30 de novembro de 2012

Intolerânia...




Pois é, tenho percebido muito isso ultimamente! Tem certas coisas e principalmente pessoas que estão conseguindo me tirar do sério. A minha paciência é uma coisa que tem se esvaído progressivamente a cada ano. Mas eu nem sempre fui assim não. Na verdade, sobre meus sentimentos sempre fui muito introspectiva. Nunca fui de extravasar. Sou extrovertida para fazer amigos, conversar, desinibida em situações com o público. Mas para falar dos meus sentimentos, do que eu não gostava, do que me incomodava, do que me chateava, sempre fui meio na minha. Por medo. Medo de desagradar as pessoas, medo de me indispor com elas, medo delas não gostarem mais de mim por conta das minhas opiniões contraditórias, medo de não ser mais aceita, medo de decepcionar. E com isso eu não me impunha. Eu era muito passiva quando se tratava de tomar alguma atitude mais enérgica para o lado pessoal. 

Depois da terapia, fui aceitando que cada pessoa tem um jeito e que familiares, amigos e conhecidos, se gostam de mim, gostam do jeito que sou. Claro que todo mundo tem defeitos e eu não poderia ser diferente. Teria sim que controlar e trabalhar em cima de alguns, porque apesar de gostarem de mim, ninguém é obrigado a aceitar minhas atitudes e minhas ações. Mas, parei de ser encanada com não criar uma situação que desagradasse alguém só para não ficar mal com essa pessoa. Passei também a me aceitar mais com relação a entender que as pessoas são o que são e que não precisam fingir o que não querem. Fato é que depois que entendi isso e comecei a colocar em prática, literalmente liguei o "F#@" para algumas pessoas. Também parei com um grave e sério defeito que eu tinha de "não querer ver" os defeitos das pessoas que eu gostava. Só conseguia enxergar isso depois que me magoavam. Aí,já era tarde demais. E mesmo assim, eu me calava. Fui somatizando insatisfações e frustrações e quando vi, estava presa a um mar de inconformismo, problemas de saúde e de relacionamentos. Quando vi que só eu me prejudicava com essa minha atitude, parei! parei primeiro porque não me fazia bem, segundo porque eu não queria ser assim de fato e terceiro, porque eu ficava me consumindo pelos acontecidos e as pessoas não. Cagavam e andavam para mim, se tinham me magoado, como eu estava me sentindo. Sendo assim, resolvi ser igual a maioria. Sim, porque existe uma minoria que não é tão egoísta assim e se preocupam sim com quem está a sua volta, a maneira como expõem as diferenças, tratam as divergências com cuidado. É uma espécie quase em extinção, mas ainda existe!

Como estava falando, então parei de ser boazinha com o mundo e só levar na cabeça. E por falar nela, por conta de não extravasar minhas emoções, tinha (e ainda tenho) dores de cabeça homéricas relatadas como enxaqueca tensional. Ou seja, qualquer coisa que o meu corpo entenda como stress ele reage causando uma dor insuportável. Então, antes doer de qualquer forma nos outros do que em mim. Hoje, se algo tá ruim, fecho a cara. Se alguém me chateia não procuro meras palavras para explicações, descarrego tudo mesmo. Se estou inconformada com alguma coisa, logo será sabido disso. Se alguém pisou na bola, não vai ficar por isso mesmo. Não penso mais que é melhor aceitar o que fazer comigo porque não vai adiantar muita coisa falar. Sim, é fato também que por mais que se grite, esperneie ou quebre o barraco, certas coisas não mudam. Mas ao menos fico feliz de ter podido demonstrar a minha indignação. Mesmo que não vá dar em nada. Pelo menos não fico remoendo a situação mil vezes achando que eu poderia ter feito diferente. Isso é a pior coisa que existe. Porque a gente quer mudar mas não tem mais como!

Então, depois que eu tomei algumas das pílulas da Emília  a boneca de pano que não falava, passei a falar mais do que o necessário. Peguei o gosto de cuspir cobras e lagartos e comecei a ver que em certas ocasiões pegava pesado demais. Até eu aprender a dosar, levei outras porradinhas também. Que me desanimaram um pouco, é verdade. Pois você pensa: se falo, tô errado, se não falo também. Então, o que fazer? Mas também garanto que com o tempo a sabedoria de saber o que fazer e o que falar e como fala para cada pessoa também vem. Mesmo que a minha nova postura não agrade a algumas pessoas, estou satisfeita de hoje ser assim. Feliz por me expor mais. Feliz por conseguir não encanar se depois de alguma desavença a pessoa continuará a gostar de mim e a ser meu amigo. Já aconteceu de, após eu dizer algumas verdades, a pessoa mudar. Isso é mais comum do que parece. Porque as pessoas podem falar o que pensam do jeito que elas querem, mas não sabem ouvir de volta. Fazer o que? Vivendo e aprendendo.

