30 de janeiro de 2012

É o simples que nos faz feliz!

Sabe quando não damos nada por um programa, por uma night, por um lanche qualquer, por um almoço? É justamente aí que mais nos divertimos. Não esperamos nada e tudo de melhor acontece. Mentira... esperamos sim: o pior! Ou a gente vai por ter que ir, porque se faltar a amiga vai te matar. Ou pra se obrigar a sair de casa mesmo sem ânimo. E aí, pra contribuir a má vontade, a roupa não cai bem, o cabelo fica desgrenhado, você não fez a unha, se atrasa fazendo a make e ela sai uma bosta, tudo dá errado! E quando você acha que nada mais poderia dar errado, você ri, fala merda, se diverte, relaxa, se sente aconchegada e segura, porque está entre amigos. Amigos esses que não te cobram posturas e beleza impecável. Amigos esses que não ligam se vc ri escancarado ou sob timidez polida. Vc come do seu jeito, bebe e até pode arrotar! Ahhhhhhhh... é tão bom quando podemos ser nós mesmo! É muito chato ficar politicamente correta ou aparentar ser por muito tempo. O bom é isso! É estar com pessoas que te remetem ao pensamento de: "ahhhhh, nada como estar em casa!". E é isso!

Há muito tempo eu não tinha um fds tão divertido e leve com programas simples que eu não dei muito por eles. Não tô me desfazendo. Só não criei muita expectativa e me frustrei por ele não ser como eu esperava. Ou eu não ser o que o programa pedia. Os programas, as cias e eu estávamos em total sintonia. E isso, ao contrário de me cansar e me deixar exausta para a segunda-feira, apesar dos horários apertados e poucos para dormir, me fizeram super bem. Comecei a semana de muito bom humor e bem disposta. E muito feliz por ter pessoas em minha vida que fazem questão da minha cia de graça, do jeito q eu estiver, de chinelo no pé, de cabelo em pé, sem saco para risadas e com sono, reclamona ou ao contrário disso! Posso ser o que eu for, mas tenho certeza q mesmo assim, me querem perto deles. Ahhhh, e isso não tem preços que pague!

Por que a vida não pode dar uma de fds surpreendente de vez em quando? Só pra variar um pouquinho? Seria muito bom ser agraciada com alguma coisa quando não damos muito por ela. Enfim... quem sabe? rs.










26 de janeiro de 2012

Um dia inesquecível

Essas fotos dispensam legendas e textos para explicar. Foi uma tarde super agradável e divertida numa tarde de um sábado qualquer na praia. Um dia onde eu e o meu amor, conseguimos deixar de lado problemas, pendengas e desafetos que começa por tudo e termina numa briga sem lógioca e por coisa nenhuma. Prova de que, quando se quer de verdade deixar pra trás e fazer valer, fazer dar certo, querer estar junto, se consegue... Com um pouco de esforço, se consegue tudo! Que venham outras tardes de verão, inverno, outono ou primavera, pois td com vc ao meu lado, fico muito melhor do que já é!











Tds nós precisamos de um dia de diversão, de um momento de desprendimento, de uma hora para extravasar e voltar a ser criança... Q tds tenha a chance de ter uma tarde como essa aí...

Bjokas

20 de janeiro de 2012

Ser carioca é:

Achei essa matéria muito interessante. De fato, traduz na síntese o que é ser carioca, o estilo carioca, o gosto carioca e o jeito de ser do carioca. Com certeza, se algum carioca não fez alguma dessas coisas até hoje, um dia irá fazer. Ou então, bom carioca não é. E nem da gema, rs.

Carioca de Carteirinha: faça o teste e veja o quanto vc é carioca de verdade!

