13 de fevereiro de 2012

Quando menos se espera...

É sempre assim: quando menos se espera, a morte que ronda todos nós todos os dias dá o bote. Quando menos se espera, quem tá vendendo saúde bate as botas e aquele moribundo vive por mais 10 anos. É certo? Não! Mas é a vida! A morte, assim como a vida é imprevisível. Não anuncia sua chegada. Não avisa quando, onde e nem de que modo vai acontecer. Você pode sair para trabalhar e da maneira mais lastimável, vir a óbito e não voltar para casa. Então, antes de sair, antes de dormir (porque muita gente morre dormindo de causas naturais), antes fazer qualquer coisa, reserve um minuto para reflexão. Agradecer por mais um dia! Se perguntar até que ponto vale a pena preocupar a mente com picuinhas e besteiras e deixar a vida passar se estressando. E o que você ainda não fez, ou porque não quis, ou porque não deu, ou por falta de coragem ou por empecilhos, mas que gostaria de ter feito. Reúna tudo isso e mãos à obra! A vida não espera você ter tempo para morrer. Ou você estar a fim de resolver seus problemas com as pessoas para partir dessa para melhor. Ou ainda abrir espaço em sua agitada agenda para se dar conta de quão abençoado és por estar vivo, com saúde, com família e amigos, emprego, casa para morar, comida e água à vontade e ir viver! Muita gente deixa a vida passar se prendendo a minuciosidades! Muita gente se agarra ao que faz mal por medo de não saber lidar com o que faz bem. E vive esse mal até o fim. Muita gente tem ressentimentos rancor, remorso, culpa, medos e mesmo assim, levanta a cabeça, finge que não tá nem aí pra essa pedra no sapato e vai vivendo, mais ou menos, mais pra menos do que pra mais, "como Deus quer", como costuma-se dizer. Mas, não é bem assim.

Para adiar ou mudar o dia da morte, ninguém tem o poder. Mas, mudar a vida, a maneira como se vive, o modo como se gasta ou se ganha tempo em vida, sim isso é passível de mudança. E basta querer. Não, não acordei com esses pensamentos porque tive pesadelos. muito menos porque a minha inspiração tendeu a ir para um lado mórbido. É porque hoje, como muitos costumam dizer, vi a morte de perto. Tá bem, posso estar sendo exagerada, mas o fato é que numa situação onde não se tem o controle de nada, tudo pode acontecer Tá certo, eu poderia ter apenas me machucado e não ter morrido. Mas, vai saber! Enfim, estou bem, acalmem-se todos. Foi apenas um susto. Susto suficiente para eu acordar do meu comodismo ou da minha estagnação conformada diante da vida. A vida é muito curta! Curta o bastante para nem seu quer começa a tentar entender como a vida de alguém acaba antes do final.  

Indo para o trabalho, presenciei um acidente horrível na Av. Brasil uma das mais movimentadas do RJ. E, em certa hora, me tornei parte desse acidente, ou quase. Não sei ao certo o que houve, mas aconteceu uma colisão entre dois carros que resultou num deles capotar. Nesse capotamento, ele quase atingiu o ônibus que eu estava, sentada lá atrás, dormindo, escutando a minha musiquinha. Só senti a curva brusca feita pelo motorista e ouvi as freadas e barulho de batidas. Ao olhar para os lados, na procura do que  houve, certa de que meu ônibus estava envolvido no acidente, vi que ele conseguiu foi sair dele. E que o motorista que quase estava sendo xingado de viado para baixo porque fez todos os passageiros caírem uns em cima dos outros, já estava sendo elogiado, aplaudido e tendo como palavra honrosa, herói! De fato, foi muito astuto. Foi muito preciso. Senão, a partir do ônibus que iria atravessar a mureta da via, mais uma acidente iria se formar. No meio desse caos, pude ver um cara de moto, não era motoboy, rolando pelo asfalto e os carros desviando para não atingi-lo. Nossa, muita sorte ele teve! Muita sorte tiveram todos porque não soube de nenhuma morte. Mas, poderia ter tido! Depois de me recompor do susto, do choque e de tentar entender o que havia acontecido é que fui cair em mim e perceber que de repente, minha vida feliz ou infeliz esteve por um fio. Sai para trabalhar, não beijei a minha mãe, não vi meu marido, não brinquei com os meus cachorros, não me despedi dos meus amigos, e como eu iria morrer assim???

Fiquei pensando nisso o dia todo. Em como somos muito frágeis, insignificantes perante uma vontade maior. Em como nossa vontade não conta. Em quanto tempo desperdiçamos. Em como a gente nunca pára pra se preocupar com assuntos que tememos e como eles podem fazer parte de nós, tomar conta da gente sem querer.

Fui trabalhar e voltei sã e salva para casa. Mas, ainda pensando em como nossas atitudes mesquinhas, egoístas, impensadas, intolerantes podem atuar de maneira determinante em nossa vida. A ponto de nos fazer seguir outros caminhos que não aqueles que gostaríamos de ter tomado, de fato. E ainda, agir e não se dar conta que nossas ações influenciam ou determinam as ações de terceiros...

Ainda tô pensando... e acho que vou continuar pensando ainda por um tempo. Para tentar entender. Ou chegar a conclusão de que não há entendimento para certas coisas na vida!





Bjs

2 comentários:

Cris Medeiros disse...

Estranho mesmo que a morte é a única certeza que temos na vida, e mesmo assim vivemos como se ela não fosse acontecer, que coisa estranha isso.

Eu costumo pensar na morte como uma possibilidade, porque ela é mais que uma possibilidade ela é um fato na vida de todos.

Beijocas

Talita Barroco disse...

Acho melhor nem tentar entender, existem coisas na vida que são certezas, mas que não precisamos ficar pensando nelas.

Respondendo ao comentário no meu blog. Eu sei fazer a make, o mais dificil é o delineador de gatinho.

Bjs