19 de abril de 2011

O que faz bem a alma...


Na correria do dia a dia, estamos nos esquecendo de nosso próximo. Estamos ficando egoístas, nos colocando em 1° lugar sempre e dando prioridade a causas próprias. Sim, somos as pessoas mais importantes de nossas vidas, e se não fizermos muito por nós, ninguém o fará. Tá certo, tô sendo muito radical. Muito provavelmente, pai e mãe farão. Mas acontece que não vivemos isolados em uma ilha, muito menos somos autossuficientes para conseguir sobreviver sozinhos no planeta. De alguma forma nessa necessidade, acabamos por absorver o que precisamos dos outros, mas nada damos em troca. Não tô falando de recompensa financeira, de dívidas eternas de gratidão e nada do tipo. Apenas, uma simples gentileza, um gesto de carinho, valem muito mais. Mas nos fechamos dentro de nosso cotidiano, em meio a tantos sentimentos ruins que os acontecimentos globais têm trazido para a humanidade. Esquecemos de praticar coisas simples, que deveriam fazer parte da nossa apostila de boa educação, iniciada em casa: cumprimentar as pessoas quando chegamos ou saímos de algum lugar, desejar um bom dia, segurar uma porta, carregar algumas sacolas, ajudar alguém perdido ou com problemas. Dar mais atenção aos outros, ser mais solidário, prestativo. Não vai fazer mal algum retardar 5 minutos do nosso tempo em função de alguém. Nem que seja para essa pessoa apenas se sentir bem com um simples gesto nosso. Não sou antiga, mas tenho alguns pensamentos antiquados. Nos 'velhos' tempos, não tão modernos, não tão evoluídos e não tão incentivador de independência e singularidade as pessoas eram mais educadas e faziam mais questão das relações interpessoais. Hoje, as relações mais prazerosas são com a TV, o rádio, a internet, o celular, os Ipeds, o carro e por aí vai... Fazia-se mais questão da cia humana. A presença da pessoa não era substituída por uma máquina ou a distância preenchida virtualmente. Era de fato! Com a crescente demanda de produtos e serviços para saciar carências e necessidades acabamos ficando individualistas e solitários. Grande parte da população nem pensa nisso às 16:20 da tarde de uma terça-feira, perto de um feriado prolongado. Mas eu lido e gosto de estar com pessoas. E noto que um simples sorriso, uma brincadeira, uma palavra, um elogio e uma gentileza transformam alguém, fazem toda a diferença, são determinantes até se a pessoa terá um bom ou mau dia. Infelizmente, gestos esses que estão sendo extintos. E, por isso, esse meu desabafo hoje. Eu sinto falta disso no trato comigo. E quando me pego sendo 'automática' demais, começo a me questionar. Porém, sou apenas um grão de areia no meio de um deserto. Não tenho a ilusão de que apenas eu com minhas convicções vou mudar o mundo ou fazer nascer uma flor. Mas, vou tentar!


Um comentário:

Clecia disse...

MUito bem este post, Fê! É verdade que as pessoas estão cada vez mais egoístas. Hoje pensar no outro é algo quase que inexistente. Primeiro se pensa no próprio bem-estar e só depois começa a olhar para o lado e ver o outro. Triste realidade. Bjos e Feliz Páscoa!