1) Dizer a um amigo "vamos nos ver", não marcar nada e, mesmo assim, continuar sentindo sinceras saudades deles (  )
2) Pensar 'por que não venho mais vezes?" a cada passeio agradável no Jardim Botânico (  )
3) Já ter desfilado por sua escola de samba do coração ou, ao menos assistido a um desfile na Sapucaí (  )
4) A-do-rar andar de bicicleta pela orla (  )
5) Reclamar do caos, mas curtir a noite na Lapa (  )
6) Já ter ido à Feira de São Cristóvão (se, para completar, até dançou forró, ponto final!) (  )
7) Já ter ajudado um turista (  )
8) Sofrer com os alagamentos da Praça da Bandeira (  )
9) Ter ficado ilhado num bar tomando cerveja e esperando a água da chuva baixar (  )
10) Achar cafona, mas ao mesmo tempo legal, aplaudir o pôr do sol em Ipanema (  )
11) Vestir casaco só porque está caindo uma chuvinha (  )
12) Tirar onda de ter a maior floresta urbana do mundo, a da Tijuca, mas raramente ir lá (  )
13) Terminar a noitada na Pizzaria Guanabara. Ou no Lamas. Ou no Nova Capela. Ou no Eclipse. Ou no Cervantes (  )
14) Achar o CCBB "coisa" de primeiro mundo (  )
15) Tomar banho no cano nas Paineiras e se sentir voltando de uma autêntica cachoeira (  )
16) Se orgulhar de já ter subido até a Pedra da Gávea (  )
17) Correr ao ar livre e apreciar o visual (ou se prometer que um dia terá disposição para uma corridinha) (  )
18) Já ter ido a uma festa na favela e se deslumbrado com o visual (  )
19) Reclamar do engarrafamento causado pelos blocos (  )
20) Se acabar nos blocos, alheio ao trânsito e à sujeira da rua (  )
21) ter algum objeto com a imagem de São Sebastião (ou de São Jorge, que não é nosso padroeiro, mas é quase) (  )
22) Saber o que é descer até o chão num baile funk (ponyo extra para quem já desceu!) (  )
23) Já ter cruzado ao menos 1 vez com a Mulher de Branco, o Zé das Medalhas ou o Saddy (  )
24) Comer pastel na feira da Rua Genral Glicério, em Laranjeiras, embalado por um chorinho (  )
25) Ir à praia à noite no Arpoador (  )
26) Ir ao Cadeg para comprar flores baratinhas e comer bolinho de bacalhau no Cantinho das Concertinas (  )
27) Ter almoçado numa das 'tias' de Barra de Guaratiba
28) Ter um garçon amigo que chama pelo nome (  )
29) Ir a um samba pé de chinelo e se surpreender com a canja de um bamba (  )
30) Adorar o horário de verão (  )
31) Ter enfrentado um mega engarrafamento a caminho de um show ou evento na Barra (  )
32) Deixar para ir à exposição mais falada da cidade no último dia e amargar hooooooras na fila (  )
33) Se emocionar ao chegar de avião no Santos Dumont ( ponto extra para quem souber cantar Samba do Avião) (  )
34) Já ter feito compras no Mercadão de Madureira (  )
35) Emendar a noite direto da praia (  )
36) Emendar a praia direto da noite (  )
37) Cruzar com celebridade na rua e fingir que não está vendo (  )
38) Ter um boteco de estimação (  )
39)Ver ressaca no Mirante do Leblon (  )
40) Ter passeado no trenzinho da Quinta da Boa Vista (  )
41) Ouvir partido alto à sombra da tamarineira do Cacique de Ramos (  )
42) Reclamar da confusão da Árvore da Lagoa, mas se pegar admirando-a a cada ano (  )
43) Adorar o visual da praia visto do Forte de Copacabana (  )
44) Já ter tomado chopp no Amarelinho da Cinelândia (  )
45) ter perdido as contas de quantas vezes foi no Circo Voador ou na Fundição Progresso (  )
46) Ir para o trabalho com biquini ou sunga sob a roupa para terminar o dia dando um mergulho (  )
47) Cantar mais alto os versos "sou carioca, pô! Eu quero meu crachá" quando toca Rio 40° graus nas festas (  )
48) Ter cantado junto com a torcida numa partida de futebol no Maracanã (  )
49) Encarar a Saara lotada para comprar fantasia de carnaval. Ou para comprar qualquer coisa (  )
50) Subir até o Morro da Urca pela trilha e depois, descer de graça pelo teleférico (  )
51) Viajar no Trem do Samba (  )
52) Avançar o sinal vermelho durante a madrugada com medo de ser assaltado (  )
53) Saber se o biscoito Globo está fresco só de dar uma apertadinha no pacote (  )
54) Tomar um chá na Colombo de vez em quando (  )
55) Desconfiar das condições de higiene em que é feito o mate de galão da praia, mas ne ligar (  )
56) Achar o Bondinho de Santa Tereza um charme (  )
57) Fingir que lê ou dorme para não ceder lugar no metrô (  )
58) Segurar a bolsa de alguém que está em pé no ônibus (  )
59) Consultar o Twitter da Lei Seca para saber se está rolando blitz (  )
60) Adorar o bolinho de feijoada do Aconchego Carioca (  )
61) Já ter dito que Niterói só tem uma coisa melhor que o Rio: a vista (  )
62) Já ter batido boca com o flanelinha (  )
63) Ja ter batido pernas pelo famoso Morro da Conceição, berço da cidade (  )
64) Ter procurado a rua onde mora quando visitou o Corcovado 9  )
65) Já ter encarado um cachorro-quente de carrocinha, vulgo podrão na madrugada (  )
66) Continuar gostando do chopp do Bar Luiz, mesmo depois que ele mudou de marca (  )
67) Achar a mureta da Urca ótima mesa para tomar cerveja (  )
68) Sentir saudades dos Tatuís (  )
69) tentar um programa diferente e acabar caindo no mesmo lugar de sempre (seja Matriz, Nuth ou Fosfobox e se divertir muuuuito (  )
70) Adorar jogar altinho e frescobol à beira-mar (  )
71) Dançar como se não houvesse amanhã num ensaio na quadra de escola de samba (em clubes não serve) (  )
72) ter ido no plano inclinado do Santa Marta, no elevador do Cantagalo ou teleférico do Alemão (  )
73) Subir a escadaria da Igreja da Penha (ou, subindo de plano inclinado) (  )
74) Lembrar dos passeios de charrete e bicicleta em Paquetá (  )
75) Sentir saudades do Tivoli Park (  )
76) Prometer que nunca mais vai passar pela roubada de ver a queima de fogos no réveillon de Copacabana e, mesmo assim, voltar (  )
77) Deitar para relaxar nos gramados do Aterro (  )
78) Se irritar com os bancos de ônibus molhados e sujos de areia 9  0
79) Achar o fim o taxista não parar para você saindo da praia molhado e cheio de areia (  )
80) Se vestir ainda na areia, depois de um dia de praia. No calçadão, jamais (  )
81) Ter vontade de voar de asa-delta (já voou? ponto extra) (  )
82) Ver um show de algum Velha Guarda no Terreirão do Samba (  )
83) Saber o que é aquela estranha pirâmide no Aterro (  )
84) Dar uma volta de Pedalinho na Lagoa (  )
85) Gostar tanto da mesa de bar na calçada que chega a lamentar o Choque de Ordem (  )
86) Curtir um dia de viagem à praia em Grumari ou na Prainha (  )
87) Saber que o samba nasceu na Pedra do Sal (  )
88) Já ter tido uma noitada num clima meio basfond na Prado Júnior, na Vila Mimosa ou no Buraco da Lacraia (  )
89) Ter feito uma apostinha no Jockey (  )
90) tentar decifrar os autógrafos nas pilastras da Fiorentina (  )


Resultados:

0 a 25 - Haole - Você até pode ter nascido no Rio, mas seu comportamento tá muito parecido com o de um forasteiro; ou haole, como os surfistas definem aqueles que não são  locais.

26 a 50 - Carioquinha - Sabe aquela promoção anual que dá descontos nos pontos turísticos do Rio? Pois é. Vc curte a cidade com ou sem promoção, mas fica muito no arroz com feijão.

51 a 75 - Carioca da Gema - Com certeza o teste só serviu para confirmar o que você já sabia: você é um carioca legítimo.

Mais de 76 - Cariocaço - parabéns, campeão! Arrasou. Você é um carioca de carteirinha. Sabe tudo e mais um pouco das boas da cidade.



18 de janeiro de 2012

Quando o não é não!



Ontem, fiz um comentário na minha página no FB e que não foi bem visto por algumas pessoas. Como toda escrita, ela pode ser bem ou mau interpretada. A comunicação se dá sempre no receptor. Mas, de qualquer modo, o que eu quis não foi concordar e nem discordar com atitudes alheias. Quis apenas manifestar minha chateação pela mídia dar ênfase demais a certos assuntos e pouca ou nenhuma para outros que considero tão graves quanto.

Para quem não assiste ao BBB, vou atualizar sobre os fatos: durante uma festa, rolou um clima entre um casal e eles foram para o quarto. Ela, aparentava estar alcoolizada, e ele aparentou se aproveitar disso para ter relações sexuais com ela. Na manhã seguinte, após ver as imagens na íntegra e em tempo real do programa, alguns telespectadores começaram a postar na internet que teria acontecido um estupro no programa. Preocupados com a tal repercussão, o diretor do BBB, Boninho e o apresentador Pedro Bial, se reuniram com a diretoria do programa para analisar as imagens e chegar a uma conclusão. Quando a reunião acabou, deram uma declaração no site da emissora, Globo.com, que sem sombras de dúvidas, houve sexo. Só que pelas imagens gravadas, uma pessoa aparentava não se mexer durante o ato. Sendo assim, foi caracterizado um estupro. Diante disso, o barraco foi armado na casa mais barraqueira de todos os tempos. Deu polícia no programa, e o tal acusado de abusar sexualmente da menina chapada foi expulso do programa. No resumão foi isso!

Só que eu vejo no meu trabalho, uns 30 programas de TV ao todo, diariamente. De diversas emissoras. E, a maioria deles, só noticiavam isso. Td bem, meter o malho na concorrente é pau pra toda obra. Mas, a minha indignação foi em cima de tal fato, independente de ser certo ou errado, ganhar uma repercussão maior que muitos outros casos, piores ou iguais a ele, que acontecem todos os dias. Diante disso, minha declaração foi mais ou menos essa:

"A mídia não tem mais o que fazer, não? Agora a polêmica da semana é em torno do suposto estupro dentro do BBB. Eles são maiores de idade, foram lá porque quiseram, e uma das propostas do programa é essa. Ela bebe, não lembra o que faz e a culpa é dele? Não tô defendendo! Se não foi consensual é crime do mesmo jeito e ele merece pagar. Como já começou pagando! Já foi expulso do programa e periga ser processado por ela aqui fora. Mas ela tb é tão culpada qto ele. Existem casos piores ou iguais a esses todos os dias aqui do lado de fora da casa e que não ganham metade da repercussão disso". Foi mais ou menos isso, porque não me lembro ao certo as minhas palavras. E foi uma polêmica maior do que ver as cenas do acontecido.

