25 de agosto de 2014

Desafio balde de gelo


Engraçado, o Brasil é o país do apoio à repercussão, seja lá qual for. Tem gente mostrando demais e fazendo de menos! Ir pra frente da câmera e jogar um balde com gelo na cabeça é mole. E eu nem sei se a água está gelada mesmo. Difícil é se engajar de verdade em causas sociais, qualquer uma delas. E não tô falando da contribuição financeira só, apesar de muitas instituições precisarem muito de grana, money, bufunfa, dindin de verdade. É colocar a mão na massa, sair do conforto e comodismo de seus mundinhos perfeitos para verem de perto 'a causa pela qual levantam a bandeira', tomam banho gelado no inverno ou sei lá mais o que. Muitas instituições precisam deste up grade em tempo integral. E há muito mais a ser feito que apenas doar algumas 'esmolas'. Porque pra rico num país pobre o muito é pouco! Joguem baldes até de cocô na cabeça se acharem que vale a pena, mas depois mostrem o comprovante das contribuições e façam vídeos com a verdadeira boa intenção pelo qual em prol foi feito um grande circo! A causa é nobre e necessária e séria. E a campanha é boa e leve. Mas acaba sendo minimizada como só uma grande brincadeira na internet e tira toda a importância de fato do "evento". Muita gente que sai por ai repetindo esse gesto mal sabe o que é o ELA ou qualquer outra doença que fosse mencionada. Se não for doença que sai muito na mídia não vai saber mesmo. Ah, mas o que interessa? O que importa é ficar bem na fita, no face, e tirar uma de... Se o Brasil quer mesmo ajudar causas sociais mundiais poderia começar incentivando instituições privadas a investirem em instituições e centros de estudos e pesquisas que só com a ajuda do governo, dá não! E investir em estudos de qualidade para capacitar os cientistas sem que estes precisem ir em sua grande maioria ir lá pra fora e deem a eles remuneração adequada para que possam se dedicar em tempo integral às pesquisas. Mas antes de tudo, acabe com a evasão escolar, dê escolas adequadas e capacitadas e professores valorizados financeira e socialmente. Quando começar a formar mais profissionais e menos bolsas famílias, cotistas em universidades e afins a coisa começa a acontecer. Quando a população em sua maioria for de gente ativa e não passiva, e se orgulhar mais em saber e fazer de fato do que repetir e aparecer. Bom, essa é a minha opinião sobre o assunto balde de gelo. E todos os demais que vieram ou vão vir por aí... Não vou aderir a campanha deste jeito. Não vai ser desta forma a minha contribuição. E já que por ela infelizmente não posso fazer muita coisa financeiramente, vou ajudar como posso, com causas menores mas não menos importantes e que podem ser encontradas nos bairros e ao alcance de todos, tenho certeza! Vai ser muito mais útil do que gritar num vídeo porque o gelo está gelado - adãaaaannnnn!!!! PS: por favor, não parem com os vídeos. São uns de meus entretenimento favoritos no momento!!!!

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