11 de outubro de 2011

Estando longe...



Sei o quanto posso estar longe de você,
Sei até que não vivo por estar assim!
Sei que me resta agora, olhar para o céu e ver: de dia o sol e de noite a lua que aplaude meu vazio.
O que pode mais afetar meu eu?
Enfim, posso ler entre as estrelas e escutar qualquer canção angelical.
Sei que amargo minha ida e sonho com o longe,
Sei que amo estar perto e brinco com desejos.
O que pode ser demais e contraditório,
Pode ser uma boa explicação!
Eu sei que posso estar sim, sem você,
Mas o tempo nunca irá mentir e me deixar palpitar minhas lágrimas que escorrem em decorrer dos dias...
Me assombra ver as feridas que eu mesma fiz,
E me apavora que minha cura esteja com você, junto aos nossos segredos.
Eu sei que disse que era forte e outras besteiras
Que agora me recordo e me arrependo.
Eu sei também que meus erros não passaram de erros,
Mas, agora surtem efeito de aprendizado.
E a dor?
Bem, a dor é constante e aceitável!
o que mais sei agora é que estou falando com paredes e comigo mesma,
Pois, o mundo deu um tempo de mim
E minhas pegadas já não podem pisar em qualquer lugar.
Sei que você é meu guia e meus passos, mesmo que eu não concordasse,
Eram dados para um só lugar e direção: VOCÊ!
Agora vivo de segunda à sexta,
Ou de sexta à segunda, não importa muito.
Só dá pra frisar que quando paro para pensar em semanas,
Que eram semanas e faziam alguma diferença
Me deparo de imediato nessas agora em que vivo,
E que me aprisionam em pensamentos e comparações simbólicas.
Sei que estou enlouquecendo gradativamente
E meu espírito quer se mudar de mim.
Sei que pareço estranha, sem brilho e até sem contraste.
Sei que estou perdida num mundo no qual eu criei
No qual escrevo em todos os cantos: QUE FALTA VOCÊ FAZ!
Sei também que não sei de mim como antes,
E o anormal passou a ser normal e fatídico ao ponto de gritar e não ser ouvido.
Mas, sobre você
Sei que é saudade muito sentida
Dor e consolo de uma ferida.
Sei que é pássaro em gaiola,
Que canta ao amanhecer por não ter outra saída.
Sei que o saber não é mais o mesmo
E o medo sabe que sei dele como ninguém.
Sei que o céu não me visita mais
E o mais perto que chego dele é cuidando de estrelas caídas.
Sei que leio histórias já antes lidas,
Sim, leio as melhores, relidas...
Sei que passos são erros
Em subidas e descidas
Em desculpas mal ditas...
Eu sei que você está em algum lugar lá fora,
Longe de mim e perto do infinito.
Imagino-o de volta.
Pois assim o quero para tudo isso ficar de lado
E a história voltar a ser construída.




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