Algumas poucas pessoas foram contra meu comentário (algumas que não assistem ao programa). Mesmo eu tentando justificar que a minha indignação era com a cobertura da mídia sobre o caso. Outras pessoas foram a favor (que assistem ao programa). Para não gerar uma polêmica maior, de maior proporção pois já havia gente discutindo entre si, eu retirei o comentário da página. Pois acho que opinião é que nem religião e futebol, cada um tem a sua. E eu não estava sendo intransigente. Nem tomei partido de ninguém. Só falei o que eu acho, baseado no que eu vejo, todos os dias.

Algumas pessoas foram justificar que é por pensamentos como os meus que mais mulheres são estupradas e ainda colocam a culpa nelas. Que a bebida não é desculpa para o acontecido. Que não é não em qualquer situação. Que não podem se aproveitar assim de outras pessoas e etc, etc etc... Eu concordo com tudo isso. Em momento algum eu disse que ela teve o que mereceu porque estava bêbada. Eu jamais falaria isso! 1° porque sou mulher. 2° pq detesto covardia, seja de que forma for e contra quem quer que seja. 3° porque eu conheço uma amiga que foi estuprada. E porque ela tinha bebido e não estava com seus reflexos 100% não conseguiu se defender quando ela disse "não" e o cara não se contentou. Eu vejo uma série policial na TV, chamada Lei e Ordem SVU (unidade de vítimas especiais) que aborda casos de violência, abuso e estupro... E já vi relatar em muitos programas, que a própria vítima se recusa a denunciar o abuso ou o estupro por ter bebido. Acham que sendo assim, elas foram culpadas. Que de algum modo causaram a situação. Não, definitivamente, eu não concordei com o cidadão fazer o que fez. Se aproveitar dela, ela estando inconsciente por conta da bebida. Se ele fez isso mesmo, merece pagar. É crime! Nunca iria ser insana de concordar com uma atitude dessas. Mas, tudo tem o outro lado da moeda. A maneira como a vítima se comporta diz se ela é vítima realmente ou não.

Especificamente, falando do programa, e que eu assisto, a menina tem todo o direito de mudar de ideia. De dizer sim e no minuto seguinte dizer não. Só que não é o caso. Nem nunca foi! A maneira como ela age dita o que ela quer. Ela mesma, deu uma declaração falando o que aconteceu. Não foi invenção da minha cabeça... foram as palavras dela. Ela disse que não queria transar, mas falava não e voltava atrás, falava não e beijava ele, falava não e passava a mão nas 'coisas' dele, falava não e tarava ele mais do que ele a ela. Ai, me poupem, não é dizer não! Quando a gente diz não com firmeza, com vontade, com convicção tem que ser respeitado. Mas esse não furreca que ela disse e ainda por cima de esfregando, se oferecendo toda pra ele? Nunca que isso vale como não. Ela passou o dia inteiro nessa putaria. Se insinuando pra ele, se jogando pra cima dele mesmo. E até na hora H. Ninguém obrigou ela a ir pro quarto com ele, a deitar de calcinha com ele, a fazer brincadeirinhas com ele debaixo do edredom. Se ela tivesse se arrependido, dizia não, levantava dali e ia dormir em outra cama. Ou mandava ele fazer isso. Mas não! Continuou atiçando o homem.

Não estou defendendo a atitude covarde dele. Se ela estava alcoolizada, dormindo, sei lá o que, ele não tinha o direito. Ela não estava em sã consciência e ele não podia se aproveitar disso. Mas, me parece que a consciência dela parou só na parte que convinha. Porque no mais, ela se lembre de tudo. E, inclusive acordou aos beijos e abraços com ele no dia seguinte. Se ela achasse que tivesse sido abusada sexualmente, no mínimo que fosse, acho que agiria diferente. Ao menos, eu agiria diferente! Mas, como cada um é cada um... Se a postura dele não foi ética, a dela muito menos. Acho, na minha opinião que os dois foram culpados para isso acontecer. Chegar ao ponto que chegou. E venhamos e convenhamos: é uma das propostas do programa. Sexo, putaria, sacanagem, dá IBOPE, audiência. Tudo que gera polêmica é bom. Aí, armou-se o estardalhaço. Na noite de segunda, Bial anuncia que o menino está fora do programa, foi desclassificado, sem maiores explicações. A menina deu um depoimento no confessionário, dizendo sobre as lembranças dela. Ela, em momento algum disse que ele teria feito algo que ela não tivesse concordado. Mas, aquela altura do campeonato, parece não fazer mais diferença a declaração dela. A mãe dele, naquela hora já estava sendo ameaçada pela família dela. O caso ganhou uma repercussão tão grande antes mesmo de ser apurado. Se tivessem divulgado até a desclassificação dele do programa de acordo com a postura não ética dele, se o programa não abrisse espaço para isso, tudo bem. Até concordo com a atitude do programa, para tentar se eximir de uma culpa que eles também têm. Afinal de contas, eles não se responsabilizam pelos atos dos participantes, mas é como colocar uma arma na mão de um homicida, ou uma criança na cama de um pedófilo. Juntar bebida + pessoas confinadas + hormônios em ebulição + a ideia de que ali tudo pode, tudo é permitido porque é bom para a promoção da imagem, que vai ajudar a ficar no programa se rolar sexo, se formar casalzinho... sim, é em partes culpa do programa também. "A Globo deu quarto, cama, edredom e muito álcool, ficou vendo tudo e não intervir em nada. A Globo estupra sua inteligência". Dudu Pererê. E, antes de alardear, chegar junto aos dois e saber a versão deles, o que de fato aconteceu. Porque imagens podem ser uma coisa, mas palavras são outras. Colocaram a coisa como se ele fosse um monstro para depois dizerem: "é, bem, a coisa não é bem assim!"

Nas ruas, as opiniões se dividiam e embora eu visse bastante opinião indignada com o que aconteceu, a maioria não defendendo o rapaz, mas achou um absurdo chegar a expulsão dele da casa se ela também deu condições para o caso parar aonde foi parar e para depois, ainda voltar atrás em suas declarações. Em momento nenhum ela disse ter acreditado que ele pudesse ter feito alguma coisa com ela e ela não tivesse sentido. Em momento nenhum ela o acusou de alguma coisa, é verdade! Mas, porque não o eximiu da culpa sozinho antes? Na noite de terça, Bial antes do programa começar, anunciou que a menina disse que tudo o que aconteceu foi consensual, que ela estava consciente sim e ciente dos riscos. Pronto! Ta ai, o que eu havia falado anteriormente e que fui recriminada por isso! Na minha opinião, agora, depois da sacanagem que ela fez com ele, de deixar ele sair como um monstro sem escrúpulos e sendo odiado por muito, ela tinha que sair também. E a sorte dela é que os demais participantes da casa não souberam o motivo da saída dele porque o programa não divulgou. Porque senão, ela estaria sendo retaliada lá dentro também. Porque quem estava lá viu como tudo aconteceu.

Moral da história: uma polêmica que gerou uma polêmica armada maior ainda e para nada. Pois, as polêmicas maiores tão aqui fora e ninguém faz nada à respeito! Eu vejo casos graves ganharem à mídia por 1 dia e quando ganham. Eu vejo pais estuprando filhas, irmãos violentando os irmãos menores. Tios, estuprando sobrinhas, namorados suas namoradas, professores abusando de alunos, jovens abusando de idosos, até humanos abusando de animais. É repugnante, é nojento! Isso sim, pra mim é revoltante! Não o fato de uma menina se oferecer para um rapaz, fazer o famoso cú doce, ganhar para estar ali e saber que essa é uma das vertentes de um programa no qual ela escolheu entrar por livre e espontânea vontade. Colocar a culpa na bebida é fácil. Bancar suas atitudes é que é difícil, ainda mais em rede nacional. Quantos estupros na vida real não são forjados, por medo dos pais, do namorado, do irmão, do amigo... MILHARES! E esse, foi apenas mais um!

