8 de julho de 2009

“Tanto fez como tanto faz”

Meus dias andam um pouco mortos. Não o tempo todo, lógico! Há cores, momentos que valem a pena e pessoas legais no caminho. Mas, no geral fui tomada por uma total falta de vontade. Para tudo! Não é apenas no trabalho que ando desmotivada, mas também na vida pessoal.

Tem tédio, tem desânimo, tem indiferença. E quando me forço a sair deste estado de espírito, o que está a minha volta me irrita. Não sei explicar se percebo que o tempo está voando, realmente, e que o que almejei para mim, não se realizou. Acabei por não atingir algumas metas traçadas em minha vida e não reconstrui as já existentes e nem criei novas. Minhas perspectivas parecem limitadas, o meu poder amarrado! Não sei se carência, pois sinto falta de determinadas pessoas e ações em minha vida, mas que não sei como faço para obter. Não sei se medo... de sair do comodismo que tenho, de certa forma calmo, tranquilo e existente. Não sei se percebo que o mundo caminha e eu não consigo acompanhar.

No início do ano, cheia de determinação, prometi a mim mesma desfrutar à vida como se degusta uma fruta muito saborosa em um dia quente de verão. Venho tentando a todo custo cumprir a promessa. Confesso: ultimamente tem sido uma tarefa nada fácil. Tenho sorte, sempre há um lugar para ir, alguém com quem conversar, uma experiência nova para viver. Parecem fazer questão da minha pessoa. Ganhei na loteria. Porém, por hora, parece que apenas a minha presença comigo mesma dentro meu quartinho, de frente para a minha velha e boa TV é o que me basta. Não, não é autossuficiência! É vontade de estagnação, do corpo pelo menos.


Tenho sido tomada por uma onda de saudosismo como se meu passado tivesse sido mil vezes melhor do que o presente nunca será. Mentira pura! Fui contemplada por cada feito único e indescritível, e agraciada pela presença de pessoas consideradas ilustres, a cada dia que vivo. Mas então, por que não consigo reverter a emoção? Sinto como se minhas opções tivessem se esgotado e eu, forçada a conviver com o mínimo que me resta, não me conformo, mas não sei como agir. Tô insatisfeita!

Preciso de forças. Não sei onde mais procurar! Tenho tido insônia, pois fico a maior parte do tempo pensando no que gostaria de estar fazendo ou sendo e que não me é permitido, por hora. Ainda é permitido sonhar acordada? Tenho vontade de chorar, mas sei que não tenho motivos para tal. Me envergonho... cadê sua garra? Minha vida pode não estar sendo demais, mais com certeza não está sendo de menos. Conformo-me, devo ter começado mal um dia, apenas... amanhã, este estado de espírito estará melhor. Penso positivo, confio!

Me encho de expectativas sobre mim mesma, não muitas para caso de não acontecer, não frustrar. O suficiente para ser motivador! Mas me animo a encarar cada dia como se fosse somente um dia dentro de um ano cheio de possibilidades. Me obrigo a prometer que não ficarei assim. Por hora, parece resolver com a ideia de que tudo é passageiro na vida e eu, não posso mais perder tempo, nem comigo, com algo que não vale a pena.

“- termina seu dia Fernanda. Volta para casa prestando atenção ao caminho, abraça quem te ama, vai dormir tranquila, que amanhã é outro dia, e tem mais!”
Beijosssss

2 comentários:

Cris Medeiros disse...

De tanto conversar com as pessoas a respeito disso que vc postou, chego a conclusão que todos somos meio assim e todos passamos por essas indagações... Acho que faz parte de ser humano...

Beijocas

Rosi disse...

Oi, vim reribuir a visita.
Pelo jeito, por aqui tem muita coisa bom para ler, então vou linkar lá no blog, assim volto mais vezes.
Um abraço.