5 de julho de 2010

Hexa agora, só em 2014... quem sabe... Bye bye Brasil!

E, o que era previsto se concretizou: perdemos o Hexa. Na verdade, perdemos a disputa pelo Hexa... O sonho acabou! Agora, só em 2014. Isto é, se a história toda for completamente diferente do que foi agora. O Brasil se despede da África do Sul, de Joanesburgo, da Jabulani e da Taça de campeão! Tivemos bons jogadores que lutaram com raça, coragem e determinação. Fizeram jus a nacionalidade brasileira. Lúcio, nosso capitão e Juan deram o sangue em quase todas as partidas. E eu lamento ainda hoje pela saída precipitada de Helano. Os grandes ídolos, tão esperados e amados, na minha humilde opinião, não fizeram absolutamente nada. Nem Kaká, nem Robinho tiveram suas aparições como esperávamos. O desempenho geral foi mediano, morno. O time não explodiu como esperado. Não veio com o futebol que estávamos acostumados. Culpa de quem? Dos jogadores que foram achando que são os melhores do mundo e subestimaram os outros times? Do técnico, que insistiu em não ouvir ninguém e deixar rolar solto todos os problemas que poderiam ter sido evitados, como expulsões, cartões e convocações? Culpa do Mike Jagger rs? Culpa da Jabulani? Culpa de quem? E olha que tínhamos a nosso favor, a maior pé quente de todas as Copas: Fátima Bernades. Mas, nem ela com seu pé de coelho foi capaz de dar jeito no time escalado por Dunga e, nele próprio!
Hoje, caminhando da zona norte à sul e passando pela oeste da cidade, parece que o carioca já se acostumou a perda da disputa da Copa. As ruas sem tantos verdes e amarelos nas roupas, silenciosas sem a alegria demasiada das vuvuzelas seguem sua vida normal, sem pensar mais nos feriadões improvisados. Ainda restam algumas casas enfeitadas com as bandeirinhas do Brasil. Saudosismo, lembrança, lamento... O jornal dizia que as lojas vão vender a preço de banana toda a parafernália brasileira que foi comprada para animar os torcedores. Bares e restaurantes que improvisaram telões para acomodar os torcedores foliões vão ter que achar outro atrativo ara ser televisionado. A arena da Fifa Fun Fest, montada na praia de Copacabana está vazia, seu público, sem música, sem aplausos.

Desolados os jogadores desembarcaram neste fim de semana no Rio e em São Paulo. Meio tímidos e sem jeito deram autógrafos e tiraram fotos para uma pequena tietagem mais desolada ainda. Julio Cesar, o goleiro brasileiro considerado o melhor do mundo, foi o mais visivelmente abatido e inconformado. Em seus olhos, somente lágrimas, sentimento de frustração que compartilham milhões de brasileiros agora. Ele, de todos, acredito que seja o único que nós inocentamos sem pesar. Tudo bem, ele tomou dois gols em uma partida decisiva, fruto da desestabilidade emocional que acomete o time. Mas, salvo as defesas anteriores que recusam comentários. Personalidades entre jogadores, técnicos e preparadores de times e ex- integrantes da seleção brasileira deram na TV seus pitacos sobre o que faltou ou o que tinha em excesso no time atual. Todos concordam que faltou “banco” de escalação. O Brasil não tinha opções, caso precisasse colocar um reserva no lugar dos tão famosos titulares. Todos concordam que Dunga errou não só na escalação, mas também no gerenciamento do time. Diz a frase famosa que, em “time que está ganhando, não se mexe”. Mas e no time que está perdendo? Ou que tem uma pequena vantagem mas que visivelmente poderá perder o controle, o jogo e o título? Continua não mexendo? Segundo o Dunga, não! Não sei até que ponto foi teimosia ou se ele realmente acreditava cegamente, com toda sua convicção no grupo que ele treinou por dois anos.

Depois de passada a chateação mesmo que prevista da eliminação do Brasil na Copa, novamente nas quartas de final, contra a Holanda, comecei a rir das várias crônicas, matérias e colunas que saiam sobre o tema. Uma melhor do que a outra. Sarcasmo à parte, cada uma tinha seu ponto de razão, seu olhar imparcial apesar da nacionalidade. No dia seguinte, veio a bomba: toda a equipe técnica que compunha a seleção brasileira de futebol foi demovida pela Fifa. Novos nomes já começavam a circular na mídia como provável substituto de Dunga ao cargo de técnico: dentre eles, o ex-jogados Leonardo, e o ex-técnico Felipão. Ficaremos no aguardo para ver o denrolar nos próximos capítulos da novela Seleção.
Triste pela derrota, mas também pela falta de aparição nas transmissões que seguem da Copa sem a presença da ilustríssima Fátima Bernardes. Não que eu acredite que ela seja pé quente, também prefiro não duvidar. Mas é que depois da Patrícia Poeta, apresentadora do fantástico, a Fátima é a jornalista mais estilosa do momento. Das luvas às toucas de frio, passando pelas echarpes. Um deslumbre só! Faz bem para os supersticiosos e para os nossos olhos também!

“Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”!

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