E, pensem comigo: se transar sem se lembrar fosse errado e isso virasse estupro, PQP, o carnaval estaria tomado de estupradores e estupradoras, porque hoje em dia, tem muita mulher por aí com mais fogo do que homem. Nada contra uma mulher que bebeu além da conta, ir para um hotel com um home, chegar lá e se arrepender. Diz não e dá meia volta. Mas, porra, banca o seu não! Não é não! E ninguém tem o direito de violá-lo contra a sua vontade. Mas, dizer não querendo dizer sim... ai não dá! E cá pra nós, a gente conhece muitas por aí que fazem isso à rodo! E que no fundo, acabam prejudicando a reputação das verdadeiras mulheres, não vagabas, com quem acabam sendo comparadas.

Volto a dizer: minha indignação não foi com ela e nem com ele. Se ele agiu errado, teria que pagar mesmo. Mas, não acho que a conduta dela tenha sido a mais correta também. Mas, a minha revolta maior foi com a mídia como já disse. Ela tem muita coisa para fazer gerar polêmica se for noticiada, se ao menos as pessoas tiverem a chance de expor seus casos. E por favor, apurem antes de divulgar uma notícia! Antes de fazer dela um escândalo! Algumas pessoas podem sair prejudicadas com essa atitude nada profissional e ética. E no final das contas é aquilo de sempre: um disse que me disse e ninguém se responsabiliza.

Lamentável!!!

Mas, lamentável mesmo é o caso do ginecologista de SP que abusava e até estuprava mulheres e adolescentes, muitas virgens em seu consultório, quando iam à uma consulta. Eram dopadas e violentadas durante um exame que dizia ele ser de praxe. Ng via, ng fazia nada. Nem elas sabiam. Até que uma enfermeira, desconfiada, filmou várias pacientes em 1 único só dia. Pergunto: quantos de vcs sabem dessa notícia? Se mais de 1 pessoa souber já estou feliz. Pois ela foi nada mais nada menos do que 1 nota de 30 segundos, dada na mesma emissora que divulgou por quase 30 minutos a matéria do suposto estupro dentro da casa do Big Brother Brasil. Uma das vítimas, tinha 11 anos e suspeita-se que ela esteja grávida. O médico foi preso, mas conseguiu habeas corpus e aguarda o julgamento em liberdade. As demais vítimas só ficaram sabendo que foram estupradas ou molestadas porque o hospital entrou em contato devido as fichas médicas e encaminharam para exame de corpo delito. Muitas, vão continuar sem poder provar nada. Mas, as meninas que ainda eram moças vão poder provar sim. E só elas somam um total de 30 adolescentes.




Boa noite!

16 de janeiro de 2012

Dores! Quem não as tem? ...


Adorei um texto que li no blog "Um pouco sobre mim" de Elaine Gaspareto.
Na verdade é apenas parte do texto, uma breve introdução ao texto dela:



"Dores. Todos temos, não é mesmo? Umas são físicas, outras emocionais, outras espirituais. Outras acompanham pela vida afora, outras são temporárias…"





E acho que, coincidentemente, essas palavras resumem o que anda acontecendo em minha família no momento. Alguns laços são feitos ou desfeitos em prol da dor. Muitas mudanças acontecem por causa da dor. E muita culpa é colocada na vida e nas circunstâncias, por causa da dor. Dor... é sempre ela, é tudo culpa dela! Será??? Não sei...

Vou esperar alguns fatos acontecerem, se concretizarem para eu terminar de formular o texto e fechar meu raciocínio! Por enquanto, vou ficando com essa frase que caiu como uma luva para mim...


Pior dor física: minhas crises de enxaqueca!
Pior dor emocional: a perda da minha avó!
Pior dor espiritual: achar que em determinados momentos, se Deus existe, que me abandonou!


Beijos

12 de janeiro de 2012

A vida muda e muda a gente...



A vida mexe, remexe, sai dos eixos e nos deixa totalmente desconcertados. Depois de muitos desencontros e cabeçadas, olhamos no espelho e nos deparamos com alguém que nem reconhecemos direito. Passamos por tanta coisa que acabamos mudando. Em alguns casos, não é bem uma mudança espontânea, e sim uma mudança imposta pelas circunstância. Tem que ser e ponto!

De início, não nos damos conta. Com o passar do tempo, vamos vendo uma palavra, um olhar, um gesto que não nos pertencia, mas que da noite pro dia passou a fazer parte da gente sem nem ao certo a gente se dar conta. Sem nem ao certo saber bem como e porquê.

Bom, o porquê mais ou menos se tem resposta. Pela vida. É ela que nos transforma. Embora na juventude ousamos bater no peito e desafiá-la, gritando aos 4 ventos que vamos "fazer a diferença". Que vamos "viver a vida". Mas, nem de longe sabemos que é a vida que nos vive. É ela que nos testa, que nos estuda, que nos analisa, que nos irrita, que nos faz rir, que nos faz chorar, desistir de tudo à noite e se encorajar diante do sol em um novo dia. É ela que nos coloca diante da maior prova que existe no mundo: sobreviver com nós mesmo. Conviver com nossas escolhas.

Não, não tô dizendo que um sujeito tem que viver o resto da vida com uma decisão se ela não o agrada mais. Seja permanecer num trabalho, num lugar, ao lado de alguém ou agindo da mesma forma. Mas, tem vezes, que você se vê enredado numa tal situação, de tal maneira que não tem como voltar atrás, ou fazer diferente, sem mudar a vida de terceiros junto com você. Se fosse fácil, muita gente não vivia amargurada, reprimida, ressentida, com sentimentos escondidos, enterrados no fundo da alma. Se elas vivem assim é porque tem um porquê. Ou vários! E sabem, que embora seu íntimo queira uma coisa, não dá pra ser totalmente egoísta a ponto de não pesar as consequências dos seus atos. É muito corajoso, heróico e até mesmo honroso quem bate no peito e banca a si. Seus atos, suas palavras, seus sentimentos. Mas, uma hora aquela pessoa vai pagar por isso. Pode ser em pouco tempo, pode ser daqui a muitos anos... mas é certo que nenhuma ação no mundo fica sem uma reação.

Não me entendam mal... Não tô aqui me lamentando, dando a minha vida como acabada e eu fadada ao conformismo no auge dos meus 27 anos. Não mesmo, bebê! Nem tão pouco tô fazendo rodeios porque me arrependi de alguma coisa que fiz e não sei como voltar atrás ou do que não fiz. Tô apenas tentando entender as voltas que a vida dá e nessas voltas que nos envolvem, como fomos parar na pessoa que nos tornamos hoje, muitas vezes nem imaginadas de longe em quem gostaríamos de ser.

