20 de setembro de 2011

Rock in Rio... eu ñ vou, eu ESTOU lá!


A piada do momento para quem não conseguiu ser rápido o bastante para comprar um dos 600 mil ingressos iniciais que foram vendidos para 4 dias de show é: Rock in Rio eu vou, ficar em casa! Para muita gente resta o consolo de ver seus ídolos na TV de casa. Sorte de quem já tem uma plasma, porque eu não tenho, rs. Esse ano, depois da última edição em 2001, o evento volta cheio de atrações, com uma estrutura magnífica e cheio de expectativas.

Mais do que gostar de rock, porque não gosto tanto assim, participar de um evento desses é um marco na história, tanto pessoal, quanto da cidade. Eu estive na última edição em 2001, com 18 aninhos e a sensação foi indescritível. Rock in Rio é mais do que ESTAR é SER! Ser livre, ser sonhador, se permitir de tudo numa noite única, mágica. É se encher de expectativas, por uma noite, por uma vida. É esperar o inesperado em cima do palco, pelos caminhos a fora.

Olho para trás e é claro, 18 anos não tenho faz tempo, mas de olhos fechados a sensação de pisar naquela grama novinha, sentar em cagas de gente desconhecida, pular abraçados com quem nunca vimos na vida e cantar, gritar, rir, chorar porque tudo é permitido não tem ninguém te censurando, te rotulando ou te analisando ainda me é fresca. Vibrar com os ídolos do momento que eram se não me engano N' SYNC, BACKSTREETBOYS, SANDY E JUNIOR, GUNS E RED HOT. Numa mistura de pop rock, a minha noite foi embalada assim. Tiveram ainda algumas atrações de axé, qu eu ainda não entendi muito bem o que tem haver com rock. E samba. Mas, como estamos no país do carnaval e td aqui termina nisso aí mesmo, é aceitável. Foi um dia - porque cheguei lá por volta das 11h da manhã quando os portões se abriram e só sai de lá às 04:30h da madruga - inesquecível.

Passados anos e anos e quando a galera lembrava e cobrava mais uma edição eu podia dizer com orgulho. EU FUI! EU ESTAVA LÀ! trouxe até uma camisa de recordação para casa, a qual não uso mais hoje em dia, mas guardo com td carinho e amor. Não me lembro de na época ser esse frenesi de máquinas digitais, flashes para todos os lados, poses, risos e sei lá mais o que. E é engraçado pois não registrei em nenhum outro lugar aquele momento senão na minha memória. E embora falha em alguns aspectos, ainda me recordo bem que estava um dia de sol e uma noite estrelada, que eu estaca com um casaquinho branco e um tênis rasteirinho azul, moda na época tênis de cor. O qual, coitado foi para o lixo depois de voltar com lama até a alma, rs. Lembro que haviam malabaristas e atores circenses fazendo o entretenimento da galera. Lembro de quando cansar sentar na grama ou quando rolava uma amizade básica de última hora, numa canga comunitária onde mais umas 10 pessoas sentavam-se também. lembro que meus lanches foram cachorro-quente e hambúrguer. E que bebi tanta água e refrigerante como nunca, rs. Lembro que encontrei amigos que não via há anos. Isso sim é uma baita coincidência, rs! lembro de pular junto com a massa quando Sandy e Junior cantou: vamu pula... Pq tb se a gente não pulasse por vontade própria ia pulando forçada mesmo. Lembro de cantar até perder a voz e quando a perdi fiz mímica com a boca, mas não deixei de aproveitar. Lembro Que quando o Carlinhos Brown cantou foi vaiado e levou um chuva de garrafas d'água na cabeça, rs. E que quando o tal do Aron Carter cantou no playback foi muito xingado. Igualmente a Britney Spears, sensação na época. No auge de sua carreira, aclamada por seus shows fenomenais trouxe um showzinho chinfrim e neguinho não perdoou. Podia ser diva lá fora aqui era uma cantora de M... ao menos para nos, naquele momento! E lembro de não ter mais gás nem empolgação para voltar andando todo o caminho feito com euforia pela manhã para chegar até o carro. Tivemos que recorrer aos ônibus onde as filas eram monstruosas e eu e meu irmão sentamos no meio fio para esperar a vez de entrar. Nossa, qta coisa eu lembro! Como se fosse hj! Mas foi há 10 anos. Impressionante como atrofiamos a memória com a ajuda dos recursos digitais visuais. Pra quê câmeras e fotos? Eu estava lá! Quer mais do que eu presente para registrar aquele momento nos mínimos detalhes? Presenciei brigas, beijos apaixonados, declarações de amor, amigos de anos abraçados, amigos de minutos abraçados todos cantando em uma só voz a única música que importava: a do coração!

Essa nova edição promete. Muita modernidade, muita tecnologia e muitas boas atrações para emocionar os calouros no eventos e os veteranos amantes do rock. Há de acontecer muitas cenas que marcarão o dia. Muitos amigos se encontrarão. Muitas amizades se iniciarão. E por ai vão mais alguns dias que fazem sonhos tornar realidade e torna possível o impossível de acontecer.


E, para todos, que vão e que ficam o jingle mais conhecido e cantarolado em todo o mundo:

"Se a vida começasse agora
E o mundo fosse nosso outra vez
E a gente não parasse mais de cantar, de sonhar, de viver
ôooo, ôooo, ôooo Rock In Rio"


Um comentário:

Cris Medeiros disse...

Sinceramente é um evento que prefiro ver na TV, quis ir em um outro que teve, nesse não bateu vontade, até porque não tem nenhum artista assim que eu queira muito ver ao vivo.

Beijocas