9 de setembro de 2011

Ah, mas eu queria tanto...

É impressionante! Basta a gente não poder fazer alguma coisa pra ter uma vontade enorme de fazê-las, rs. Pode ser a coisa mais boba ou rotineira. Essa semana eu dei um jeito no joelho fazendo mal um movimento. Nem sei ao certo o que eu fiz. Só sei que ao dar um passo para trás senti uma fisgada no joelho e já não consegui mais esticar nem dobrar a perna. Ao ir no médico ontem, continuo sem saber o que tenho, mas saí de lá com a perna imobilizada por uma tala de gesso.

Nem quando era criança machuquei nada nesse porte. Nunca quebrei, levei ponto, fraturei nenhuma parte do meu corpo. Machucados não passavam de arranhões no joelho e cotovelos, derivados de brincadeiras e peraltices da infância. Agora, depois de burra velha, me acontece de tudo um pouco! É enxaqueca, inflamação na vista, tendinites e torção no joelho. Será um prenúncio da velhice? Prefiro não saber, rs.

O fato é que com a perna toda imobilizada o repouso é certo. Não por vontade, mas porque não dá pra fazer muita coisa mesmo. A tal tala pesa, coça, é quente e incomoda quando me locomovo muito. E fora que conforme me movimento, ela vai alargando e corre o risco de ficar frouxa. Aí, não surte efeito nenhum! E, por causa disso, muitas coisas que eu fazia, tive que limitar a fazer pouco ou não fazer. Ou até mesmo fazer de maneira diferente. Só posso usar saia ou vestido, porque shorts e calças não passam na perna. Tomar banho de gato, como disse o médico. Ensacando a perna com um plástico e lavando com cuidado as outras partes do corpo. Isso pra mim não é banho! Sinceramente. Subir e descer as escadas da minha casa. Quantas vezes eu tive preguiça de fazer isso, hoje tudo que eu mais queria era poder subir e descer sem problemas. Nunca reparei o quanto é chato sentar-se com a perna esticada no meio do caminho. Tenho a impressão que não incomoda só a mim... E também o fato da liberdade de levantar e andar para onde e quando quiser. Pois agora, só em locais planos e largos. Ng merece! Mas, a pior parte mesmo é dormir, sem dúvidas. Na noite do acidente, o incômodo foi a dor, agora é ficar sem jeito para dormir. De lado não dá. De costas não dá. De barriga pra cima dá, mas não consigo dormir. E nenhuma posição é confortável o suficiente.

Ahhhhhhh, que saudade de poder fazer de tudo sem depender de ninguém, nem ter que dosas as minhas vontades. Quando a gente pode fazer de tudo, não fazemos. Ou fazemos e não nos damos do bem que isso representa. É que nem quando falta luz. A gente tem tv, computador, rádio e uma série de coisas que podemos usar todo dia. Ou não usamos ou não damos valor. Basta sermos privados da luz para sentirmos falta da TV ligada para ng na sala, das luzes dos cômodos acessos, do banho quente, de achar as coisas fácil. Quando somos privados de nossas ações não é diferente. Ai eu tenho vontade de pular, correr, subi e descer escadas, tomar um belo banho demorado e dormir de qualquer jeito. Coisas simples e fáceis de fazer até certo ponto...

Não vejo a hora de tirar esse peso da perna, que coça demais. E espero não precisar colocar mais nada no lugar. E nem fazer nada que me obrigue a ficar longe de minhas ações diárias que hoje eu descobri, são tão preciosas para mim.

2 comentários:

Cris Medeiros disse...

Sei muito, mas muito bem mesmo o que é se sentir tolida de algo pela saúde!

Fraturas eu tive várias, só num acidente de automóvel, foram cinco de uma só vez.

E nesse momento estou com uma limitação que me frustra muito e já dura um bom tempo, mas espero estar perto a solução.

Beijocas

Fê Miceli disse...

Pôxa, sinto muito e rezo para que essa solução não tarde a vir. Realmente, nos sentimos muito imprestáveis sem sermos independentes, donas do nosso nariz para fazer o que der na telha na hora que tivermos vontade...