Fiz tantos planos, tive tantos desejos, quantos sonhos... Eu ia viajar, provavelmente fazer um intercâmbio para aperfeiçoar meu idioma, morar fora, trabalhar, ser independente, adquirir alguma experiência de vida grande, de peso, que pudesse me auxiliar futuramente nas minhas decisões. Não, isso eu não realizei. E nem sei se algum dia, conseguirei realizar. Pode ser que sim. Pode ser que não do jeitinho que imaginei... pode ser. Não sou tão bem sucedida assim na minha carreira como lá atrás, me imaginei sendo. Bati cabeça com o mercado de trabalho, me senti duvidosa da minha capacidade de exercer minha profissão, mudei de rumo, comecei a me dar bem. Aí, a coisa empacou de novo e quando eu não esperava mais voltar ao meu ofício inicial, eis que volto. Tá certo, não exatamente da maneira como eu imaginei. Mas, voltei. Minha sonhada estabilidade financeira ainda está por vir. Na verdade, quem sabe daqui há muitos anos? rs. E, por fim, meu relacionamento não foi o relacionamento idealizado, sonhado, desejado, enfim... Simplesmente, ele aconteceu! Sem mais nem menos. Sem avisar e sem eu esperar. Veio de mansinho e chegou!

Sim, como puderam ver eu não fiz e não fui muita coisa! Mas, fiz e fui outras tantas. E quanta coisa boa aconteceu sem eu prever... No imprevisto, muitas vezes é bom também. A gente é surpreendido por aquilo pelo qual não esperávamos ou que não dávamos nada. E pode passar a ser tão bom quanto o que planejamos, idealizamos e sonhamos. E, passa a fase da neura, da frustração, da chateação e da cobrança por não ter acontecido da maneira certinha como nós queríamos. Porque saiu. Do jeito torto muitas vezes, do jeito de Deus, para os crédulos religiosos, do jeito da vida para os céticos ou poetas, do jeito sei lá de que... mas aconteceu! E muitas vezes somos felizes, mais até do que imaginamos ser um dia. Só não somos mais, sabem porque? Por nossa própria causa. Porque a gente não se desapega dos nossos planos iniciais e vira e mexe, com as reviravoltas e turbulências da vida, nos questionamos como teria sido, "se"... O "se" é a pulguinha atrás da orelha de todos nós. Por mais satisfeitos e convictos que possamos estar, todos nós, em algum momento da vida, nos pegamos pensando se tomamos a decisão certa, se agimos da maneira correta, se é isso mesmo, etc, etc, etc. E queremos milhões de provas de que não vamos tomar a decisão errada, pois se isso acontecer, a gente pode não ter como voltar no tempo e fazer diferente. Ou, continuar no tempo e fazer diferente da mesma forma. Sabe aquela música do Djavan que se chama justamente "Se", pois é... ela foi feita para cada um de nós. São sempre as dúvidas que cismam em pairar em nossos pensamentos e, preferencialmente nos momentos difíceis, de crise, de descrença, de confusão. Que nem diabinho atentando o juízo! E que "se" a gente não ligasse, não desse ouvidos, seguiríamos acreditando fazer o que é certo, o que queremos, o que devemos.  Aposto que se fôssemos fazer um exame de consciência, todos nós já nos sentimos numa encruzilhada alguma vez na vida, sem saber se vai ou se fica, se vira à direita ou à esquerda, se lá na frente tem retorno ou não. É arriscar mesmo. É ousar, é ter intuição, tato, sentido, feeling, como costuma-se dizer muito hoje em dia.

E, eu dei essa volta toda pra dizer que, a essa hora da manhã, estou aqui em casa sozinha e você (amor) deve estar aí no seu trabalho, sozinho também. Tô aqui olhando fotos nossas. Fotos antigas. Fotos e mais fotos dos nossos momentos juntos até hoje. Nossa, tem momento que eu juro, já nem lembrava mais. Além de terem sido tantos, muita coisa mudou também. Sim, você era mais magrinho e eu também, rs. Eu era mais determinada e você mais ousado. Eu era mais receosa e você mais confiante. Éramos 1 + 1 que era = 2. Hoje, são tantas vertentes que nosso relacionamento tem, que esse dois multiplicar-se por 10. Somos uma pessoa para cada situação e cada vez menos nós mesmos! Não, não creio que mudamos para agradar ao outro. Até porque você nunca me pediu isso! Eu sim, eu apontei certas coisas em você e você mudou por mim. Mas, tenho medo de ter podado demais você. Mas, acho que o que mais nos mudou, foi a vida. Não, não é a vida de casado que muda um casal. São eles mesmos! Porque rotina há sempre, estando casado, solteiro, ou enrolado. Tem trabalho, estudo, família, amigos, obrigações, responsabilidades, cobranças em todo lugar, para todo mundo. A diferença é que numa vida à dois, isso tudo se acentua. Acrescido a ter que conviver, aceitar ou não, ceder ou não, abrir mão ou não. Se for demais desanda. Se for de menos, aí é que não anda. E não há receita certa para a medida certa. Não há receita para o convívio. Não nos falta amor, porque se faltasse, a gente, um de nós dois ou, provavelmente os dois, já teria pulado fora. Pois as dificuldades nos colocam à prova. Horas, sabemos encarar bem. Outras nem tão bem assim. Antigamente, sem as responsabilidades e obrigações, problema era probleminha. Hoje, probleminha e problemão. Antigamente, a gente conversava mais, sobre os problemas, sobre nós, sobre a vida. Hoje, já cansados da própria vida que muitas vezes não dá tréguas nas porradas, há mais discussões e intolerância. A paciência não é mais a mesma. Já não acreditamos nas nossas próprias palavras e as palavras do outro de que vai ser diferente, que as coisas vão mudar. E, na maioria das vezes, brigamos feio e lá no fim nem sabemos mais a que tudo se deu. Começou por A e terminou por Z. E aí, nessas horas, vai tudo que a gente tenta aguentar, que a gente tenta conviver, que a gente tenta fingir que não liga pra não magoar, que não faz tanta diferença assim... mas faz! E, se a intimidade é muito boa por um lado, por outra é uma merda, pois a gente se acha no direito de fazer o que dá na telha, de falar o que bem entender.

