicológica, é porque acredita ter capacidade para enfrentar os obstáculos. Mas, até que ponto se é capaz disto? Realmente todos nós temos limites? São provações tão difíceis de se passar realmente?

Nesta última edição, vi que duas participantes de uma mesma equipe desistiram ao mesmo tempo por terem que se privar da comida. Restringir a vontade e a quantidade que iriam comer. Não é ficar sem comida o tempo todo. Até porque a Rede Globo, não iria matar em rede nacional os participantes de inanição só pela audiência. Com certeza, não! Há ainda o desgaste físico, sol, frio, chuvas, vento que incomodam por serem constantes e não ter como fugir. Há ainda as adversidades com os participantes. Os males de saúde, que todos estão sujeitos... E as tão difíceis provas!

Confesso, adoro um conforto! Uma cama macia, lençóis limpos, edredom no frio, ar no calor. Comida e bebida regrada (risos), tô parecendo o Garfield! Mas algo neste tipo de programa me instiga. Não acho que nada seja de totalidade impossível de se resistir ali. A diferença é que quando se cansa, não se pode ir embora para casa. E muitos vão com o pensamento de que ali é um parque de diversão e não pensam que estão lutando pela sua sobrevivência. E o que é pior, sobrevivência e convivência em grupo. Onde tem que se pensar no outro a partir de você próprio! Ô coisa... como deve ser um confronto de você com você mesmo, você próprio se testar? Não saber o que esperar também é algo que desperta minha curiosidade.

Mas até agora não vi grandes fantasmas ou terrores para se lidar. No mundo real, quantas vezes somos testados e nossos limites são colocados à prova? Todos os dias meu irmão! A diferença é que não nos tornamos celebridades e nem ganhamos prêmio. Mas a briga pela sobrevivência aqui também não é mole. Lidamos com a fome, a violência, a pobreza, a escassez de valores do ser humano que lá no “No Limite Ceará” até dá para entender que aflore devido às circunstâncias impostas. Mas aqui dentro, estas atitudes degradantes existem por existir, simplesmente.

Ressalva para a fofocada que sempre rola nos programas de Reality. Impressionante como sempre tem aquele para falar da vida alheia, fazer panelinha e queimar o outro. Da própria equipe, ou seja, alguém que ele precisa. Pelo menos por enquanto. Na hora de correr tá com o pé doendo. Na hora de nadar morre afogado. Quando tem que cavar e dar tudo de si já não tem mais condições. Mas a língua, está a pleno vapor!

Ô gente... mais ânimo! Vocês estão muito devagar. Lutaram tanto para estar aí dentro e agora que chegaram, só reclamam, brigam... Fala sério! Vão inventar algo para passar o tempo. Vão aproveitar a cia um do outro que provavelmente nunca mais irão ver tão cedo. Aproveitem para obter autoconhecimento de suas capacidades em lugar onde se é testado a todo o momento. Mas parem de chorar pitangas!!! O programa já é muito tarde e faço um esforço imenso para assistir.

Pode até parecer muito fácil para mim aqui da minha linda casa falar da galera que está lá se matando, passando “mais um dia”. Mas ninguém os obrigou a estar lá. Eles sabiam o que os aguardava. Acho que eu só desistiria por motivos de saúde. Sérios! Isto é um fator que me faz pesar se realmente gostaria de estar lá. Mas tenho uma grande vontade de saber, se eu aguentaria... uahahahaahahahahahaha... embora tenha quase certeza de que NÃO! Rs... Se bem que, as pessoas surpreendem, né? Vai que eu consigo ser uma Elaine 2?!!!

Beijosssss e se liguem nos próximos capítulos. Quem sabe a coisa esquenta!