Mas enfim, toda essa minha mudança interior me deu além de mais coragem um pouco de sabedoria também. Principalmente sobre mim! O suficiente para saber que em determinados momentos, se eu abrir a boca fudeu! Vai dar merda, na certa! Então, nesses casos, evito! Se é com alguém que sei que terei que conviver depois então, prefiro sair de perto pra não arrumar problema. Mas tenho que confessar que tenho tido vontade de matar um infeliz aqui no trabalho. Aliás 1 não, 2! Numa tacada só. Primeiro porque certos comentários me irritam profundamente. Não, não são comentários deferidos à mim. Mas como sempre é dito de uma forma generalizada, como já diz o ditado: " se a carapuça serviu?". Segundo, detesto pessoas que ficam fazendo piadinhas infames  de humor sarcástico, embutindo uma verdade no meio, deixando subentendido nas entrelinhas. Seja homem ou mulher de verdade e bata no peito assumindo suas convicções. Mas não faça piadinhas mandando indiretas. Tenho vontade de zunir longe um ser destes. Terceiro, comportamento infantil fora de hora me irrita. Todo mundo tem seu momento palhaço, seu momento bobo, seu momento besteiras. Com amigos, numa hora de lazer é legal e até rende boas risadas. Mas na hora do trabalho, quando todo mundo está concentrado é falta do que fazer. E que aliás, nem é. Trabalho tem de sobra. Todo santo dia de manhã, eu já chego aqui rezando para não dar uma de Mônica, rodar a baiana em vez do Sansão e dar umas boas "coelhadas" neles. Fora o papo, gente, sério. O que leva uma pessoa a falar de sacanagens o tempo todo como se quisesse provar algo para alguém? É gay, só pode! (Nada contra os gay, desde que sejam legais). Enrustidos, daqueles que pela sua própria conduta, não irão se assumir. Serão para sempre infelizes e por essa infelicidade, alfinetam o mundo é à todos que nele estão. Não é uma sacanagem saudável, é aquela que denigre. E o rádio??? Deus, nunca tomei tanta aversão a rádio na minha vida. Logo eu que sou louca por música e por notícias. Primeiro, música é gosto, cada um tem o seu! Nada contra o cara ser roqueiro, mas porra, use fones para ouvir "rock bands". Eu não sou obrigada a ouvir junto. Se eu soltasse um "Naldo na veia" duvido se iriam gostar. Segundo, se um programa já contem comentaristas, dispensam os demais aspirantes a um. Eles comentam o comentário do comentarista. O cúmulo! E na grande maioria das vezes, só eles estão certos em suas convicções. Outro ponto que me dá nos nervos é a repetição. Detesto pessoas repetitivas. Me tiram do sério. Elas não têm noção do quanto! Eles ficam repetindo a mesma palavra, a mesma frase, a mesma zoação, o tempo todo! Incessantemente! Do tipo: "malucooooo, malucoooooo, malucooooo." "Que isso??", "Que isso??", "Que isso??" e demais palavras que é melhor nem escrever. Cara, que sacoooooooooo!!!! Socorro!!! Vou cometer um homicídio! E isso já é avisado aos demais colegas de trabalho. Não aguento mais controlar meus nervos. Quando a pessoa faz sem querer, eu até relevo, embora hoje em dia não seja mais o meu perfil. Mas quando a pessoa abe que tá incomodando e mesmo assim continua, é sacanagem. E com esses aí, não terei pena não. Ainda bem que não tô sozinha nessa minha teoria, hihihi (riso do rabugento - aquele cachorro do desenho...

O direito de um começa quando termina o do outro, já diz a lei dos bons costumes, do bom senso e da convivência harmoniosa. Mas esses itens parecem não existir na listas destas pessoas. Sinceramente, não sei até quando irei aguentar sem explodir. A máxima da dupla que se chama de "Arraial e Búzio", codinomes esses que desconheço a finalidade, é tocar a campainha da empresa todas as vezes que um sai para fazer algo na rua. Gente, juro, nessa hora vou ao apogeu da minha revolta. Acho que eles estão no lugar errado. Aqui não é o maternal, jardim de infância. Se eles tinha o intuito de causar, já conseguiram. Mas cuidado, agora estão despertando a ira assassina das pessoas. Sabem aquela música do Charlie Brown Jr que diz " hoje eu só quero que o dia termine bem". Pois é, é o meu mantar aqui! Aff!!!

Se eles estão vivos até agora prova que já consigo exercitar mais a minha paciência, a pergunta que não quer calar é: "até quando?"




Um comentário:

Cris Medeiros disse...

De ceta forma me identifiquei com seu texto, porque me sinto completa e absolutamente sem paciência com tudo. E geralmente quando fico assim eu tendo a ir evitando as pessoas exatamente para não se grosseira com elas e isso é um ciclo vicioso, que a gente se fecha e fica mais impaciente.

Bem uma hora isso passa, ou não... rsrs
Beijocas