Tô olhando uma foto nossa que tiramos na nossa primeira viagem. Uma das únicas. Pois, muitas delas, que planejamos, não saíram da intenção e do papel. Nossos sorrisos eram mais despretensiosos do que hoje, onde procuramos um motivo para sorrir. Trocávamos mais carinhos e beijos apaixonados, tínhamos noites mais intensas. Hoje em dia, me pego vendo você me pedir para fazer um afago e me olha como se eu tivesse deixado morrer alguma coisa. Muitos casais dizem que com o tempo, a chama da paixão abranda e a calmaria toma conta e traz um relacionamento mais tranquilo, mais confiante, com mais sabedoria e sereno. Mas, há sempre uma exceção, né? Eu abrandei. Você, continua intenso como lá no 1° dia, no 1° olhar, no 1° toque. Não, não me arrependo da minha escolha, da nossa vida à dois e nem escolheria diferente se tivesse que voltar no tempo. Mas, as vezes me sinto cansada... fatigada pela própria vida, essa que nos uniu e nos fez querer viver ao lado um do outro. Essa mesma vida que de uma hora pra outra resolveu nos colocar à prova, nos fazendo passar por turbulências, provações, dificuldades, desafetos, planos que nunca se concretizam e dias que parecem ser anos... Lembro que a gente tinha sede de vida nos olhos e hoje a gente tem algumas se decepções, além de arrependimentos. Do que fizemos com o outro, do que fizemos com nós mesmos ou do que deixamos de fazer por nós. Acho que nos perdemos em função do que acreditávamos que seríamos, que é bem diferente do que somos de fato. Mudamos por achar que sabíamos e que tínhamos sempre certeza do sentimento e das atitudes do outro. E não é bem assim. Um relacionamento é que nem mar... a água pode estar calma, mas uma hora vai vir uma onda e te pegar desprevenida. Então, nos acostumamos com quem éramos e julgamos que nunca mudaríamos. Mas, mudamos. E estamos custando a aceitar isso. Posso dizer, de minha parte que mudei em função da idade, das experiências, das responsabilidades que não tenho como renegar, das obrigações que batem à porta, das imposições da própria vida, das expectativas frustradas, por uma série de coisas e me pego hoje sendo bem diferente daquela angelical, com alegria esfuziante, com vivacidade e até certo ponto ingênua e crédula. Mas, sim, sempre com verdade! E você me cobra ser como sempre... ser como antes, mas como se nem eu sei ao certo o que me tornei e como eu vim parar aqui? Pode ter sido culpa sua em partes, pode não ter sido culpa minha ou de ninguém. Mas, sim, cá estou eu, sendo assim, agora! Uma pessoa que fala e fala mesmo, uma pessoa que se magoa fácil, uma pessoa que espera demais, oras não espera mais nada porque já cansou de esperar e não acontecer, uma pessoa que se decepciona quando uma promessa não é cumprida, uma pessoa com medo e receio de que você esteja vivendo uma vida fake, com medo de não saber como voltar atrás. As frases de amor são as mesmas, as entonações é que não. O beijo é o mesmo com menos sabor. O olhar é o mesmo com menos calor, o abraço é o mesmo menos apertado, e as conversas quando temos tempo e não desmaiamos na cama de tanto cansaço, são meias e meras palavras. Estamos escondendo de nós e do outro o que nos tornamos para não magoar um ao outro e não nos magoar. Custamos a aceitar que existem mudanças. E que a vida não é o mar de rosa como pensávamos que seria. Que teríamos muita disposição para as adversidades. Muita sabedoria e paciência para lidar com as situações e um com o outro. Nos frustramos com as expectativas que nós mesmos criamos... Às vezes eu tenho a ligeira sensação que nenhum dos dois sabe mais o que fazer, que a coisa toda desandou. Tô aqui extravasando, desabafando, para não ficar remoendo e terminar ressentida com uma coisa que nenhum dos dois tem culpa. Às vezes, fica um vazio onde antes só a presença bastava para preencher. E nem os telefonemas 1000 quando está longe me faz ter a certeza de volta do que um dia foi e não sei mais se é. Tenho medo de me acostumar com a sua falta. Tenho medo de me acostumar com tudo que não deveria ser e é. E nisso, estamos criando uma barreira de silêncio, com medo de magoar e ser mau compreendido. Um muro de tristeza que às vezes não falta vontade, mas sim a maneira certa de pular.

Sim, temos pontos positivos e muito bons, na verdade. Mesmo de mal um com o outro, somos incapaz de virar as costas. Sempre nos preocupamos. Somos cúmplices, ou pelo menos tentamos ser. Sim, somos companheiros. Companheiros que discordam, que tem opiniões e pontos de vista diferentes, mas, ainda sim, somos companheiros. Somos leais ao compromisso e ao sentimento que temos um com o outro, por mais estranho e difícil que possa parecer às vezes, diante da nossa situação. E sim, temos vontade. Muita, pra falar a verdade! Porque só de amor, um relacionamento não vive. Ele é o coração, mas não vai segurar a onda sozinho se todas as outras "funções" do relacionamento começarem a pifar. Tem que ter muita força de vontade pra fazer dar certo e consertar as minuciosas erratas que surgem quando a gente tenta fazer o certo.

E por falar em certo... eu continuo olhando as nossas fotos e lembrando de cada momento, de algumas palavras, de alguns olhares, dos toques, das juras de amor, dos sonhos e das risadas, dos planos. Sinto saudade dos jovens de espírito, de alma que habitavam a nós lá no início. Eramos pessoas não tão fáceis de aceitar imposições, de nos curvar, de buscar sempre uma outra solução. Mas, mesmo assim, mesmo com nossos momentos volúveis, ainda sim, sinto que você é a pessoa perfeita para mim. É que nem quebra cabeça, sabe? Encaixa, completa, dá sentido. Pois, por pior que sejam alguns dias e que eu enlouqueça e tenha vontade de ir em frente sem olhar pra trás, quando eu olho ao redor e não te vejo é como se eu me sentisse desprotegida, solitária, sem razão. É isso: você é a minha razão! Pra tudo, até pra brigar. E pra tentar te provar que estou com a razão, rs. Você sabe aceitar a minha essência. Mesmo não sabendo se é certo, sei que posso ser eu mesma com você. Que mesmo que você não me entenda ou não concorde comigo, mas eu não preciso mentir.

Sim, hoje foi um dia difícil. Mais um, numa maré de má fase e desentendimentos que estamos passando. De altos e baixo são feitos os relacionamentos. Que pode até ser como uma neblina encobrir nosso sentimento, mas nunca fará com que ele deixe de existir. O "x" da questão é saber perdoar e seguir em frente, aceitar e seguir em frente, dizer que é passado e lá no passado deixar morrer uma história, uma discussão, uma briga, um desafeto... Confesso, nisso tenho dificuldades, mas, tô tentando melhorar, verdade!  Tenho fé... ou tento ter. Tenho mais esperança do que fé, de que a gente vai conseguir se enquadrar e se adequar a nós mesmos agora, como somos, independente de nossa vontade de querer ser assim ou assado. Sei também que a gente tem se submetido e se doado demais para realizar nossos sonhos. De repente é isso. A gente quer tanto fazer X que esquece de se concentrar e enxergar o Y, que é o hoje, o agora. E sei também que como tudo na nossa vida, a gente vai pegando cada aprendizado de uma situação e transformando no tijolinho que forma a base da nossa relação.

Não disse tudo isso apenas porque estou de cabeça quente. Ou porque estou arrependida. Ou porque desgostei. Ou porque não quero mais e não sei como dizer. Todo mundo tem problemas e nenhum casal é perfeito de perto, só na foto! Tô tentando entender como as pessoas se transformam, inclusive nós, eu e você, sem nem mesmo perceber, quando se tem tudo para dar certo? E fico me perguntando: o que falta? O que falta para nessa mudança, então, nos encaixarmos na vida e ponto? Por que é tão difícil simplesmente aceitar? ...

Mas, uma coisa é certa: prefiro mil vezes a certeza ruim, do que a dúvida de nunca saber...



E assim, se vai mais um dia. E logo logo outro já vem raiando. E como eu disse lá no início, com o raiar do sol, há sempre uma nova chance da gente tentar fazer diferente, ser diferente, por mais que a gente não compreenda, como foi que viemos parar até aqui. É uma nova chance que surge e que temos que saber aproveitar. É difícil, é verdade! Meio dolorido, às vezes, mas nunca deixe de tentar... pois de algum jeito, sob algum ângulo, valerá à pena!


*****



Um brinde à um novo dia!

