31 de maio de 2011

Final feliz!


... e, no fim das contas, tudo sempre tem um final feliz!
Domingo foi um dia cheio, como já disse no post passado. E, no meio da gravação do clip, ainda surgiu um almoço na casa do meu pai para comemorar o niver dele. Sim, eu disse: "almoço na casa do meu pai".

Para quem me conhece de longa data, sabe que há muito tempo não tinha um bom relacionamento com o meu pai. Mais por causa de algumas atitudes dele que me chateavam, assim como a falta de responsabilidade e comprometimento comigo com relação à posição dele: meu pai. E também, pelas decepções e frustrações que ao longo desses anos eu tinha acumulado com relação à ele devido sua ausência, de todas as formas em minha vida.

Mas, como dizem que milagres sempre acontecem, ano passado, não sei porque cargas d'água ele resolveu se reaproximar e tentar fazer por onde para que a convivência retornasse e fosse plena. Bom, pra dizer a verdade, é melhor do que nada rs, mais ainda está longe de ser o ideal. Ao menos para mim. Mas, também não vou mais ficar fazendo tantas exigências que já sei que está longe do estereótipo dele como pessoa cumprir. Não vou mais cobrar nada e nem esperar nada, criar expectativas. Aprendi a aceitá-lo com suas imperfeições e defeitos, mesmo que esses 'pequenos detalhes" tenham me feito sofrer durante longos anos.

Tá bom, ele tá longe de ser o pai exemplar... mas e daí? É o que eu tenho e tenho que me contentar com isso. Quero acreditar que ele me ame e goste de mim do jeito dele e demonstre e faça por onde dentro dos limites dele. Não vou mais ser intolerante e intransigente. Eu não estava ganhando nada com isso! Na verdade, não estava ganhando nada, apenas perdendo. Momentos de convivência, fases, histórias, lembranças, aniversários, comemorações e outras coisas mais. Tá certo, não fui eu que o exclui disso tudo. Ele simplesmente se afastou e não procurou. Não fez a mínima questão de fazer parte. Mas eu também me acomodei nas minhas queixas e reclamações e parei de tentar resolver o problemas há anos. Não posso culpá-lo sozinho pelo fracasso que foi até agora.

Tenho em mente que, para eu poder dizer tudo isso e hoje encarar numa boa, tive que respeitar meu tempo de aceitação, bons anos de penitência achando que o problema era comigo e sofrendo com a rejeição, que eu achava que era, mas na verdade, nada mais é do que desapego. Como sempre tive no papel de mãe uma mãe super presente, protetora, preocupada e que me colocava sempre em 1° lugar, achava que o outro lado da moeda deveria ser também. Mas não era. E não era só comigo. Ele agia assim com todos à sua volta. Minha mãe cansou de tentar me fazer entender esse pequeno 'defeito' dele e que eu parasse de sofrer em vão. Mas, eu empaquei naquela ideia e não conseguia me desvencilhar dela. Confesso também que algumas sessões de terapia me ajudaram muito na questão da aceitação dos valores e ações dele x os meus x os de qualquer outra pessoa.

O tempo realmente não vai voltar. O que passou, passou e infelizmente, mesmo que hoje estejamos muito bem, obrigado, sempre vai existir aquele pedaço da minha vida que ele não esteve presente e não compartilhou. Só porque voltamos a nos falar o tempo não vai retornar e ele se encaixar nos acontecimentos. Mas também não posso ficar remoendo isso eternamente. Pode ser que futuramente, ele possa querer vir a somar, fazer parte, ser essencial e fazer por onde... pode ser que não! E sendo sim ou não a resposta, hoje, eu vou entender. É uma escolha dele e essa escolha dele, não me parece mais um ferida desferida contra mim. É um direito dele. Desde que, depois ele não venha me cobrar as reações referentes às ações dele. Fez, fez. Não fez, ponto final. Próxima página...

Estou em um outro momento da minha vida. De conquistas e realizações. De querer estar em paz, principalmente comigo mesma. De exorcizar meus fantasmas, sejam eles quais forem. De tentar consertar o que foi quebrado e refazer o que foi desfeito. Sim, nem tudo é possível e não tô aqui querendo mudar o mundo e torná-lo um lugar lindo e feliz. Todos nós sempre teremos nossas feridas abertas e nossos calos nos pés. Por mais que os anos passem. Mas, se pudermos amenizar isso, é muito bom. Senti que, com mais essa decisão, amadureci muito. E sinto, pela primeira vez em muitos anos, muito orgulho de mim e de ver o que eu consegui até hoje e onde consegui chegar. Uma caminhada longa, exaustiva, onde muitas vezes pensei em desistir... mas que bom que não o fiz, né? E é exatamente, por isso tudo que estou cultivando coisas boas para minha vida. Se vou ter sucesso nessa empreitada? Não sei! Mas me sinto bem pelo simples fato de saber que estou fazendo a minha parte. E no que depender de mim, não vou "deixar pra lá".

Acredito hoje, depois de algumas modificações e alguns ganhos na vida, em "happy end", coisa que para mim acontecia só nas novelas e filmes. Sim, quando se quer e se busca, o final feliz acontece. Nem sempre quando a gente quer ou espera. Temos que ter paciência, mas acreditar sempre que é possível.

E viva o final feliz!!!!

                                              

3 comentários:

Talita Barroco disse...

Seu rostinho está demonstrando claramente a sua felicidade, está leve, sabe?!
Fico muito feliz em saber que está tudo se ajeitando.
Conte sempre comigo.

Bjks

Cris Medeiros disse...

Bom que você tá conseguindo.

Meu pai sempre me causou um incômodo grande. Acho que prefiro ele lá no canto dele.

Beijocas

Clecia disse...

Pai é pai, mesmo com seus defeitos. Fico feliz que tenham se reaproximado!