6 de janeiro de 2011

Lealdade canina

Há uns dois dias operei minha cachorrinha Jacqueline para tirar um abscesso no peito e castrar, já que pela idade avançada, já apresentava um princípio de câncer no útero. Apesar da ficar apreensiva, o veterinário me tranquilizou pois era uma cirurgia de rotina para ele e não era nada tão sério. Em menos de duas horas, estava eu, saindo da sala de cirurgia com ela no colo rumo à casa. Apesar dos cuidados que me foram recomendados para o pós-operatório, ainda tive que contar com o charminho da Jack e também com os mimos dos meus familiares.


Logo assim que eu cheguei minha tia já havia preparado " a nova morada" dela, com uma caminha nova, uma comidinha especial para a recém operada, rs, e muitos carinhos. Ela que já é chorona, chorou mais e mais, rs... Confesso que no primeiro dia por conta dos pontos que ela levou, fiquei achando que pudesse estar sentindo dor e tal e fiquei cheia de não me toques com ela. Mas ontem, ela já estava bem. Mantivemos separada das demais apenas como precaução. Por mais que ela esteja usando roupinha pós-cirurgia, as outras mesmo sem querer, brincando, poderiam bater com a unha e acabar arrebentando os pontos.


Durante todo o trajeto para casa ela só parou de chorar quando eu a coloquei no colo. E em casa, ela só parava de choramingar quando eu estava por perto. Minha mãe, muito sacana, brincou dizendo que "mãe é mãe" rs. Mas, fora isto, sentia que  ela se achava protegida perto de mim. Passou um susto na operação pois teve uma hora que a coisa complicou e acho que, mesmo sendo um animalzinho de estimação, se sentia vulnerável e como se quando estivesse comigo, ela se sentisse segura.


Ainda na mesma noite, por um acaso, assisti a um filme que eu queria ver há muito tempo, mas estava sem coragem, pois tudo que envolve bicho me deixa emotiva, e se no final se o bicho sofre ou morre, aí que eu não vejo mesmo! Marley e Eu só vi depois de muito tempo, depois de ouvir relatos e me certificar de que aguentaria ver. Até porque, tive um cachorro, só que dá raça cocker que era mais ou menos como o Marley: bagunceiro, brincalhão, teimoso, carinhoso, amoroso, irritante e essencial. Já faz 5 anos que ele se foi e até hoje sinto muito a falta dele. Por mais que eu tenha outros cães e que estes me deem amor incondicional não são capazes de substituir alguém.  Bom, enfim... voltando ao filme, ele conta a história de um cachorro que é achado pelo seu dono e que se apega a ele de tal forma inexplicável. Todos os dias, o cão acompanha seu dono até a estação de trem e fica lá esperando-o voltar para irem para casa. Um dia, seu dono sofre um acidente e morre. Inconformado, o cão todos os dias, por nove anos volta ao local de costume e se posta a esperar por ele. Na esperança de que cada porta que se abre, seja ele voltando. Ele volta para casa, mas a família se mudou. Ele é levado para morar com a filha d seu dono, mas falta uma parte e ele se torna infeliz. Acolhido por todos os comerciantes e trabalhadores locais, por nove anos, a estação de trem foi a casa dele, e a compaixão dos outros que ali trabalham o seu alimento dia após dia.




Comovente, me rendeu boas lágrimas e me fez lembrar de uma famosa frase, que sim, irrita a muitas pessoas ou pela comparação ou pelo desprezo: "quanto mais conheço os homens, mais gosto dos meus cachorros!" Por que será? rs...


E, para a minha Queline, fica boa logo, que a mamãe vai cuidar direitinho de você... Te amo!

Um comentário:

Cris Medeiros disse...

Eu amo animais! Tudo que se refere a bichos me emociona. Fiquei com peninha da sua cachorrinha...

Eu vi esse filme e chorei de soluçar, aliás eu choro em todos os filmes de animais, porque eles sempre fazem um drama, ou bicho morre ou morre alguém que o bicho gosta.

Beijocas