10 de janeiro de 2012

Adele - Someone Like You




Posto aqui apenas um vídeo.
É de uma das cantoras sensação do momento, Adele.
Algun comparam sua voz a da Amy (in memorian)
Antes mesmo de traduzir a letra e entender do que falava a canção, a melodia me tocou.
Tocou tão fundo que eu não sosseguei enquanto eu não baixei e coloquei em tudo quanto era mídia em minha casa.
Ela me remete a mim mesma. Me faz ficar pensativa sobre partes da minha vida.
E nunca parar de achar impressionante as voltas que ela dá.
Nessa hora, dou risos!
Numa hora, você está esborrachada no chão, olhando em volta e achando que nunca mais sairá daquele buraco negro.
Em outras, você se sente tão bem consigo, com a vida e com tudo o mais que por mais que uma canção triste te traga lembranças verdadeiras da sua vida, não mexe com você.
Não rola uma lágrima, não falta a voz, o coração não acelera e as mãos não tremem.
Você não pensa mais que aquilo foi escrito exatamentepara você.
Você apenas ouve, fecha os olhos, sente e deixa passar.
Hoje não é mais um martírio para mim ouvir uma música triste e tocante como essa.
É apenas um sentimento que bate no momento em que ela toca e que depois, volta ao seu devido lugar: enfurnado em algum lugar escuro de um grande coração, acalentado, amado e aceito, como nunca antes foi!


Bjs

9 de janeiro de 2012

Modismo de crueldade!

Até a crueldade tem modismo. Pode parecer meio mórbido isso, mas é verdade. De tempo em tempos, as pessoas ruins decidem praticar crueldade contra determinado tipo de pessoa ou coisa.

Houve um tempo em que eram muitos ataques à homossexuais. Tanto que começou até a ser retratado nas novelas e minisséries para ver se rolava uma campanha de conscientização para a população, apelo social mesmo. Depois, veio uma enxurrada de matérias envolvendo alunos agredindo professores, deliberadamente e com a conivência dos pais, só porque não concordavam com alguma atitude ou decisão tomada pelos "teachers". Ainda tivemos e temos a violência contra a mulher, que parece ser o passatempo predileto. E ainda contamos com inúmeras matérias de brutalidade contra crianças e adolescentes. Nisso, além de espancamento, inclui abuso sexual e pedofilia também. Que nojo! Depois foi a vez dos pobres dos animais. Sei que sempre houve tortura e maus tratos com os bichinhos, principalmente vindo de donos sem paciência. Mas, agora, pessoas sem ter o que fazer, pegam animais de rua para praticar atos violentos. E, nessas últimas semanas, depois da mídia saturar com a história da enfermeira que matou o cãozinho e foi filmada pela vizinha e outros casos que vieram à tona derivados disso, não param de chover matérias sobre agressões à idosos. Puta sacanagem!!! Pô, imaginem um homem, grande ou pequeno, não importa, gordo ou magro, mas deferir chutes e socos contra uma pessoa da 3ª idade que já é debilitada, mais frágil? Vai quase matar! Quando não mata!

Essa sociedade está ficando insana??? Doentia, maléfica e sem noção ou isso é apenas impressão minha?

E o pior, é que quando vejo casos como esses relatados acima e vejo que o(os) culpado(os) continua(m) solto(os), me dá uma revolta tão grande. Vontade de partir pra cima e fazer justiça com as próprias mãos. Acho que me daria muito bem na época que reinavam os justiceiros em algumas cidades pequenas. Pelo menos, à alguém, as pessoas respeitavam. Hoje não existe mais respeito ao próximo. Hoje não existem mais o respeito, sob forma nenhuma.

De que adianta contar com as autoridades que nada fazem? A polícia, quando prende, em poucas horas solta se o acusado for réu primário, não tiver antecederdes, tiver residência fixa, emprego, não apresentar risco de fuga e não for pego em flagrante, é solto e vai aguardar julgamento em liberdade. Tudo isso contribui para melhorar a condição de um filho da puta desses, mau caráter, sem valores, sem nada de bom. Agora, um pai de familiar fica preso por furtar de um supermercado 3 latas de sardinha para dar de comer aos filhos porque perdeu o emprego e não tinham o que comer em casa. Cansado de pedir e receber não, resolveu fazer esse enooooooorrrrrrrmmmmmmeeee furto para dar de comer ao filhos. Não, os fins não justificam os meios. Mas, ele pôde pagar pelo seu crime. Mas, outros tantos criminoso piores do que ele, continuam à solta, impunemente. É revoltante. Vc confia na polícia para te proteger e ela não protege. Na justiça para fazer valer seus direitos e ela não o faz. Na sociedade para amparar os fracos, oprimidos e nada acontece. Então, em quem vamos nos escorar???

Por isso que eu digo: certas horas, se eu tivesse uma arma na mão ou um meio muito cruel de fazer uma criatura dessas pagar com a mesma moeda como fez com outros ou fazê-lo sofrer ainda mais, eu faria. Aliás, eu sou muito má. Minha carinha engana. Mas, meus pensamentos não. Pois, quando se trata de vagabundo, filho da puta, desalmado, que faz o que faz como essas pessoas acima, quero que elas sofram até o último suspiro. Estão praticando violência gratuita??? Então, tem que sentir na pele, como é bom!

Amei quando isso aconteceu diversas vezes no filme Tropa de Elite. Vagabundo na hora que viu a morte de perto, fala até fininho e implora por clemência  à Deus. Engraçado isso!!! Pois, na hora em que pratica seus requintes de crueldade eles, se denominam o próprio Deus. Concordo plenamente com o Capitão Nascimento, tão bem interpretado pelo ator Wagner Moura: "bandido bom é bandido morto!". E assim, gostaria que valesse para toda essa corja, essa escória da sociedade que adora praticar violência, crueldade, maldade contra idosos, animais, homossexuais, uma planta que fosse.

Mas, Deus sempre sabe o que faz. Não dá asas à cobra. Por isso, eu não trabalho em nenhuma instituição de autoridade desse país, pois ia mandar fazer a limpa mesmo, sem deixar pedra sobre pedra. Tem gente que não merece segunda chance, tem gente que não merece redenção. Não acredito que hajam mudanças tão radicais assim. Acredito até em boas intenções de algumas pessoas. Mas, dizem que de boas intenções o Inferno está cheio, não é? Tb acho! Boa intenção não basta, basta bons gestos, bons atos, bom coração... Mas isso é pedir demais para uma sociedade onde a maioria das pessoas é hipócrita, falsa moralista e preconceituosa à ponto de apontar para os outros e criticar os defeitos alheios, mais incapaz de olhar para o próprio umbigo, ver sua imagem no espelho e se autoavaliar.

Que dias melhores venham...
Pois, já estou perdendo a fé nas pessoas.
A credibilidade, muita gente já perdeu comigo!

Nem sei ao certo achar o que falta nessa gente... estudo? família? amparo? cuidado? carinho? uma sociedade que sacie as necessidades básicas de cada cidadão? Acho que um pouco de tudo isso e ao mesmo tempo, acho que nada disso faria muita diferença no caráter de um ser. Tem gente que não tem nada, tem menos que o mínimo, mas tem dignidade. E tem gente que tem tudo do bom e do melhor é mais podre que uma fruta passada quando se tira a casca. Críticos, metam o malho na novela Fina Estampa, por diversos motivos, mas ela nos remete a uma boa reflexão sobre nós. Ela é um espelho da nossa sociedade e nos mostra a cada dia exatamente a questão que coloco aqui para vcs: o que é mais importante: ter ou ser? Até que ponto, ou melhor, quanto vale o caráter de uma pessoa? Existem pessoas boas e bem intencionadas de fato? Vejam a novela com outros olhos e esqueçam os exageros à parte, como uma obra de ficção... Existe um pouco de tudo da nossa sociedade nela. Basta saber observar e reconhecer...

Bjs e um bom início de semana para tds!



5 de janeiro de 2012

A vida me fez assim...


