10 de julho de 2009

Quando meu corpo dança

Hoje, por incrível que pareça, acordei disposta! Não sou adepta de acordar cedo, mas confesso que quando estou na ânsia por fazer algo, é difícil me manter na cama por muito tempo. Acordei achando o dia uma infinidade de possibilidades, e não sei se é meu olhar, mas a manhã que geralmente é cheia de névoa e fria, hoje, me pareceu mais brilhante e convidativa. Cheguei cedo ao trabalho, como solicitado, porém o chefe não veio, como combinado. Normalmente teria ficado irritada. Afinal, desperdicei mais 10 talvez 20 minutinhos de cochilos enroladinha no meu quente edredom. Mas não, isto não me tirou o bom-humor. No tempo ocioso, sentei no pc e fui dar uma vasculhada na net em busca de um bom conteúdo para combinar com a boa manhã que estava tendo. Entra em um blog aqui, passa para outro ali e de repente, me deparei com um texto que não só me chamou a atenção pela palavrinha mágica DANÇA como todo ele era perfeito! Gostaria de ter escrito ele, de verdade. Pois ao começar a ler, sabia que tinha sido escrito para mim. Cada frase que eu lia tinha embutido um significado sentimental pessoal maior que o significado real das palavras. Veio-me à mente uma sequência de momentos meus relacionados com a dança. E senti saudades... do tempo que eu sentia tudo aquilo de fato e não apenas reconhecia como sensação familiar. Bom, chega de enrolar e vamos logo o tão esperado texto, aí vai:


Quando meu corpo dança
*(ou dançando a vida)

“Eu danço aquele dia. Danço aquilo que fiz. Danço aquilo que pensei. Danço aquilo que senti.
Danço aquela conquista, quando me achei a mulher mais feliz do mundo. No mover dos meus braços está aquela felicidade. Estão em meu rosto todos os sorrisos...
Danço aquela lembrança, aquele passado nunca esquecido. Nas minhas pernas está esse caminhar longínquo enquanto danço...
Danço aquele alguém. Danço o amor. Está em meus olhos enquanto me movo...
Danço aquele beijo. Meu corpo desenha aquela noite... o sentir da pele do outro corpo... o nós dois nos momentos em que fomos um...
Danço aquela discussão que tivemos. E aquela que não. A raiva que senti está em meu rosto, enquanto meu corpo faz aquele movimento... sai pelos meus poros junto ao suor...
Danço aquela dor. Meu corpo diz... Diz sobre meus medos e minhas angústias enquanto danço...
Danço aquilo que gostaria de falar e não falei. Digo com o meu corpo enquanto danço. Quando travei meus dentes com força para prender as palavras que queriam sair... não saíram naquele momento, mas saem naquele giro...
Danço aquela mágoa, deixando passar o momento. Era sofrimento. Torna-se perdão naquele salto...
Danço aquele choro. Meu corpo desenha as lágrimas e diminui o tamanho daquela dor enquanto danço...
Danço os meus segredos. Os mais íntimos e indizíveis. Meu corpo escreve essas palavras não ditas enquanto danço. Até os meus dedos movimentam essas sensações...
Danço os meus sonhos, minhas fantasias... estão em cada passo. Meu corpo paira sobre nuvens... são os meus sonhos esquecidos... perdidos... estão ali enquanto danço...
Danço a minha vida. Os movimentos, ao mesmo tempo em que refletem, revivem... vivem... resolvem... tocam... terminam... começam...
Mostram e me tornam aquilo que sou...
Danço tudo de mim.
Danço a mim mesma...
E, ao fim, ofegante... respiro a minha história”.

Autor: Tati do blog Umbigo (http://tati-um-bigo.blogspot.com)

Beijos e bom final de semana!!!!!!

2 comentários:

Vanessa disse...

Lindo texto! Realmente lindo!

bjs

Danielle Masi disse...

tb adorei, miga!