12 de abril de 2015

Desatando nós...





"... e de repente cai a ficha. E percebo que posso me esconder do mundo inteiro aqui dentro, mas não posso me esconder de mim mesma, lá fora. E chega uma hora que a vida cobra a conta. E chega uma hora que a gente tem que se desprender para viver. 
 
Acredito que na mesma vida temos a possibilidade de reencontros para finalização de alguns ciclos. Nem sempre os reencontros são com as mesmas pessoas. Podem ser vivências que voltam pra te ensinar num momento em que você está mais preparado para lidar com elas. Estar pronto pode levar algum tempo, mas você tem que aceitar essa nova chance, quem sabe camuflada de nova dor, para crescer.

Aquilo que foi muito duro pra você da primeira vez, que causou tanta dor que lhe fez negar pra sobreviver; aquilo que você fingiu que não aconteceu e seguiu parecendo forte; o relacionamento que te arrasou e de alguma forma lhe transformou ou criou uma blindagem; uma perda muito dura; uma traição muito grande: uma decepção sem limites; a amputação de uma parte _ física ou não; a incapacidade de se entregar, de amar; a falta de coragem de se declarar; os afetos mal resolvidos; as relações incompletas; a ausência que você causou ou nunca conseguiu superar; o perdão negado.

De repente, num dia de sol, sem muito o que fazer ou pensar, a vida promove o reencontro com sua própria história e lhe dá novas oportunidades de lidar com aquilo que lhe foi mais duro, difícil e caro.

Coincidências não existem. Encare isso como prova de fé, de reconciliação, até de justiça ou mesmo sorte. São providências, divinas, para fechar ciclos. Nem sempre com os mesmos atores coadjuvantes, mas certamente com você no papel principal.
 
A duras penas, hoje entendo, aceito e confesso que agregar é melhor que segregar. E que a gente fica mais leve quando faz as pazes com a própria história, quando decide revisitar baús secretos, quando tem sensibilidade para enxergar a vida passando de novo por nós..."




 
Apenas um breve momento de reflexão!

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