6 de outubro de 2015

Desculpa mundo se eu não correspondo às suas expectativas...


Porque esta manhã eu li a frase: "A felicidade consiste na satisfação com o que temos e com o que não temos." Não poderia ser mais certeiro e atual na minha vida. Pois às vezes nos acontecem coisas que nos tiram do eixo, que sacodem até a nossa alma, nos deixa faltando o ar, o chão, mas no fim o que tem que ser acaba sendo e as coisas se ajeitam, mesmo que não voltem a ocupar o mesmo lugar de antes dentro do cômodo onde estavam.

Recentemente passei por maus momentos na minha vida. Não vou entrar no mérito dos porquês todos, mas ficou tudo muito conturbado. Começou com algumas questões com o meu marido e que obviamente não iriam não me afetar. E, depois que começou o terremoto, um a um, pilar por pilar da minha vida (e que estavam muito bem, obrigada, diga-se de passagem) foi ruindo. Aquele momento tenso onde você se vê perdida até dentro de você. Onde muitas certezas e convicções pareciam ter sido arrancadas a força. Primeiro o baque inicial, depois ir se acostumando com as novas situações, terceiro aprender a lidar com o novo e se achar dentro dele. Tudo foi um processo, lento e doloroso, mas que tinha luz no fim do túnel. 

E a tempestade passou e o sol voltou a brilhar e na hora de arrumar a casa, nem tudo voltou ao seu lugar de origem, mas estava tudo lá. E eu fiquei bem com a nova arrumação, disposição dos móveis (lê-se sentimentos e ações). Mas parece que quem à minha casa chega se sente incomodado com a nova arrumação. Procuram pela disposição antiga das coisas e não ficam a vontade para tentar olhar com um novo olhar a nova arrumação. Não se querem nem dar chance para ver se se acostumam, já vão dizendo logo que "do jeito antigo tava melhor". Okay! Mas, quem deveriam ficar satisfeita não seria eu que moro na casa e lido com a organização dela todo santo dia? E se caso eu esteja pra lá de satisfeita... quem liga?

Pois é, na vida é mais ou menos assim. As pessoas não se dão por satisfeitas em ficarem feliz por você estar feliz, seja lá de que jeito for. Elas tem que te colocar dentro de padrões mil delas. "Não, você só pode ser feliz se você for a. b. c. e fizer x. y. z". Mas nem todo mundo obedece a essas regras e normas, porque nem todo mundo precisa delas. E muitas vezes, a maneira como tudo está pode não estar de acordo com o conceito alheio, mas está maravilhosamente perfeito para quem está vivendo a situação. E olha que não se trata só de "achar que o modo como se vive não é bom". Simplesmente muita gente tem dificuldade em aceitar outra coisa senão aquela que elas consideram "certa". Só que o certo e o errado, o bom e o ruim é muito subjetivo, relativo. O que é para uma pessoa pode não ser para outra. Dependendo da situação, vão ter contextos diferentes. Mas em todas as questões, deve-se levar em conta como as pessoas em questão, envolvidas diretamente estão se sentindo com suas vidas, com os acontecimentos nelas, com a disposição dos móveis dentro de suas casas. Não só chateia em vez da pessoa dizer nem que seja um "legal" já que não sai o "fico feliz por você" vir não só com um milhão de perguntas mas destilando seus achismos do que ela julga que seria melhor pra você. E os "mas", "porém", "talvez", "por que" não cessam por mais respostas convincentes que se dê.

