7 de setembro de 2013

"... o que é felicidade, meu amor?"




"A felicidade é a única coisa que podemos dar sem possuir"

Voltaire



Meus tema do post hoje foi inspirado "nosamigos" rs. Que não existe fórmula para a felicidade todo mundo sabe. Que a felicidade é subjetiva, todo mundo também sabe. O que a maioria não sabe é que nem sempre se é possível mensurar ou traduzir com palavras e ações o que é estar feliz. Felicidade é um estado de espírito! Você pode ser feliz fazendo nada, por exemplo! Ultimamente, tenho me pego me fazendo essa pergunta constantemente: o que é felicidade? Como ela pode existir? Daí, por alguns dias, fiz uma breve observação, porém bem atenta no facebook que é tido como "o mundo feliz" e também das indiretas, das reclamações, das brigas de relacionamentos, da inveja e/ou ostentação alheia, das aparências e etc... Mas, principalmente do "fantástico mundo...". 

Dos pequenos aos grandes detalhes, cada um tem seu modo de ser feliz ou de caracterizar a felicidade, se assim preferirem. Para uns é casar, ter filhos, viajar, comprar um carro, uma casa, concluir uma faculdade, obter um bom emprego. Para outros, a felicidade pode ser mais fácil e simples de ser adquirida: um chopp depois do trabalho, sair pra dançar, futebol no fim de semana, um dia de praia, um passeio no parque, um churrasco em família, uma reunião de amigos. Há quem "se contente com pouco", como costuma-se dizer, o que nem por isso quer dizer que a felicidade é menor: comprar uma calça, ler um livro, um banho quente, ouvir música alto, comer brigadeiro de panela, ver um bom filme, dormir até tarde, andar descalço, tomar banho de chuva, ter um dia de folga.

Os mais variados motivos tinham embaixo a legenda "muito feliz". Ótimo! É tão bom estar feliz! Tudo fica leve, tudo fica fácil de suportar quando estamos nesse estado de graça. A rotina do dia-a-dia, o chefe mau humorado, a falta de grana, algo que não sai como o esperado. A gente canta, dança, sorri e parece andar nas nuvens. A impressão é que nada,por poro que seja pode estragar esse nosso estado. Mas pode, nós mesmo! De grandes conquistas, sonhos e planos a pequenas coisas sem "muita importância", se nós não nos sentirmos felizes, de nada adiantará grandes conquistas! Temos que nos dispôr a sermos felizes. E se não estamos felizes, procurar a resposta para o porquê não conseguimos ficar felizes, porque sempre tem. Não tô dizendo que tenhamos que ser felizes 24h por dia ou sermos alienados à coisas e pessoas que nos chateiam, momentos tristes, acontecimentos infelizes. Isso faz parte da vida. Todos nós passamos por horas em que é difícil esboçar um sorriso quando na verdade estamos com vontade de chorar. Quantos dias acordamos e não vemos cores no mundo simplesmente porque há problemas e chateações tomando conta do nosso coração e da nossa cabeça? Vários! Altos e baixos fazem parte. A vida é feira de alegrias e tristezas, risos e choros. Não há nada errado com isso! O problema é quando só temos a fase do "mais ou menos, tanto faz, pode ser, ah não sei" por mais dias que o necessário. Quando deixamos que a indiferença tome conta. Quando estamos mais pra baixo do que pra cima sem motivo para isso. Quando esperamos que o mundo nos ofereça grandes motivos para sorrir quando nós não procuramos esses motivos dentro de nós. Há duas palavras que são fundamentais para se conseguir a tão sonhada felicidade: acomodação e expectativas. A acomodação nos faz paralisar no tempo, faz com que a gente repita que nem um mantra a mesma ladainha do porque não conseguimos 'estar lá'. Mas a pergunta principal que é o que está sendo feito para chegar lá? Não é feita. E, temos uma tendência natural de gerar expectativas demais acerca de tudo. E quando algo não acontece ou não sai como esperamos, nos frustramos. Frustração gera medo. Medo de se frustrar de novo! E por esse medo, não tenta-se mais. Decepção não mata, mas dói! E ninguém que já se decepcionou quer se decepcionar de novo. Que nem quem já se queimou, dificilmente chega perto de fogo 'numa boa'. Eu consigo entender isso também, até por que quem nunca???? Eu já, mil vezes! E justamente, por isso, aprendi a fazer a pergunta certa: por que eu me decepcionei? Foi culpa de terceiros ou foi culpa minha? Se ações de terceiros interferem na sua vida até certo ponto você  não tem culpa, a única e exclusiva culpa que te pertence é permitir que essas pessoas tenham espaço na sua vida e lhe causem ou te coloquem nessas situações, mas se você não tiver poder sobre isso, você não tem culpa. Agora a culpa passa a ser ser quando você deposita a responsabilidade da sua felicidade em pessoas ou grandes acontecimentos. Algo do tipo 'quando eu for', 'quando eu tiver', 'quando', 'quando', 'quando'... esse quando é um atraso de vida rs. Porque por conta dele você adia e espera para ser feliz. Em vez de ser feliz hoje, com as pessoas e os acontecimentos de hoje, com as vitórias de hoje ou apenas quando tudo corre bem, você espera para ser feliz de fato quando o que você colocou como objetivos e metas na sua vida se concretizarem. É legal e bem eficaz ter objetivos e metas. Desde que se entenda que eles são flexíveis, que podem ser mudados e adaptados, que podemos desistir deles, substituí-los na hora que a gente quiser. Tem gente que fica muito presa, com ideia fixa no que estabeleceu para a sua vida que passa a viver em função de fazer 'aquilo' acontecer e não vive de fato a vida. Não vê as pessoas que estão de verdade na vida, se prende àquelas que gostaria que estivessem. Não curte uma simples viagem porque acha que a viagem dos sonhos é a ideal. Não valoriza um relacionamento se ele não for tradicional ou o que sonhou ou perfeito, não se doa no trabalho porque não é o emprego ou o cargo que merece, deixa de fazer simples programas porque não são os mais badalados e conhecidos, e assim vai deixando, deixando, deixando... E quando se dá conta, já é tarde! O tempo já passou. 

