15 de janeiro de 2011

Tragédia de inundações: comoção nacional!

Nestes últimos dias, temos sido bombardeados por uma série de reportagens, mostrando o estrago que a chuva causou na região serrana do Rio de Janeiro. Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo e algumas cidades vizinhas ficaram totalmente alagadas depois de uma sucessão de chuvas fortes. Não entendo apenas porque esta situação trágica tem que se repetir. Já aconteceram outros deslizamentos de terra em encostas causados pelo grande volume de água na região. Já era tempo suficiente para que autoridades locais fizessem um plano de escoamento ou até uma nova planta da cidade para que imagens como essas de temporais e chuvas fortes não nos invadissem mais. Ano passado, Angra sentiu o peso da água e da perda, onde muitas pessoas, além de ficarem desabrigadas, morreram soterradas. São Paulo, cidade da garoa, que em 2010 virou lagoa, piscina! Basta chover um pouco mais acima do volume de água estimado e pronto, a cidade vira um pântano. O Rio mesmo, ano passado sofreu com as fortes chuvas, que mesmo fora de época, pois geralmente chove muito aqui no verão, ficou debaixo d'água deixando as autoridades desesperadas. Grande número de desabrigados, mortos e sem teto também deixou a tragédia do morro do Bumba, em São Gonçalo - RJ. E, fora tudo isto, um histórico de tragédias com chuva que acontecem há mais de 100 anos.


PUTZ! Não é tempo suficiente para que já tenha havido algum tipo de providencia tomada? Parecem que esperam acontecer um novo acidente para compará-lo ao anterior e lamentar o n° de mortos. Só na região serrana o total de desaparecidos e de óbitos já passa dos 500. O pior foram as pessoas que foram pegas de surpresa, e morreram arrastadas pela junção de chuva e lama sem nem sequer saber ao certo o que estava acontecendo. Outras, viveram o drama de esperar o resgate, um socorro, um meio de salvação. Os bombeiros recomendam sair, mas para onde? Do pouco que restou de bens materiais, a maioria não pode levar nada. Apenas a própria vida e esperança de dias e vida melhor. Todo desastre causa um grande impacto no emocional de quem vive e de quem assiste, mas este, em especial, está nos horrorizando mais que o normal. Nem os corpos das pessoas mortas puderam ser enterradas como de costume. Os cemitérios ou estavam inacessíveis ou foram soterrados pla lama também. A solução, que não é a melhor, mas a cabível no momento foi enterrar aonde foi possível, sem esperar expedição judicial. Para os habitantes que restaram, pior que sobreviver sem nada e perder quase a família toda, é ainda reconhecer e enterrar. As cidades, devastadas, cercadas de lama e água por todos os lados só esperam uma trégua na chuva para tentar se reerguer. E nós, que fomos abençoados por termos ficado de fora, só nos resta ajudar, ser solidário, fazer doações, principalmente de carinho, conforto e amizade. Mas também de roupas, água, comida, remédios. Podem procurar a Cruz Vermelha - RJ e os postos do SESI espalhados pela cidade.


Não podemos culpar a natureza pelas chuvas que atingiram o Rio de Janeiro, pois sabemos que é o ser humano que provoca essas mudanças com toda a agressão ao meio ambiente. O mundo está apenas reagindo. E se existem culpados, eles são os atuais governador do estado e os prefeitos das cidades, assim como todos os outros antigos governantes. Nenhum deles planejou um  escoamento de águas para evitar inundações. É uma vergonha a cidade ficar assim, prestes a sediar os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo. E também um planejamento para inibições de construções irregulares para que este tipo de caos não volte a se repetir. Enfim... a culpa rola, rola, todos lamentam, mas agora, mais de 5 anos aí para que as cidades voltes a se reerguer e recuperar sua infra estrutura. A repercussão nos lavradores e plantio locais vai parar aqui na nossa mesa com escassez de alimentos. Já vi na previsão do tempo que a chuva insistirá em assombrar essas cidades ainda nesse fim de semana. O volume de água esperado é de 90 litros. Pelo visto, 2012 chegou mais cedo aqui no Brasil. Valha-me Deus. Que Ele tenha piedade de nós.

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