8 de janeiro de 2014

Um novo EU!



"Insanidade é continuar fazendo sempre as mesmas coisas e esperar resultados diferentes"


Albert Einstein

Ano novo, vida nova! Já diz o velho ditado! (Prova de que nem tudo é tãaaaaooo novo assim) Mas o que de fato é novo com a chegada de um novo ano? O que de fato muda na passagem de um ano para o outro? Nos enchemos de esperanças e expectativas de novas oportunidades, grandes acontecimentos, dias melhores. Temos a chance de colocar os planos antigos em prática como emagrecer, parar de fumar/beber, ter filhos, um novo emprego, arranjar um namorado(a) para os(as) solteiros(as) ou casar para os comprometidos, fazer a viagem dos sonhos, comprar a própria casa ou carro próprios. Até as coisas menos grandiosas como ler um livro, plantar uma árvore, ir a um museu, fazer um novo corte de cabelo, fazer um trajeto diferente a cada dia, sair mais, começar uma atividade física, se estressar menos, fazer uma poupança, rir mais, acordar cedo, se deixar levar pela vida e blá blá blá e a lista do "esse ano eu vou" só faz crescer. E temos 12 meses para tentar realizar boa parte daquilo que almejamos ter ou fazer. E quando simplesmente não conseguimos alcançar o objetivo, nos frustramos. E no dia 31 de um ano qualquer, lá estamos nós, novamente fazendo as mesmas promessas (alguns as mesmas simpatias) e esperando os mesmo resultados. Há alguns anos, mais precisamente há uns 3 anos eu não faço mais promessas de ano novo. Ou melhor, faço sim, apenas 1: prometo não prometer nada, apenas viver. E sinceramente? Foi a melhor promessa que já pude fazer a mim mesma em anos! Porque ao longo de infinitas decepções percebi que primeiro, muitos acontecimentos em nossas vidas independem de nossa vontade. Estamos no controle com o timão na mão até um determinado momento. Depois, cada um chame do que quiser, destino, falta de sorte, inveja, macumba, praga de alguém, olho grande... MAKTUB! Se estava escrito na nossa linha de vida ou não todos os acontecimentos bons e ruins já não sei, só sei que o sucesso e o fracasso não dependem apenas de nossas vontades. Segundo, ter intenção de algo já é um bom primeiro passo. Mas só intenção não faz nada. Atitudes mudam alguma coisa! E atitudes sérias! Você pode montar um excelente plano para alcançar uma meta, mas enquanto não arregaçar as mangas de fato, colocar a mão na massa, a coisa não vai fluir. E é justamente quando vamos "mãos à obra" que percebemos que existe um grau de dificuldade para cada objetivo a ser alcançado. E o fator que mais vai contar é determinação. Muitas vezes, diante de contratempos, dificuldades, empecilhos, abrimos mão, jogamos a toalha, nos damos por vencidos. Tá certo, sou obrigada a concordar que insistir demais em algo que não acontece não é persistência e determinação, é burrice. Existe um tempo limite, estipulado para cada um de até quando insistir naquilo. Porque se nos esforçamos e fizemos tudo certinho acontece aí o tal direcionamento de que falei antes, coisas que estão além de nosso controle e até entendimento do porquê resolvem ser assim e de fato, é melhor pensarmos que se não é para acontecer, é melhor deixar pra lá. Ai, vem um terceiro e importante ponto que é muito fácil de confundir e gera uma grande chateação acompanhado de uma culpa que criamos sobre não sermos bons o bastante, já que não conseguimos tal coisa. Existe uma grande diferença, quase um abismo entre desistir, fracassar e perder. 1) não podemos perder aquilo que nunca tivemos. 2) fracassar faz parte do processo de aprendizagem, mas isso não quer dizer que sejamos um derrotado. Apenas a primeira tentativa não teve sucesso, por isso, existem outras chances. 3) desistir não é igual a ser um covarde. Pelo menos não se a desistência não for antes de tentar. Muitas vezes, saber a hora de desistir é em si a grande sabedoria. Pois não é fácil abrir mão. Não é fácil reconhecer que não dá. Não é fácil ter que achar e trilhar um outro caminho. Mas às vezes é na desistência que estão nossos maiores ganhos, é aonde de fato, podemos nos perceber e nos entender. Desistir é ter a compreensão de que a nossa escolha nem sempre cabe para nós. É que nem uma roupa que amamos demais na vitrine, mas não tem o nosso nº. E então, ampliamos nosso horizonte e vamos em busca de novas terras. Simples assim! #sqn. Muita gente até ter esse entendimento, bate cabeça com frustração, decepção, raiva, tristeza, há até quem entre em depressão pois não consegue enxergar que em todos os processos, o aprendizado maior está na caminhada e não na chegada. E que o sucesso pode estar no meio do processo e não no