24 de julho de 2011

Rest in peace!



... E mais uma chama se paga no mundo das celebridades. Ontem, Amy Winehouse foi encontrada morta em sua casa. A causa da morte ainda permanece desconhecida, Mas, com uma bomba atômica prestes a explodir composta por drogas e álcool não deve ser muito demorada a conclusão do legista. Aos 27 anos, com talento e no auge de sua carreira, mais um artista nos deixa, e se o reconhecimento não foi suficientes nos seus dois últimos álbuns lançados, com o seu terceiro, que não chegou a ser lançado enquanto a cantora estava em vida, vai ser, com certeza! Se antes a gravadora duvidava que o lançamento seria lucrativo devido a repercussão da imagem de Amy, com certeza agora, depois de canonizada e agraciada pelo público, onde muitos nem são seus fãs, agora vai ser recorde de vendas, se não for a 1º lugar nas paradas.

E, pelo menos no próximo mês, da-lê de música dela nas rádios, matérias nos jornais e revistas e assuntos vai pairar sobre nossas cabeças, mesas e mídias por muito tempo ainda. Mania do ser humano de endeusar que morre. Santificar todo mundo!!! Enquanto vivo, não presta. Mas, depois que morre é "tudo de bom!". Amy Winehouse morreu com 27 anos assim como Kurt Cobain, Jimmy Hendrix e Jim Morrison, se não me engano, dentre outros como Michael Jackson e Cazuza. Que coisa, ne? Se pegarmos todos os grandes artistas que se foram aos 27 e lermos a biografia, sempre vemos um histórico de abuso de drogas. Alguma lição deve ser tirada disso, não? ...

Lembro que na época que o filme Cazuza foi lançado, foi muito criticado por "influenciar uma conduta errada dos jovens, com atitudes desmedidas e desenfreadas. Seria uma mau exemplo para educação dos filhos do pais a fora. Mas, a moral da história não seria o contrário? Olha aonde ele estava no fim de sua vida depois de brilhar nos palcos da vida? Basta acertar em como passar a mensagem.

E mesmo que o filme, o personagem não existisse, não seria a primeira pessoa a se achar super, não pelo poder decorrente de seu sucesso  e sim porque achava que detinha o poder de controlar sua vida. Mesmo com tudo a seu favor o resultado foi o contrário: cada vez mais afundada na própria lama como se não tivesse escolha. Depois da morte da Amy, fico pensando: carreira, fama, dinheiro, reconhecimento do público e sucesso deveria ser um passo ou dois para ser feliz. Mas, ao invés disso, foi um abismo, abrindo um buraco negro para drogas, álcool, solidão e vazio. Quanto mais temos... mais precisamos de novas e outras coisas que nos completem! Nunca estamos satisfeitos... nunca é o bastante! Tem gente que tem tudo - material - na vida e que é essencial de verdade, falta. Fica uma lacuna em branco a ser preenchida e a carência sentimental resulta nisso que ela se tornou: uma ameaça a ela mesma!!! Muita pena! Acontece com todo mundo, mas parece que com os artistas a pressão é maior ou eles sentem de uma forma mais intensa, exteriorizam à sua maneira o que mais lhes incomodam interiormente.

Depois da lamentável morte de Amy, fica um vazio, uma lacuna em branco a ser preenchida. Não, não era tão fã desta cantora assim, apesar de achar suas letras e músicas de bom gosto e com "algo a dizer". Mas, é pela certeza de que ela foi apenas mais uma em que empresários e familiares vão lucrar em cima de direitos autorais e o mundo apreciar - ainda mais - o trabalho dela, mas, sem olhar para ela, propriamente dito. Foi mais uma infeliz que morreu em vão. Pois ninguém vai usá-la como exemplo ruim e não repetir a dose. Na verdade, pelo que ela morreu, não interessa mais, e sim qtos milhões vão valer suas músicas. Fico com a sensação que cada vez mais morre-se gente em vão. E que a falta, saudade ou ausência é facilmente preenchida por outro(s) ídolo(s) ou esquecida. De nada adiantou...

De qualquer forma, que descanse em paz e que tenha mais paz aí em cima, na sua nova jornada. E, que alguma forma ilumine algumas mentes aqui em baixo, se achar necessário!

Bom domingo!!!!

Um comentário:

Cris Medeiros disse...

Eu era e vou continuar sendo fã da Amy. Todos que me conhecem sabem disso. Tanto que ontem um monte de gente me ligou.

Eu amo as músicas da Amy a imagem dela me passava algo novo, não é essa coisa enlatada que a todo momento aparece e a voz que ela tinha era única.

Para mim Amy não tem substituição, vou continuar escutando suas músicas como sempre fiz, todos os dias.

Beijocas