7 de outubro de 2011

Uma necessidade: dançar!


"Vou dançar até os sapatos pedirem para parar.
Daí eu paro, tiros os sapatos, e danço até a vida acabar!"

(Autor desconhecido)


"... de tudo, ficaram 3 coisas: a certeza de que ela estava sempre começando; a certeza de que era preciso continuar; e a certeza de que seria interrompida antes de terminar" - Fernando Sabino

Não seria tão perfeito se tivesse sido escrito para mim! Essa é a minha relação com a dança. Uma necessidade de exteriorizar meus sentimentos e não uma vontade de brilhar nos palcos. Minha luz vem da satisfação de nos pés calçar uma sapatilha velha e um tap arranhado. Minha alma saciada emana felicidade! Há muito tempo, descobri que na minha paixão com a dança não cabe mais ninguém. Danço por mim, danço pra mim, danço para ser feliz. Em interrupções 1000, entre frustrações e decepções da não continuidade, de recomeçar, percebi o real sentido da dança em minha vida: completude! Tal qual duas metades quando se encontram e que dispensam explicações. Tudo que me falta, nela eu posso encontrar. Com ela eu posso ser quem eu quiser ser, sem a necessidade de, de fato ser! Posso ser risonha, triste ou sonhadora. Girar, Saltar e Alongar. Nesse vai e vem constante, entre ritmos e passos que ganham vida, consegui traduzir a minha vida entre pliés, chassés, tandieus e jetés. Entre barras, diagonais, centro e improvisos esquecia de tudo e todos que se encontravam fora da sala de dança. Agora era meu momento, meu mundo, minha necessidade! E nada, nem ninguém vai me interromper. Depois, sempre tudo fica para depois. As horas voam. Poderia dançar a manhã toda, a noite toda, o dia inteiro e ainda assim, seria pouco. Quero mais, muito mais, sempre mais... Só que assim como a vida, a dança sempre no ato seguinte continua. Sigo esperando ansiosa a hora das cortinas se abrirem e a música tocar de novo!



E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos
por aqueles que não podiam escutar a música.



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