29 de março de 2011

Amigos não têm defeitos?

"Não sou a felicidade
 Mas tento ajudar as pessoas a serem felizes;
 Não sou o amor,
 Mas tento amar a todos a minha volta;
 Não sou a verdade,
 Mas tento ser sincera o tempo todo;
 Não sou a consciência,
 Mas tendo estar com ela o tempo todo;
 Não sou perfeita, Mas tento errar o menos possível;
 Não sou a alegria,
 Mas tendo sorrir o tempo todo.
 Quem sou eu? 
 Uma pessoa como todas as outras cheia de defeitos e qualidade…
 Mas o que importa a uma grande amizade é priorizar as qualidades e destruir os defeitos…"



Este textinho acima, cujo autoria eu não sei de quem é, achei como comentário no texto de um dos blogs que eu sigo, o Rabiscos de uma Vida, e caiu como uma luva para o que eu pretendo dizer...

Tenho percebido um dos meus maiores defeitos: não ver defeito em ninguém!
Quando eu gosto muito de uma pessoa, geralmente não fico reparando nos defeitos que ela tem. Até o ponto que esses defeitos me ferem ou começam a me incomodar de uma forma totalmente over. Não tô falando dos defeitos simples e corriqueiros tipo  falar demais, impaciência, medo ou coisas do gênero. E sim dos outros tipos de defeitos que tem mais a ver com caráter.

Não, não quero alguém certinho, sem defeitos e que combine em tudo comigo. Seria muito chato e não teria graça! Na verdade, gosto que discordem de mim, de minhas opiniões. Gosto dos embates, rs. Saudáveis hein? Nada que leve a brigas e desentendimentos por conta de divergência de opiniões. Mas o fato não é esse e sim que somente quando o defeito da pessoa já está extrapolando o tolerável de atitudes e até valores que vão contra os meus ou me agridem de certa forma é que começo a reparar e aí, ferrou. O que eu não via antes eu passo a ver e enxergo mais. Parece que a partir do momento que tomo consciência dos defeitos de alguém, eles vêm em proporção maior que o normal e começo a reparar em tudo que é defeito. Quase que eu fico procurando defeito nos outros depois que descubro um. Mas não é. Eles já existiam, eu que por algum motivo não ou enxergava ou não dava importância à eles.

Simplesmente, a pessoa se desmitifica para mim. E começo a enxergá-la como ela realmente é. Sem o mito da perfeição. Não creio que eu fantasie a pessoa. Bom, também não acho improvável. Mas acredito que muita gente se faz passar "por isso" ou "aquilo outro" que não é de fato. Aparentar ser não quer dizer ser, realmente. E, como tudo que é mentira, uma hora a máscara cai. E os fulanos "de fato" tem que se mostrar. E é nessa hora "xis" que eu consigo perceber os malditos defeitos.

Então, aí está minha dúvida: eu realmente não vejo ou a pessoa não se mostra? Não sei.
Mas a sensação é como se eu tivesse sido enganada e depois descobri a verdade. Dói, sabe? É decepcionante. Todo mundo tem defeitos, inclusive eu. Um monte! E eu tento aceitar, conviver e entender o defeito das pessoas, assim como elas agem comigo. Mas chega a um ponto que não dá. Não sinto que eu seja intolerante, muito menos intransigente. Aceito muita coisa vinda das pessoas que eu gosto.

Tô tendo até uma certa dificuldade ao me expressar no post, pois ainda não consegui entender muito bem o que acontece. Só sei que eu não gosto e não me sinto bem. Quando há uma situação que aconteça algo que não me agrada é quando geralmente consigo reparar esses "pequeninos e inexistentes" defeitos até então, para mim. Muitas vezes, até percebo que o defeito existe, mas como acho que não é muita coisa ou que todo mundo tem defeitos ou que eu não posso ficar me prendendo àquilo, aí que eu me ferro. Mas quero me dosar para não ficar uma pessoa pé atrás, crítica demais, vendo defeitos demais e problemas de repente aonde não existe ou muito criteriosa.

Enfim... é complicado! Mais ainda passar a ver uma pessoa muito próxima de você e que até ontem era o máximo com outros olhos, em vez de verdes, castanhos escuros... Coisas da vida. E, mais um aprendizado para mim.

Beijos

3 comentários:

Cris Medeiros disse...

Creio que você não seja uma pessoa desconfiada, porque quando a gente é uma desconfiada nata, tipo eu. Eu vejo todos os defeitos dos meus amigos, apenas os relevo, até o dia em que o saldo se torne negativo. Aí eu chuto o balde. Mas normalmente sou bastante tolerante com quem considero amigo!

Acho que você dá um voto de confiança e quer acreditar que aquilo que está vendo seja algo passageiro. Quando seu limite rompe, aí tudo vem à tona.

Beijocas

O Profeta disse...

Calei a alma
Aprisionei o sentir deste estúpido coração
Mergulhei o corpo em agua dormente
E lembrei-me de uma esquecida oração

De quantas palavras se faz a melodia?
Para onde caminham os passos de uma criatura perdida?
O que será que pensa um homem caído?
Para que serve a verdade incontida?

Perdi a vela do meu barco de papel
Mil tempestades assolaram-me à alma
Abandonei o leme ao deus dará
E encontrei uma deusa em lágrimas, de perdida chama

Mágico beijo

Flor de Lótus disse...

Oi,Fê!Eu concordo com a Dama tu não deve ser desconfiada porque eu soutipo ela, mega desconfida,já to sempre esperando o pior das pessoas, me surpreendo quando elas mostram suas qualdiades,já levei tanto na cabeça por confiar demais que agora to sempre com um pé atrás.Mas, o ideal é o equilíbrio não precisa ser tão desconfiada quanto eu,mas também não precisa ficar cega para os defeitos.
Beijosss