Eu sei muito bem disso porque passei um bom tempo me preocupando demais com os planos e esquecendo de viver a realidade. Custei a aceitar que a minha felicidade poderia estar em coisas e pessoas diferentes daquilo que eu tinha imaginado que seria. Somente quando me rendi é que percebi que não precisaria ser perfeito, bastava me fazer feliz. E me fazia. Então, deixei de lado os grandes almejos. Não os abandonei. Hoje tenho como sonhos e não como planos. Alguns eu até tenho como metas futuras, porque as minhas metas e objetivos hoje mudaram. O que era mega importante pra mim há 3 anos, hoje dá lugar à novos desejos, novos projetos de vida. E eu não estou menos feliz porque eu não realizei aquilo que eu coloquei como obrigação na minha vida. Como eu disse, a vida muda, a gente muda, os gostos mudam, as necessidades mudam. E nessa mudança, as novas ambições podem trazer muita felicidade, desde que vividas com intensidade, com verdade, sem deixar pra depois, sem contestar, sem mais mais. Outra avaliação que eu fiz na observação do facebook. Duas amigas minhas tiveram filhos ao mesmo tempo. Uma se programou toda para esse momento, a outra foi pega de surpresa. Uma curtiu montar todo o enxoval da criança, o quarto e tudo o mais, a outra foi fazendo a medida que dava, uma sonhava demais com esse momento, só falava disso, só pensava e respirava isso, a outra manteve seu trabalho, vida social e familiar a mesma, atividades físicas e tudo o mais sem grandes mudanças. Mas eis que, depois de viverem 9 meses a experiência da maternidade de maneira completamente opostas, as duas dizem ter sido a melhor experiência de vida delas, estão super felizes e realizadas! As condições que se vive uma situação não necessariamente interfere no sentimento que ela vai despertar em você. Se fosse assim, uma mãe rica seria mais feliz que uma mãe pobre. E não é verdade. As condições de proporcionar as coisas ao filho pode ser diferente, mas não o amor que vão dar. E muitas vezes as pessoas ficam muito presas aos meios, achando que eles é vão determinar o sucesso ou a derrota de alguma coisa. Mas a única pessoa que pode determinar isso somos nós com nossas ações! 

É piegas dizer que a felicidade está dentro de nós? Sim, pode ser! Mas é a verdade! Hoje em dia em me sinto feliz deitada na minha cama, com meu marido que não é o príncipe encantado do lado, lendo um livro, tomando chocolate quente, com qualquer roupa e descabelada. Me sinto feliz quando vou dançar. Me sinto feliz curtindo a minha casa. Me sinto feliz quando vejo um amanhecer ou entardecer. Me sinto feliz quando estou junto de pessoas que me fazem bem. Me sinto feliz quando me olho no espelho e me sinto bonita, bem, mesmo sem roupa nova. Me sinto feliz quando cordo disposta, principalmente a não deixar que os problemas dominem meu humor e meu dia. Me sinto feliz quando estou em família. Me sinto feliz quando consigo um tempo pra mim. Me sinto feliz quando dou uma fugida do mundo e vou ali, um fim de semana, descansar. Me sinto feliz sentada no chão da minha sala brincando com minha cachorrinha. Me sinto feliz porque tenho saúde e determinação. Me sinto feliz porque me sinto amada e porque eu amo. Me sinto feliz porque olho pra trás e confirmo que tive uma vida boa. Me sinto feliz quando faço alguém feliz. Me sinto feliz, simples assim! Eu só me sinto. E isso já um passo enorme, que pode fazer toda a diferença para determinar os passos que serão dados ao longa de uma caminhada longa. Porque sim, ser feliz por nada é muita coisa! Principalmente para àqueles que não esperam nada além de um dia comum!







Um comentário:

Cris Medeiros disse...

Se você me perguntar se sou uma pessoa feliz acho que respondo que não, diria que sou uma alma atormentada por crises existenciais constantes.

Acho que felicidade está intimamente ligada a uma forma simples e objetiva de ver a vida, a minha é complexa demais... rs

Beijocas