21 de agosto de 2015

A verdade por trás dos casais felizes


Destino. Talvez seja essa a primeira palavra que vem à mente daqueles que nos olham andando de mãos dadas por essa cidade, risada estampada no rosto, o amor em neon "vermelho-loucura" piscando para quem quiser ver.

Eles não sabem que diariamente nos comprometemos a cuidar do que temos, a facilitar a vida um do outro, a vigiar a impaciência nas horas difíceis, a não jogar a toalha quando falamos idiomas diferentes porém na mesma língua. Eles não têm ideia dos centímetros que cedemos para que o afeto ganhe espaço e que se sinta em casa. Fechamos as trincheiras para que a paz vença as batalhas diárias do ego e do cansaço. E declaramos ser responsáveis pelo maior sentimento do mundo que, num encontro sem querer, fez de duas paralelas linhas entrelaçadas.

Eles não sabem que, ao lado da lista de supermercado, colocamos a lista do que não pode faltar em nossas vidas em comum: beijos demorados nas chegadas e nas saídas, carinhos em doses constantes e respeito por escolhas e humores.

Eles não sabem o quanto nós caminhamos separados para poder, enfim, estarmos juntos. Não sabem que nossas vidas já foram paralelas e condenadas a não se tocarem nunca, caso a vida obedecesse cegamente as regras da matemática. Amamos a outras pessoas, juramos que seria para sempre com elas, e que não amaríamos a mais ninguém. Sofremos. Choramos. Renascemos.

Destino? Não sei... prefiro acreditar que foram os erros e acertos que nos juntaram.



Casal Sem Vergonha

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