Respeitando a veia familiar, de amizade, de convivência, amorosa, o mundo tem todo o direito de achar que a maneira como vivemos não é a ideal, nem para nós e nem para ninguém, mas nós, os julgados, também temos o direito de não concordar com tais pontos de vista e de continuar a fazer o que julgamos estarmos fazendo o melhor, da melhor maneira para nós. E se amanhã não tiver sido o melhor, a gente começa de novo, do zero. Arrumar a casa é o de menos, quando se tem uma casa. Entendeu? Rs. Não sei se consegui me explicar bem dentro desta analogia, mas é mais ou menos assim. Chateia e magoa principalmente quando vem das pessoas mais próximas da gente, porque por mais preocupação que tenha envolvida, acabam não tendo a sensibilidade de entender e respeitar as escolhas alheias. Muitas vezes a gente só quer que fiquem feliz por estarmos felizes. Simples assim! Que importa o quem, quando, como, onde e porque? A isso cabe apenas as pessoas envolvidas na situação questionar. Desde que não aja infringindo valores morais e éticos, cada um então tem direito a agir como quiser. Para o seu próprio bem, lembrando mais uma vez. 

Hoje eu aprendi a me entender, a me aceitar, a me respeitar, e as minhas escolhas, minha história, quem sou. E ficaria muita feliz se conseguissem ver isso tão bem como eu vejo. Ver principalmente que um momento não descreve uma vida, uma pessoa. Quantos momentos todos nós tivemos e ainda vamos ter? Mas a gente cai, porém levanta. Se machuca, mas também se fortalece. A gente tateia no escuro, mas aprende bastante, cresce, amadurece, evolui e segue caminhando mais confiante, mesmo sabendo que terão trechos escuros. Literalmente vivendo e aprendendo. Tenham certeza de uma coisa: a gente pode não saber o que quer, mas todo mundo sabe perfeitamente o que não quer. Portanto, se a preocupação geral é de dar errado, ficarmos mal, quebrarmos a cara, fiquem despreocupados, se estamos seguindo na jornada é porque ela está de acordo para nós. Se estivesse desconfortável não continuaríamos. E no mais, quem tem garantia de alguma coisa nessa vida? Tudo está em constante transformação. Até nós! O que a gente pensa, sente, gosta e quer hoje pode ser totalmente diferente amanhã. Dá medo não ter garantias, mas não tem jeito. Ou vive-se sem elas ou não se vive. E no mais, todos estão vendo que estou bem, feliz, satisfeita, realizada, de bem com a vida, disposta, sendo amada, amando, agradecendo pelo que tenho e deixando de e queixar pelo que não tenho, procurando evoluir espiritualmente e como pessoa... quer melhor prova do que essa, do que os olhos podem ver?

Então, humildemente peço desculpas, pois se ofendi com a minha indiferença às opiniões na minha vida, não foi minha intenção. Mas as minhas ações, minhas falas, meus sentimentos tem que estar de acordo principalmente comigo e com o que eu quero para mim. Depois eu me preocupo se estou dentro da padronagem mundial e do que os achismos alheios acham que sabem o que é melhor. No momento eu tô me importando em estar bem, comigo, com a vida. Portanto, não venham me tolir, me censurar, me questionar, por favor não venham! Não quero lhes faltar com respeito. Só que hoje eu me respeito muito mais e me importo muito mais em estar fazendo o que seja bom e certo pra mim, obrigada! Me importa estar bem hoje e ter alguma pouca garantia de alguma coisa amanhã já é suficiente. Não sou autossuficiente e nem egocêntrica, estou apenas me priorizando mais e me privando do que não me acrescenta e só me detona. Já dizia minha vó que se conselho fosse bom a gente não dava, vendia. Exato! E poucas pessoas tem permissão para aconselhar e palpitar na minha vida, mesmo sem eu solicitar. E todas elas entendem o significado da palavra "respeitar", principalmente as escolhas numa vida que não é a delas. Foi mal aí, uma hora eu canso de ser rebelde mas por enquanto, tô mais interessada em aproveitar tudo que me é oferecido do que perder tento tentando achar as respostas para tantos porquês na vida... Às vezes é necessário apertar o F..., descartar o que não é necessário, aprender a ignorar muita coisa que bate à porta se quer viver bem e feliz.  

Desculpe o transtorno, estamos em obras para melhor atender você!



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