4 de maio de 2010

Momentos de indignação...

Tenho duas ressalvas a fazer:

Uma é sobre o caso da procuradora aposentada que espancava uma criança de 2 anos, que havia acabo de adotar, na verdade, tinha sua “guarda-provisória. Imagina-se que, quem tem coragem de um ato destes são pessoas que sofrem de algum desequilíbrio mental e/ou emocional e que não se enquadram dentro de certos padrões da sociedade. Pelo menos gostam muitos de nós de pensar assim. Mas as estatísticas da polícia fazem cair por terra cada vez mais este quadro. Sim, é uma profissional da justiça e que imagina-se que gostaria de fazer justiça. Tem educação, condição de vida satisfatória, dotada de cultura e discernimento do certo e errado. Imaginamos que tenha noção também de valores éticos e morais, e que seja provida de certa índole. Errado! É justamente ao contrário desta imagem que fazemos de certas pessoas e através dela um julgamento precipitado, que vemos cada vez mais casos na mídia de agressão, violência, homicídios, sequestros. Contra crianças então é mais frequente ainda. E me revolta, pois são seres indefesos, que muitas vezes nem sabem falar ainda, para pelo menos gritar socorro. A sua única saída é chorar! Espera que alguém que adota uma criança, dá um lar, espaço em sua vida quer dar também, amor, cuidado e carinho. Senão, porque não deixá-la onde estava. Com certeza estaria muito melhor do que agora, que se encontra cheia de marcas pelo corpo, mas a maior dela é interna e que possivelmente não poderemos calcular seu estrago irreversível ao longo da vida desta menininha. E o que irritou ainda mais foi o fato desta agressora não mostra nenhum tipo de sentimento de arrependimento. Pelo contrário, foi de uma frieza assustadora! Uma indiferença cortante! É... tenho que concordar com minha mãe: gente velha não serve para ser mãe porque não tem mais paciência e se estoura à toa. Gente velha tem que cuidar da sua velhice. Porém, este tipo de situação não acontece só na velhice não. Nós, é que estamos alheios, na verdade acostumados a ler, saber ou presenciar este tipo de atos violentos por toda a parte. Nossa indignação é momentânea. Já sabemos que a maioria sai impune! E com isto, acabamos fazendo parte desta história que não tem fim. Somos espectadores passivos! Me resta a esperança que, pelo menos ela realmente perca sua pensão através de seu indiciamento sob o crime de tortura. Se isto acontecer... é, retiro o que disse: ainda há jeito para algumas coisas na vida!

Outro caso que me entristeceu um pouco, na verdade me chateou mesmo foi saber que as obras no Brasil para a Copa de 2014 e, consequentemente as Olimpíadas de 2016 estão atrasadérrimas! Gente, que absurdo. Depois da campanha maçante que o país fez para sediar este dois eventos monstruosos em seus portes, cientes – os governantes – de que as estruturas sócio, política e econômica do país estavam defasadas, o mínimo que se poderia esperar era que cumprissem os prazos para o início das obras nos estádios de futebol. Poderíamos ter ficado sem a vistoria insatisfeita do comitê esportivo responsável. Já temos fama de país violento, de 3° mundo e estereotipado de tantas outras coisas como sexo fácil, malandragem demasiada, agora será também e acima de tudo, irresponsável e enrolão! Eu sempre fui contra a cidade a cidade de o Rio sediar a Copa e o Brasil as Olimpíadas justamente pelo despreparo, principalmente de governantes que temos. Agora, há pouquíssimo tempo é que estamos vendo a coisa acontecer, com o projeto criado pelo Lula, que tem o apoio da prefeitura e do estado ao mesmo tempo, o PAC. Só assim, foi possível fazer o inacreditável acontecer! Depois deste episódio, tivemos outro onde pudemos comprovar que enfim, parou a rixa entre prefeito e governador para ver quem faz mais e melhor por nós e no final das contas ninguém faz nada. Naqueles dias alagados da chuva que atingiu a cidade, vimos nossos dois governantes unindo forças para apoiar os desabrigados e conter os estragos causados pela chuva, solucionar os problemas. Mas isto é apenas o começo da coisa. Muita água ainda vai passar por debaixo desta ponte para que assim continue a agir a política da nossa cidade e no nosso país também. Enfim... vamos ver como as coisas se ajeitam. E que, pelo menos por um tempinho, a cidade possa cumprir prazos e metas e não levar “pitos”, antes mesmo do espetáculo começar.
E... vamos que vamos!

Um comentário:

Cris Medeiros disse...

Sobre a dona que adotou a criança, certamente é uma pessoa com graves desequilíbrios... Ela precisava dar vazão a isso... Pobre da criança...

Quanto as olimpíadas, não me espanta, é a caaaaara do Brasil... Juro que queria gostar desse país, mas é difícil...

Beijocas