resultado final. Ok, concordo que ninguém fica feliz por não chegar lá, por ter que mudar o foco, por ter que desistir de um sonho de repente de anos. Mas isso não é algo que simplesmente se faz. É um aprendizado que vem com o tempo. Principalmente com as quedas! Aquelas quedas que não sabemos nem onde nos apoiar para levantar e por onde começar novamente a caminhar... são esses grandes tombos ou rasteiras da vida ou de alguém que nos ensinam mais do que as fáceis vitórias sem grandes batalhas. Ai, depois desses três primeiros passos, a pessoa junta todos os sonhos e desejos não realizados e despacha para o mar que nem oferenda horrorizada e traumatizada pelo não sucesso de suas tentativas. Só que, tudo bem, esses três primeiros passos são importantes, mas há um outro que a grande maioria se esquece e passa a colocar a culpa pelo "insucesso" em Deus e no mundo. Se a gente já tentou várias e várias vezes e sempre dá errado, nunca lhe ocorreu que pode ser a forma como fazemos que não nos permite chegar lá e não as adversidades? De que adianta ser tudo novo se as nossas atitudes são velhas? E geralmente são atitudes à toa (nem sempre) e que podem fazer uma grande diferença. De que adianta querer mais paz se por um motivo besta qualquer perde-se as estribeiras? De que adianta desejar ter mais $$ se gasta-se em qualquer esquina? De que adianta desejar um amor (vale pra quem já tem) se não se faz a manutenção necessária para o relacionamento florescer? De que adianta desejar prosperidade se tem-se atitudes mesquinhas? De que adianta cobrar consideração, se não devolvemos com a mesma moeda? De que adianta querer emagrecer se final de semana sempre rolam as "gordices"? De que adianta querer um emprego novo ou uma promoção se o atual leva-se "nas coxas"? De que adianta desejar um mundo melhor, mais tolerante, mais feliz, mais humilde e mais um tanto de coisas se é o oposto disso todos os dias. O mundo acaba por ser um espelho de nossas atitudes. E ele devolve para nós tudo que mandamos para ele. Não podemos querer um tipo x de sinal se mandamos y. E há muito a se fazer, pode crer! Porque é fácil apontar o que se tem que mudar para as coisas começarem a dar certo. Mas quando a mudança inclui a nós mesmos, passa a não ser tão fácil assim. Na maioria das vezes, temos que ir contra hábitos e costumes, cujo o qual nem sabíamos que tínhamos. Outras vezes teremos um confronto com nossos valores, outros com nossa índole, outros com nossa criação, outros com nossos pontos de vistas e por aí vai, fazendo concessões, testando, mudando, inovando até encontrar um modo ao qual possamos nos adequar. Não é da noite pro dia que a coisa acontece, é aos pouquinhos, um tico a cada dia, um tico a cada nova situação que surgir, um tico a cada nova oportunidade de sermos e fazermos diferente. E então, aí sim, quando mudamos nossa postura e nosso olhar pela vida e por nós mesmos, podemos sim planejar e agir que vamos chegar lá. E se não chegarmos, saberemos que obtivemos em algum momento da jornada algum conhecimento ou algo satisfatório que fará com que não tenha sido em vão. Tudo vale a pena, só que a gente só dá visibilidade para o sucesso. E outra, temos que parar de cobrar e de esperar demais dos outros. Devemos fazer mais a nossa parte. O resto, se tiver que vir, naturalmente virá. Sejamos o melhor que pudermos ser. E que estejamos de acordo com a nossa postura e as nossas atitudes. Quando estamos bem conosco é mais certo algo bom nos acontecer! Queremos uma vida saudável, então mãos à obra; queremos um emprego novo, então mãos à obra; queremos uma bela viagem, então mãos à obra; queremos mais amor, união, fraternidade, cumplicidade, compreensão, amizade e etc, então mãos à obra; queremos qualquer coisa diferente, então mãos à obra. Mas vamos agir com consciência de que precisamos mudarmos em alguns aspectos para a coisa acontecer. Sair agindo de qualquer modo ou ficar de bico porque não aconteceu não trará nada para a sua vida. O ano novo de fato só será diferente se você se dispuser a ser diferente. Pois oportunidades de acontecimentos acontecem a toda hora... 


Então é isso, se de fato queremos ano novo, vida nova, temos que ter não somente novas ideias e planos e objetivos, novas atitudes e novas posturas são essenciais! Não é que vamos fazer toda a diferença, isso sim! Nós é que somos o maior fator determinante de nossas vidas!





"Podemos trocar de trabalho, parceiro ou religião. Mas até que nos transformemos internamente, atrairemos as mesmas pessoas e circunstâncias." 

Yehuda Berg



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