Encontrei esse textinho nos meus guardados. Nem sei exatamente há quanto tempo eu o tenho, mas sei que, por mais que o tempo passe, ele nunca perde a validade. Seu sentido para mim continua o mesmo do dia em que o li pela 1 vez. E engraçado, quanto mais o tempo passa, mais me identifico com me identifico com ele. Mais ele passa a fazer todo o sentido para mim.
"A gente nunca é como quer! No fundo é gente um bocado de tudo que a gente já pas...sou, de tudo que a gente já errou e aprendeu. Vai lá, dizer que não sabes quantos tapas que a vida já te deu!? De quanto a gente andou com calma, e quantos dias o tempo correu! Eu sei que sou hoje as decisões que tive que tomar a muito tempo atrás: entre fazer ou não, entre ir ou ficar, entre ter medo ou arriscar, entre viver ou ficar a sonhar. Também sou os conselhos que ganhei, os dias em que sentei e chorei, os amores que me deixaram... e principalmente os amores que deixei. Meu coração tem muito dos dias de chuva em que me molhei, tem lugares que passei, tem os sonhos que nunca realizei. Por um instante gostaria de ser quem eu realmente gostaria, e acho que todo mundo gostaria de poder ser assim também, mas depois eu vejo que podem achar ser loucura, pois ninguém tem tanta gana de viver tanto! Que ser humano, em sã consciência, viveria tudo que imagina ? É triste, como a grande maioria das verdades. E a verdade que é bonita, parece ser esquisita nesse mundão a fora. Todo mundo anda olhando pro lado, mas vez em quando eu ouso ir olhando pro céu. Catando nuvens. Desenhando figuras. Procurando Deus".

4 de janeiro de 2012

Saudosismo precoce!




"Eu tão nova, e com saudade de tanta coisa. Imagino daqui alguns anos, imagino o tanto de saudade que eu vou sentir de tantas pessoas, de tantos momentos, saudade até de mim mesma. A verdade é que a vida vai passando e as coisas não vão voltar nunca mais, nunca serão iguais e jamais vão se repetir. Isso me faz querer aproveitar todos os dias, cada vez mais."

2 de janeiro de 2012

Tudo novo? Mais ou menos!

Hoje é o segundo dia do ano e, no dia que deveria ser de grandes transformações - pelo menos é o que ouvi de promessas de ano novo - nada mudou. A aparência de algumas pessoas sim. O estado emocional dependendo do índice de embriaguez também. No mais, continua tudo na mesma.

Nunca entendi muito bem o que acontece com as pessoas no final do ano. Com a chegada do natal e a proximidade do ano novo, elas ficam eufóricas e mal cabem em si de contentamento. O mundo é só alegria, abraços, beijos, confraternizações mil. Esse bom humor constante só acaba quando começam as compras de natal nas lojas. Ai, minha filha, é cada um por sí e acabou a civilidade e a diplomacia. Passado o ecstasy e o frenesi das compras, volta-se o bom astral para a chegada do fim do ano. Se pudessem vir com um placar luminoso estampado no peito "I love ____ qualquer coisa, as pessoas iriam destilar seu amor incondicional aos amigos e familiares, aos animais de estimação, à cidade em que vivem. E também para os inimigos, para que não se dá muito bem no trabalho, para o parente problema, para o engarrafamento mega monstruoso, para as enchentes da porra, para as filas quilométricas dos mercados, até para assaltante é válido desejar um "feliz ano novo e td de bom".

Mas, cadê esse espírito festivo e cativante depois das 07h da manhã do dia 1° do ano? Sumiu! Na certa! Nem para todo mundo, é bem verdade! Mas, depois que o porre passa e vem a ressaca, o bom humor dá lugar a cara amarrada de sempre porque o ser se lembra de que a vida dele continua a mesma coisa. Seu estado de espírito é que fez com que ele agisse de maneira diferente na vida. Que conseguisse ver através das coisas ruins, algum lado bom. E isso, deveríamos, todos nós, fazermos todos os dias. Ficaria mais fácil levar a vida. Mas, não. Escolhemos o final do ano como uma data para chutar o pau da barraca para as contas, os problemas, as chateações, as insatisfações e nos permitir curtir apesar dos pesares. Quando os fogos terminam de estourar, o champagne é bebido até o último gole e o sol começa a raiar na sua cara você pensa de impulso: "- ano novo, vida nova!"... Será???

A única coisa que acredito que será nova é a conta do cartão de crédito que descompensados e extasiados, saímos comprando a rodo. Porque no mais, ainda moramos na mesma casa, temos o mesmo emprego, a mesma família, os mesmos amigos, relacionamentos, fazemos os mesmos caminhos todos os dias, voltamos a rotina, ainda queremos zunir o carro problema longe, ainda estamos frustrados por alguns objetivos não realizados, ainda planejamos alcançar metas, ainda não cabemos naquele velho jeans 38, nosso cabelo está mais desgrenhado que o normal, ainda não sabemos como as atrizes conseguem acordar tão lindas e como os homens não podem ver uma bunda e um peito que o mundo para. E junto com esse pacote todo de mesmices, os problemas, insatisfações, frustrações, medos, ansiedades, tristezas, traumas, e um monte de sentimentos e coisas que nunca deixaram de estar na nossa vida. Sempre estiveram lá. Só que, tiramos férias desse pacote dos infernos e quando nos damos conta de que temos que voltar para a realidade é como se não nos permitíssemos mais sermos como no final do ano. Voltam os resmungos, a cara amarrada, a má vontade, a impaciência, a intolerância, a chatice, o desânimo. E eles se arrastam até chegar as festas de final de ano, novamente.

E no fim das contas, depois de 1.000.000 de promessas de mudanças de comportamento, de atitudes, de sei lá mais o que, no máximo o que eu vi mudar foi o tempo e até ele foi mudando para pior. Uma chuvarada que arrasou o país logo na 1ª semana do ano novo. Até o tempo voltou para seu estado inconstante de sempre. Por isso que eu não prometo coisas toscas que eu sei que não vou cumprir, pois já prometi muito e nada fiz. Por que as pessoas prometem coisas do tipo: "esse ano serei uma pessoa melhor!". Só esse ano? Por que não foi antes? E por que não poderá continuar sendo, no ano seguinte? Outra: "esse ano eu vou (parar de fumar, para de beber, entrar na dieta, não gastar tanto, estudar mais, me dedicar mais no trabalho, dar mais atenção à família, fazer aquela tão sonhada viagem, dedicar mais tempo pra mim)". Por que já não fez isso antes? Não precisa virar o ano para que cada um se dê conta das mudanças que são necessárias fazer na vida. O início do ano é apenas um pé na bunda te empurrando para frente. Mas, a coragem e a determinação somos nós que temos que ter. Afinal de contas, o natal pode ser mágico, mas as outras coisas na vida não são e não vão se resolver por si só se a gente não arregaçar as mangas e mãos a obra. E acho que é justamente aí, que o bicho pega. É mais fácil ficar só nas promessas. É mais fácil fazer um plano a longo prazo. Quando a gente se pré-dispõe a tentar fazer algo ou ser alguma coisa a gente tem a intenção, mas até chegar a ação tem uma grande diferença. E é o que a maioria dos 2 milhões de pessoas fizeram na praia de Copacabana e outros tantos mil brasileiros espalhados por outros cantos, nos seus lares, em seu íntimo. Cada um sussurra pra si seus desejos para o ano novo. E que são só desejos, são só vontades... e são sempre renovados que nem votos ano novo atrás de ano novo.

Minha promessa de ano novo: não prometer nada que eu já saiba de antemão, que eu não vou cumprir!

Seja bem vindo, 2012!!!